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Três razões que podem fazer Hillary Clinton perder a eleição nos EUA

Hillary Clinton já entrou para a história como a primeira mulher a disputar a Presidência dos Estados Unidos por um dos dois grandes partidos do país. Hillary Clinton durante discurso na Califórnia, em junho de 2016 Image copyrightAFP Por outro lado, ela tem pelo menos três grandes obstáculos a superar para que se consagre vencedora das eleições americanas. 1 – O adversário Donald Trump, que chega embalado Quando o empresário Donald Trump se lançou candidato, no ano passado, foi encarado como uma grande piada. Mas a campanha de Trump ganhou fôlego, desbancou todos os adversários no Partido Republicano e, principalmente, atraiu muitos adeptos que acreditam na principal promessa do empresário: “Faça a América grandiosa novamente”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Trump chega embalado para a disputa com Hillary que, segundo analistas, não tem uma mensagem tão clara e direta quanto a do adversário. “Mais fortes juntos”, mote da campanha da democrata, ainda não colou. Durante visita à Escócia em 2015, Trump usa boné com principal mote de sua campanha: “Faça a América grandiosa novamente” Image copyrightJAN KRUGER/GETTY IMAGES “As pessoas querem saber quais são as ideias dos candidatos para mover o país adiante, mas não querem se perder em detalhes”, afirma Doug Hattawat, assessor sênior da campanha de Hillary em 2008, quando ela disputou as prévias com Barack Obama. 2 – A própria Hillary Clinton, que coleciona antipatia até entre democratas A experiência como ex-senadora e ex-secretária de Estado dos EUA conta pontos a favor, mas também atrai rejeição. Hillary enfrenta resistência de muita gente e não é uma unanimidade, nem mesmo entre os democratas. Um dos pontos mais controversos da biografia de Hillary foi seu uso de um servidor privado para trocar e-mails confidenciais com auxiliares quando era chefe da diplomacia do governo Barack Obama, entre 2009 e 2013. Críticos dizem que a atitude dela pôs em risco a segurança do país, já que o servidor privado era mais vulnerável a ataques de hackers. Após analisar o caso, o FBI (a polícia federal americana) disse que Hillary foi “exremamente imprudente”, mas o órgão não sugeriu que ela fosse denunciada judicialmente. A candidata reconheceu o erro e se desculpou. Hillary também é criticada por sua atuação frente ao atentado que matou quatro americanos – incluindo o embaixador Chris Stevens – no consulado dos EUA em Benghazi (Líbia), em 2012. Opositores afirmam que ela ignorou alertas sobre os riscos de ataques ao edifício. Hillary ganha abraço do presidente Barack Obama durante evento na Filadélfia, quando aceitou a nomeação do Partido Democrata Image copyrightREUTERS/JIM YOUN A resposta do Departamento do Estado ao atentado também foi criticada: inicialmente, o órgão divulgou que o incidente havia sido parcialmente motivado pelo lançamento de um filme anti-islã, embora o próprio governo tivesse informações de que se tratava de um “ataque terrorista”. Hillary assumiu a responsabilidade pelo episódio, mas disse que nunca recebeu qualquer pedido para aumentar a segurança da unidade em Benghazi. Para Antonio Villaraigosa, também integrante da campanha de Hillary em 2008, a democrata precisará de uma “dose extra de autenticidade”. “Há uma insatisfação grande das pessoas com os políticos em geral e com as instituições. Por isso, ela será desafiada a mostrar que não é um político como outro qualquer. “Se olhar as pesquisas, ela tinha popularidade alta quando não estava concorrendo, mas os números caíram quando começou a disputa”, observa Marjorie Margolies, sogra da filha de Hillary, que é próxima da candidata e acredita ter uma explicação para esse fenômeno: “Ela passa a impressão de estar sempre por dentro do assunto em questão, e isso causa um descomforto em muita gente, em particular entre aqueles que não gostam de mulheres sabichonas”. 3 – O histórico das eleições, que raramente dá três vitórias consecutivas para o mesmo partido A alternância de poder é uma das principais cartacterísticas do sistema político dos EUA. Um mesmo partido dificilmente consegue ganhar três eleições seguidas. A última vez que isso aconteceu foi em 1988, com a vitória do republicado George Bush (1989-1993), que substitui Ronald Regan (1981-1989). Bush, contudo, não se reelegeu. Quem venceu as eleições em 1992 foi o marido de Hillary, Bill Clinton. Cerimônia de posse de George H. W. Bush, que assumiu o comando dos EUA no lugar do colega de partido Ronald Regan em 1989 Image copyrightAP PHOTO/BOB DAUGHERTY Mark Penn, um dos estrategistas de Hillary em 2008, diz que o resultado das eleições nos EUA será definido pelos cerca de 20% do eleitorado que permanecem sem um nome favorito para presidir o país. O futuro dos EUA, para Penn, está mas mãos desses indecisos. “Muitas pessoas não gostam de nenhum dos candidatos, eles vão decidir as eleições”. BBC

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Wikileaks: O verdadeiro Assange

