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Grupo GEN lança ‘Sala de aula invertida – uma metodologia ativa de aprendizagem

Autores apresentam conceito de ensino em que estudante é o protagonista Grupo GEN lança ‘Sala de aula invertida – uma metodologia ativa de aprendizagem’. Autores apresentam conceito de ensino em que estudante é o protagonista. Estudiosos da área de educação defendem há décadas que um outro tipo de ensino é possível, no qual o aluno é o protagonista e aprende de forma mais autônoma, com o apoio de tecnologias. O GEN (Grupo Editorial Nacional), através da Editora LTC, lança no Brasil o livro ‘Sala de Aula Invertida – Uma Metodologia Ativa de Aprendizagem’, dos autores e criadores do método Jonathan Bergmann e Aron Sams, com tradução de Afonso Celso da Cunha. A chamada “metodologia ativa” ou “sala de aula invertida” é uma forte tendência de ensino reconhecida e aplicada nas melhores universidades do mundo e que está chegando rapidamente às instituições brasileiras. Tudo começou quando os autores Jonathan Bergmann e Aaron Sams criaram o livro ‘Flip Your Classroom’, publicado inicialmente nos EUA e traduzido na Itália, França, Espanha, Dinamarca, México, China, Japão, Coreia do Sul, entre outros. E, agora, finalmente, a Editora LTC proporciona o privilégio ao leitor brasileiro de conhecer esta metodologia única e inovadora.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Jonathan Bergmann recebeu o Presidential Award for Excellence in Mathematics and Science Teaching, em 2002, e foi semifinalista no certame Teacher of the Year, no Estado do Colorado, em 2010. Atualmente, é facilitador em tecnologia de ponta da Joseph Sears School, em Illinois. Já Aaron Sams é educador desde 2000. Recebeu o Presidential Award for Excellence in Mathematics and Science Teaching, em 2009, e foi copresidente do Colorado Science Academic Standards. Tem bacharelado em Bioquímica e mestrado em Educação pela Biola University, nos Estados Unidos. Atualmente, é professor de Ciências em Woodland Park, no Colorado. Ao longo de gerações, o perfil e a forma de assimilar os conteúdos por parte dos estudantes foram se modificando completamente. E o conceito de “sala de aula” passa por transformações para continuar atendendo às necessidades e expectativas dos alunos. O processo educativo que se baseia na “sala de aula invertida” consiste na utilização de recursos atuais como áudio, vídeo, Internet e outras ferramentas interativas, que favorecem o empenho e a participação do estudante durante os ensinamentos. “O aluno estuda os conteúdos básicos antes da aula, com vídeos, textos, arquivos de áudio, games e outros recursos. O encontro presencial, em sala de aula, com o professor, passa a ser a oportunidade para esclarecer dúvidas, realizar atividades, trocarconhecimentos e fixar a aprendizagem”, explica a diretora do GEN Educação e doutora em educação Andrea Ramal. Em ‘Sala de aula invertida – uma metodologia ativa de aprendizagem’, esse conceito é explicado a partir de experiências realizadas pelos autores Jonathan Bergmann e Aaron Sams. Com a gravação de palestras para trabalhos de casa, eles perceberam que houve uma compreensão mais profunda por parte de seus estudantes, o que, segundo eles, nunca aconteceu com o sistema tradicional de ensino. Daí surgiu toda a concepção dessa nova proposta de aprendizagem e a estrutura da obra. A metodologia também é reconhecida e utilizada por algumas das mais importantes instituições de ensino como o MIT (Massachusetts Institute of Technology), Universidade de Michigan e a Universidade de Harvard. O método é adotado ainda em escolas da Finlândia e vem sendo testado em países de alto desempenho em educação, como Singapura, Holanda e Canadá. “Em Harvard, por exemplo, nas classes de cálculo e álgebra, os alunos inscritos em aulas invertidas obtiveram ganhos de até 79% a mais na aprendizagem do que os que cursaram o ensino tradicional”, aponta Andrea Ramal. Através do livro, o leitor terá acesso à evolução de uma pesquisa empreendida pelos autores, com os resultados positivos e negativos de toda essa experiência. O livro-texto apresenta muito mais do que um olhar filosófico; oferece a descrição e o passo a passo para implementar a “sala de aula invertida”. ‘Sala de aula invertida – uma metodologia ativa de aprendizagem’ tem lançamento no dia 17 de março e estará disponível nas principais livrarias físicas e online de todo o país e, posteriormente, em versão e-book. Ficha técnica: ‘Sala de aula invertida – uma metodologia ativa de aprendizagem’ (‘Flip your clasroom – reach every student in every class every day’)  Autores: Jonathan Bergmann e Aaron Sams, com tradução de Afonso Celso da Cunha Preço: R$35,00 (livro físico) e R$28,00 (e-book) Mais informações: www.grupogen.com.br  

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Tecnologia – aliada ou inimiga da educação?

