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Projeto de lei pode tornar e-mail documento

Um projeto de lei em discussão no Congresso pode dar aos e-mails status de documento com valor legal. O texto está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que avalia se a medida é constitucional ou não. Se obter parecer positivo, o projeto pode seguir para votação em plenário. A ideia é dar valor legal a e-mails trocados com certificação digital. Assim, ao invés do usuário precisar assinar um documento, reconhecer a assinatura em cartório e enviar o papel por correio ou entregá-lo pessoalmente, pode validar uma decisão apenas enviando um e-mail. A Comissão quer certificar-se de que esse processo é seguro e que permitirá desburocratizar transações comerciais sem aumentar o risco Felipe Zmoginski –  INFO Online

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Projeto do Senador Azeredo criminaliza a internet

Nesta quinta-feira (14), às 19 horas, na Assembléia Legislativa de São Paulo, ocorrerá um ato público em repúdio ao projeto do senador tucano Eduardo Azeredo que visa criminalizar o uso da internet. O projeto, já batizado de AI-5 Digital, numa referência ao ato institucional mais fascista da ditadura militar, tramita no parlamento e pode ser votado a qualquer momento. Daí a urgência da pressão contra esta regressão autoritária. Atos semelhantes devem ocorrer em outros estados. Conforme explica a convocatória do protesto, assinada por deputados estaduais e federais do PT, PCdoB, PDT, PSB e PSOL e por vários movimentos sociais, o projeto substitutivo sobre crimes na internet de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) torna “suspeitos” os usuários, impede a existência de redes abertas, coíbe o livre uso de aparelhos digitais e pretende transformar os provedores de acesso numa espécie de polícia privada. “O projeto coloca em risco a privacidade dos internautas e, se aprovado, elevará o já elevado custo de comunicação no Brasil”. A nota adverte: “A internet é uma rede de comunicação aberta e livre. Nela, podemos criar conteúdos, formatos e tecnologias sem a necessidade de autorização de nenhum governo ou corporação. A internet democratizou o acesso à informação e tem assegurado práticas colaborativas extremamente importantes para a diversidade cultural. A internet é a maior expressão da era da informação. Ela reduziu as barreiras de entrada para se comunicar e para se disseminar mensagens. E isto incomoda grandes grupos econômicos e de intermediários da cultura. Por isso, eles se juntam para retirar da internet as possibilidades de livre criação e de compartilhamento de bens culturais e de conhecimento”. blog do Miro

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Fio dental agora é obrigatório em Santos

As gordinhas que costumam se esbaldar nas areias do Boqueirão, as roliças que saltitam entre as ondas do José Menino e as adiposas que correm atrás do carrinho de sorvete na Ponta da Praia devem ter tomado um susto de cair da cadeira Rochedo com o título aí em cima. Mas, como hoje é dia de relaxar em nome do trabalho, começo as devidas explicações sobre o enunciado pegando no tranco. Sabe aquela do português que foi ao dentista? Depois de um exame preliminar, o dentista constatou que seu Manoel estava com a boca cheia de cáries. “O senhor utiliza fio dental?”, perguntou o especialista. E o alentejano respondeu: “Não, senhor, tenho um bumbum muito feio”. No Estado de São Paulo, legisladores grafômanos rabiscam uma lei inútil atrás da outra. E ninguém mais parece distinguir a história do Manoel da vida real. Em Santos, acredite se quiser, uma lei municipal aprovada nesta semana obriga todos os estabelecimentos que vendem comida a oferecer fio dental gratuitamente aos clientes. Pois é, até entre o consumidor e seus dentes o Estado resolveu se meter. Daqui a pouco, não será de admirar se o cidadão tiver de tirar uma autorização por escrito para pode flatular em paz. O governo cobra impostos sobre os cigarros, mas impede que se fume em quase tudo que é canto, inclusive no carro. Acabamos de criar uma das leis mais rigorosas do mundo no que diz respeito ao consumo de tabaco, mas ninguém está nem aí com a quantidade de hormônios que existem na carne ou com os agrotóxicos nas hortaliças. E os esforços para melhorar a qualidade do ar que se respira na cidade continuam a ser risíveis. Nada é proporcional, tudo é canetada, tudo é passageiro, fruto do oportunismo, é bola da vez, é conveniência deste ou daquele. O Estado agora deu para proteger o cidadão de si próprio com uma desenvoltura de fazer inveja a Josef Stálin, metendo-se em todas as esferas da vida privada, mesmo sem nunca ter oferecido à população o arroz e feijão em quesitos fundamentais, tais como educação, saúde, saneamento e transporte. E, como se já não bastassem os impostos que nos tungam, como se já não estivéssemos fartos de fazer papel de bocó andando por aí há anos com extintores de incêndio no carro que nunca foram ou serão utilizados, agora teremos de pagar por caríssimos airbags em todos os automóveis produzidos -faz sentido isso em um país emergente? E o que o nobre leitor me diz das amostras que deveriam estar chegando ao Butantã com urgência máxima para ajudar no desenvolvimento da vacina contra a gripe suína e que, por conta de mais uma lei estúpida qualquer, vão demorar outros 60 dias, uma eternidade em termos de pandemia? O Estado que se mete em tudo, que inventa leis e mais leis para mostrar serviço (a baixo custo) fatalmente acabará criando uma falsa impressão de proteção. Desconfio que um dos tantos subprodutos nefastos desse excesso de leis que não servem para nada será o surgimento de um novo tipo de contribuinte. Que não bebe, não fuma e usa fio dental, mas que não deixa de ser um analfabeto funcional. blog da Bárbara Gancia

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Internet. Parlamentares reconsideram projeto de lei sobre internet na França

Legisladores franceses submeteram o projeto de lei sobre internet a uma nova avaliação na quarta-feira (29). A previsão é de que haja uma nova votação ocorra durante nesta quinta-feira (30). O projeto prevê a punição às pessoas que fizerem downloads ilegais de música e filmes, a partir do corte das respectivas conexões. O projeto de lei foi rejeitado, em uma manobra considerada surpreendente, no começo deste mês. A indústria do entretenimento tem pressionado para que a medida seja aprovada, a fim de coibir a troca de arquivos sem pagamentos relativos aos direitos autorais. Projeto prevê a punição às pessoas que fizerem downloads ilegais de música e filmes Mas ela não conseguiu o apoio necessário para a votação — e o projeto foi rejeitado, em um dia particularmente vazio no Parlamento francês. O governo colocou o assunto em pauta ontem novamente e o tema sugere um caloroso debate. Legisladores socialistas se opõem claramente à medida, em uma afronta direta à ministra da Cultura, Christine Albanel. Se aprovada, a medida criará uma agência governamental para vigiar e punir todos os que pirateiam músicas e filmes na internet. Usuários serão notificados por intermédio de e-mails de alertas quando duas infrações forem registradas. A terceira infração implicará em uma carta registrada que informará o corte da internet por um período de até um ano, caso outra infração seja registrada. Parlamentares e ativistas que se opõem ao projeto dizem que ele é uma intrusão nas liberdades civis, e que será impossível de ser aplicado. da AP

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Redução de velocidade e conexão lenta em 3G são práticas ilegais, diz advogada

Conexões mais lentas do que o anunciado e planos ditos ilimitados que preveem redução de velocidade após certa quantidade de dados trafegados: essas são algumas das práticas ilegais cometidas pelas operadoras de telefonia móvel na oferta de conexões 3G. As afirmações são de Estela Guerrini, advogada do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). As empresas negam as irregularidades. Conexões mais lentas do que anúncio e planos “ilimitados” reduzidos são ilegais Em páginas de seus sites sobre planos 3G ilimitados, Claro, TIM e Vivo afirmam que podem reduzir a velocidade da conexão caso o assinante atinja determinada quantidade de dados transferidos. A Oi ainda não oferece 3G em São Paulo. No Rio, não há planos de banda larga móvel ilimitados -o mais caro tem franquia de 10 Gbytes. Claro e TIM dizem poder diminuir a velocidade quando o consumo de dados ultrapassa 1 Gbyte. Na Vivo, são 2 Gbytes. Mesmo que a ressalva da redução de velocidade de conexão conste do contrato, trata-se de cláusula abusiva, além de propaganda enganosa, de acordo com a advogada do Idec. “Na prática, é uma forma de limitar o volume de dados que é trafegado na rede”, afirma Guerrini. “As pessoas dependem de uma velocidade razoável para conseguir trafegar um alto volume de dados.” Outra prática ilegal, segundo Guerrini, é a garantia de apenas certo percentual da velocidade nominal contratada –no caso da Claro, o valor é de 10%. “Se as empresas anunciam que estão oferecendo um serviço 3G com 5 Mbps de velocidade, por exemplo, têm que cumprir essa velocidade.” As letras miúdas que aparecem ao fim do comercial de um serviço, informando suas restrições, não têm validade, afirma a advogada. “O Código de Defesa do Consumidor fala que tudo deve estar numa linguagem clara e compreensível, seja ela escrita ou visual.” Cobertura Outro problema comum é a falta de cobertura 3G em certas regiões do país. “Se as operadoras escolhem já oferecer esse serviço, ainda que não exista tecnologia suficientemente avançada para que haja uma boa cobertura em todas as regiões, é dever da empresa, no anúncio desse serviço e no próprio contrato, informar quais são essas condições e quais são as regiões em que esse serviço tem ou não cobertura.” Aos consumidores que se sentirem lesados, Guerrini recomenda, a princípio, tentar uma solução amigável com a empresa. Se isso não for possível, deve-se recorrer ao Procon () e fazer uma denúncia à Anatel (pelo telefone 133 ou em www.anatel.gov.br). Em último caso, pode-se recorrer à Justiça – no Juizado Especial Cível, não é preciso contratar advogado em causas de até 20 salários mínimos. Outro lado Por meio de suas assessorias de imprensa, as operadoras dizem cumprir os contratos com seus clientes. “No caso de ocorrerem fatores externos, independentes da sua ação ou vontade (…), a Claro garante, no mínimo, 10% da velocidade nominal contratada dentro de sua rede”, afirma a empresa. Claro e TIM defendem o uso do termo ilimitado referindo-se somente à quantidade de dados trafegados, e não à velocidade. Segundo a TIM, a operadora “não limita o tráfego de dados do cliente. Na contratação do serviço, o cliente é informado da velocidade máxima de conexão de cada pacote”. A Vivo diz que, “embora no contrato de adesão ao plano ilimitado conste que, após superar 2 Gbytes de tráfego no mês, o cliente pode ter a velocidade de conexão reduzida, a Vivo promocionalmente não efetua esse bloqueio. (…) Essa cláusula do contrato visa a inibir usos abusivos por parte de alguns usuários e, principalmente, assegurar a manutenção da satisfação dos clientes e da rede de dados da operadora”. Segundo a Oi, “a velocidade do serviço [Oi Velox 3G] pode chegar a até 1 Mbps, podendo oscilar de acordo com condições topográficas, climáticas, com a velocidade de movimento do usuário e com o número de clientes associados à rede”. Folha Online – Rafael Capanema

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Internet. França aprova legislação contra pirataria

Parlamento francês aprova legislação antipirataria Os legisladores franceses aprovaram, na quinta-feira (2) a lei antipirataria que autoriza o corte do acesso à internet dos usuários que fazem downloads ilegais. Antes de ser aprovada, a lei foi muito contestada na França. Apoiada pelos artistas populares da França mas contestada por grupos de direito dos consumidores, a lei determina às operadoras que cortem o sinal de internet para mais de um ano, caso sejam identificados mais de dois downloads ilegais. Visitante ouve música em feira realizada na França; país aprova legislação que cortará sinal de internet em downloads ilegais Deputados do partido UMP votaram pela adoção da medida, afastando as chances da oposição socialista que, por sua vez, categorizou a legislação como “um assalto público das liberdades individuais.” A legislação, aprovada por artigos na manhã de ontem, será submetida a uma votação em Assembleia Nacional. A proibição do acesso à internet substitui as atuais legislações, que preveem três anos de prisão e 300 mil euros em multas. Mais de 10 mil artistas franceses, cineastas, músicos e personalidades da cultura assinaram uma petição em suporte à lei. A ministra da Cultura da França, Christine Albanel, admitiu que a lei tem uma pequena chance de erradicação “do fenômeno mundial que é a pirataria de produtos culturais.” do G1

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A falsa polêmica da maconha

Demóstenes Torres¹ Reunida na semana passada no Rio de Janeiro, certa Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, integrada por três ex-presidentes da República do Brasil, do México e da Colômbia, decidiu recomendar a descriminalização do uso da maconha. No caso brasileiro, a sugestão não tem efeito prático já que desde a promulgação da Lei 11.343 de 2006, o porte para uso não só de maconha, mas todo tipo de droga ilegal está tacitamente liberado. No texto da legislação revolucionária elaborada pelo Ministério da Justiça, criou-se a figura esdrúxula da despenalização do consumo. Explico: a conduta é tipificada como crime, mas não há sanção penal de restrição da liberdade. A intenção do governo era adotar uma medida do tipo “liberou geral“, no entanto para escamotear a providência desastrosa preferiu-se uma saída à brasileira. Vale ressaltar que embora seja obra do lulismo, a liberação do uso das drogas no Brasil não ocorreu antes por falta de absoluta coragem política do tucanato, que sempre cultivou a iniciativa com certo idealismo. Por um lado mantiveram a classificação do uso como crime para não escandalizar os setores mais conservadores como a Igreja. Com a outra mão extinguiram a pena de prisão para agradar ao pessoal do fumacê. Além de liberar o uso de qualquer tipo de substância entorpecente, a mesma lei que tem o título pomposo de instituir o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, deu um passo à frente e autorizou o ciclo completo da agricultura de tais produtos para autoconsumo. Observem que o zeloso legislador teve o cuidado de prescrever para a conduta de semear, cultivar e colher plantas destinadas à produção de drogas as mesmas medidas impostas ao usuário. Medidas? Que Medidas? Pilhado em flagrante fumando maconha ou cultivando lavoura individual de Cannabis sativa, por exemplo, o indivíduo sofrerá a rigorosa sanção de ser advertido sobre os efeitos da droga; prestar serviço à comunidade ou se submeter a programa educativo. E se ele não se submeter a tais “medidas educativas?”. Aí sim, receberá uma severa admoestação verbal ou multa. E se não cumprir nada? Nada acontecerá. É brincadeira! O Brasil acredita que elaborou uma legislação vanguardista sobre drogas quando determinou tremendo retrocesso às políticas destinadas ao setor. O consumidor é parte integrante do ciclo da produção e da comercialização de substâncias entorpecentes ilegais e jamais poderia ser acolhido com a impunidade. Liberar o consumo equivale a estimular o aumento do número de usuários, o que está na contramão de todas as políticas sérias desenvolvidas no mundo. É bastante citado como avanço o caso da Holanda, que liberou a produção e o consumo de maconha com intenção de diminuir os efeitos do tráfico, quando a política hoje se mostra desastrosa e mobiliza as autoridades do país no sentido de removê-las. A Inglaterra recuou daquela tendência e voltou a classificar o uso da maconha como crime e os EUA estão corretíssimos ao penalizar o usuário, já que são os maiores consumidores individuais do planeta. Essa história de descriminalizar o uso de drogas sob a nomenclatura de política de redução dos danos é uma grande empulhação. Não há nada de preventivo nisso. Ao contrário, trata-se de um fator estimulante do consumo, que alimenta o tráfico, que por sua vez se fortalece na escala delituosa com o contrabando de armas, se conecta a outras formas de crime organizado por meio da lavagem de dinheiro e finalmente irriga as campanhas eleitorais de muitos bandidos que atuam na política brasileira. Não há polêmica no ar, a não ser o retorno à criminalização do uso das drogas. ¹Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM-GO) – no blog do Noblat

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Lei de incentivo à doação de medula aprovada na Câmara

A Câmara aprovou na noite passada um projeto de lei que cria a “Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea“. Prevê a realização de campanhas anuais de esclarecimento, sob o patrocínio de órgãos públicos e entiddes privadas. Pelo projeto, que segue agora para a análise do Senado, a mobilização ocorreria sempre entre os dias 14 e 21 de dezembro. Os deputados acordaram para o tema graças ao drama vivido pela família do colega Beto Albuquerque (PSB-RS). Na terça (3), Albuquerque perdera um filho. Morreu por conta de complicações de uma leucemia mielóide aguda. Michel Temer (PMDB-SP), novo presidente da Câmara, deslocara-se até Porto Alegre. Participara, junto com outros deputados, dos funerais do filho de Albuquerque. De volta a Brasília, Temer foi buscar nos arquivos da Câmara o projeto que incentiva a doação de medula óssea. A proposta, votada a toque de caixa, fora apresentado pelo próprio Albuquerque, em novembro do ano passado. “Assim como nós, milhares de famílias no Brasil enfrentam, muitas vezes, dificuldades de encontrar doador no círculo familiar ou mesmo no país”, disse Beto Albuquerque. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), a probabilidade de encontrar no Brasil um doador de medula compatível é de um em cem mil. No final do mês passado, o Brasil passou a integrar a rede internacional de doadores de medula óssea. Abriu-se uma janela para que pacientes brasileiros busquem doadores compatíveis em em bancos de dados do exterior. Do mesmo modo, doentes de outros países passam a ter acesso no Brasil ao Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). da J. Batista/Ag.Câmara

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