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Georges Soros – Brasil

George Soros’s Brazil to do list. DONE: – Controle absoluto da mídia – Fim do programa nuclear – Neutralizar desenvolvimento do submarino nuclear – Petrobras – Pré-Sal – Mercosul – Banco BRICS – Aquífero Guarani – Bases US Army nas fronteiras Paraguai e Colômbia – Representantes da Banca Internacional no comando da economia – Caos na segurança pública – Incrementar Narcotráfico – Controle de Presídios por facções criminosas – Facções criminosas aliadas às FARCS – Foro de São Paulo controlando políticos – Desmoralização do Poder Judiciário PENDENTS: – Lava-Jato – Amazônia – Anular expertise e credibilidade de empreiteiras brasileiras em concorrências no exterior – Assumir controle da Base de Alcântara – Disseminação de epidemias via vacinas – Manter juros altos para aumentar a dívida pública NEXT: – Não permitir que saibam que controlo centena de ONGS, Os Bilderbergs, financio protestos em todo mundo e mantenho a Human Rights Watch FAIL: – Controle neural de todos que lêem além do que é publicado. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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No Rio, a violência se retroalimenta

Policiais são caçados da mesma forma que caçam criminosos em operações nas favelas, num ciclo vicioso de violência. Situação da segurança pública na cidade olímpica é de falência, e quem paga o preço é a sociedade. ONG faz protesto em memória de policiais mortos em ação no Rio: somente neste ano, 62 foram assassinados. A praticamente duas semanas do início dos Jogos Olímpicos, a situação da segurança pública no Rio de Janeiro é de total falência, segundo ONGs, especialistas e os próprios policiais, com uma verdadeira guerra instaurada entre PMs e traficantes.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A violência, na verdade, se retroalimenta: somente neste ano, 62 policiais foram assassinados e 260 foram feridos por armas de fogo – pelo menos um por dia – de acordo com números do deputado estadual Paulo Ramos (PSOL), que preside a CPI da Morte de Policiais na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). Policiais passaram a ser caçados da mesma forma que caçam criminosos em operações nas favelas. E ambos os lados atiram para matar. No início do mês, um relatório sobre violência policial publicado pela ONG Human Rights Watch mostrou que, no ano passado, pelo menos 645 pessoas foram mortas pela polícia em situações questionáveis. “A política de segurança pública se baseia na eliminação do inimigo, sempre foi assim”, resume Paulo Ramos. “Agora, os policiais, especialmente os militares, estão pagando um preço muito alto por essa política porque, neste momento, a política é de extermínio de ambos os lados, e eles estão sendo caçados. É uma falência total da segurança pública que precisa ser assumida pelo estado.” Protesto de policiais e bombeiros no aeroporto internacional do Rio: situação da segurança pública na cidade é de falência O historiador Marcos Bretas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em história da polícia, concorda com o deputado. “Na relação da polícia com a criminalidade, um lado faz a violência do outro escalar. Se enfrento um inimigo terrível, tenho que ser terrível também, essa é a lógica. O lado perverso é que, a partir dos anos 80, os criminosos passaram a ter acesso a armas que não são de crime urbano, a