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Celso Pitta novamente na mira da justiça

Pitta é alvo de ação para recuperar R$ 40 milhões. Escândalo com títulos públicos tem mais réus, como bancos e corretoras Doze anos depois do escândalo da cadeia da felicidade com Letras Financeiras do Tesouro Municipal (LFTMs) – títulos públicos negociados no mercado sem licitação e com deságio elevado -, a Prefeitura de São Paulo, finalmente, será ressarcida. Serão restituídos aos cofres públicos R$ 40 milhões, de acordo com estimativa da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, que na quarta-feira ingressou com a primeira de uma série de ações de execução perante a 12ª Vara da Fazenda. O dinheiro está bloqueado judicialmente desde o início do processo. O alvo do Ministério Público são 15 bancos de investimentos, corretoras e distribuidoras de valores, além do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000) e o ex-coordenador da dívida pública Wagner Ramos, réus em ação de responsabilidade civil por atos de improbidade administrativa. O episódio com os títulos se deu entre 1994 e 1996, período em que Pitta ocupava a Secretaria de Finanças da gestão Paulo Maluf (1993-1996). A cadeia da felicidade foi identificada em 1997 pela CPI dos Precatórios, no Senado. Pitta não será cobrado agora porque apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com recurso extraordinário. O Estado de São Paulo – De Fausto Macedo

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Procurador pede a TCU apuração sobre a filha de FHC

A coisa tá braba. Nós, os Tupiniquins, não temos nem tempo pra tomarmos fôlego. O tsunami de lama que vem do senado, nos afoga a todos. O que mais impressiona é que se ligarmos a TV Senado, os nécios se sucedem na tribuna e nenhum das 81 ex-celências, toca no assunto. Parecem todos habitantes de outro planeta. Ninguém sabia da ocorrência das bandalheiras. E eu que pensava que Lula e aloprados mensaleiros não tinham feito escola! O editor blog Josias de Souza Nesta terça (31), o procurador Marinus Eduardo Marsico pedirá ao TCU que abra uma investigação em torno dos malfeitos do Senado. Ele representa o Ministério Público no TCU. Protocolará sua ação na presidência do tribunal, um órgão auxiliar do Legislativo. Entre os episódios que Marinus Marcico deseja ver acomodados em pratos bem asseados está a contratação de uma filha de Fernando Henrique Cardoso. Chama-se Luciana Cardoso. É contratada do gabinete do senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Mas não dá as caras no Senado. Escondida nas dobras da folha de pagamentos do Senado, a filha de FHC foi desencavada pela coluna da repórter Mônica Bergamo. Ouvida, Luciana soou curiosamente debochada: “Trabalho mais em casa, na casa do senador…” “…Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando…” Perguntou-se à filha de FHC se já havia entrado no gabinete de Heráclito. E ela: “Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna…” “…Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar ‘vem aqui’, eu vou lá”. Ou seja, Luciana é, por assim dizer, parte de um fenônome que o pai dela batizou de “cupinização” do Estado. Além de varejar este caso, o procurador Marinus Marcico deseja que o TCU esquadrinhe outros dois episódios: 1. O pagamento de horas extras a mais de 3.000 servidores do Senado em plenas férias; 2. A denúncia de que a servidora Elga Lopes recebeu normalmente o contracheque em fases nas quais assessorou as campanhas eleitorais de senadores. Entre os “assessorados” estão José Sarney e a filha dele, Roseana Sarney. Elga era diretora de Modernização do Senado (!?!?!). Hoje, dirige a Comunicação Social. O objetivo do procurador é a restituição às arcas da Viúva de valores eventualmente dispendidos em afronta à lei. Marinus Marcico talvez devesse ampliar o foco da ação que vai propor ao TCU. Há inúmeros outros “fantasmas” flanando sobre a folha salarial do Senado. No último final de semana, os repórteres Otávio Cabral e Alexandre Oltramari lançaram um facho de luz sobre dois desses ectoplasmas. O primeiro se chama Aricelso Lopes. É “coordenador de atividade policial” do Senado. Está lotado no gabinete do senador Mão Santa (PMDB-PI). “Faz no mínimo dois anos que ele não aparece aqui”, disse Rauf de Andrade, chefe de gabinete da polícia do Senado. O gabinete de Mão Santa informou que o servidor foi requisitado, veja você, para capturar um pistoleiro que supostamente ameaçava o senador. O outro “fantasma” atende pelo nome de Weber Magalhães. É diretor da CBF. Mas está escalado como servidor do gabinete de Wellington Salgado (PMDB-MG). A Viúva paga-lhe o salário. Mas Weber não dá expediente no Senado. “Acompanho projetos para o senador”, diz ele. Inquirido a respeito, o pseudochefe Wellington deu uma explicação saiu-se com um salgado deboche ao contribuinte: “Ele é muito feio. Melhor não aparecer por aqui”. Como se vê, a situação no Senado é mais feia do que supõe o procurador Marinus Marsico. Melhor ampliar o escopo da ação. Quem sabe nao se anima logo a incluir a Câmara. Deve-se aos repórteres Leonardo Souza e Maria Clara Cabral a descoberta de que a folha da Câmara serve de abrigo até para empregada doméstca. Descobriu-se que o deputado licenciado Alberto Fraga (DEM-DF) mantinha em casa uma doméstica, Izolda da Silva Lima, cujo salário sai da bolsa da Viúva. Depois de negar o malfeito à saciedade, Fraga traiu-se numa entrevista ao “Jornal Nacional”. Disse o seguinte: “Ela faz serviço no meu gabinete. Ela paga contas, serve cafezinho, é uma empregada que presta serviços domésticos…” “…Perdão, presta serviços externos. Agora, realmente ficou complicado de explicar”. De fato, ficou complicado. Tão complicado que Fraga viu-se compelido a pedir ao suplente Osório Adriano (DEM-DF), no exercício do mandato, que demitisse Izolda. No Senado, acossado pelo inadmissível, José Sarney disse que terá “tolerância zero” com os malfeitos. A essa altura, não resta à platéia senão agarrar-se a São Tomé.

