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Eleições 2016:O voto não é tão racional. Veja como alguns vieses influem na sua decisão

Todos somos vítimas de vieses cognitivos, que são interpretações ilógicas da informação disponível.  GETTY IMAGES “Mais que erros, são atalhos, mecanismos que usamos todos os dias e funcionam muito bem para tomar decisões rápidas, mas, às vezes, nos conduzem ao erro”, explica Helena Matute, psicóloga espanhola da Universidade de Deusto, em Bilbao. MAIS INFORMAÇÕES Celso Russomanno lidera corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo As pesquisas não devem acertar quem será o prefeito da sua cidade. E não estarão erradas Quem ainda está no páreo para a disputa pela Prefeitura de São Paulo? Não é fácil corrigi-los, sobretudo porque na maior parte do tempo nem sequer estamos conscientes deles. A única coisa que podemos fazer é “estar alerta e ser mais críticos”, diz Matute. Em política, a situação se agrava porque se adicionam elementos como emoção e sentimento de pertencimento. Estes são alguns dos vieses que podem influir em nosso voto: 1. Viés de confirmação: só fazemos isso com os dados que endossam nossas ideias e somos céticos com a informação que as contradiz. Como explica Michel Shermer em The Believing Brain, primeiro nos identificamos com uma posição política e, a partir daí, interpretamos a informação para que se encaixe em nosso modelo de realidade. 2. Efeito auréola: confundimos aparência com essência. Quando nos chama a atenção um aspecto positivo de alguém (seu atrativo físico, por exemplo), tendemos a generalizá-lo para toda a pessoa. Também acontece quando escutamos opiniões políticas de atores e cantores: estendemos sua influência a áreas que não têm nada a ver com seus dotes artísticos. 3. Efeito de enquadramento: tendemos a extrair conclusões diferentes conforme o modo como os dados são apresentados. Matute nos dá um exemplo: “Se você diz que a carne tem 30% de gordura, ninguém a comprará. Mas os resultados mudam se você disser que é 70% magra, apesar de dar na mesma”. 4. A correlação ilusória: é a tendência a assumir que há relação de causa e efeito entre duas variáveis, embora não haja dados que confirmem isso. Ocorre especialmente no caso dos estereótipos e nos leva, por exemplo, a subestimar a proporção de comportamentos negativos em grupos relativamente pequenos. 5. Efeito Barnum ou Forer: é comum os candidatos se dirigirem a “esses cidadãos honrados e trabalhadores que enfrentam as adversidades e estão fartos da corrupção”. É fácil se identificar, mas somente porque tendemos a tratar as descrições vagas e genéricas como se fosse específicas e detalhadas. Os horóscopos parecem críveis por causa desse viés. 6. Custo irrecuperável: é difícil para nós mudar o voto quando estamos há anos apostando nos mesmos. Por isso as ideologias são tão rígidas. Em relação a esse viés, Matute acrescenta o efeito de ancoragem, que se dá quando opinamos em voz alta. “Já nos posicionamos, por isso custa mais mudar de opinião.” 7. Viés de atribuição: nós definimos nosso voto porque somos inteligentes e estamos informados, mas os demais não têm nem ideia e estão cheios de preconceitos. 8. Viés de autoridade: nós nos fixamos mais em quem diz algo do que em quem não diz. Este é um exemplo de viés que funciona com frequência. Faz sentido confiar em um médico, por exemplo, mas o que acontece quando dois especialistas sustentam opiniões contrárias, como ocorre atualmente em política? 9. Efeito arrastão: nós nos deixamos levar pelo que o nosso entorno opina. Se todos os nossos amigos são de esquerda, será mais difícil dizer que somos de direita (a não ser que gostemos de ser do contra). 10. Falso consenso: superestimamos o grau em que outras pessoas estão de acordo conosco. 11. O ponto cego: não estamos conscientes de nossos próprios vieses, embora os dos outros pareçam evidentes. El País/Jaime Rubio Hanckoc