armamento de combate, fuzil, granada”, afirma Bretas. “E quando tem que enfrentar um criminoso assim, a polícia também quer armas iguais – que obviamente não são armas de controle urbano. Se você entra numa favela com um fuzil, o tiro vai atravessar a parede, vai ter bala perdida. Isso não aumenta a eficácia da polícia, mas sim o seu poder destrutivo.” “É um trunfo matar policial” De acordo com a Human Rights Watch, muitas das mortes atribuídas a policiais em confronto são, na verdade, assassinatos extrajudiciais. “A polícia atira em pessoas desarmadas, atira pelas costas em fugitivos e executa indivíduos que já estão imobilizados com tiros na cabeça”, indica o relatório. Ainda de acordo com o documento, a polícia paga um preço alto por essas execuções. Os assassinatos alimentam um ciclo de violência que coloca em risco a vida dos policiais que trabalham em áreas com altos índices de violência, compromete sua capacidade de trabalho, pondo em risco a sociedade como um todo. Se o suspeito sabe que a forma de atuação da polícia é matar, ele nunca vai se render, sua primeira reação será atirar. As maiores vítimas são os policiais que não estão em serviço, que são mais vulneráveis. Um em cada seis mortos no crime de latrocínio (roubo seguido de morte) é policial. Num universo de 48 mil PMs, 9 mil policiais civis e 16 milhões de habitantes no estado, dá para afirmar sem medo de errar que eles são alvos. “Hoje, os bandidos caçam policiais, é um trunfo matar um policial; é uma sentença de morte para um policial se a sua identidade for revelada”, afirma o presidente da Coligação da Polícia Civil, Fábio Neira. “Há 30 anos, quando entrei na polícia, era muito diferente: eles poupavam a vida do policial”. Neira não concorda, no entanto, que a violência seja uma resposta às ações violentas da própria polícia. Para ele, o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), ao ser bem sucedido num primeiro momento, fez com que muitos criminosos deixassem de traficar drogas e fossem cometer outros crimes longe das favelas, onde acabaram tendo que enfrentar policiais. Para especialistas, armas utilizadas pela polícia são erradas: não aumentam a eficácia, mas sim o seu poder destrutivo Fracasso das UPPs O fracasso das UPPs, por sua vez, acabou conflagrando a situação nas comunidades e expondo ainda mais os policiais. Na análise do policial, as UPPs não atingiram sua meta original, em primeiro lugar, porque não deram segmento ao projeto, com a ocupação social das comunidades. Por outro lado, diz, o efetivo de policiais civis foi muito reduzido e decidiu-se pelo investimento prioritário no policiamento ostensivo, em vez de na investigação. “De acordo com uma lei de reestruturação dos quadros da polícia civil em vigor desde 2001, era para termos hoje 22 mil homens”, diz. “Não temos nem dez mil. E são quase 50 mil PMs. É desproporcional isso. É muita ocupação, prevenção e nada de investigação. E não é só o efetivo, estamos sucateados. Não temos verba para combustível, papel higiênico, para nada”, acrescenta o policial. Os especialistas concordam que as áreas mais centrais dos Jogos Olímpicos estarão seguras por conta do policiamento extra de militares e da segurança nacional. Mas eles temem pelo que pode acontecer em outras regiões. “Hoje, na situação em que nos encontramos, não conseguimos atender às demandas da sociedade. Como vamos dar conta de qualquer demanda extraordinária?” DW