Ao divulgar e-mails do Partido Democrata em um momento crucial para Hillary Clinton, WikiLeaks mostra que interesse público não é prioridade. Em abril de 2010, o WikiLeaks surgiu para o mundo. A entidade, que divulga documentos governamentais e de empresas recebidos anonimamente, publicou um vídeo que mostrava pilotos americanos matando dois jornalistas da agência Reuters. Confundiram câmeras com armas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Foi o início de inúmeros vazamentos que documentaram abusos de poder americano no Iraque. A entidade ficou, desde então, num espaço ambíguo entre o jornalismo e o ativismo, representado por seu misterioso fundador, Julian Assange. Esta semana, a ambiguidade se foi. O Wikileaks não é uma entidade jornalística. Embora a organização de Assange só tenha se tornado conhecida em 2010, sua fundação ocorreu em 2006. O objetivo, desde o início, era construir uma plataforma tecnológica segura para que pessoas pudessem vazar documentos de forma anônima. Lentamente, foi trazendo informações à tona. Dados sobre a fortuna de um ditador africano aqui, um escândalo político peruano ali. Nem todo documento vazado é de interesse público. Às vezes, o vazamento pode pôr em risco a vida de pessoas. Ou propiciar o rompimento diplomático de países. Pesar interesse público e consequências é, muitas vezes, um duro dilema ético enfrentado por redações em todo o mundo. Num momento inicial, o WikiLeaks construiu laços com empresas jornalísticas como “Guardian” e “New York Times”. Ao invés de tornar público o grande lote, abriu para que repórteres e editores pudessem escolher o que fazia sentido publicar. Sempre houve desconforto com Julian Assange. Um hacker australiano que vive no Reino Unido há anos, se, por um lado, recebeu prêmios importantes como o de Mídia da Anistia Internacional, por outro, pesam contra ele fortes acusações. Entre elas a do abuso sexual de duas mulheres, na Suécia. Ele nega culpa. Mas porque seria extraditado para o julgamento, em agosto de 2012 meteu-se na embaixada do Equador em Londres e, de lá, nunca mais saiu. O grupo de Prisões Arbitrárias da ONU acusa Suécia e Reino Unido de violarem seus direitos ao não permitirem que ele deixe o país. No último fim de semana, o WikiLeaks trouxe à tona inúmeros documentos que mostram as trocas de mensagens entre pessoas da cúpula do Partido Democrata. Provam, sem sombra de dúvidas, que o comando partidário trabalhou pela campanha de Hillary Clinton contra a de Bernie Sanders. Não é ilegal, mas é antiético. O partido deveria ter ficado neutro. Pela primeira vez, o WikiLeaks fez a divulgação sem parceiros da imprensa tradicional. E, neste ponto, não há qualquer problema. O problema é outro: embora já tivesse os documentos há semanas, Assange escolheu o momento em que poderia causar mais dano a Hillary. Justamente o ponto em que ela precisava consolidar o apoio de Sanders para a disputa nacional, contra Donald Trump. O critério jornalístico é simples: se é de interesse público, publica-se. Escolher a data para causar impacto positivo ou negativo a uma candidatura não é jornalismo. É política partidária. Piora. Os documentos, segundo uma empresa de segurança contratada pelo Partido Democrata, foram obtidos por hábeis hackers russos. Em geral, quando hackers russos fazem ataques a grupos políticos ou governos, o fazem por ordem do Kremlin. Do presidente Vladimir Putin. Não é possível afirmar que os hackers estivessem a mando de Putin. Mas é bastante provável. Trump tem laços de negócios com Putin. E, na quarta-feira, inacreditavelmente pediu publicamente que Putin lançasse seus hackers contra Hillary. Assange não gosta de Hillary. Ela era secretária de Estado quando ele vazou os documentos sobre o Iraque. Ela pediu sua prisão. Calha de seus interesses, os de Putin e os de Trump serem os mesmos. E calha de ele ter feito uma escolha. A prioridade do WikiLeaks não é o interesse público. Por Pedro Dória

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Eleições USA; Por baixo do tapete de Hillary Clinton

