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Tópicos do dia – 08/03/2012

08:53:44 Gol! Copa do Mundo de 2014 Juca Kfouri, na Rádio CBN: “vamos para uma Copa com Dilma, que não fala com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que não fala com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, cujo secretário-geral, Jérôme Valcke, não fala com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.” 08:56:18 Câmara dos Deputados aprova mudanças na Lei Maria da Penha O artigo reconhece o namoro como uma relação íntima de afeto. Se a proposta passar pelo Senado, casos de violência praticados por namorados também passam a ser julgados com mais rigor. 09:05:39 Sedes da Copa do Mundo de 2014 Pelo não andar da carruagem, no Ceará, obras da copa só o Castelão e pintura de meio fio. Racional era não ter copa onde a saúde pública é uma doença crônica e a educação pública uma lição mal feita. 09:17:17 As conseqüência do uso intensivo do controle remoto. Amaury Jr. apresentando seu programa sobre a Turquia, disparou essa pérola à entrevistada: você já é meia turca? Ao que ela respondeu: sim sou meio turca. 09:23:58 Mais um discípulo de buenices na TV brasileira. Agora mesmo repórter, na TV diz: “…no sobrevoo aqui de cima…” Fico imaginando um sobrevoo subterrâneo. 10:15:57 Galvão Bueno a caminho da fritura. Ave! O gramático locutor se recusou a ser apresentador dos eventos das Olimpíadas de Londres através do Canal Esport TV, que faz parte do sistema Globo. Por menos, rodaram Armando Nogueira, Boni, Evandro Carlos de Andrade, Ricardo Boechat, e, não completamente, Fátima Bernardes. Ps. E aquele da área de esportes, Fernando Vanucci, por ter aparecido comendo biscoito durante a exibição do programa. Certamente deveria ser um biscoito da sorte com conteúdo de azar. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Língua Portuguesa. O que falta no texto?

O que está faltando no texto abaixo? “Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo. Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o “E” ou sem o “I” ou sem o “O” e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o “P”, “R” ou “F”, o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos. Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê? Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores. Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.” Descobriu? Não??? Então aqui vai…… Não tem a letra A em nenhum lugar! [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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A “espertocracia” educacional