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Impeachment levaria um ano e meio, quase todo mandato de Dilma

Conversar com o historiador e cientista político Luiz Felipe de Alencastro é entender um pouco mais o Brasil a partir de uma perspectiva exterior. Luiz Filipe de Alencastro, professor da FGV e emérito da Sorbonne. Conversar com o historiador e cientista político Luiz Felipe de Alencastro é entender um pouco mais o Brasil a partir de uma perspectiva exterior. Ele avalia a ascensão e o declínio do país no cenário internacional nos últimos anos e propõe comparações entre as crises daqui e da Europa. Professor emérito da Universidade de Paris Sorbonne, o historiador fez praticamente toda sua carreira na França, para onde mudou-se ainda durante a ditadura militar brasileira. Hoje dá aulas na Faculdade Getúlio Vargas, em São Paulo, e ainda orienta doutorandos da Sorbonne. Com uma formação ampla, aborda temas da história brasileira até política econômica e internacional. Em entrevista ao EL PAÍS reflete sobre o Brasil e o cenário político atual. Pergunta. O Brasil começou a década como um dos atores que mais atraíam atenção no cenário global, essa impressão era um exagero? Resposta. Eu passei muito tempo fora do Brasil, sou de uma época em que presidente brasileiro no exterior era vaiado. Não à toa, eram os militares. A situação externa brasileira só foi melhorar com o FHC, mas só mudou com o Lula. A nomeação de José Graziano na direção da FAO[Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura] e de Roberto Azevêdo na direção da OMC[Organização Mundial do Comércio] são exemplos claros da política externa exitosa dos anos Lula. A diplomacia brasileira passou a ter um papel muito significativo, o ministro Celso Amorim teve um papel importante no G20, em várias outras iniciativas de política internacional e expandiu os horizontes do Brasil no mundo. Hoje, temos mais embaixadas na África do que na América Latina, o que acabou sendo fundamental para a eleição de Azevêdo, que, apoiado pelas delegações africanas, venceu o candidato mexicano apoiado pelos EUA. Desse ponto de vista, a empolgação dentro e fora do Brasil não era uma ficção. Aquela capa da The Economist, em que o Cristo Redentor aparecia sendo lançado como um foguete, era um exagero do ponto de vista econômico, mas não do geopolítico. P. E o que fez o país perder essa relevância? Só as crises econômicas e políticas explicam? R. Com a Dilma, o Brasil voltou à mediocridade que sempre reinou no campo da política externa. Ela sempre foi extremamente provinciana e voltou a ser. Um exemplo caro disso é que durante as eleições, por exemplo, não se debate sobre política externa. Só entram, de maneira indireta, questões sobre chavismo,Venezuela, Cuba. Isso não é debate. Aí também tem o fato de que Dilma nunca se interessou pela questão exterior, não toma iniciativas internacionais importantes. Hoje a gente esqueceu os nomes dos ministros do exterior, são pessoas que não têm relevo e isso vai de par com a perda de um encanto e relevância brasileira. P. 2015 foi talvez o ano mais duro politicamente dos últimos tempos. Qual é seu prognóstico daqui para frente? “No Brasil as comparações com casos do exterior não são bem feitas. A Lava Jato é abertamente inspirada na Mani Pulite, mas essa operação foi problemática” R. A questão do impeachment, que pautou grande parte das discussões,ficou bastante improvável no Congresso depois da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). E, por outro lado, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se tudo acontecer como quer a oposição, o processo levaria no mínimo um ano e meio, o que nos jogaria praticamente para o fim do Governo Dilma. Invalidar um mandato de alguém que está na reta final seria um despropósito. Desse ponto de vista, estamos em um momento de esgotamento da ofensiva contra o Governo e também do assédio ao Governo. P. E não é a primeira vez que a via do TSE é testada pela oposição… R. É verdade. Logo no início de 2015, o PSDB pediu a recontagem de votos. Ela foi feita e, no final, eles deram uma declaração de que não conseguiram chegar a nenhuma conclusão. Esse fato com certeza vai pesar em qualquer decisão futura do Tribunal. Além disso, é importante dizer uma coisa. Muito se falou sobre a margem apertada com que Dilma venceu as eleições de 2014 e isso não é verdade. 3,5 milhões de votos a mais é muita coisa. As vantagens sempre são mínimas nas democracias e dá pra dizer que nunca mais um presidente vai ser eleito com tranquilidade no Brasil, as posições já estão muito cristalizadas. Na França, o único exemplo factível de comparação, por ter uma eleição presidencial de dois turnos, a diferença entre Hollande e Sarkozy foi pequena também. Isso é normal. P. E como você avalia o papel da Justiça nessa crise política? R. No Brasil as comparações com casos do exterior não são bem feitas. A Lava Jato é abertamente inspirada na Mani Pulite [que investigou casos de corrupção e resultou no fim de partidos políticos na Itália], mas essa operação foi problemática. Um dos resultados foi que Berlusconi acabou primeiro-ministro e, se caiu depois, não foi pelas mãos da operação, mas por causa de uma intervenção da União Europeia. Aqui no Brasil, não existe nenhuma instância suprarregional que poderia intervir ou reavaliar decisões. É o mesmo caso do julgamento do mensalão. Lá não houve uma possibilidade de recall, ou seja, os julgados não puderam recorrer a uma segunda instância, o que é básico em países com democracia consolidada. Primeiro porque foram julgados direto noSTF, segundo porque não podiam recorrer a nenhuma instância supranacional, como há, na Europa, a corte de Luxemburgo. Eu sou bem cioso em relação à presunção da inocência e acho a coerção por prisão que tem havido algo escandaloso. P. De qualquer jeito, a crise continua aí. O que vai tirar a política da inércia? R. É importante dizer que nós estamos em uma situação grave, mas que, quando olho para fora, vejo outros países com ainda mais problemas. Velhos Estados, como Espanha e França, convivem com

