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Fraudar eleições no Brasil é bom negócio

Cláudio Castro, Moro e Bolsonaro provam que fraude nas eleições vale a pena. Últimas decisões dos Tribunais Eleitorais frustram eleitores e aumentam na população o sentimento de que vale a pena usar de artifícios ilegais nas eleições.

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Tecnologia – WhatsApp e o golpe das cores

O que é o golpe das cores do WhatsApp e como se prevenir Este novo golpe promete trocar as cores do WhatsApp, mas o objetivo é outro: encher seu celular de anúncios publicitários e acessar dados pessoais Você quer trocar a cor do WhatsApp em seu celular? Pense duas vezes antes de aceitar um convite suspeito. Uma nova fraude que promete personalizar a cor do popular aplicativo de mensagens está circulando por celulares do mundo inteiro.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Trata-se de um página na internet com o logo e a aparência do WhatsApp, mas em azul em vez de verde, além de um nome muito parecido: шһатѕарр.com. A URL falsa usa caracteres do alfabeto cirílico (“ш”e “т”) para se passar pelo original e convida usuários de dispositivos iOS, Android, Blackberry e Windows Phone a trocar a cor do WhatsApp. A instalação, no entanto, faz proliferar um vírus que enche o aparelho de anúncios publicitários. Como funciona e como evitar a fraude A URL enganosa já aperece em espanhol e usa o mesmo nome do WhatsApp, mas com caracteres cirílicos (e não começa com “https”) – Direito de imagemШҺАТЅАРР.COM O golpe funciona da seguinte maneira: Primeiro, pede-se que o usuário encaminhe a URL enganosa a 12 de seus contatos ou a sete de seus grupos de WhatsApp. Em seguida, deve-se ativar um link. Pouco depois, aparece uma mensagem: as novas cores do WhatsApp estão disponíveis apenas no aplicativo de desktop. Então, o usuário tem que instalar uma extensão do Google Chrome, cujo nome é “BlackWhats”. Pede-se para fazer o download de uma extensão fraudulenta: BlackWhats. Direito de imagem BLACKWHATS A página web é uma plataforma adware, ou seja, um software malicioso que mostra avisos publicitários em seu navegador. Uma imagem de alerta já aparece no momento da instalação. Imagem de alerta diz que página pode ser perigosa Esse tipo de golpe é conhecido como phishing e tem como objetivo acessar dados pessoais do usuário contidos em seu telefone ou conta de e-mail. Por isso, não é recomendável clicar em sites pouco confiáveis ou fazer o download de extensões desconhecidas. Como evitar cair em fraudes do tipo: Confirme o endereço web: o fato de um endereço terminar em .org não garante que ela seja oficial. Analise o endereço com cuidado e cheque todos os caracteres. https x http: mesmo que nem sempre seja uma garantia, note se aparece no início do endereço o protocolo https, a versão segura do http. Não faça download de extensões suspeitas: pergunte-se se você realmente precisa instalar a extensão e por que ela é necessária. Revise a gramática: os erros de ortografia são habituais nesse tipo de golpe. Desconfie se o convite obriga a compartilhá-lo com seus contatos: costuma ser uma estratégia comum para distribuir o vírus adware. Mas quem está por trás da fraude? Não há nomes vinculados ao registro do шһатѕарр.com, mas há um endereço no Arizona, nos EUA, segundo o WHOIS, a base de dados que permite identificar o proprietário de um domínio de endereço IP na internet, explica o veículo International Business Times. Esta não é a primeira vez que os usuários do WhatsApp são vítimas de golpes. Algumas ações fraudulentas tentam convidar usuários para assinaturas gratuitas do Netflix ou a ganhar dinheiro muito facilmente. O WhatsApp sugere em seu site que se evite clicar em aplicativos que pedem para reenviar a mensagem ou que prometem ganhos financeiros. “Sempre advertimos ao remetente: ignore e apague a mensagem”, diz a empresa.

