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Manuel Bandeira – Versos na tarde – 17/04/2017

Poema Manuel Bandeira¹ Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo Quero apenas contar-te a minha ternura Ah se em troca de tanta felicidade que me dás Eu te pudesse repor – Eu soubesse repor – No coração despedaçado As mais puras alegrias de tua infância! ¹Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho * Recife, PE. – 19 de Abril de 1886 + Rio de Janeiro, RJ. – 13 de Outubro de 1968 [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Manuel Bandeira – Versos na tarde – 03/01/2016

Nu Manuel Bandeira¹ Quando estás vestida, Ninguém imagina Os mundos que escondes Sob as tuas roupas. (Assim, quando é dia, Não temos noção Dos astros que luzem No profundo céu. Mas a noite é nua, E, nua na noite, Palpitam teus mundos E os mundos da noite. Brilham teus joelhos. Brilha o teu umbigo. Brilha toda a tua Lira abdominal. Teus seios exíguos – Como na rijeza Do tronco robusto Dois frutos pequenos – Brilham.) Ah, teus seios! Teus duros mamilos! Teu dorso! Teus flancos! Ah, tuas espáduas! Se nua, teus olhos Ficam nus também; Teu olhar, mais longo, Mais lento, mais líquido. Então, dentro deles, Bóio, nado, salto, Baixo num mergulho Perpendicular. Baixo até o mais fundo De teu ser, lá onde Me sorri tu’alma, Nua, nua, nua… ¹Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho * Recife, PE – 19 de Abril de 1886 d.C + Rio de Janeiro, RJ, – 13 de Outubro de 1968 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Manuel Bandeira – Versos na tarde – 28/06/2015

Desencanto Manuel Bandeira ¹ Eu faço versos como quem chora de desalento… de desencanto… Fecha o meu livro, se por agora não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente… tristeza esparsa… remorso vão… dói-me nas veias. Amargo e quente, cai, gota a gota, do coração. E nestes versos de angústia rouca, assim dos lábios a vida corre, deixando um acre sabor na boca. – Eu faço versos como quem morre. ¹ Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho * Recife, PE. – 19 de Abril de 1886 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 13 de Outubro de 1968 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Manuel Bandeira – Versos na tarde – 04/12/2012

Quando estás vestida Manuel Bandeira ¹ Quando estás vestida, Ninguém imagina Os mundos que escondes Sob as tuas roupas. Assim, quando é dia, Não temos noção Dos astros que luzem No profundo céu. Mas a noite é nua, E, nua na noite, Palpitam teus mundos E os mundos da noite Brilham teus joelhos. Brilha o teu umbigo. Brilha toda a tua Lira abdominal. Teus seios exíguos – Como na rijeza Do tronco robusto Dois frutos pequenos – Brilham. Ah, teus seios! Teus duros mamilos! Teu dorso! Teus flancos! Ah, tuas espáduas! Se nua, teus olhos Ficam nus também; Teu olhar, mais longo, Mais lento, mais líquido. Então, dentro deles, Bóio, nado, salto, Baixo num mergulho Perpendicular. Baixo até o mais fundo De teu ser, lá onde Me sorri tu’alma, Nua, nua, nua… ¹ Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho * Recife, PE. – 19 de Abril de 1886 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 13 de Outubro de 1968 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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