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Como duas pesquisadoras estão derrubando clichês sobre a política no Brasil

O brasileiro é racista e privilegia candidatos brancos ao votar. Políticos corruptos se mantêm no poder porque o eleitor é ignorante. Quem recebe Bolsa Família é conivente com o governo. ONGs são um ralo de dinheiro público no Brasil. Será? Nara Pavão e Natália Bueno: pesquisadoras questionam chavões da política no Brasil – Image copyright ARQUIVO PESSOAL A julgar pelos estudos de duas jovens pesquisadoras brasileiras em ciência política, não. Natália Bueno e Nara Pavão, ambas de 32 anos, se destacam no meio acadêmico no exterior com pesquisas robustas que desmistificam chavões da política brasileira que alimentam debates em redes sociais e discussões de botequim. Natural de Belo Horizonte (MG), Natália faz doutorado em Yale (EUA), uma das principais universidades do mundo. Em pouco mais de oito anos de carreira, acumula 13 distinções acadêmicas, entre prêmios e bolsas. A pernambucana Nara é pesquisadora de pós-doutorado na Universidade Vanderbilt (EUA). Soma um doutorado (Notre Dame, EUA), dois mestrados em ciência política (Notre Dame e USP), 16 distinções. Em comum, além da amizade e da paixão pela ciência política, está o interesse das duas em passar a limpo “verdades absolutas” sobre corrupção, comportamento do eleitor e políticas públicas no Brasil. Eleitor é racista? O Brasil é um país de desigualdades raciais – no mercado de trabalho, no acesso à educação e à saúde. Atraída pelo tema desde a graduação, Natália Bueno verificou se isso ocorre também na representação política. O primeiro passo foi confirmar o que o senso comum já sugeria: há, proporcionalmente, mais brancos eleitos do que na população, e os negros são subrepresentados. Por exemplo, embora 45% da população brasileira (segundo o IBGE) se declare branca, na Câmara dos Deputados esse índice é de 80%. E como a diferença foi mínima na comparação entre população e o grupo dos candidatos que não se elegeram, a conclusão mais rasteira seria: o brasileiro é racista e privilegia brancos ao votar. Abertura dos trabalhos no Congresso em 2016; pesquisa investigou desigualdade racial na política nacional Image copyright FABIO POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL Para tentar verificar essa questão de forma científica, Natália montou um megaexperimento em parceria com Thad Dunning, da Universidade da Califórnia (Berkeley). Selecionou oito atores (quatro brancos e quatro negros), que gravaram um trecho semelhante ao horário eleitoral. Expôs 1.200 pessoas a essas mensagens, que só variavam no quesito raça. Resultado: candidatos brancos não tiveram melhor avaliação nem respondentes privilegiaram concorrentes da própria raça nas escolhas. Mas se a discrepância entre população e eleitos é real, onde está a resposta? No dinheiro, concluiu Natália – ela descobriu que candidatos brancos são mais ricos e recebem fatia maior da verba pública distribuída por partidos e também das doações privadas. A diferença média de patrimônio entre políticos brancos (em nível federal, estadual e local) e não brancos foi de R$ 690 mil. E em outra prova do poder do bolso nas urnas, vencedores registraram R$ 650 mil a mais em patrimônio pessoal do que os perdedores. Políticos brancos também receberam, em média, R$ 369 mil a mais em contribuições de campanha do que não brancos. A análise incluiu dados das eleições de 2008, 2010 e 2014. “Se a discriminação tem um papel (na desigualdade racial na representação política), ela passa principalmente pelas inequidades de renda e riqueza entre brancos e negros que afetam a habilidade dos candidatos negros de financiar suas campanhas”, diz. Corruptos estão no poder por que o eleitor é ignorante? A corrupção é um tema central no debate político atual no Brasil. E se tantos brasileiros percebem a corrupção como problema (98% da população pensa assim, segundo pesquisa de 2014), porque tantos políticos corruptos continuam no poder? A partir de dados de diferentes pesquisas de opinião – entre elas, dois levantamentos nacionais, com 2 mil e 1,5 mil entrevistados -, a recifense Nara Pavão foi buscar respostas para além do que a ciência política já discutiu sobre o tema. Ato contra corrupção no Congresso em 2011; estudo investiga por que corruptos se mantêm no poder – Image copyright ANTONIO CRUZ/ABR Muitos estudos já mostraram que a falta de informação política é comum entre a população, e que o eleitor costuma fazer uma troca: ignora a corrupção quando, por exemplo, a economia vai bem. “Mas para mim a questão não é apenas se o eleitor possui ou não informação sobre políticos corruptos, mas, sim, o que ele vai decidir fazer com essa informação e como essa informação vai afetar a decisão do voto”, afirma a cientista política. A pesquisa de Nara identificou um fator chave a perpetuar corruptos no poder: o chamado cinismo político – quando a corrupção é recorrente, ela passa ser vista pelo eleitor como um fator constante, e se torna inútil como critério de diferenciação entre candidatos. Consequência: o principal fator que torna os eleitores brasileiros tolerantes à corrupção é a crença de que a corrupção é generalizada. “Se você acha que todos os políticos são incapazes de lidar com a corrupção, a corrupção se torna um elemento vazio para você na escolha do voto”, afirma Nara, para quem o Brasil está preso numa espécie de armadilha da corrupção: quão maior é a percepção do problema, menos as eleições servem para resolvê-lo. Quem recebe Bolsa Família não critica o governo? O programa Bolsa Família beneficia quase 50 milhões de pessoas e é uma das principais bandeiras das gestões do PT no Planalto. Até por isso, sempre foi vitrine – e também vidraça – do petismo. Uma das críticas recorrentes pressupõe que o programa, para usar a linguagem da economia política, altera os incentivos que eleitores têm para criticar o governo. Famílias beneficiadas não se preocupariam, por exemplo, em punir um mau desempenho econômico ou a corrupção, importando-se apenas com o auxílio no começo do mês. Material de campanha em dia de votação em São Paulo em 2012; receber benefícios do governo não implica em conivência com Poder Público, conclui estudo – Image copyright MARCELO CAMARGO/ABR Deste modo, governos que mantivessem programas massivos de transferência de renda estariam blindados contra eventuais performances medíocres. Seria, nesse sentido, um