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Eleições 2014 e o oligopólio tucano

Desde o ano 2000, antes de Lula chegar à Presidência, portanto, os únicos dois nomes que o PSDB oferece aos paulistanos em qualquer eleição para prefeito, governador ou presidente da República são José Serra e Geraldo Alckmin. O atual governador de São Paulo foi candidato a prefeito na capital em 2000 e 2008. Serra disputou a prefeitura em 2004 e 2012. Antes, já havia tentado em 1988 e 1996. Repare: só eleitores paulistanos com mais de 37 anos de idade tiveram a chance de votar num tucano que não fosse Serra ou Alckmin para prefeito. Foi na longínqua candidatura do hoje verde Fabio Feldmann em 1992, lembra? Nas eleições para o Planalto ou para o Bandeirantes, a situação é parecida. Em 2002, Serra saiu para presidente, Alckmin para governador. Em 2006, inverteram: Alckmin para presidente, Serra para governador. Em 2010, desinverteram: Serra novamente para presidente, Alckmin novamente para governador. Hoje acontece a abertura do congresso estadual do PSDB paulista. A expectativa é que Serra apareça e faça seu primeiro discurso após a eleição municipal de outubro. Os tucanos devem aproveitar para discutir estratégias para 2014. Qual é a grande articulação em curso?[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Bingo. Dar um jeito para lançar Serra para presidente (a tática agora é falar em prévias ou primárias); e garantir as condições para a reeleição de Alckmin governador. Nem é justo dizer que o PSDB tem problemas para formar quadros competitivos. Depois do petista Fernando Haddad, o maior vencedor da eleição paulistana foi o neopeemedebista Gabriel Chalita, tucano até outro dia. O Rio de Janeiro reelegeu o prefeito com a segunda maior votação proporcional em capitais, Eduardo Paes, tucano até outro dia. Em Curitiba, a surpresa foi a vitória de Gustavo Fruet (PDT), tucano até outro dia. Por que eles só conseguiram subir ao primeiro escalão da política após sair do PSDB? Poderia ser um tema para o congresso de hoje. Mas não é. Ricardo Mendonça/Folha de S.Paulo