Machado de Assis, mulato, gago e epilético, um dos maiores ilustrados e respeitados cultores da língua pátria, conseguiu de forma exemplar unir o erudito ao popular. Em seus irretocáveis escritos, ensinava que a democracia deixa de ser uma coisa sagrada quando se transforma em “espertocracia”, o governo de todos os feitios e de todas as formas”. Por: Gaudêncio Torquato ¹ Já de Rui Barbosa, pequena estatura, advogado, diplomata, político e jornalista, cujo nome está inscrito nos anais da história do Direito internacional, pode-se extrair uma singela lição de seu celebrado patrimônio intelectual: “a musa da gramática não conhece entranhas”. Pois bem, esses dois curtos arremates dos renomados mestres de nossa língua escrita e falada vêm a calhar nesse momento em que a perplexidade assoma ante a barbaridade patrocinada pelo Ministério da Educação, sob a forma de uma “nova gramática”, cuja autora assim ensina: “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado”, como frase adequada à linguagem oral, está correta ao ser usada em certos contextos. Para o grande Rui, a letra da gramática não entra em curvas e evita estratagemas. Já o aforista Machado puxa a orelha dos “espertocratas”, aqueles que bagunçam ao escrever da forma como falam, usando todos os feitios e formas. E arremata de maneira cortante: “a primeira condição de quem escreve é não aborrecer”. Aborrecimento é o que não falta, quando vemos “sábios pareceristas”, contratados pelo MEC, exibindo o argumento: seja na forma “nós pega o peixe” ou na forma “nós pegamos o peixe” -, o pescado estará na rede. Se assim é, ambas estão corretas. Para dar mais voltas no quarteirão da polêmica, a Pasta da Educação alega que não é o Ministério da Verdade. Donde se conclui que um doidivanas qualquer, desses que se encontram no feirão das ofertas gramaticais estapafúrdias, pode vir a propor um texto sobre a história do Brasil, sem nexo, com figurantes trocados e português estropiado. Basta que receba o “imprimatur” de outra figura extravagante, que seja docente de língua portuguesa, para ser adotado nas Escolas. Com esse arranjo, o pacote educacional tem condições de receber o endosso da instância mais alta da Educação no país para circular nas salas de aula. Esse é o caminho percorrido pelo acervo didático que faz a cabeça da estudantada.[ad#Retangulo – Anuncios – Duplo] Analisemos as questões suscitadas pela obra “Por uma Vida Melhor”, a começar pela indagação filosófica que se pinça do título da série. Terá uma vida melhor o estudante a quem se obriga a aprender em uma gramática alternativa, onde a “norma popular” se imbrica à “norma culta”? Ou, para usar a expressão da professora Heloisa Ramos, autora do livro, sofrem os alunos que escrevem errado “preconceito linguístico”? Primeiro, é oportuno lembrar que, mesmo concordando com a hipótese de que a língua é um organismo vivo, evolutivo, não se pode confundir uma coisa com outra, a norma oral com a norma escrita. Cada compartimento deve ser posto em seu devido lugar. Quem troca uma por outra ou as junta na mesma gaveta gramatical o faz por alguma intenção, algo que ultrapassa as fronteiras lingüísticas. E é nesse campo que surgem os atores, aqui cognominados de doidivanas. Mais parece um grupo que considera a língua instrumento para administrar preconceitos, elevar a cidadania e o estado de espírito dos menos instruídos. Como se pode aduzir, embute-se na questão um viés ideológico, coisa que vem se desenvolvendo no país na esteira de um populismo embalado com o celofane da demagogia. Ora, os desprotegidos, os semi-analfabetos, os alfabetos funcionais, enfim, as massas ignaras não serão elevadas aos andares elevados da pirâmide se a elas for dada apenas a escada do pseudo nivelamento das regras da língua. Esta é, seguramente, um meio de ascensão social. Mas, seus usuários precisam entender que a chave do elevador social está guardada nos cofres normativos. Da mesma forma, as vestimentas, os modos e costumes, a teia de amigos, as referências profissionais são motores da escalada social. Por que, então, os doidivanas da cultura e da educação investem com tanta força para elevar a norma popular da língua ao patamar da norma culta? Não entendem que são objetos diferentes? Por que tanto esforço para defender uma feição que valida erros grosseiros? Não há outra resposta: ideologização. Imaginam o uso da língua como arma revolucionária. O sentimento que inspira os cultores da ignorância só pode ser o de que, para melhorar a auto-estima e ter uma vida melhor, a população menos alfabetizada pode escrever como fala. Como se a gramática normativa devesse ser arquivada para dar lugar à gramática descritiva. Sob essa abordagem, a prática de tomar sopa fazendo barulho com a boca, à moda dos nossos bisavós, também poderia ser recomendável. As concessões demagógicas que se fazem em nome de uma “educação democrática” apenas reforçam a estrutura do atraso que abriga o ensino público básico do país, responsável pelo analfabetismo funcional que atinge um terço da população. Avolumam-se os contingentes de jovens de 9 a 14 anos que, além de não saberem interpretar um texto, restringem-se ao exercício de copiar palavras sem se apropriar de seu significado. Os copistas constituem os batalhões avançados da “revolução” empreendida pela educação brasileira. Pior é constatar que os “revolucionários” crêem firmemente que a escalada social deve continuar a ser puxada pela carroça do século XVII, fechando os olhos à “mobralização” da universidade brasileira. E assim, passada a primeira década do século XXI, no auge das mudanças tecnológicas que cercam a Era da Informação, emerge um processo de embrutecimento do tecido social. Alicerçado pela argamassa de escândalos, desprezo às leis, violência desmesurada, promessas não cumpridas. O grande Rui bem que profetizara: “a degeneração de um povo, de uma Nação ou raça começa pelo desvirtuamento da própria língua”. ¹ Gaudêncio Torquato, jornalista, professor titular da USP e consultor político e de comunicação @Twitter gaudtorquato blog do Noblat