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Operação da PF combate crimes cibernéticos em cinco estados

Estimativa é que organização tenha causado prejuízo superior a R$ 2,5 milhões, com fraudes contra o sistema bancário. A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (21) a segunda fase da Operação Darkode, no intuito de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes contra o sistema bancário, por meio eletrônico, e de investigar a negociação de informações úteis à prática de crimes cibernéticos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] A estimativa da corporação é que as ações do grupo tenham causado prejuízo superior a R$ 2,5 milhões, sobretudo mediante fraudes contra o sistema bancário. Cerca de 100 policiais federais cumprem 37 mandados judiciais, sendo quatro de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e 18 de busca e apreensão, em residências e em empresas vinculadas à organização. O objetivo é colher provas contra outros integrantes e beneficiários, além de identificar e apreender bens adquiridos ilicitamente. As diligências, segundo a PF, estão sendo executadas nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia (GO), Anápolis (GO) e Senador Canedo (GO), bem como nos estados do Pará, de Tocantins, de Santa Catarina e no Distrito Federal. O líder do grupo criminoso cumpre pena no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, imposta por sentença condenatória da 11ª Vara Federal de Goiânia em decorrência da prática de crime cibernético, de acordo com informações da corporação. Na primeira fase da operação, deflagrada em julho de 2015, foram cumpridos sete mandados judiciais em Goiânia, sendo dois de prisão e um de condução coercitiva, além de quatro de busca e apreensão. A ação foi coordenada com forças policiais de diversos países contra hackers que se comunicavam por intermédio de um sítio eletrônico denominado Darkode

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Offshores escondem milhões de multinacionais norte-americanas

As 50 maiores empresas dos EUA terão enviado cerca de 1,4 biliões de dólares (1,2 biliões de euros) para paraísos fiscais entre 2008 e 2014. O montante, superior ao Produto Interno Bruto de Espanha, México e Austrália, foi colocado a salvo de tributação através de uma rede secreta de cerca de 1600 sociedades criadas em offshores, afirma a Oxfam. Num relatório divulgado faz hoje uma semana, a organização não-governamental acusa as principais beneficiárias de apoio dos contribuintes norte-americanos de estarem no topo deste opaco esquema, e recorda que, no mesmo período, entre garantias públicas e ajudas federais, as multinacionais em causa receberam do erário público qualquer coisa como 11 biliões de dólares. Aquela evasão fiscal custa às finanças dos EUA aproximadamente 111 mil milhões de dólares, calcula ainda a Oxfam.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] De acordo com a mesma fonte, citada por agências internacionais, a Apple (181 mil milhões de dólares), General Electric (119 mil milhões), Microsoft (108 milhões) e Pfizer (74 mil milhões) encabeçam a lista, mas nela encontram-se igualmente gigantes financeiras como o Bank of America, Citigroup, JPMorgan Chase ou Goldman Sachs, a construtora automóvel Ford e a aeronáutica Boeing, a Exxon-Mobil, a Coca-Cola, a Intel e a IBM. Favorecimento Sublinhando que o fosso entre ricos e pobres tem vindo a agravar-se continuamente nos últimos anos, a Oxfam considera que para tal contribui o facto de os ganhos de crescimento económico não estarem a ser distribuídos por quem cria riqueza. “Não podemos continuar numa situação em que os ricos e poderosos evadem impostos deixando para os restantes o pagamento da factura», frisou o principal consultor fiscal da organização, Robbie Silverman.” Nos EUA, as 50 maiores empresas suportaram apenas, entre 2008 e 2014, um bilião de dólares em impostos, tendo sido favorecidas por uma taxa média 8,5 pontos percentuais inferiores à taxa legal, e tendo recebido 337 milhões de dólares em incentivos fiscais. A Oxfam alerta, porém, que este não é um cenário exclusivo das companhias sediadas em território norte-americano, mas, antes, generalizado e extensível a cerca de 90 por cento das grandes empresas mundiais, estima a ONG, para quem o prejuízo causado em países pobres custa 100 mil milhões de dólares em receitas tributárias por ano. Osvaldo Bertolino