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Eleições 2014: PT e PSDB começam o jogo

PT e PSDB armam tabuleiro de 2014 Raymundo Costa ¹/VALOR PT e PSDB antecipam largada para 2012. Lula articula palanques até 2014; tucanos tentam tirar Serra da disputa presidencial. PT e PSDB anteciparam a largada às eleições municipais de 2012. O centro da disputa é o território de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, portanto, decisivo na eleição para presidente de 2014. A rigor, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, queimou a largada ao decidir fundar o PSD. Mas a partida valeu, a corrida seguiu e PT e PSDB entraram na pista com disposição de início de campanha. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta repetir a mesma fórmula que o levou a eleger a presidente Dilma Rousseff. Seu candidato é o ministro da Educação, Fernando Haddad, um técnico que nunca antes disputou eleição, como Dilma, e que assim como a atual presidente, à época, também acumula polêmicas. Nessa lista estão os fiascos do Enem, as cartilhas com erros de português e o “kit gay”, como foi batizado no Congresso o pacote contra a homofobia. Tucanos forçam Serra em SP para dar passagem a Aécio. Na campanha de 2010, como se recorda, Dilma foi acusada de defender o desenvolvimento a qualquer custo (meio ambiente) e a legalização do aborto, assunto que contaminou o segundo turno da eleição presidencial. E assim como Dilma, o ministro Haddad é um nome técnico de fora do aparelho petista, tem bom relacionamento com Lula e é digerível por boa parte da classe média paulistana.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Lula articula as principais candidaturas para 2012 tendo em vista as alianças com os outros partidos. O ex-presidente costuma lembrar que somente venceu em 2002, após três tentativas, ao ampliar o leque de alianças do PT juntando-se ao PL do empresário e depois vice José Alencar, morto em março passado. No que se refere a São Paulo, Haddad leva vantagens diversas em relação aos outros pretendentes do PT, sob o ponto de vista de Lula. Em primeiro lugar, é uma novidade. Apesar das polêmicas em que esteve envolvido, deve capturar o eleitorado histórico do PT na capital. E tem espaço para crescer, sobretudo com o apoio que Lula costuma dar a seus “candidatos do peito”, como ficou demonstrado nas eleições do ano passado. Se Haddad ganhar, o PT terá aberto uma brecha na muralha da cidadela tucana em São Paulo – Kassab não é do PSDB, mas é ligado e fiel ao tucano José Serra. Na hipótese de Haddad perder, é certo que Lula não terá dificuldade para conseguir seu apoio para o eventual candidato do PMDB, Gabriel Chalita, se ele for um dos dois candidatos no segundo turno. Algo que seria difícil de tirar de Marta Suplicy – que é pré-candidata – ou Aloizio Mercadante, atual ministro da Ciência e Tecnologia, também potencial candidato à indicação. Lula joga com as alianças de 2012 tendo em vista a disputa de 2014. Vitória na eleição na capital de São Paulo é uma variável que não se discute na equação eleitoral do PSDB, pelo menos por enquanto. A discussão entre grande parte dos tucanos é outra: como fazer José Serra decidir logo se é ou não candidato a prefeito de São Paulo. A decisão de Serra é importante para Aécio Neves e seus correligionários resolverem o encaminhamento da candidatura presidencial do mineiro. É nesse contexto que deve ser entendida a proposta de realização de prévias para a escolha do candidato do PSDB a prefeito, de preferência até dezembro deste ano. Isso forçaria Serra a uma decisão já. Na hipótese de ele ser candidato, Aécio teria a segurança de contar com o caminho livre para começar a trabalhar sua candidatura para 2014, sem receio de que alguém possa lhe tirar a bola no meio do jogo. Serra já disse que não será candidato a prefeito. Em particular, afirma que não disputaria de novo nem que esta fosse a última eleição de sua vida – só não diz o mesmo publicamente para não “ofender” os paulistanos, insinuando algum tipo de menosprezo pela prefeitura. Mas os adversários do tucano paulista ou não acreditam que ele consiga ficar sem um cargo até 2014 ou acham que podem convencê-lo com o argumento de que é a única alternativa viável do PSDB, sob pena de a sigla começar a desmoronar em São Paulo. Por trás desse argumento, está o mesmo raciocínio defendido na convenção que elegeu os novos dirigentes tucanos, no final de maio, segundo o qual o PSDB deveria escolher logo o candidato a presidente. Para Serra, não interessa decidir nada agora. O tempo joga a seu favor, ao contrário do que ocorreu nas duas vezes em que disputou a Presidência da República, quando teve de deixar os cargos que então ocupava (ministro da Saúde e governador de São Paulo) no início de 2002 e de 2010. O tempo está a favor até em relação à prefeitura de São Paulo: Serra não precisará dizer se é ou não candidato no início de maio de 2012, prazo para a desincompatibilização de pré-candidatos que tiverem cargos executivos. Um exemplo: o secretário de Energia, José Aníbal. No limite, Serra pode até deixar a decisão para o final de junho de 2012. A exemplo de um número cada vez maior da chamada elite política do Congresso, independentemente de partido, José Serra também supõe que o candidato do PT, nas eleições de 2014, será o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste cenário, talvez o PSDB se convença de que o candidato ideal é o próprio Serra – o contraponto de Lula no partido.. A tese segundo a qual Aécio deveria disputar com Lula em 2014 para encorpar uma recandidatura em 2018 enfrenta problemas. O próprio Aécio tem dificuldades para enfrentar Lula, com o qual manteve excelente relacionamento no governo. Além disso, a concorrência para daqui a sete anos deve ser maior. Sem falar do PT, cujo candidato deve ser Lula (para a eleição ou para a reeleição), o PMDB, por exemplo, contará com o