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Brasil – Da série “Acorda Brasil” – Indios e o território nacional

Para quem ainda acha que tudo que se refere à Amazônia é somente fruto dos adeptos de teorias conspiratórias, informo aos “voadores” que: 1 – 70% do Estado de Roraima são constituído de reservas indígenas e, nelas, reinam absolutas dezenas de ONGs estrangeiras. 2 – O Comando do Exército recebeu denúncia que somente bandeira de países estrangeiros são hasteadas nas terras indígenas. A Bandeira Brasileira? Nem pensar! 3 – Fontes do Exército Brasileiro confirmam que na reserva dos Waimiri Atroari – rodovia Boa Vista/Manaus – veículos brasileiros só podem circular entre as 6h e as 18h no trecho de cerca de 200km que atravessa a reserva, e, assim mesmo, pagando pedágio. Fora desse horário os índios somente permitem a circulação de veículos com estrangeiros. 4 – Os  Waimiri Atroari não falam português. A maioria só conhece a língua nativa e alguns dos chefes falam inglês ou francês. 5 – A Funai e Ongs estrangeiras atuam na região. 6 – A CPI das Ongs continua imobilizada na selva misteriosa do Senado Federal. 7 – existe, conhecidas, 150.000 mil ONGs estrangeiras operando na Amazônias 8 – Enquanto isto os Tapuias do asfalto estão atentos às evoluções de outros carnavais, bem como na abundância de destaques, passistas e rainhas de baterias. 9 – Leiam o que consta no início do site da ONG Amazonlink.org: […] é uma organização não-governamental sediada em Rio Branco e fundada em setembro de 2001. Apresenta como objetivo principal “superar fronteiras políticas, culturais, ideológicas e de língua em prol da colaboração na preservação da Amazônia”[…] 10 – Abram alas para o “estandarte do Sanatório Geral” passar. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Ongs e o apocalipse

As ONGS avançam seus (delas) tentáculos, em todas as direções e propagam “verdades”, que apuradas com lupa, não se sustentam frente a argumentos consistentes. Aliás, não se costuma verificar a enxurrada de dados, com os quais somos bombardeados diariamente, sobre os mais diversos assuntos, divulgados pelos profetas do catastrofismo. A mais nefasta delas é a ONU. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Haiti e ONGs