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Panama Papers – A teia

“A teia da nossa vida é composta de fios misturados: de bens e de males” (Shakespeare) Na segunda metade do século passado a Internet era apenas uma conjectura que se materializou no processo político-econômico do pós-guerra quando a globalização avançava estimulando a criatividade humana. Como seguimento, tivemos o incrível avanço tecnológico no setor aeroespacial com os satélites, e com eles a difusão planetária da comunicação social, uma verdadeira revolução neste campo. Escrevi outro dia uma mensagem no Twitter dizendo que com as redes sociais já não se pode mais inculcar boatos e notícias falsas. A meu ver, é tão grande a velocidade na troca de idéias e a imediata apresentação dos fatos nas redes que estão decretando o fim da imprensa escrita. E não são apenas os jornais impressos moribundos; a imprensa falada e televisiva está doentia, e vai pouco a pouco se adaptando às novas formas de transmitir o noticiário diferente do modo tradicional.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O que verificamos é a democratização da informação através do diálogo, da troca de idéias, busca de dados e complementação de pesquisas para formar a consciência. Isso valorizou a cidadania, como resumiu Diego Beas: “A rede social dotou o cidadão de uma nova e magnífica ferramenta que necessariamente subtrai poder ao Estado”. No campo do saber, dizer, ouvir e espalhar aos quatro ventos, a WEB – signo mágico do inglês, traduzido como “teia” – mostra que nem tudo são liberdade, democracia, paz e sequer proteção dos direitos cidadãos. Nela há fios do bem e do mal. Já neste século 21 tivemos a primeira ciberguerra da História da Humanidade com a explosão comunicacional do site Wikileaks, criado pelo jornalista australiano Julian Assange e uma equipe internacional de pesquisadores e editores. Para não ser repetitivo narrando fatos de conhecimento geral, vou resumir: O  Wikileaks pôs em cheque os EUA com a divulgação de arquivos secretos do Pentágono sobre a Guerra do Afeganistão e a Guerra do Iraque. Invadindo o recesso do país mais poderoso do mundo, é inegável que o Wikileaks corroeu as confidências estatais de todos os países, cujos segredos são mantidos para subtrair informações sobre manobras fiscais, processos criminais e cartões corporativos, como ocorre no nosso infeliz Brasil da Era Lulo-petista… É incrível como nós estamos atrasados em relação ao concerto das nações. Não somente em relação ao Norte desenvolvido, mas até aos países periféricos da África. O maior exemplo está no silêncio “selecionado” que se faz em torno dos documentos do Panama Papers recém divulgados. As revelações que chegam às redes sociais devem-se a um grupo de jornalistas investigativos que resolveu atuar na WEB, a fantástica “teia” da comunicação. A turma não brincou em serviço, nem se deixou amedrontar ou subornar pelo poder econômico. A grande reportagem do Panama Peppers investigou elementos de juízo por quatro décadas na Mossack Fonseca, empresa ligada a bancos em paraísos fiscais, especializada em criar offshores e abrir contas secretas para lavagem de dinheiro ou para garantir o anonimato dos titulares. Reinando no noticiário, as offshores são empresas fantasmas, sem sede nem empregados, muitas vezes tendo como endereço apenas um número de caixa postal, através da qual o capital, valores e investimentos são tributados no país que sedia o correio. Assim o dono da empresa-fantasma dribla a polícia e o fisco do seu País, com a vantagem de que seus negócios podem ser gerenciados por uma pessoa terceirizada – as famosas ‘laranjas’ –; e continua oculto. Na parte reservada ao Brasil a firma de Mossack Fonseca tornou-se uma mina para os advogados que recebem honorários para intermediar transações com indivíduos ou grupos econômicos, em 107 offshores de empresas e políticos. Deste total, segundo o Estadão, estão 57 envolvidos na Lava Jato expostos numa lista dos fantasminhas. Em nome da verdade, porém, a criação e posse de uma offshore não constitui violação da lei; mas é no mínimo suspeito. Com o poder das redes sociais chegou-se a isto; mas não é só. Um site sueco traz os nomes da presidente Dilma e do ex-presidente Lula como envolvidos nas transações da Mossack Fonseca tirados do Panama Peppers. Não serei eu que não sabia que o sueco era a língua falada e escrita na Suécia, que assumirei a responsabilidade de divulgar isto; apenas defendo que o Facebook, o Twitter e o YouTube são as ferramentas da cidadania para obter informações. Por Miranda Sá/Tribuna da Imprensa

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Panama papers: em seis pontos, como offshores podem esconder bilhões de origem ilegal