Vivemos em plena era digital, também chamada de cibercultura ou sociedade de informação. A palavra da moda é interatividade, e o computador virou artigo doméstico. Mas não para todos. O “Mapa das Desigualdades Digitais no Brasil“, publicação divulgada em parceria entre o MEC, o Instituto Sangari e a Ritla – Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, aponta que apenas 17% (ou 32 milhões de pessoas) no Brasil tinham computador em casa com acesso à internet em 2005. Em comparação, na Suécia, 76,2% da população acessavam a internet. O sonho da Inclusão digital Em 2006, havia 659 mil computadores, num universo de 56,5 milhões de alunos, e apenas 2,5% dos estudantes mais pobres chegavam a ele. Mas esta realidade está mudando. O governo federal lançou o programa “Um computador por aluno”, que deve distribuir 150 mil máquinas para 300 escolas de até 500 alunos espalhadas pelo país. Já em várias escolas privadas, realidade virtual, robótica, lousas eletrônicas e laptops para cada aluno vêm se tornando chamarizes para pais preocupados em manter os filhos “antenados” com os novos tempos. Será que tanta tecnologia contribui efetivamente para a melhoria da qualidade do ensino? Segundo um estudo da Unicamp, publicado em setembro do ano passado, não. Realizado em conjunto com o Instituto de Ciências Humanas e o Instituto da Computação e a Faculdade de Engenharia Mecânica, o estudo associa uma queda no desempenho dos alunos de 4ª a 8ª séries e do 3º ano do ensino médio ao uso intenso do computador. Mas, a culpa é realmente da máquina? Computador – como usar? A doutora em Educação Andréa Ramal, especialista em tecnologias educacionais, acredita que o problema é com quem usa estes recursos: o homem. “Não basta equipar as escolas, é preciso formar o professor. Ele precisa se tornar um arquiteto cognitivo, capaz de orientar o percurso de aprendizagem dos alunos, estimulando-os a criar redes, a compartilhar informação e a gerir o conhecimento”. É claro, que, se mal utilizadas, as tecnologias podem atrapalhar o aprendizado. “O uso da tecnologia deve estar a serviço do crescimento do aluno, e não ser um fim em si mesmo. Não basta simplesmente pedir ao aluno que ‘pesquise na internet’; cada atividade realizada no computador deve servir a algum objetivo pedagógico”. O problema é que, em muitos casos, quando o professor usa um computador para passar slides em PowerPoint, só com o intuito de “ilustrar” a sua aula, está encarando a máquina como mero aparato ou ferramenta, uma visão, segundo a professora, influenciada pelo tecnicismo norte-americano da década de 70. O papel estratégico do gestor escolar Hoje, o conceito de tecnologia educacional considera a televisão, o computador, o rádio e até o celular como linguagens, como meios culturais de aprendizagem. “A sala de aula deve ser um ambiente de comunicação. Um espaço interativo, aberto em múltiplas janelas, no qual alunos e professores aprendam uns com os outros. Para isso, é necessário rever a forma como as tecnologias são incorporadas na formação do professor. Não basta ser um usuário do pacote Office, ele precisa aprender a usar as tecnologias como novo ambiente de aprendizagem e de construção de conhecimento”, defende a professora Andréa, que também é diretora executiva da ID Projetos Educacionais. Neste processo de mudança, o gestor escolar é peça fundamental, pois se ele não abre as portas da escola e as mentes do seu corpo docente para os novos paradigmas educacionais, nada acontece. “No caso da escola pública, o envolvimento das Secretarias de Educação é fundamental, pois a questão não é simplesmente metodológica, e sim de políticas públicas”, conclui. Fonte:Opinião e Notícia

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Um professor com 26 milhões de alunos