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Língua Portuguesa: Paulo Coelho

O tal mago que diz conseguir se comunicar com Delfos, gnomos e outros seres nebulosos, mas não consegue encontrar uma simples gramática, que o ajude na comunicação correta com os pobres mortais usuários da Última flor do Lácio, inculta e bela. “Há dois dias atrás você disse que eu nunca tive sonhos de viajar.” (Pág. 86) A impressão que fica é que PC adora brincar de escrever português. Qualquer pessoa com dois dedinhos de leitura descontraída sabe que há e atrás não combinam. “Há dois dias atrás” é expressão redundante, pois a idéia de passado já está contida no verbo haver, sendo desnecessário o uso do advérbio atrás. A excrescência também ocorre nas páginas 103, 133, 161, 210, 242… Extraída do livro “O Alquimista” (159ª. edição — Ed. Rocco), compilada pelo Professor J. Milton Gonçalves.

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Pro dia nascer melhor – 11/06/2009

Camões, socorro!!! Frases de jogadores de futebol ‘Chegarei de surpresa dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da VARIG.’ (Mengálvio, ex-meia do Santos, em telegrama à família quando em excursão à Europa) ‘Tanto na minha vida futebolística quanto com a minha vida ser humana.’ (Nunes, ex-atacante do Flamengo, em uma entrevista antes do jogo de despedida do Zico) ‘Que interessante, aqui no Japão só tem carro importado.’ (Jardel, ex-atacante do Grêmio) ‘As pessoas querem que o Brasil vença e ganhe.’ (Dunga, em entrevista ao programa Terceiro Tempo) ‘Eu, o Paulo Nunes e o Dinho vamos fazer uma dupla sertaneja.’ (Jardel, ex-atacante do Grêmio) ‘O novo apelido do Aloísio é CB, Sangue Bom.’ (Souza, meio-campo do São Paulo, em uma entrevista ao Jogo Duro) ‘A partir de agora o meu coração só tem uma cor: vermelho e preto.’ (Jogador Fabão, assim que chegou no Flamengo) ‘Eu peguei a bola no meio de campo e fui fondo, fui fondo, fui fondo e chutei pro gol.’ (Jardel, ex- jogador do Vasco e Grêmio, ao relatar ao repórter o gol que tinha feito) ‘A bola ia indo, indo, indo… e iu!’ (Nunes, jogador do Flamengo da década de 80) ‘Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu..’ (Claudiomiro, ex-meia do Inter de Porto Alegre, ao chegar em Belém do Pará para disputar uma partida contra o Paysandu, pelo Brasileirão de 72) ‘Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola.’ (Bradock, amigo de Romário, reclamando de um passe longo) ‘No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente de 15 em 15 dias.’ (Ferreira, ex-ponta esquerda do Santos) ‘Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe.’ (Jardel, ex-atacante do Vasco, Grêmio e da Seleção) ‘O meu clube estava a beira do precipício, mas tomou a decisão correta, deu um passo a frente.’ (João Pinto, jogador do Benfica de Portugal) ‘Na Bahia é todo mundo muito simpático. É um povo muito hospitalar.’ (Zanata, baiano, ex-lateral do Fluminense, ao comentar sobre a hospitalidade do povo baiano) ‘Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático e gramático.’ (Vicente Matheus presidente do Corinthians) ‘O difícil, como vocês sabem, não é fácil.’ (Vicente Matheus presidente do Corinthians) ‘Haja o que hajar, o Corinthians vai ser campeão.’ (Vicente Matheus presidente do Corinthians) ‘O Sócrates é invendável, inegociável e imprestável.’ (Vicente Matheus, ao recusar a oferta dos franceses) “Só existem 3 insetos que param no ar: Alicópetro, Beija-Flor e Dadá Maravilha”. (Dadá Maravilha ex atacante do Crube Patrético Mineiro, ao comentar um gol que fizera de cabeça)

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Vc tb gosta d escreve assim??!