Embora seja possível usar paraísos fiscais de forma legal, na maioria das vezes, esses lugares são relacionados no noticiário a tentativas de se esconder a origem e os verdadeiros donos de recursos e de se evitar o pagamento de impostos. Olhos do mundo se viraram para o Panamá com revelações de papéis de escritório de advocacia E não importa se você é um empresário alemão bem sucedido que decidiu burlar o fisco, um político que busca uma forma de receber propina, um traficante internacional ou o líder de um regime que desrespeita diretos humanos: os métodos para essas manobras são bastante similares.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O possível uso ilícito de offshores (como são conhecidas as contas ou empresas abertas em paraísos fiscais) veio à tona com o vazamento de mais de 11 milhões de documentos de uma das principais empresas do ramo, a panamenha Mossack Fonseca. A empresa alega que atende aos protocolos internacionais para garantir que as firmas sob sua tutela não sejam usadas para a sonegação, a lavagem, o financiamento de grupos extremistas e outros objetivos ilícitos. A BBC Brasil lista abaixo como offshores podem ser usadas para esconder bilhões de origem ilegal. Mossack e Fonseca diz ter atuado para evitar práticas ilegais 1. Empresas fictícias Para quem vê de longe, uma empresa fictícia parece ser um negócio legítimo. Mas é apenas uma “concha” vazia – daí a alcunha que ganhou no inglês, “shell company”, ou “companhia concha”. Ela não faz nada além de administrar o dinheiro que recebe, enquanto esconde quem é o verdadeiro dono desses recursos. Sua gestão é feita por advogados, contadores ou mesmo por um funcionário da limpeza, que fazem pouco mais do que assinar alguns documentos e permitir que seus nomes apareçam nas cartas enviadas à tal empresa. Quando as autoridades tentam descobrir quem realmente controla o dinheiro da companhia, ouvem que a gerência (que na verdade é de fachada) é a responsável. A verdade é que alguém está pagando essas pessoas para esconder seu dinheiro das autoridades ou, em alguns casos, até mesmo de ex-mulheres. 2. Paraísos fiscais Se você tem uma empresa fictícia, não vai querer que ela seja sediada em lugares como Londres, Paris, São Paulo, onde as autoridades podem tranquilamente, caso queiram, descobrir quem são seus verdadeiros donos. É necessário um lugar propício para a operação de empresas offshore, ou seja, um bom paraíso fiscal. Eles geralmente ficam em pequenos países-ilhas (daí o apelido paraíso fiscal) nos quais os dados bancários são ultrassecretos e as taxas sobre transações financeiras, baixíssimas ou inexistentes. Trata-se de vários países ou autoridades ao redor do mundo, tais como as Ilhas Virgens Britânicas, Macau, Bahamas e… o Panamá. Mas, mesmo nesses lugares, a maioria dos serviços financeiros prestados são perfeitamente legais: é o segredo possível ali que faz desses destinos algo atrativo para sonegadores e trapaceiros ao redor do mundo, especialmente se a regulação é fraca ou se as autoridades locais fazem vista grossa. Bahamas, no Caribe, também está listada entre os paraísos fiscais 3. Ações e títulos ao portador Se a ideia é obter uma camada a mais de anonimidade, ações e títulos ao portador são uma maneira fácil de mover grandes quantidades de dinheiro. Todas as notas de 5 libras (R$ 25), por exemplo, trazem a mensagem: “Eu prometo, sob demanda, pagar ao portador a quantia de 5 libras”. Ou seja: se está no seu bolso, é seu: a pessoa “portando” ou carregando o dinheiro é dona dele, pode gastá-lo ou fazer o que quiser com ele. Ações e títulos ao portador funcionam da mesma forma: a pessoa que está com eles em seus bolsos, pastas ou cofres é sua dona. Mas esses papéis não valem apenas 5 libras – títulos são emitidos em quantias consideráveis, como 10 mil libras (R$ 51 mil), o que os tornam ideais para o transporte de grandes quantias e perfeitos caso seja necessário negar a propriedade. Se o título está guardado em um escritório de advocacia no Panamá, quem saberá que ele é seu, ou mais, que ele existe? Essas “vantagens” explicam o fato de o governo americano ter parado a emissão de títulos ao portador em 1982: eles são uma mão na roda para quem quer burlar a lei. 4. Lavagem de dinheiro Lavagem é a prática que “limpa” o dinheiro “sujo”, ou seja, “disfarça” sua origem ilícita. Sendo assim, os recursos podem ser usados acima de qualquer suspeita. Se você é um traficante de drogas, um fraudador, ou, digamos, um político corrupto, terá nas mãos um monte de dinheiro que não poderá gastar sem chamar a atenção das autoridades. Uma das formas de lavagem envolve remeter esse dinheiro para uma empresa aberta em um paraíso fiscal. Como esses países guardam sigilo sobre essas informações, fica difícil rastrear os verdadeiros donos dos recursos. Para dificultar ainda mais o trabalho das autoridades, essas empresas normalmente não ficam nos nomes de quem aplicou o dinheiro. Eles usam, então, as empresas para investir os recursos em atividades consideradas legais, como a compra de um imóvel, por exemplo. Dessa forma, o dinheiro, que antes tinha origem ilícita, deixa de ter aparência “duvidosa”. O programa “BBC Panorama” é um dos veículos de imprensa que analisaram os papéis 5. Burlar sanções Uma das formas de punir ou tentar limitar o poder de alguns regimes é aplicar sanções. Isso pode envolver limites à importação de equipamentos militares e munições, proibir a exportação de petróleo e outros produtos, etc. Mas também há as sanções pessoais: fechar contas bancárias de ditadores e seus amigos, familiares e apoiadores. O governo britânico, por exemplo, impõe atualmente milhares de barreiras contra países, seus negócios, seus bancos e muitos indivíduos. Mas quanto mais onerosas são as sanções sofridas, mais dinheiro é faturado por quem ajuda essas pessoas a burlá-las. Criar contas secretas para torturadores e genocidas, fornecer armas para um ou dois lados de uma guerra civil ou financiar as ambições nucleares de regimes isolados estão entre as possibilidades. O uso de contas secretas e

