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Francisco Carvalho – Versos na tarde – 29/03/2013

Dialética do poema Francisco Carvalho ¹ Fazer um poema não é dizer coisas profundas. É ver as coisas como as coisas não são. Fazer um poema não é viajar no espelho. É ir à procura do rosto do homem perdido na escuridão. É descer às raízes do sangue e do mito. Fazer um poema é estar em conflito com os dedos da mão. De O Silêncio é uma Figura Geométrica (2002) ¹ Francisco Carvalho * Russas, CE. – 11 de Junho de 1927 d.C + Fortaleza, CE. – 5 de março de 2013 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Francisco Carvalho – Versos na tarde – 05/03/2012

Fosso Francisco Carvalho ¹ O povo fala grosso mas não segue adiante porque tem um fosso. O povo mostra o rosto mas não pode ser visto porque tem um fosso. O povo não tem sobrosso mas é expulso da festa porque tem um fosso. O povo paga imposto mas fica à margem do rio porque tem um fosso. Fosse de que modo fosse a vida não mudaria porque tem um fosso. A fome mostra o seu dorso mas não prova do manjar porque tem um fosso. Espectros de pele e osso contai vossa fome ao vento porque tem um fosso. ¹ Francisco Carvalho * Russas, CE. – 11 de Junho de 1927 d.C + Fortaleza, CE. – 5 de março de 2013 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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