Salman Khan agitou o mundo da educação com aulas em vídeo e exercícios grátis na web Seu método cativou o Google, Bill Gates e Carlos Slim. Existe um punhado de filantropos fora de série e existe Salman Khan, analista de um hedge fund de origem humilde que, em 2008, recém-casado, prestes a ser pai e adquirir uma casa própria, depositou todo o seu futuro e suas abundantes economias em um sonho: tornar a educação grátis acessível a todos em qualquer lugar do mundo. “Vamos esperar um ano para ver se conseguimos financiamento”, conta em palestras ter dito a sua mulher. “É a maior rentabilidade social que alguém poderia conseguir”. Hoje, esse homem, filho de mãe indiana e pai bengalês, tem 26 milhões de alunos em 190 países. Seu sucesso, a Khan Academy, é uma plataforma online multilíngue sem fins lucrativos que conquistou o próprio Bill Gates e é sustentada por outras generosas fortunas que contribuíram para fazer dele o professor do mundo. MAIS INFORMAÇÕES O gigante mundial da educação privada é brasileiro Brasil: dois modelos de educação, dois modelos de sociedade Uma professora modelo dentro de um sistema nada exemplar Nascido em Nova Orleans em 1976 e criado em um lar que se mantinha com o necessário, Khan ganhou fama de revolucionário com um sistema surgido de sua própria experiência e de umas poucas certezas. O engenheiro elétrico, matemático e especialista em TI formado em Harvard e no MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) acredita que cada estudante é único e possui ritmos de aprendizagem únicos que o sistema prussiano de ensino, essencialmente passivo, não consegue satisfazer. O que ele propõe é uma espécie de escola ao contrário: aprender em casa, com aulas gravadas em vídeo e exercícios pertinentes, e fazer as lições em sala de aula. Dessa forma, o estudante que não entendeu um conceito, e que, na sala de aula, talvez se sinta coibido e desista de pedir ajuda, não tem mais que rebobinar a lição quantas vezes precisar até dominá-la. E o professor, que dispõe de um programa para acompanhar os progressos e tropeços de cada aluno em casa, pode investir seu tempo em resolver lacunas. A escola tradicional “te castiga por experimentar e fracassar” e isso faz os déficits de aprendizagem irem se ocultando, costuma dizer Khan. Sua proposta é justamente o contrário: “Monte na bicicleta e caia. Faça isso pelo tempo que for necessário até dominá-la”. “Se deixá-lo trabalhar em seu ritmo”, diz, “de repente o aluno começa a interessar-se e a progredir”. Khan aprendeu isso com sua prima Nadia, uma menina inteligente de 12 anos que, em 2004, tinha dificuldades em matemática. Ele vivia em Boston e Nadia, em Nova Orleans, mas o analista decidiu dar aulas por telefone quando descobriu que a jovem tinha perdido toda confiança em si mesma por causa dos tropeços com os números. “Era lógica, criativa e esforçada”, explica em seu livro Um Mundo, Uma Escola (The One World Schoolhouse Simplesmente resistia à conversão de unidades e, sem essa base, era incapaz de continuar assimilando conceitos matemáticos. Ex-analista de um ‘hedge fund’, seu lema é: “Suba na bicicleta e caia até dominá-la” Nadia – hoje a um passo de entrar para a faculdade de Medicina – deve ter falado muito bem de seu primo, porque de repente Khan se viu ensinando a uma quinzena de filhos de familiares e amigos. Como o telefone não era prático, tentou sessões em grupo pelo Skype, mas não era tão eficaz. Justamente quando pensou em largar tudo, um amigo sugeriu: “Por que não faz vídeos e posta no YouTube?”. O sonhador Khan deu-lhe ouvidos. Preparou aulas muito singelas com apenas três grandes protagonistas: o cursor sobre um quadro-negro virtual, as imagens que ilustram os conteúdos, e uma voz muito enfática, a sua. “Aconteceu algo interessante”, relatava Khan, com grandes dose de teatralidade nas palestras Ted de 2011.“Disseram que me preferiam no YouTube do que em pessoa. Faz muito sentido. Podiam parar ou repetir à vontade sem precisar perguntar e envergonhar-se”. O mesmo ocorreu a milhares de internautas. As aulas de álgebra e pré-álgebra feitas para seus tutelados se converteram em trending topic. Por alguma razão, um professor não licenciado tinha descoberto a forma de cativar a estudantes, adultos sem formação, jovens com problemas… “Meu filho de 12 anos tem autismo e muita dificuldade com matemática. Tentamos de tudo, vimos de tudo, compramos de tudo. Encontramos por acaso seu vídeo sobre decimais e ele entendeu”, escreveu um pai agradecido. “Então passamos para as terríveis frações. Ele entendeu. Não podemos acreditar. Está tão emocionado”. Khan propõe uma espécie de escola ao contrário: aprender em casa e fazer a lição em sala de aula No início de 2009, mais de 100.000 pessoas acompanhavam seus vídeos e pediam aulas de outras matérias. Muito satisfeito, começou a flertar com a ideia de deixar a Wohl Capital Management e criar uma escola mundial gratuita. Não que não gostasse de seu trabalho. “Era intelectual e financeiramente gratificante”, conta em seu livro. “Mas estava envolvido em uma vocação que vi como algo muito mais valioso”. Khan e sua esposa, médica internista, deixaram a compra da casa para mais tarde e investiram tudo no projeto, confiantes de que chamariam a atenção de algum filantropo. Passados nove meses, a academia, com o quartel-geral no quarto de hóspedes de sua casa no Silicon Valley, crescia sem parar em número de alunos, mas não em doações e para consolidá-la era necessário aperfeiçoar o software, contratar engenheiros, especialistas para abranger da Física, até a Biologia ou a História da Arte. Khan, que já tinha se tornado pai, começou a pensar que o melhor que podia fazer era voltar a sua antiga vida. Mas em 2010 sua sorte mudou. A primeira boa notícia chegou por Ann Doerr, esposa do multimilionário John Doerr, investidor em empresas tecnológicas: uma dupla transferência de 10.000 e 100.000 dólares (350.000 reais). A segunda também veio dela, por SMS: Bill Gates estava contando em uma palestra que tinha descoberto na Internet a khanacademy.org,