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Informante do caso HSBC diz que ainda há ‘um milhão’ de dados por vir

O ex-funcionário do HSBC em Genebra, Herve Falciani, é o homem por trás do maior vazamento de dados na história dos bancos. Oito anos depois, ele disse, em entrevista à BBC, que se sente “vingado” e “aliviado”, já que os dados revelados por ele finalmente vieram à tona e o escândalo vem sendo investigado em várias partes do mundo. Segundo Falciani, estamos longe do fim da história, já que ainda há muitas informações sobre o esquema do HSBC. Aliás, para ser bem preciso, há um milhão de bits em dados, afirma o ex-funcionário. Ele diz que o trabalho de análise desses dados deve começar em breve e que uma grande empresa de petróleo pode ser a próxima a sentir os efeitos de um vazamento em massa de informações. Estrelas do showbiz e traficantes O esquema revelado por Falciani permitiu que, entre 2005 e 2007, centenas de bilhões de euros transitassem, em Genebra, por contas secretas de 106 mil clientes, entre eles, empresários, políticos, estrelas do showbizz e esportistas, mas também traficantes de drogas e armas e suspeitos de ligações com atividades terroristas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Os documentos vazados por ele também incluem dados sobre 5,5 mil contas secretas de brasileiros, entre pessoas físicas e jurídicas, com um saldo total de US$ 7 bilhões (cerca de R$ 19,5 bilhões). A BBC teve acesso a um e-mail, obtido pelo jornal francês Le Monde, que foi enviado por Falciani em 2008 ao órgão britânico que equivale à Receita Federal no Brasil (Her Majesty’s Revenue and Customs ou HMRC), no qual ele dava detalhes do esquema. “Mas como não obtive resposta, eu também liguei para denunciar o caso para um telefone de denúncia de evasão fiscal. Também sem sucesso.” Ainda não está claro por que o HMRC não respondeu aos contatos do ex-funcionário do HSBC e por que levou tanto tempo para que a informações se tornasse pública. O HSBC afirma que o banco passou por reformas e que agora há menos clientes e um controle mais rígido. Mas para Falciani, o banco tem de ser punido de qualquer jeito. “A punição tem que ocorrer, não importa o quão grande eles são”, diz ele, acrescentando que talvez haja centenas de outros bancos envolvidos em esquemas para ajudar os ricos e fugir do pagamento de impostos. Segundo ele, é crucial que agências europeias, americanas e asiáticas trabalhem em conjunto para combater a corrupção em bancos. Proteção aos informantes As pessoas que se dispõem a denunciar esses esquemas também deveriam, segundo Falciani, receber maior proteção para que possam revelar o que sabem. Mas seus críticos – e há muitos – dizem que é preciso ter cuidado com o informante e o acusam de ter tentado vender as informações. Ele nega a acusação. “Isso é mentira. É exatamente isso que eles tentam fazer, minar sua reputação, assim como a máfia faz”, disse. “Mas já está sendo provado que eu estava certo. Eu nunca pedi dinheiro em troca das informações e agora estou podendo provar isso.” Falciani diz que enfrentou diversos problemas nos últimos sete anos, por ter vazado as informações. Ele afirma que não tem uma casa e que viaja com o apoio de uma rede de pessoas que também estão envolvidas na luta contra o sigilo bancário. “Foi imenso o impacto negativo que esse caso teve na minha vida, seja na pessoal ou na profissional, e também na minha reputação.” Para ele, denunciantes tem de estar dispostos a enfrentar uma longa luta. “Isso prova o quanto é difícil e complicado fazer denúncias como essa. Certamente, tudo isso levou muito anos mais do que eu esperava que levaria. É uma grande jornada.” Kamal Ahmed/BBC News