Fase republicana? Os episódios pouco conhecidos da trajetória de Hillary. Hillary Clinton é a primeira mulher com chances de chegar à Casa Branca Image copyrightGETTY IMAGES Primeira-dama dos Estados Unidos, senadora de Nova York e secretária de Estado, Hillary Clinton foi confirmada na noite desta terça-feira como a candidata à presidência americana pelo Partido Democrata. Esses são os quatro pontos altos que podem resumir a trajetória de Hillary Diane Rodham Clinton. Nascida no dia 26 de outubro de 1947 em uma família de classe média de Chicago, Hillary é a primeira mulher a ser candidata presidencial por um dos grandes partidos americanos durante a Convenção Democrata, que será concluída na quinta-feira na Filadélfia. Confira alguns detalhes menos conhecidos da trajetória daquela que poderá se transformar na primeira mulher a governar os Estados Unidos: 1. De republicana a democrata Hillary Clinton quando estava no Wellesley College Image copyrightWESLLELEY COLLEGE ARCHIVES Apesar de ter uma trajetória de mais de 40 anos no Partido Democrata, Hillary nem sempre foi desse grupo político. Durante sua juventude, chegou a ser filiada ao Partido Republicano e chegou até a participar ativamente da campanha eleitoral de Barry Goldwater, aspirante presidencial pelo partido em 1964. Ela também foi líder da seção local da Juventude Republicana quando ainda era estudante no Wellesley College. Essa proximidade com o partido vinha de família – seu pai, um veterano da 2ª Guerra Mundial, sempre foi republicano. Na universidade, Hillary foi se aproximando aos poucos do movimento pelos direitos civis e dos ativistas contra a Guerra do Vietnã. Em 1968, participou da Convenção Republicana em Miami para apoiar a candidatura do então governador de Nova York Nelson Rockefeller. Ele foi derrotado por Richard Nixon. Foi neste momento que Hillary abandonou os republicanos. 2. Astronauta Em seu livro de memórias, Living History, ela conta que queria ser astronauta quando adolescente. Hillary Clinton chegou à Nasa, mas como primeira-dama Image copyrightGETTY IMAGES “O presidente Kennedy acabava de iniciar sua campanha para chegar à Lua, estávamos em 1961, e eu tinha 14 anos… escrevi essa carta para a Nasa perguntando quais eram os requisitos para ser astronauta e contei algumas coisas a meu respeito”, afirmou no livro. “Eles me responderam dizendo que não estavam aceitando meninas para ser astronautas, o que me deu muita raiva.” Em um discurso de 2012, Clinton contou que, depois do mal-estar causado pela rejeição pela Nasa, percebeu que não passaria no teste mesmo se a agência espacial aceitasse mulheres, já que tinha problemas de visão e não era muito atlética. “Provavelmente não teria sido possível ser a primeira mulher astronauta.” 3. Hillary Rodham Hillary se casou em 1975 com Bill Clinton, que viria a ser seria eleito presidente dos Estados Unidos em 1993. Eles se uniram apenas depois de três pedidos de Clinton – o primeiro deles em 1973. Os dois se conheceram na Universidade de Yale, onde estudavam Direito. Ela e Bill Clinton se conheceram na Universidade de Yale Image copyrightWILLIAM J. CLINTON PRESIDENTIAL LIBRARY No anúncio de casamento publicado no jornal Arkansas Gazette, o destaque era que ela continuaria usando seu nome de solteira, Hillary Rodham – argumentando que queria manter sua vida profissional separada da de seu marido. “Precisava manter minha própria identidade”, afirmou depois. Mas essa decisão foi usada contra seu marido quando ele se candidatou pela primeira vez ao governo do Arkansas. Para evitar mais prejuízos à imagem dele, ela decidiu adotar seu sobrenome no início da década de 1980 – quando passou a ser chamada de Hillary Rodham Clinton. No início dos anos 2000, seu nome de solteira começou a ser esquecido. Na campanha por uma vaga no Senado por Nova York, ela se apresentava apenas como Hillary. Em outubro de 2001, registrou na web o domínio hillaryclinton.com. 4. Carreira jurídica Apesar de ter ficado famosa mundialmente como a primeira-dama dos Estados Unidos, Hillary teve uma carreira de sucesso, iniciada antes mesmo de casar com Bill Clinton. Hillary participou da equipe de advogados que investigou o presidente Richard Nixon – Image copyrightAP Como jurista, ela se destacou em trabalhos acadêmicos e chegou a publicar artigos sobre direitos das crianças e políticas públicas sobre a infância em revistas especializadas respeitadas, como a Harvard Educational Review e a The Yale Law Journal. Também trabalhou como advogada em escritórios famosos – durante anos, ganhou mais do que seu marido recebia como governador do Arkansas. Um dos pontos de maior destaque de sua carreira jurídica foi a participação na equipe de advogados que investigou o então presidente Richard Nixon na década de 1970. Esse grupo tinha como missão encontrar provas sobre a participação de Nixon na trama de espionagem e corrupção do escândalo de Watergate. Ele renunciou ao cargo antes de ser submetido ao processo de impeachment – a investigação é considerada um elemento fundamental nessa decisão. 5. Obamacare e Hillarycare Em um comício durante as primárias em Iowa, em janeiro, Hillary lembrou sua participação no seguro-saúde obrigatório posto em marcha pelo presidente Barack Obama. “Se chamava Hillarycare antes de ser chamado de Obamacare”, disse aos presentes. Em 1993, Hillary liderou uma tentativa fracassada de reformar o sistema de saúde americano – Image copyrightAP Com essa frase, a aspirante presidencial trazia à tona uma de suas iniciativas políticas mais arriscadas e, ao mesmo tempo, um de seus maiores fracassos. Quando Bill Clinton chegou à Casa Branca em 1993, ele encarregou a primeira-dama de criar um plano de reforma do sistema de saúde. Ela liderou uma iniciativa considerada por especialistas em políticas públicas como muito mais ambiciosa que o atual seguro-saúde obrigatório estabelecido por Barack Obama (o chamado Obamacare). Mas ela não conseguiu que o plano sequer fosse levado a votação no Congresso, apesar de os democratas estarem em maioria em ambas as Casas na época. A iniciativa custou muito caro em termos políticos para Hillary e Bill Clinton. Durante a campanha legislativa de 1994, os republicanos usaram o Hillarycare como uma arma contra o governo e contra os democratas, que perderam o controle do Senado e da Câmara dos Representantes.