A ajuda que não ajuda Três anos depois do terremoto que destruiu o Haiti, o mundo descobriu que os bilhões arrecadados pela indústria das ONGs fazem mais bem a elas mesmas do que aos pobres Fabiane Stefano, de  Ajuda humanitária chega ao Haiti: ainda hoje 360.000 vivem em tendas no país Win McNamee/Getty Images São Paulo – Nos últimos 40 anos, os países ricos direcionaram nada menos que 5 trilhões de dólares em ajuda humanitária no mundo. Num primeiro momento, a caravana do bem foi festejada como a solução para a pobreza e os flagelos na África, na Ásia e na América Latina. O tempo passou e as promessas de um mundo livre de miseráveis não se concretizaram — ainda hoje 1,3 bilhão de pessoas vivem com menos de 1,25 dólar por dia. E a ajuda humanitária internacional, que movimentou cerca de 136 bilhões de dólares em 2011, passou a ser vista cada vez com mais descrédito.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O exemplo mais recente de que boas intenções e muito dinheiro não são suficientes vem do Haiti. Três anos depois do terremoto que destruiu o país e com 9 bilhões de dólares gastos em ajuda humanitária, o Haiti continua a viver sob o caos. Ainda hoje, 360.000 pessoas vivem em tendas em campos de desabrigados na capital, Porto Príncipe. Mais de 80% da população não tem acesso a água potável. Um livro publicado em janeiro, The Big Truck That Went By: How the World Came to Save Haiti and Left a Disaster Behind (“O caminhão que passou: como o mundo veio salvar o Haiti e deixou para trás um desastre”, numa tradução livre), do jornalista americano Jonathan Katz, ilustra bem a triste realidade do país. Katz foi correspondente da agência de notícias Associated Press durante quatro anos no Haiti e acompanhou os reforços de reconstrução. Seu relato é desalentador. Katz descreve a rotina burocratizada do trabalho humanitário, a falta de coordenação nas operações e o desperdício de dinheiro. O jornalista cita o exemplo do americano Mike Godfrey, experiente funcionário da USAid, a agência americana para o desenvolvimento internacional. Nas semanas seguintes ao terremoto, Godfrey participou de longuíssimas reuniões para apresentar procedimentos burocráticos a voluntários que ficariam apenas algumas semanas no país. Maior desastre natural enfrentado pela Organização das Nações Unidas, o terremoto no Haiti também é o evento que mais arrecadou ajuda humanitária no mundo. Já foram angariados 13 bilhões de dólares, sendo que 9 bilhões foram desembolsados — os 4 bilhões restantes serão aplicados até 2020. O dinheiro arrecadado é quase o dobro do custo estimado da tragédia, de 7,8 bilhões de dólares. “O grande problema do Haiti é que o país virou uma república de organizações não governamentais”, diz a pesquisadora Vijaya Ramachandran, do Centro para o Desenvolvimento Global, de Washington. “As ONGs captam o dinheiro, mas não têm capacidade de coordenar a construção de rodovias ou de infraestrutura de energia.” Estima-se que mais de 1.000 ONGs operem no país hoje, com enorme sobreposição de atividades entre elas. Outro problema recorrente envolvendo as ONGs é a falta de transparência na aplicação dos recursos. De cada 100 dólares que elas gerem no país, apenas 2 dólares (sim, 2 dólares) são rastreados e sua aplicação é conhecida. Um convite ao desperdício e ao desvio de verbas. O mundo das ONGs é extremamente heterogêneo. Há organizações sérias que sabem o que estão fazendo. Também há gente bem-intencionada que faz tudo errado. E há ainda a turma que se aproveita do drama alheio para faturar. No Haiti, o rapper celebridade Wyclef Jean, nascido no país e criado nos Estados Unidos, foi um dos que acabaram no terceiro grupo. Sua fundação, a Yele Haiti, foi acusada de alocar no país apenas um terço dos fundos arrecadados. O cantor é uma figura tão popular no país que até foi cogitado que ele poderia concorrer à Presidência (a candidatura não foi para a frente porque Jean não era residente no Haiti). No fim do ano passado, a Inglaterra e a Irlanda suspenderam a ajuda humanitária a Uganda porque 15 milhões de dólares que deveriam patrocinar programas de desenvolvimento acabaram na conta-corrente do primeiro-ministro do país. Indústria da filantropia A ajuda humanitária não é uma invenção do século 20 (a caridade religiosa nasceu praticamente junto com o cristianismo). A diferença é que nas últimas décadas ela se transformou num setor da economia global. Estima-se que existam 70.000 ONGs com atuação internacional. O atual modelo de ajuda humanitária se popularizou no final dos anos 60 com a guerra civil de repressão a Biafra, Estado com pretensões separatistas ao sul da Nigéria. Biafra foi o primeiro conflito na África a ser televisionado. Os milhões de crianças espremidas entre a guerra e a fome comoveram o mundo e mobilizaram voluntários ao redor do planeta. Aí, o dinheiro começou a fluir. Até hoje, a África é o principal destino dos recursos da ajuda humanitária. Em 2011, as doações ao continente somaram 49 bilhões — 37% do total angariado.  Na Índia, onde a indústria da filantropia também prospera, há 3,3 milhões de entidades não governamentais nacionais — uma para cada 400 habitantes. Esses dados têm levado a um número crescente de céticos quanto à eficiência da aplicação dos recursos. “A ajuda humanitária  não vai tirar nenhum país da pobreza”, diz o ativista de direitos humanos David Rieff, que escreveu em 2002 o livro A Bed for the Night: Humanitarianism in Crisis (“Cama por uma noite: o humanitarismo em crise”, numa tradução livre). “Apenas um governo estruturado com uma economia funcionando desenvolve um país.” Sem isso, não há bilhões que resolvam as agruras dos países pobres. Fabiane Stefano, de  