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Conselho ao senador Eunício Oliveira

Se for confirmada a denúncia, além do lucro normal do negócio, alguém embolsou cerca de sessenta milhões de reais, comparando-se o valor do segundo colocado como o valor real. […]ouça um bom conselho/que eu lhe dou de graça[…] Chico Buarque de Holanda in Bom Conselho O Editor Ps. Nota à imprensa divulgada pelo Senador Eunício Oliveira: A respeito de matéria publicada, nesta data, pelo jornal O Estado de São Paulo, informo que: 1) Estou afastado, desde 1998, da gestão de todas as empresas das quais sou acionista, inclusive a Manchester, como pode ser verificado nas Juntas Comerciais. 2) Por ter me afastado há 13 anos da gestão das empresas, não acompanho e não interfiro em quaisquer decisões administrativas, contratuais ou disputa comercial em que as empresas das quais sou acionista participem. 3) No caso específico da Manchester, desconheço os personagens das empresas concorrentes citadas na matéria e desafio que alguém apresente prova de interferência minha em concorrências públicas. 4) Diante das acusações a meu respeito – todas infundadas e inverídicas – buscarei na Justiça a reparação dos danos causados à minha imagem”.  Caro senador Eunício Oliveira (PMDB-CE): Seu último fim de semana deve ter sido de muito aborrecimento com essa história publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre a empresa Manchester Serviços Ltda, suspeita de ter fraudado uma licitação da Petrobrás no valor de R$ 300 milhões. Sei que 50% das ações da empresa lhe pertencem, eu sei. E que o resto pertence à sua família. Eu sei, o senhor já me disse, que há 13 anos está afastado da gestão da Manchester e das demais empresas das quais é acionista. Mas – não sei por que – vivemos uma época de quase total descrença nos políticos. As pesquisas assim indicam. Ou mesmo qualquer despretencioso bate-papo em mesa de botequim. Permita-me uma sugestão: para que não duvidem do que o senhor afirma, renuncie ao sigilo telefônico dos seus celulares e dos aparelhos de suas casas e gabinetes de trabalho. Autorize que sejam vasculhadas todas as ligações que fez ou que recebeu nos últimos 13 anos com o único propósito de se averiguar se o senhor de fato não se comunicava assiduamente com os executivos de suas empresas. Sei que estou lhe propondo uma inversão de papéis. Não lhe caberia provar que é inocente de qualquer tipo de crime que queiram lhe imputar.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O ônus da prova cabe a quem acusa. Convenha, porém, que não ficará confortável para o senhor desfilar por aí como mais um político que poderá ter se valido dos cargos que ocupou e do mandato que exerce para extrair vantagens pessoais e ilícitas. Perdão pelo lugar comum, mas ao homem público não basta ser honesto. Há de parecer honesto. Há muitos companheiros seus que não se importam em parecer desonestos. Creio que não é o seu caso. blog do Noblat

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Mulher do golpista Bernard L. Madoff – sacou 15 milhões antes do golpe de 50 bilhões

Investigadores apresentaram provas às autoridades em Nova York. Saques ocorreram em novembro e dezembro passados. A mulher do americano Bernard Madoff sacou US$ 15,5 milhões poucas semanas antes de seu marido ser detido por um escândalo que envolvia fraude com as chamadas “pirâmides financeiras”. Os investigadores do caso apresentaram às autoridades em Nova York um documento que assinala que Ruth Madoff fez operações financeiras em novembro e dezembro passados. O documento vincula a empresa Cohmad Securities que, segundo os investigadores, estava ligada à companhia de Madoff que operava as pirâmides de Nova York. Madoff foi acusado de dirigir uma fraude internacional com a qual teria se apropriado de até US$ 50 bilhões dados a sua empresa por centenas de investidores, entre eles celebridades dos Estados Unidos. Segundo os investigadores, as autoridades da Cohmad Securities conheciam as transferências que eram feitas da conta de Madoff. Madoff foi detido no início de dezembro e no momento cumpre prisão domiciliar em seu apartamento em Manhattan. do G1

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