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Brexit pode ser presságio de vitória de Trump nos EUA

Em artigo no ‘American Conservative’, jornalista Brian Kaller faz paralelo.Jornalista americano aponta que campanha favorável ao Brexit teve muito em comum com os apoiadores de Donald Trump na corrida presidencial americana. O Brexit pode ser um presságio da vitória de Donald Trump em novembro, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. A opinião é do jornalista americano Brian Kaller, em artigo no American Conservative.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “O Reino Unido frequentemente esteve um pouco à frente dos EUA; Thatcher antecedeu Reagan, e Corbyn antecedeu Sanders. Além disso, apoiadores do Brexit compartilham muito em comum com os apoiadores de Trump, tanto na questão demográfica quanto nas frustrações”, escreveu Kaller. >> “BBC”: Trump diz que Brexit é “um bom negócio” para o mundo “O Reino Unido e os EUA são potências globais em leve declínio, com o Reino Unido obviamente algumas décadas à frente”, completou o autor. Segundo Kaller, tanto os favoráveis ao Brexit quanto os apoiadores de Trump prometem fazer seu país “grande novamente”, “reduzir a imigração, fortalecer a indústria local” e “deixar de lado problemas estrangeiros.” Além disso, embora ambos movimentos sejam rotulados como de extrema-direita, são mais uma questão de classe social, diz o jornalista. Ele alega também que as elites de ambos países subestimaram seriamente o fenômeno até o último momento.

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Massacre na Flórida, mídia e homofobia

A mídia homofóbica brasileira continua realçando que […]”o massacre na ‘boate gay’ na Florida”[…] Pergunto eu aos doutos: Caso o atentado houvesse ocorrido em uma boate hétero, a mídia nojenta realçaria nos noticiários que […]”o massacre na ‘boate hétero’ na Florida”[…]? Orlando possui a mais frouxa legislação para compra de armas nos USA, uma nação de quatro pés em reverência ao deus das armas. Não é exigido nenhum tipo de licença, registro, antecedentes criminais, identidade… Por lá é mais fácil comprar um fuzil AK45 do que uma aspirina em uma farmácia. Aí vêm as “otoridades”, todas de todos os matizes ideológicos, com o velho “trololó” cínico de que estão “horrorizados com essa barbárie”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] PS. Aliás – lá vou eu com minhas reflexões conspiratórias. No momento em que Mr. Obomba e Mrs. Hilária esgrimem o “blá-blá-blá” de controle de armas – acham que ninguém sabe o poder da NRA – um “atentado” desses, e cometido por homofóbico islâmico, cai bem no colo do Trump que defende o armamentismo e a expulsão de todos os islâmicos das terras do Tio Sam.  

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Donald Trump: um maluco na Casa Branca

Mesmo com vitórias pontuais de seus concorrentes, a cada urna apurada nas prévias eleitorais norte-americanas, Donald Trump aproxima-se, cada vez mais, da condição de mais provável candidato do Partido Republicano dos Estados Unidos a disputar, provavelmente contra Hillary Clinton como aspirante a Presidente do Partido Democrata, as eleições presidenciais deste ano. As chances de Trump ser eleito são aparentemente pequenas, mas, considerando-se a crise – quase que permanente – pela qual o capitalismo está passando e o processo de imbecilização crescente da população mundial, ligado ao crescimento de seitas mais ou menos fundamentalistas, ideias e propostas neo e ultraconservadoras – em muitos casos, simplesmente fascistas – na internet, sempre existe a possibilidade de que a loucura se imponha sobre um mínimo de razão, minguante, fazendo com que, como em um título de uma comédia de Hollywood, em breve se tenha – em caso de eventual derrota da senhora Clinton – Um Maluco na Casa Branca.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O relativo sucesso de Trump, até agora – mesmo que com a recomendação contrária de expressivas lideranças do próprio Partido Republicano -, deve servir de alerta ao Brasil. Se não houver um forte apelo ao bom senso, no sentido de um entendimento entre as principais lideranças políticas brasileiras, para conter a radicalização, o ódio ideológico e o imponderável, sempre existe a possibilidade do aparecimento, a cavalo do populismo, e da ignorância de um público cada vez mais raivoso, preconceituoso e burro, de um pequeno Donald Trump tupiniquim – não necessariamente loiro ou com peruca de asno – para disputar, e eventualmente ocupar, o principal cargo da República. Afinal, como naqueles programas de televisão “sobrenaturais”, as coisas mais absurdas já vêm ocorrendo por aqui, e estão sendo tratadas, pelas instituições, e por uma parte retorcida e irresponsável da imprensa, como se fossem absolutamente normais. Daí a se colocar Um Maluco no Palácio do Planalto, bastam apenas dois ou três passos. Afinal, como se pode ver pelos “panelaços” e as redes sociais, politicamente boa parte da opinião pública está agindo como se usasse óculos 3D o tempo todo, para exagerar na distorção da realidade. E uma outra boa parte, viseiras. Por Mauro Santayana

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Sanders é realmente socialista? E quais suas chances de chegar à Casa Branca?