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Brasil e Ongs estrangeiras

Ideais anticapitalistas e/ou interesse estrangeiro Gelio Fregapani Sem a bandeira comunista para se opor ao capitalismo, aos anticapitalistas restou o ambientalismo e o indigenismo, que ao final do século XX, uniram-se formando um movimento contrário a qualquer projeto desenvolvimentista. No Brasil isto é tão forte a ponto de seguir freando por mais de três décadas o processo de desenvolvimento do país. Foram poucos os projetos de desenvolvimento no Brasil que não esbarraram e estagnaram ante alguma resistência, seja de terra indígena, unidade de conservação, comunidade quilombola ou comunidade tradicional. Raramente, por reivindicações legitimas. Mas são grupos se opondo de forma veemente e sistemática contra qualquer iniciativa ou obra de desenvolvimento. Sempre contrários à aberturas de estradas, ferrovias, hidrovias ou usina hidrelétrica, em grande parte obras que os beneficiariam pessoalmente, fizeram o jogo do grande capital internacional, regiamente recompensados por eles.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A progressiva conscientização da nossa gente já gera animosidade da sociedade brasileira que quer e precisa do desenvolvimento e esses ambientalistas/indianistas sempre nos prejudicam. Quilombolas Interessante esta nova maneira de perturbar o Brasil. Quilombolas, que não são quilombolas nem mesmo seus descendentes, estão sempre reivindicando terrenos estratégicos, tais como o, centro de lançamento de foguetes de Alcântara e a base naval de Aratu, além de terra de outros e de uma cidade inteira (São Mateus, ES) . Indígenas, que nem sempre são indígenas, sempre fazendo manifestações e impedindo a construção de hidroelétricas, reivindicando terras alheias e outras sobre ocorrências de ricos minérios, fechando estradas, cobrando pedágios etc. Tudo a comando de ONGs ligadas ao estrangeiro. A política indigenista no Amazonas é ditada pela COIAB, uma ONG anglo-americana que oferece dinheiro para quem se declarar índio e paga aos pais que registrarem os seus filhos como indígenas. Os municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Tabatinga, Tapauá, Autazes, estão quase todos tomados por territórios indígenas, onde não tem índio, só existe índio na mente dos dirigentes da COIAB e da FUNAI. Na Marambaia (área de experimento de armamento do Exército) tem uma reivindicação quilombola patrocinada pela ONG Koinonia, apoiada por: “Christian AID Norwegian Church Aid, Church World Service, Canadian International Development Agency, United Church of Canada e Church Development Service” (pode ser conferido no site www.Koinonini.org.br).

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Por que não tem ONGS no Nordeste seco?

Brasil: da série “Perguntar não ofende!” O texto abaixo, recebido por e-mail,  faz uma comparação entre o trabalho e a presença das Ongs estrangeiras na Amazônia e no Nordeste: Você consegue entender isso? Vítimas da seca: Quantos? 10 milhões Sujeitos à fome? Sim Passam sede? Sim Subnutrição? Sim ONGs estrangeiras ajudando: Nenhuma Índios da Amazônia Quantos? 230 mil Sujeitos à fome? Não Passam sede? Não Subnutrição? Não ONGs estrangeiras ajudando: 350 Provável explicação: A Amazônia tem ouro, nióbio, petróleo, as maiores jazidas de manganês e ferro do mundo, diamante, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta (o que pode gerar grandes lucros aos laboratórios estrangeiros) e outras inúmeras riquezas que somam 14 trilhões de dólares. O nordeste não tem tanta riqueza, por isso lá não há ONGs estrangeiras ajudando os famintos. Tente entender: Há mais ONGs estrangeiras indigenistas e ambientalistas na Amazônia brasileira do que em todo o continente africano, que sofre com a fome, a sede, as guerras civis, as epidemias de AIDS e Ebola, os massacres e as minas terrestres. Agora, uma pergunta: Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito? É uma reflexão interessante. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Brasil: A republiqueta que funciona em caixa de sapato