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Textos multimodais: a nova tendência na comunicação

Com a disseminação das novas tecnologias, o texto vem adquirindo cada vez mais novas configurações, que transcendem as palavras, as frases e, acima de tudo, a modalidade escrita da linguagem. Dizendo de outro modo, a proliferação tecnológica tem instigado a promoção de novas composições textuais, sendo estas constituídas por elementos advindos das múltiplas formas da linguagem (escrita, oral e visual). ¹ De acordo com Nascimento et al. (2011), nas práticas corriqueiras do dia-a-dia da sociedade contemporânea, o espaço concedido à imagem ampliou-se consideravelmente. Os documentos textuais presentes nas práticas cotidianas trazem consigo não apenas a linguagem verbal escrita, mas também um amplo contingente de recursos visuais. Partindo desse pressuposto, há um infinito contingente de elementos imagéticos e visuais, que podem ser empregados na composição textual com fins a acarretar determinados efeitos de sentido, como é o caso, da seleção das cores empregadas em um dado texto, da seleção do tipo de letra, do formato e da cor etc. A materialização de todo esse contingente de elementos revela as particularidades dos propósitos comunicativos do autor, como postula Silva (2014). De acordo com Moraes (2007), hoje, a composição textual está cada vez mais calcada na mescla da escrita e a imagem, estando tais elementos fazendo parte de uma relação quase que indissociável. Essa junção advém da propalação tecnológica, que tem deflagrado, nos últimos anos, uma intensa adesão ao plano visual. Esse contexto marcado pela difusão tecnológica tem carreado a efervescência de novos formatos textuais. O texto assume, hoje, a condição de multimodal. O que tem facultado a promoção de novas formas e maneiras de ler. Linguagem verbal escrita e visual No dizer de Costa Val (2004), os postulados da Análise do Discurso, da Linguística de Texto e da Semiótica trazem consigo modificações na conceituação de texto, erradicando, assim, a perspectiva escrita e frasal que até então ancorava este conceito. Na fala da autora, “pode-se definir texto, hoje, como qualquer produção linguística, falada ou escrita, de qualquer tamanho, que possa fazer sentido numa situação de comunicação humana, isto é, numa situação de interlocução. Por exemplo: uma enciclopédia é um texto, uma aula é um texto, um e-mail é um texto, uma conversa por telefone é um texto, é também texto a fala de uma criança que, dirigindo-se à mãe, aponta um brinquedo e diz ‘té’” (p. 1). Dentro dessa perspectiva, o texto é uma prática linguística, que pode ter sua construção efetivada não só por meio da escrita, como também da fala. Ora, escrita e fala são registros da linguagem aptos a fazer parte da composição textual. Luna (2002) também adere a essa perspectiva, mostrando como o texto pode ser algo construído pelos variados registros da linguagem. Para a autora, a construção textual advém da conexão/ união das múltiplas formas da linguagem – verbal [escrita e oral] e não-verbal [visual]. Isso transcende a perspectiva de texto calcada na supremacia da modalidade escrita da linguagem. O texto é, hoje, algo multimodal. Dionísio (2007) define o texto multimodal como um processo de construção textual ancorado na mobilização de distintos modos de representação. Isso remete não apenas aos textos escritos, mas também aos orais. Diante dessa acepção, a multimodalidade discursiva abarca não só a linguagem verbal escrita, como também outros registros, tais como: a linguagem oral e gestual. Na fala da referida autora, “palavras e gestos, palavras e entonações, palavras e imagens, palavras e tipografia, palavras e sorrisos, palavras e animações etc.” (p. 178). Nessa conjectura, o texto multimodal consiste em uma construção textual calcada na conexão/ união de elementos provenientes de diferenciados registros da linguagem. Os textos multimodais mais conhecidos são os que estão pautados na junção de elementos alfabéticos e imagéticos (leia-se linguagem verbal escrita e visual, respectivamente). Sobre tal conceituação, podemos mencionar a título de exemplificação: os anúncios, os cartuns, as charges, as histórias em quadrinhos, as propagandas, as tirinhas etc.. Tais gêneros trazem consigo a materialização de signos alfabéticos (letras, palavras e frases) e signos semióticos (imagéticos e visuais). Ou seja, esses gêneros têm sua construção materializada mediante múltiplas e diversificadas semioses. Leitura e a escrita adquirem novo formato Os arcabouços teóricos de Nascimento et al. (2011) defendem que nenhum texto é monomodal e/ ou monosemiótico. Pelo contrário, todo texto é multimodal e multisemiótico. Há textos que são materializados unicamente através da escrita. Ainda assim, esses textos trazem consigo marcas e traços multimodais, tais como: cores e fontes diferenciadas em um mesmo texto, o tamanho da fonte, o itálico, o negrito, o sublinhado etc. Para os autores, a predominância da linguagem escrita em um dado texto não significa dizer que este é monomodal. Ainda que um dado texto seja marcado pela supremacia da linguagem escrita e, conseguintemente, pelos elementos alfabéticos, ele pode materializar traços multimodais. Isso acontece quando efetuamos alteramos a cor, a fonte ou o tamanho das letras. Um exemplo que pode ilustrar bem tal situação. Na escrita de um texto, o autor quer destacar uma frase ou um parágrafo, pois acredita que aquele ponto merece a atenção do leitor. Nessa parte do texto, o autor pode diferenciar a cor, a fonte ou o tamanho, assim como pode inserir nessa parte do texto o negrito, o sublinhado ou o itálico. Todos esses recursos ensejam determinados efeitos de sentidos em uma construção textual. É nessa junção que reside a multimodalidade textual. Isso está em consonância com Dionísio (2007) e Silva (2013). Nesse sentido, o uso de elementos e recursos multimodais na construção textual enseja a extensão das potencialidades de produção e, em especial, de compreensão de texto. A compreensão textual não é algo resultante apenas do texto verbal, mas abarca um grande leque de elementos semióticos. Ora, o leitor dá sentido ao texto tendo o respaldo não apenas de signos alfabéticos, mas de elementos imagéticos e visuais. Ou seja, os leitores envolvem-se em uma nova forma de ler marcada por documentos textuais materializados por elementos tanto verbais como visuais. A leitura e a escrita vão, então, adquirir um novo formato e uma nova moldagem. A escrita, nesses documentos, está imersa entre