O adjetivo “socialista” é usado com frequência para definir o senador Bernie Sanders, que tem desafiado o favoritismo da ex-secretária de Estado Hillary Clinton na disputa pela candidatura do Partido Democrata à próxima eleição presidencial americana. Bernie Sanders propõe um ‘capitalismo mais gentil’, mas rótulo de ‘socialista’ pode afastar eleitores – Image copyright Reuters A palavra reforça a imagem de outsider cultivada pela campanha do pré-candidato, que propõe ampliar o controle sobre os bancos e tornar gratuito o acesso à saúde e às universidades públicas. Até agora, a postura tem lhe feito disputar voto a voto com Hillary a liderança nas prévias que definirão o candidato democrata à sucessão de Barack Obama. Na votação de sábado, em Nevada, ele obteve 47% dos votos contra 52% de Hillary, diferença bem menor que a apontada por pesquisas feitas no Estado há vários meses. Os resultados de Sanders sugerem que o termo “socialista” vem perdendo parte da carga negativa que já teve nos Estados Unidos, embora muitos americanos ainda resistam à ideia de eleger um presidente que se defina assim e outros questionem a aplicabilidade do adjetivo ao senador. Socialismo democrático Desempenho de Sanders vem surpreendendo e superando as indicações de pesquisas – Image copyright Getty Embora já tenha se apresentado como “socialista”, Sanders diz que o termo mais correto para defini-lo é “socialista democrático” e que seus ideais não têm nada a ver com o “comunismo autoritário”. Nos Estados Unidos, o socialismo democrático é normalmente associado a organizações de esquerda que surgiram no país a partir do fim do século 19 e que pregavam uma combinação entre práticas democráticas, como consultas populares e a realização de eleições, e bandeiras tradicionais socialistas, como o controle social dos meios de produção. Os grupos jamais tiveram grande expressão política, mas seus ideais influenciaram sindicatos e movimentos de trabalhadores, especialmente até a primeira metade do século 20, perdendo popularidade conforme o confronto ideológico entre os Estados Unidos e a União Soviética se intensificava na Guerra Fria. Em entrevista em 2006 ao site Democracy Now, Sanders afirmou que ser socialista democrático significa defender que o acesso à saúde seja um direito, que os jovens possam estudar em universidades sem se endividar, que grandes empresas não sejam autorizadas a destruir o ambiente e que o governo não seja dominado por grandes interesses econômicos. O senador é um grande crítico do sistema financeiro comandado por Wall Street e o culpa pela grave crise econômica que atingiu os Estados Unidos há alguns anos. ‘Capitalismo mais gentil’ Sanders diz se inspirar em países da Escandinávia e a forma como criaram sistemas de saúde e educação gratuitos, com extensas redes de proteção social. Para muitos, a postura o aproxima da social-democracia europeia. Segundo o jornalista Harry Jaffe, autor de uma biografia não autorizada do senador, Sanders esteve próximo dos ideais socialistas quando era estudante, nos anos 1960. Mas ele afirma que o político vem gradualmente se afastando daquelas posições e já não pode mais ser identificado como um socialista nem como um socialista democrático. Uma das principais diferenças entre Sanders e as duas correntes, diz ele, é a oposição do senador ao controle social dos meios de produção. Em 2014, Sanders defendeu auxiliar trabalhadores que queiram comprar suas empresas para administrá-las como cooperativas, mas a proposta não figura entre as principais propostas de sua campanha para a economia. O pré-candidato já pregou “manter o forte espírito empreendedor que temos neste país para continuar a produzir riqueza, mas garantir que a riqueza seja distribuída mais igualmente que hoje”. Para Jaffe, o que Sanders quer é um “capitalismo mais gentil”. Rejeição Hillary Clinton é principal rival de Sanders pela indicação democrata Image copyright Reuters Entre críticos à direita, porém, Sanders é frequentemente tido como radical. Em artigo publicado na revista conservadora National Review, o editor Kevin Williamson comparou Sanders ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. “Suas visões são totalitárias ao ponto que ele não acredita haver nenhum aspecto da vida que esteja além do alcance do Estado”, diz o texto. Uma pesquisa do instituto Gallup em junho de 2015 revela que o rótulo de socialista pode ser um grande obstáculo ao sucesso de Sanders na eleição. O levantamento indicou que apenas 47% dos americanos votariam num candidato socialista que vencesse as prévias de seu partido, enquanto 50% afirmaram que não o apoiariam. A rejeição a um socialista é superior a um candidato que seja ateu (40% não o apoiariam), muçulmano (38%), evangélico (25%) e gay ou lésbica (24%). Considerando-se apenas os eleitores Democratas, porém, o índice de eleitores dispostos a chancelar a candidatura de um socialista sobe para 59% – o que em tese daria a Sanders condições de derrotar Hillary nas prévias. E se conquistar a vaga Democrata, pesquisas apontam que hoje ele seria mais forte que Hillary na disputa contra os principais pré-candidatos Republicanos. Segundo o site RealClearPolitics, as pesquisas apontam que Sanders derrotaria o empresário Donald Trump por uma margem média de 7,8 pontos percentuais, venceria o senador Ted Cruz (Texas) por 4,7 e empataria com o senador Marco Rubio (Flórida). Hillary, por sua vez, venceria Trump por 2,8 pontos percentuais, mas perderia de Cruz por 0,8 e de Rubio por 4,7. Ou seja, a resistência à eleição de um presidente “socialista” pode ser grande nos Estados Unidos, mas os demais pré-candidatos também enfrentam níveis significativos de rejeição. João Fellet/BBC