O que era antes privativo dos mensaleiros e cuequeiros do PT, agora se propaga por partidos, também sempre decantados como éticos. Esse descalabro é mais um dos exemplos envolvendo partidos políticos, no caso PCdoB e Ongs. A “tunga” dos cumpanheros tem a única finalidade de se apropriar do dinheiro público. Sim, é inacreditável que um Ministro de estado seja acusado de receber propinas na garagem do prédio de seu escritório oficial. O que é de estranhar, especificamente em relação às denúncias complementares, e não ao fato em si, é qual a razão de o policial João Dias ter feito as denúncias mais detalhadamente em reunião com parlamentares da oposição, e não diretamente à Polícia Federal. Aliá, o PM alegou questões de saúde para o seu (dele) não comparecimento ao depoimento marcado à Polícia Federal. Ocorre que no mesmo horário ele estava reunido em uma das salas do Congresso Nacional com líderes de oposição. O certo seria ter entregue as provas para a Polícia Federal. Que eu saiba do que está normatizado na Constituição Federal, mais especificamente no art. 58, § 3º – “As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos internos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores” – portando somente na vigência de um CPI, o que não é o caso nessa que foi uma reunião privada, o senador Álvaro Dias não tem poderes próprios do judiciário nem do Ministério Público. E continua a pergunta que não quer calar, e nunca é respondida: e os empresários que corrompem os corrompidos? Quem são? Nomes! Queremos nomes! Faltou também ser revelado pelo insigne denunciante, e para que a denúncia se revestisse do máximo de credibilidade, qual foi a sua (dele) parte no butim. Assim como o escândalo do mensalão do DEM de Brasília a oposição não olha para o próprio umbigo. Quer dizer, sarjeta. O Editor Orlando Silva: Acusador afirma que entregou ‘gravação’ para revista Reunido a portas fechadas com lideranças da oposição, o PM João Dias forneceu detalhes sobre o esquema de cobrança propinas da pasta dos Esportes. Informou que o balcão funcionava no prédio do próprio ministério, forneceu nomes de empresas e de pessoas, esmiuçou reuniões e disse ter gravado uma delas. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Mais: João Dias declarou a senadores e deputados oposicionistas que já entregou a gravação à revista ‘Veja’. Disse que será veiculada no próximo fim de semana. Segundo João Dias, soam no áudio as vozes de assessores do Ministério dos Esportes que se reuniram com ele a pedido do ministro Orlando Silva. A conversa é de abril de 2008, época em que Orlando já ocupava a poltrona de ministro. Serviu para alinhavar um acordo nada republicano. Combinou-se que João Dias não denunciaria a engrenagem de cobrança de propinas. Algo que ameaçava fazer. Em troca do silêncio, a equipe de Orlando Silva isentaria duas ONGs do PM de irregularidades em convênios firmados com o ministério. Coisa de R$ 3,2 milhões. O acordo fora esboçado, segundo João Dias, numa reunião que ele mantivera antes com o próprio Orlando Silva. Esse diálogo prévio não foi gravado. Porém, disse o PM aos parlamentares, o áudio do segundo encontro, captado sem que os presentes soubessem, faz menção à combinação feita com o ministro. O blog conversou com três dos parlamentares que ouviram o relato de João Dias: Álvaro Dias (PSDB-PR), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Os três declararam-se impressionados com a riqueza de detalhes do relato. Em essência, o detrator de Orlando Silva contou o seguinte: 1. Rescisão retroativa: Combinou-se que João Dias, em litígio com os operadores do esquema de propinas, teria encerrados os convênios de suas ONGs. Embora o acerto seja de abril de 2008, o termo do encerramento dos negócios foi datado de dezembro de 2007. Por quê? Para evitar que irregularidades apontadas posteriormente caíssem na malha de órgãos de controle como TCU e da CGU. 2. Central de fraudes: João Dias disse que entrou em atrito com Orlando Silva e Cia. ao recusar-se a pagar propina de 20% sobre os convênios que celebrou. Pagou, segundo disse, entre 1% e 2%. A central de desvios funcionava, segundo o acusador, nas dependências do ministério. Envolvia convênios do programa ‘Segundo Tempo.’ 3. Taxa de ‘assessoramento’: O acusador deu nome aos operadores dos contratos. Os contatos com as ONGs era feito por Ralcilene Santiago, funcionária do ministério e militante do PcdoB, partido do ministro. Cuidava da checagem da documentação e da estruturação dos convênios o advogado Júlio Cesar Vinha. A intermediação custava às ONGs até 20% do valor dos contratos. Feita a título de “assessoramento”, a cobrança era, segundo João Dias, “propina”. 4. Provedores de notas frias: João Dias contou que participavam do esquema empresas cuja função era a de prover notas frias para encobrir os desvios. Ele citou três logomarcas: HP, Infinita e Linha Direta. 5. R$ 1 milhão por baixo da mesa: De acordo com o relato do PM, o programa ‘Segundo Tempo’, concebido para levar atividades esportivas a crianças e adolescentes, destina verbas a ONGs de fancaria. Cumprem os convênios pela metade ou descumprem integralmente. Essas entidades devolvem parte do dinheiro recebido na forma de propinas. João Dias citou quatro ONGs que teriam repassado ao esquema R$ 1 milhão. Detalhista, ele dá os nomes das entidades e as cifras dos respectivos convênios: Liga de Futebol Society do DF (R$ 2 milhões), Instituto Novo Horizonte (R$ 3 milhões), Fundação Toni Matos (R$ 1 milhão), Associação Nossa Senhora Imaculada (R$ 600 mil). 6. Caixa dois do PCdoB: No dizer de João Dias, ex-candidato a deputado distrital pelo PCdoB-DF, a usina de desvios montada na pasta dos Esportes funciona “em todo país”. A verba malversada destinava-se, segundo ele