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Educação. Analfabetismo funcional

Brasil: da série “O tamanho do buraco”! Governo após governo, desde Cabral, jamais a educação foi prioridade. Em plena era da informação e do conhecimento, a educação no Brasil não é política de Estado. Causa espanto que os Tupiniquins, não entendam que a educação é a única saída para sair das trevas do atraso. Aprendizagem ainda é baixa no país Em 1.117 cidades, menos de 10% dos alunos da 4 série aprenderam português A maioria dos alunos brasileiros está longe de saber os conteúdos previstos para a série em que estuda. Em 1.117 municípios, menos de 10% dos estudantes da 4 série (5 ano) do ensino fundamental atingiram a aprendizagem que especialistas consideram adequada em língua portuguesa. Na 8 série (9 ano), foram 2.015 cidades na mesma situação, segundo levantamento realizado pelo movimento Todos pela Educação. O estudo considera as notas obtidas por alunos de escolas públicas urbanas em todo o país, em 2007, na Prova Brasil. O teste é aplicado pelo Ministério da Educação (MEC). Em matemática, o número de municípios onde menos de 10% dos estudantes dominam os conteúdos apropriados é ainda maior: 1.518 na 4 série e 2.944 na 8. O Todos pela Educação é uma ONG que reúne empresários, gestores e entidades educacionais, como Fundação Bradesco, Itaú, Gerdau, Odebretch e Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). O ministro da Educação, Fernando Haddad, e os ex-ministros Cristovam Buarque e Paulo Renato Souza estão entre seus sócios-fundadores. Em dezembro, o Todos pela Educação divulgou as estatísticas nacionais e por estados. Na média, apenas 27,9% dos alunos da 4 série atingiram a pontuação adequada em língua portuguesa (leitura); na 8série, 20,5%. Nos dois casos, o país não atingiu as metas traçadas pela comissão técnica do movimento. O Globo – De Demétrio Weber

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