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Chomsky: ‘Este é o momento mais crítico na história da humanidade’

Chomsky repassa as principais tendências do cenário internacional, a escalada militarista do seu país e os riscos crescentes de guerra nuclear. “Os Estados Unidos sempre foram uma sociedade colonizadora. Inclusive antes de se constituírem como Estado já trabalhavam para eliminar a população indígena, o que significou a destruição de muitas nações originárias”, como bem lembra o linguista e ativista estadunidense Noam Chomsky, quando se pede que descreva a situação política mundial. Crítico feroz da política externa de seu país, ele recorda 1898, quando ela apontou seus dardos ao cenário internacional, com o controle de Cuba, “transformada essencialmente numa colônia”, e logo nas Filipinas, “onde assassinaram centenas de milhares de pessoas”. Chomsky continua seu relato fazendo uma pequena contra-história do império: “roubou o Havaí da sua população originária 50 anos antes de incorporá-lo como um dos seus estados”. Imediatamente depois da II Guerra Mundial, os Estados Unidos se tornaram uma potência internacional, “com um poder sem precedente na história, um incomparável sistema de segurança, controlando o hemisfério ocidental e os dois grandes oceanos. E, naturalmente traçou planos para tentar organizar o mundo conforme a sua vontade”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Contudo, ele aceita que o poder da superpotência diminuiu com respeito ao que tinha em 1950, o auge da sua hegemonia, quando acumulava 50% do produto interno bruto mundial, muito mais que os 25% que possui agora. Ainda assim, Chomsky lembra que “os Estados Unidos continua sendo o país mais rico e poderoso do mundo, e incomparável a nível militar”. Um sistema de partido único Em algum momento, Chomsky comparou as votações em seu país com a eleição de uma marca de pasta de dentes num supermercado. “Nosso país tem um só partido político, o partido da empresa e dos negócios, com duas facções, democratas e republicanos”, proclama. Mas ele acredita que já não é possível continuar falando dessas duas velhas coletividades políticas, já que suas tradições sofreram uma mutação completa durante o período neoliberal. Chomsky considera que “os chamados democratas não são mais que republicanos modernos, enquanto a antiga organização republicana ficou fora do espectro, já que ambas as vertentes se moveram muito mais à direita durante o período neoliberal – algo que também aconteceu na Europa”. O resultado disso é que os novos democratas de Hillary Clinton adotaram o programa dos velhos republicanos, enquanto estes foram completamente dominados pelos neoconservadores. “Se você olha os espetáculos televisivos onde dizem debater política, verá como somente gritam entre eles e as poucas políticas que apresentam são aterrorizantes”. Por exemplo, ele destaca que todos os candidatos republicanos negam que o aquecimento global ou são céticos – não o negam mas dizem que os governos não precisam fazer algo a respeito. “Entretanto, o aquecimento global é o pior problema que a espécie humana terá pela frente, e estamos nos dirigindo a um completo desastre”. Em sua opinião, as mudanças no clima têm efeitos comparáveis somente com os da guerra nuclear. Pior ainda, “os republicanos querem aumentar o uso de combustíveis fósseis. Esse não é um problema de centenas de anos, mas sim um criado pelas últimas duas gerações”. A negação da realidade, que caracteriza os neoconservadores, responde a uma lógica similar à que impulsiona a construção de um muro na fronteira com o México. “Essas pessoas que tratamos de distanciar são as que fogem da destruição causada pelas políticas estadunidenses”. “Em Boston, onde vivo, o governo de Obama deportou um guatemalteco que viveu aqui durante 25 anos, ele tinha uma família, uma empresa, era parte da comunidade. Havia escapado da Guatemala destruída durante a administração de Reagan. A resposta a isso é a ideia de construir um muro para nos prevenir. Na Europa acontece o mesmo. Quando vemos que milhões de pessoas fogem da Líbia e da Síria para a Europa, temos que nos perguntar o que aconteceu nos últimos 300 anos para chegar a isto”. Invasões e mudanças climáticas se retroalimentam Há apenas 15 anos, não existia o tipo de conflito que observamos hoje no Oriente Médio. “É consequência da invasão estadunidense ao Iraque, que é o pior crime do século. A invasão britânica-estadunidense teve consequências horríveis, destruíram o Iraque, que agora está classificado como o país mais infeliz do mundo, porque a invasão cobrou a vida de centenas de milhares de pessoas e gerou milhões de refugiados, que não foram acolhidos pelos Estados Unidos, e tiveram que ser recebidos pelos países vizinhos pobres, obrigados a recolher as ruínas do que nós destruímos. E o pior de tudo é que instigaram um conflito entre sunitas e xiitas que não existia antes”. As palavras de Chomsky recordam a destruição da Iugoslávia durante os Anos 90, instigada pelo ocidente. Assim como Sarajevo, ele destaca que Bagdá era uma cidade integrada, onde os diversos grupos culturais compartilhavam os mesmos bairros e se casavam membros de diferentes grupos étnicos e religiosos. “A invasão e as atrocidades que vimos em seguida fomentaram a criação de uma monstruosidade chamada Estado Islâmico, que nasce com financiamento saudita, um dos nossos principais aliados no mundo”. Um dos maiores crimes foi, em sua opinião, a destruição de grande parte do sistema agrícola sírio, que assegurava a alimentação do país, o que conduziu milhares de pessoas às cidades, “criando tensões e conflitos que explodiram após as primeiras faíscas da repressão”. Uma das suas hipóteses mais interessantes consiste em comparar os efeitos das intervenções armadas do Pentágono com as consequências do aquecimento global. Na guerra em Darfur (Sudão), por exemplo, convergiram os interesses das potências ocidentais e a desertificação que expulsa toda a população às zonas agrícolas, o que agrava e agudiza os conflitos. “Essas situações desembocam em crises espantosas, e algo parecido acontece na Síria, onde se registra a maior seca da história do país, que destruiu grande parte do sistema agrícola, gerando deslocamentos, exacerbando tensões e conflitos”, reflete. Chomsky acredita que a humanidade ainda não pensa com mais atenção sobre o que significa essa negação do aquecimento global e os planos a longo prazo dos republicanos, que pretendem acelerá-lo: “se