Algumas pessoas sentem arrepios de pavor quando leem, na internet ou em mensagens de celular, aqueles textos caracterizados por abreviações ou transformações gráficas – a exemplo de cmg (comigo), 9dad(novidade) e naum(não) – e onomatopeias, como hahaha para designar uma gargalhada. Trata-se do miguxês é uma corruptela da palavra amiguxo, ou seja, amiguinho. Porém, há quem ache que esse, digamos, estilo de escrita, ao invés de emburrecer, pode até melhorar as nossas habilidades linguísticas. Pelo menos é o que concluiu Beverly Plester, processora de psicologia da Universidade de Coventry, inglaterra, depois de acompanhar os hábitos de 88 estudantes de 10 a 12 anos. Para Plester, tais abreviações fonéticas são positivas porque possibilitam uma forma de envolvimento voluntário com a linguagem escrita motivaa pela diversão ” Há quem diga que os adeptos dessa linguagem são verdadeiros vândalos gramaticais” “Quanto mais experiência uma criança tem com o mundo da escrita e quanto melhor é seu conhecimento dos fonemas, mais forte é sua habilidade de ler e escrever. E, calor, nos damos melhor nas atividades que fazemos por diversão”. Nem todo mundo concorda com o raciocínio de Beverly. Para o radialista e apresentador de TV inglês John Humphrys, os adeptos das abreviações e onomatopeias são verdadeiros vândalos gramaticais. “Eles estão pilhando nossa pontuação, brutalizando nossas sentenças, violando nosso vocabulário. E precisam ser impedidos”, disse no artigo “ I H8 Txt Msgs” (Eu odeio mensagens de texto), publicado no jornal britânico Daily Mail. O título brinca com uma adaptação bastante comum na língua inglesa: unir a sonoridade da palavras “oito” (eight) a uma letra. No caso, o “H”, formando o som da palavra “hate” (odeio). David Crystal, professor de linguística da Universidade de Wales, chama isso de pânico moral em seu livro Txtng – the Gr8 Db8(“Texting – o Grande Debate“, ainda sem versão em português). Para o acadÊmico, não há provas de que as novas maneiras de se comunicar por torpedos ou a linguagem abreviada que se usa na internet estejam detornando o inglês. No Brasil a realidade entre os jovens é semelhante. Segundo Carmen Pimentel, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, muitos pais e professores estão preocupandos com a escrita eletrônica, e acreditam que com isso os seus filhos e alunos estão desaprendendo o português. Para a pesquisadora, não há muito com o que se preocupar. ” Pelas entrevistas que tenho feito, eles sabem que cada variante linguística tem seu espaço para se manisfestar. Um ou outro admitiu deixar ‘escapar’ um vc(você) ou um tb(também) de vez em quando numa redação escolar. Mas, no geral, eles se policiam e procuram não misturar as situações”, diz. Outros estudos mostram a influência do internetês na comunicação dos adolescentes brasileiros. Em sua pesquisa de mestrado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a professora Cássia Batista aplicou 40 questionários a alunos de 15 e 16 anos de um colégio particular em Osasco, na Grande São Paulo. COmo resultado, encontrou uma grande proximidade dos textos dos questionários com a linguagem falada: informalidade, respostas curtas, uso de abreviaturas, ícones(os emoticons) e vocabulário típico de internet. Mas ela concorda que não há motivo para preocupação em relação a uma possível substituição da linguagem escrita formal, desde que a escola oriente o aluno em relação aos usos adequados de diferentes linguagens e entenda que o computador faz parte da sala de aula.(Juliana Tiraboschi) Fonte: Revista Galileu

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