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Tablets mais baratos

O governo vem anunciando a política para popularização dos tablets desde o início do ano. Finalmente, os primeiros equipamentos com impostos reduzidos começam a chegar ao mercado. A Motorola baixou o preço do tablet Xoom (foto) e a Samsung começou a vender neste sábado, 13, o Galaxy Tab 10.1. As empresas estão entre as cinco que já tiveram o Processo Produtivo Básico (PPB) aprovado pelo governo. Sem isso, não é possível se beneficiar da redução de tributos. As outras três são a Positivo Informática, a MXT e a Aiox. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, existem mais quatro PPBs que estão para ser publicados. “O tablet é um produto inovador, com aceitação muito grande”, disse o ministro. “Até o fim do ano, haverá uma disputa que será muito interessante para o consumidor.” Segundo Mercadante, 25 empresas já expressaram interesse em fabricar tablets no País. Desde a terça-feira passada, a Motorola reduziu em R$ 300 o preço do Xoom. O modelo com conexão Wi-Fi passou de R$ 1.899 para R$ 1.599 e o preço do modelo com Wi-Fi e 3G passou de R$ 2.299 para R$ 1.999. “O mais provável é que essa redução gere um aumento direto na demanda”, disse Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da Motorola Mobility. A empresa tem fabricação local do Xoom desde o seu lançamento no País, em abril, mesmo sem os incentivos tributários. O Galaxy Tab 10.1, da Samsung, custa R$ 1.999 sem subsídio. Com tela de 10,1 polegadas, esse tablet só começou a ser vendido no Brasil ontem e, por isso, não dá para avaliar o impacto da redução de impostos. Até o fim do mês, a Vivo oferece o Galaxy Tab 10.1 com exclusividade. A queda de preço do modelo mais barato do Xoom foi de 16% e do mais caro, de 13%. A redução ficou abaixo dos 31% previstos pelo governo. “Os preços dos tablets devem cair com o aumento da competição”, disse o ministro Aloizio Mercadante. “Quem sai na frente acaba cobrando um pouco mais.” Para Fernando Belfort, analista sênior da consultoria Frost & Sullivan, a redução de preço deve ficar mesmo na faixa de 15% a 20%. “Não acredito em 30% ou 40%”, disse Belfort. “Apesar do corte de impostos, produzir no Brasil é caro.” Ele enumerou problemas de logística, encargos sobre salários e as contrapartidas de investimento de pesquisa e desenvolvimento definidas pela política governamental. blog do Renato Cruz/Estadão

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