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O que pensa Bernie Sanders, socialista que ameaça Hillary Clinton

O senador americano Bernie Sanders está, segundo algumas pesquisas de opinião, chegando perto – e, em algumas contagens, até mesmo passando – sua rival Hillary Clinton na disputa pela vaga do Partido Democrata na disputa pela Presidência dos Estados Unidos. Bernie Sanders quer taxar ricos para financiar seus projetos na presidência. Image copyright Reuters Mas o que pensa o político de 74 anos do Estado de Vermont? Abaixo, alguns argumentos defendidos pelo pré-candidato, no momento em que os EUA se aproximam das eleições primárias. A primeira delas ocorrerá em Iowa em 1º de fevereiro: 1. Ele é socialista. Sanders disputa sob a denominação de “socialista democrata”, mas em sua longa carreira política, ele passou a se sentir confortável com o temo “socialista” (“Sou socialista e todo mundo sabe disso”).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Ele classifica sua ideologia política da seguinte forma: “Socialismo democrático significa que nós devemos criar uma economia que funcione para todos, não apenas para os muito ricos”. A briga de Sanders por tratamento igual para pobres e classe média, e contra a “classe bilionária”, é tema central em sua campanha, e o manto socialista o tem posicionado mais à esquerda de Hillary. 2. ‘As mudanças climáticas são reais’. Depois que a Agência de Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA afirmou que 2015 foi o ano mais quente já registrado, Sanders tuitou: “O debate acabou. As mudanças climáticas são reais e causadas por atividade humana”. Ele quer taxar emissões de carbono, cortar os subsídios aos combustíveis fósseis e investir em tecnologias para energia limpa. 3. ‘O ensino superior deve ser de graça’. “A universidade é o novo ensino médio”, escreveu Sanders em artigo no jornal Washington Post, argumentando que a igualdade de classes será impossível se a maioria dos americanos não tiver acesso ao ensino universitário. Ele montou um plano para tornar gratuitas as mensalidades por intermédio da taxação dos mercados financeiros em Wall Street. 4. Posse de armas é “estilo de vida que não deve ser condenado”. Sanders tem um passado dúbio quanto ao controle de armas, o que se explica pelo fato de ele vir de Vermont, Estado pró-armas e onde “99% das pessoas que caçam obedecem à lei”, segundo o senador. Ele apoia a checagem universal de antecedentes para compradores de armas, mas prefere o meio-termo no lugar de um amplo controle de armas. 5. ‘Vidas de negros importam’. Embora Sanders tenha sido vaiado em um evento de sua própria campanha por membros do grupo Black Lives Matter, ele vem se encontrando com ativistas e concorda que a alta taxa de desemprego e encarceramento entre afro-americanos é uma evidência de racismo sistêmico nos Estados Unidos. Ele defende a reforma da Justiça criminal como saída para o problema. 6. Ele não aceita recursos dos chamados super PACs. Sanders se orgulha de que os doadores de sua campanha são majoritariamente indivíduos, que contribuem, em média, com US$ 27. Ele chama de “desastrosa” a decisão da Suprema Corte Americana que deu aos super PACs, comitês que recolhem doações em nome dos candidatos, o direito de arrecadar dinheiro de corporações e sindicatos. “Não acho que bilionários devam ter o poder de comprar políticos”, ele disse. 7. ‘O salário mínimo deveria ser US$ 15 por hora, em vez dos atuais US$ 7,25′. Sanders afirma que ninguém que trabalhe 40 horas por semana deveria viver em condição de pobreza. No entanto, economistas republicanos e democratas se mostram preocupados com a possibilidade de que tamanho aumento salarial tenha consequências problemáticas para cidades pobres e negócios em dificuldades. 8. ‘Americanos estão cansados do bipartidarismo‘. Por décadas, Sanders tem criticado tanto o partido Republicano quanto o Democrata, afirmando que os dois estão atados ao dinheiro das corporações. Sanders foi eleito para o Senado como independente, e muitos disseram que a rejeição do senador aos dois partidos o deixa isolado e sem força. Sanders argumenta que seu perfil alternativo é que faz crescerem suas bases. Bernie disputa com Hillary Clinton a nomeação do Partido Democrata para a corrida presidencial – Image copyright Reuters 9. Ele prefere viajar de classe econômica. Fotos de Sanders voando nas fileiras do fundo de um um voo comercial se tornaram virais e seus seguidores têm espalhado hashtags como #SandersOnAPlane para mostrar que o pré-candidato é um homem comum, que não desperdiçaria o dinheiro de quem paga impostos. Muitas imagens de Sanders viajando no assento do meio no avião renderam memes com Hillary e o republicano Donald Trump em jatinhos privados. 10. ‘Os EUA deveriam adotar o sistema universal de saúde, pago pelo governo federal‘. Sanders regularmente expõe sua admiração pelos sistemas de saúde do Canadá e dos países escandinavos. 11. ‘US$ 1 trilhão de gastos em infraestrutura’. Sanders quer criar empregos com pesados investimentos em estradas, pontes, sistemas de tratamento de água, ferrovias e aeroportos, que gerariam, segundo ele, 13 milhões de novos postos em cinco anos. 12. ‘Taxar os ricos’. Sanders quer pagar a maior parte de suas propostas com a criação de uma série de impostos e taxas, a maioria dos quais incidindo sobre os americanos ricos: gestores de fundos hedge, especuladores em Wall Street e grandes empresários. 13. ‘A invasão ao Iraque jamais deveria ter acontecido’. Sanders votou contra a guerra iniciada em 2002 e afirma que não mudou de opinião. Ele chama a invasão de “a pior estupidez da política externa na história do país”. 14. ‘Nada de tropas em terra na Síria ou no combate ao Estado Islâmico’. Sanders acredita que a diplomacia deve sempre vir primeiro na política externa e afirma que os países do Oriente Médio devem liderar o combate na região contra o Estado Islâmico. 15. ‘Estilo pessoal é perda de tempo‘. Se os Obamas são chamados de o mais estiloso casal presidencial desde os Kennedys, a Casa Branca de Sanders seria certamente mais relaxada. A esposa do candidato, Jane O’Meara, afirmou que se o marido “tem sete suéteres, isso significa que três estão sobrando”. Questionado por estar sempre descabelado, Sanders foi duro: “A mídia frequentemente gasta mais tempo preocupada com cabelo do

