Francisco Carvalho – Versos na tarde – 24/12/2016
Lição de espaço Francisco Carvalho¹ O homem no espaço é a sombra de Sísifo. O espectro da esfinge A vertigem do tísico. O homem no
Lição de espaço Francisco Carvalho¹ O homem no espaço é a sombra de Sísifo. O espectro da esfinge A vertigem do tísico. O homem no
Discurso da ira Francisco Carvalho¹ Os pobres estão se evaporando à vista de todos. O tempo vai passando os pobres vão se decompondo seus rostos
Poema para escrever no asfalto Francisco Carvalho¹ Agora eu sei o quanto basta à ceia do coração e o quanto sobra do naufrágio das nossas
“É preciso reconhecer que a poesia é hoje um teatro sem platéia. Uma ribalta às moscas.” Francisco Carvalho
Retrato para ser visto de longe Francisco Carvalho¹ Sou um ser, o outro é metade que não sabe de onde veio. Sou treva, sou claridade.
Engano e esperança Francisco Carvalho ¹ Se por experiência se adivinha se pela nuvem se conhece o vento se por amor dormimos ao relento sob
Liturgia da seca Francisco Carvalho¹ O vento em disparada arranca as plumas da paisagem. Boi morto vaca morta bezerro morto cavalo morto. O vento arquejante
“Mas o amor não é uma saída. O amor é um mergulho.” Francisco Carvalho
Discurso da ira Francisco Carvalho¹ Os pobres estão se evaporando à vista de todos. O tempo vai passando os pobres vão se decompondo seus rostos
“Limpar as gavetas/ é como expurgar os remorsos da alma.” Francisco Carvalho