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Sarney promete cargo de 2 bilhões para o DEM

Brasil: da série “O tamanho do buraco!” Em matéria de “sarfanagem” — neologismo para safadeza e sacanagem — o maribondo de fogo das plagas maranhenses, o inefável Zé Sarney, é imbatível. Agora, sabendo que tucanalhas petralhas e democratalhas, comem todos no mesmo cocho e chafurdam na mesma pocilga, articula cena de corrupção explícita para “abocanhar” a presidência do senado. Entre outras sem vergonhices, essa cambada já passou a mão na cabeça do senador mensaleiro Eduardo Azeredo e absolveu o boiadeiro Renan Calheiros. Cadê o Ministério Público que não denuncia essa corja, todos os 81, no crime de formação de quadrilha? Sarney promete ao DEM cargo com verbas de R$ 2 bi Candidato do PMDB à presidência do Senado, José Sarney (AP) comprometeu-se a entregar para o DEM um dos cargos mais cobiçados da Mesa diretora. Chama-se primeira secretaria. Cuida da administração do Senado. Gere um orçamento anual de mais de R$ 2 bilhões. Passam pela mesa do primeiro secretário: a folha salarial do Senado, contratos milionários de aquisição de bens e serviços… …Viagens dos senadores, verbas de gabinete, gestão de apartamentos funcionais e um interminável etc. Hoje, a primeira secretaria é comandada pelo senador ‘demo’ Efraim Morais (PB). Deve passar às mãos de Heráclito Fortes (DEM-PI). Sob Efraim, o Ministério Público abriu pelo menos cinco investigações. Envolvem da contatação irregular de servidores terceirizados a supostas fraudes em contratos. Heráclito, o provável substituto de Efraim, deixará a presidência da Comissão de Relações Exteriores, reivindicada pelo PSDB, que planeja entregá-la a Eduardo Azeredo (MG). Rival de Sarney na disputa pelo comando do Senado, o petista Tião Viana (AC) ofereceu a Primeira Secretaria ao PSDB. A oferta foi vista como uma tentativa de Tião de provocar cizânia na seara oposicionista, indispondo o PSDB com o DEM. O tucanato prefere ocupar na Mesa o cargo de primeiro vice-presidente, a ser entregue a Marconi Perilo (PSDB-GO). Depois da primeira secretaria, por ordem de importância, o DEM reivindica a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A pretensão submete Sarney e o centro-avante da candidatura dele, Renan Calheiros (PMDB-AL), a uma constrangedora saia justa. Depois de mandar à cucuia a recandidatura de Garibaldi Alves (PMDB-RN), Renan e Sarney acenaram com a hipótese de acomodá-lo num posto de primeira grandeza. Garibaldi ambiciona justamente a CCJ, comissão da qual os ‘demos’ não abrem mão. Sarney tem dificuldades para contrariar o DEM, seu parceiro de primeira hora. Renan coordena, em nome de Sarney, a negociação dos cargos com os líderes dos demais partidos. Torra os miolos para arrumar uma acomodação para Garibaldi. Sérgio Lima – Folha de São Paulo

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