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Grupo ligado a Al-Qaeda usa falas de Trump para recrutar jihadistas

Vídeo divulgado pelo Al-Shabab usa discursos anti-islâmicos da pré-campanha presidencial de Donald Trump para incitar jovens dos EUA a se unirem ao grupo.  Donald Trump minimizou sua aparição no vídeo do grupo jihadista (Foto: Flickr/TPNN) Um vídeo publicado na última sexta-feira, 1º, pelo grupo terrorista Al-Shabab, um aliado da Al-Qaeda, usa imagens e falas do pré-candidato republicano à presidência dos EUA Donald Trump para incitar jovens muçulmanos e negros dos EUA a se unirem ao grupo. O Al-Shabab se filiou à Al-Qaeda e age em países da África. O grupo foi responsável peloataque que deixou 60 mortos no shopping Westgate em 2013, em Nairóbi, no Quênia.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Com 51 minutos de duração, o vídeo do grupo alerta sobre o aumento do racismo e da aversão ao Islã no país e usa como exemplo a proposta de Trump para barrar a entrada muçulmanos nos EUA. O vídeo também alerta sobre o aumento das injustiças contra negros nos EUA, mostrando cenas de violência policial, protestos raciais e negros na prisão, alguns fazendo orações religiosas. Também foram usados trechos de discursos de Malcom X, ícone da luta pelos direitos dos negros dos EUA. No vídeo os jihadistas afirmam que “há uma nuvem pesada no horizonte” americano. Segundo eles, o país se tornará cada vez mais intolerante e a única saída é se unir à luta jihadista para combater o “ódio maligno” que tomou o país. Uma fala do jihadista americano Anwar al-Awlaki, morto em 2011, em um ataque aéreo dos EUA no Iêmen, também é usada na gravação. “Ontem os EUA eram uma terra de escravidão, segregação, linchamento e Ku Klux Klan. Amanhã será a terra da discriminação religiosa e campos de concentração”, disse al-Awlaki. Neste momento, são mostradas imagens da campanha de Trump “Make America Great Again” (Tornem os EUA grandioso de novo). Trump minimizou sua aparição no vídeo do grupo jihadista em uma entrevista dada à rede CBS no último sábado, 2. “O que posso fazer? Eu digo o que tenho que dizer. Eles usaram outras pessoas também”. Há duas semanas, a pré-candidata democrata à presidência Hillary Clinton disse em um debate que o grupo Estado Islâmico estava usando imagens de Trump em seus vídeos. No entanto, a declaração foi desmentida, já que não foi encontrada qualquer evidência que a sustentasse. Blog  Opinião e Política

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