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O PT e o crime contra as ONGs

Os partidos políticos, especialmente o PT, são responsáveis por jogar lama numa ideia encantadora: a de que se pode fazer um serviço público, ajudando a comunidade, sem necessariamente ter de estar no governo ou ser filiado a algum partido. Gilberto Dimenstein ¹  Sou dos que acham de que todo e qualquer cidadão deveria ser ensinado a prestar algum tipo de serviço em sua comunidade. Um dos meus orgulhos na vida é ter sido voluntário neste tipo de entidade. Inspirei-me em maravilhosos casos de instituições que fizeram e fazem a diferença nas mais variadas áreas, da infância ao meio ambiente, passando pelas artes, adiantando-se aos governos. É onde se prestam projetos inovadores, que depois são replicados. Aponte um avanço social brasileiro e verá uma entidade não-governamental participando da mobilização na proteção de mulheres, negros, índios, crianças com deficiência, idosos, homossexuais. Essa combinação de fazer uma ação pública sem participar de governos ou partidos atraiu, no Brasil, jovens desencantados da política, mas querendo fazer a diferença. É uma dimensão das políticas públicas avançadas em que o governo não é o único protagonista. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Mas os partidos políticos brasileiros descobriram um filão de malandragem, usando a imagem das ONGs para acobertar falcatruas. O custo disso pode ir muito além dos milhões desviados. Pode gerar o aumento do desencanto dos jovens e das pessoas que querem melhorar sua comunidade. A melhor coisa que se faz é investigar cada vez mais as ONGs, especialmente as que tiverem acertos com os governos, para gerar transparência. ¹ Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.

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