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Garcia Lorca – Poesia – 07/06/24

Boa noite Poema Garcia Lorca¹ Tenho muito medo das folhas mortas, medo dos prados cheios de orvalho. Eu vou dormir; se não me despertas, deixarei a teu lado meu coração frio. O que é isso que soa bem longe? Amor. O vento nas vidraças, amor meu! Pus em ti colares com gemas de aurora. Por que me abandonas neste caminho? Se vais muito longe, meu pássaro chora e a verde vinha não dará seu vinho. O que é isso que soa bem longe? Amor. O vento nas vidraças, amor meu! Nunca saberás, esfinge de neve, o muito que eu haveria de te querer essas madrugadas quando chove e no ramo seco se desfaz o ninho. O que é isso que soa bem longe? Amor. O vento nas vidraças, amor meu! ¹Federico Garcia Lorca Poeta e Dramaturgo * Granada, Espanha – 5 Junho 1898 d.C. + Granada, Espanha – 1937 d.C. Fuzilado durante a Guerra Civil espanhola a mando do General Francisco Franco, que implantou a ditadura na Espanha em 1939.

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Garcia Lorca – Poesia – 03/02/24

Boa noite. Sinto Garcia Lorca¹ Sinto que em minhas veias arde sangue, chama vermelha que vai cozendo minhas paixões no coração. Mulheres, por favor, derramai água: quando tudo se queima, só as fagulhas voam ao vento. ¹ Federico García Lorca * Fuente Vaqueros, Espanha – 05 de Junho de 1898 d.C + Granada, