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Republicanos manipularam fotos de Obama para ganhar votos

Estudo mostra que parlamentares republicanos dos EUA apelam para preconceitos raciais e étnicos implícitos em fotos para conquistar votos de racistas. Na campanha de 2008, republicanos retrataram Obama com um tom de pele mais escuro – Foto: Courtesy of Solomon Messing Parlamentares republicanos dos Estados Unidos apelam para preconceitos raciais e étnicos implícitos em imagens em suas campanhas eleitorais. A constatação é de um estudo publicado este mês no periódico Public Opinion Quarterly. O estudo se baseou em fotos da campanha presidencial americana de 2008 usada por republicanos. Foram analisadas um total de 126 imagens de anúncios do então candidato democrata Barack Obama e seu adversário republicano, o senador John McCain.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Os resultados mostram que imagens de video e fotos eram editadas de forma a retratar de maneira bem diferente cada um dos candidatos. Enquanto Obama aparecia com um tom de pele mais escuro do que o que tem naturalmente, McCain aparecia com o tom de pele mais claro. No total, Obama aparece com um tom de pele escurecido artificialmente em 86% das imagens usadas por republicanos. A manipulação das imagens visava atiçar a aversão de eleitores racistas sem expressar diretamente este preconceito. Segundo o estudo, essa é a chamada estratégia “apito de cachorro”, em referência a um tipo de apito usado por adestradores que apenas os cachorros podem ouvir. Isso porque somente eleitores racistas são afetados pela mensagem implícita nos anúncios. O estudo mostra que embora o preconceito em campanhas eleitorais americanas tenha vindo à tona este ano, por conta de Donald Trump, ele já existia em quase todas as corridas eleitorais do país. Os resultados também evidenciam que o preconceito racial contra negros com tom de pele mais escura ainda é bastante forte nos Estados Unidos. Blog Opinião e notícia

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Dick Cheaney: um vice-presidente alucinado

por Maureen Dowd* Colunista do New York Times e recebeu o Prêmio Pulitzer por artigos sobre o escândalo Monica Lewinsky Em uma audiência realizada a portas fechadas na terça-feira, Dick Cheaney depôs na Comissão de Inteligência do Senado, que investiga as técnicas “avançadas” de interrogatório aplicadas em prisioneiros “valiosos”. Esta colunista teve “acesso” exclusivo ao depoimento confidencial do ex-vice-presidente. A presidente da comissão, Dianne Feinstein, começou a audiência dizendo a Cheney que tinha ficado “pessoalmente chocada” com o que descobriu sobre a brutalidade do tratamento dado aos prisioneiros. “Aqueles insetos nem sequer eram venenosos”, rosnou Cheney. “Tapas na cara? Socos na barriga? Arremessar um homem nu contra a parede? Coisa de criança. Esses métodos funcionaram. Eles nos mantiveram em segurança durante sete anos. Muito mais seguros do que sob o olhar daquela delicada florzinha havaiana na Casa Branca.” Cheney prosseguiu. “Os EUA estão passando uma imagem fraca e indecisa aos olhos do exterior. Justamente quando eu e Rummy (Donald Rumsfeld) conseguimos acabar com aquela cultura hippie de ?culpar os EUA antes de mais nada?, (Barack) Obama trouxe de volta essa tendência, desculpando-se a todo o mundo por causa do país que governa, afagando ditadores sebosos, puxando o saco daquelas fuinhas na Europa, continente que só é livre hoje graças ao nosso Exército. Aliados e adversários se aproveitarão rapidamente da oportunidade de obter vantagens se acharem que estão lidando com um frouxo.” O senador John McCain, mostrando-se enojado, começou a gritar com Cheney, dizendo a ele que submeter uma pessoa a 183 simulações de afogamento num único mês era contra a lei: “Os japoneses que fizeram isto durante a 2ª Guerra foram julgados e enforcados.” “Cale a boca”, respondeu Cheney. “Todos estão cansados de ouvi-lo fazer apologia da tortura. Por que você não se junta àquele vira-casaca do (Arlen) Specter no time adversário, que é seu lugar?” O senador Russ Feingold entrou na briga, perguntando a Cheney com sarcasmo: “Pode nos dizer quais foram os complôs terroristas que a tortura evitou?” “Certamente”, respondeu Cheney. “Pouco depois do 11 de Setembro, frustramos a tentativa de assassinato de um senador, conseguimos nos infiltrar em duas células terroristas e desvendamos uma trama sérvia. Nosso interrogador fez uso do estrangulamento, ameaçou confiscar o remédio de um detento que sofria de doença cardíaca e violou algumas leis, mas o resultado valeu a pena.” Feingold o interrompeu: “Está nos dizendo que os sérvios têm relação com a Al-Qaeda?” “É claro”, disse Cheney. “No ano seguinte, obtivemos uma pista que nos levou ao terrorista Syed Ali e impedimos a detonação de uma bomba nuclear em Los Angeles. É verdade que um combatente inimigo levou um tiro no peito. Sim, em certo momento foi usada uma serra ortopédica. Houve alguns arremessos contra a parede, estrangulamentos e, quando o terrorista se recusava a falar, tivemos de simular o assassinato de seu filho. No fim, evitamos a 3ª Guerra contra três países do Oriente Médio e protegemos os EUA de uma bomba em uma valise.”

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Barack Obama; o presidente digital

A comunicação dos presidentes. Dos bilhetinhos de Jânio Quadros ao high tec Barack Obama. Enquanto na taba dos Tupiniquins o grande chefe não lê nem jornal… Barack Obama não entrará na história somente por ser o primeiro presidente negro eleito nos Estados Unidos. Será lembrado também como o que melhor utilizou uma ferramenta fundamental dos dias de hoje: a internet. O democrata soube ler o mundo atual como ninguém e conectou-se a ele pela web. Vamos aos números. Além do site oficial (www.barackobama.com), Obama é o primeiro presidente com página na rede social Myspace, com mais de 850 mil amigos (entre aqui). Sim, John McCain também tem um perfil no site, mas a história vai lembrar do democrata. Também porque não pára por aí. Obama tem sua própria rede social na internet, a mybarackobama. Outro site explorado por ele é o Youtube. Os vídeos no canal oficial do novo presidente dos EUA foram vistos mais de 20 milhões de vezes. No mesmo site, há mais de mil músicas e vídeos em homenagem ao democrata. No Flickr, site no qual os usuários compartilham fotos, ele também tem seu perfil. Veja as fotos com a tensão de Obama na apuração passando para o alívio na hora da vitória. Clique na imagem para ampliar E tem mais! Obama pegou carona na nova febre da internet, o Twitter, uma rede social que permite aos usuários enviar mensagens de até 140 caracteres, via mensagem de texto do celular, messenger, e-mail ou pelo site oficial. O primeiro presidente negro simplesmente é o usuário com maior número de seguidores no Twitter (quase 120 mil). Confira. Para completar, grande parte dos US$ 605 milhões arrecadados na campanha veio pela web, de pessoas físicas. Por essas e outras, Obama teve o apoio maciço nas urnas dos jovens norte-americanos, público antenado na internet e que se conecta com freqüência alucinante nos canais utilizados pelo presidente eleito na histórica terça-feira, dia 4 de novembro de 2008. Pelos números finais das eleições, Obama teve 66% dos votos entre os norte-americanos com idade de 18 a 29 anos, que representam 18% do eleitorado. É muita coisa. Definitivamente, Obama está online com o mundo. De Fernando Figueiredo Mello no site da revista Brasileiros >> biografia de Barack Obama

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