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iPad: escola do Ceará vai utilizar o tablet como ferramenta de ensino

Colégio no Ceará também adota iPads como instrumento de educação Na semana passada, falamos aqui de uma escola em Porto Alegre que adotou o iPad como instrumento de alfabetização de seus alunos. Felizmente, ela não é a única: no Ceará, o Colégio 7 de Setembro está montando um laboratório cheio de tablets da Apple para que os alunos utilizem sua interatividade como recurso didático. Ele estará disponível a partir de junho para os alunos do ensino fundamental. A interatividade e as inúmeras possibilidades de aplicação educacional desse revolucionário tablet ajudarão a tornar o aprendizado uma aventura ainda mais fascinante. Claro, agora resta saber se por trás de tudo isso há a preparação dos professores para que tirem realmente o melhor proveito da tecnologia, ou se tudo não passa somente de um meio de promoção. Para mostrar o poder do iPad como instrumento didático, a Apple realizou um belo vídeo mostrando como ele pode ajudar alunos de vários níveis. Confira: Nossa esperança é que, com os atuais esforços do Governo em baixar as taxas dos tablets, essa realidade seja cada vez mais presente em nossas escolas. 🙂 Onde estão os desenvolvedores brasileiros que até agora pouco investiram em aplicativos educacionais em português, hein? Leia também ->> Em Porto Alegre, crianças são alfabetizadas com a ajuda do iPad Ilex/Blog do Iphone [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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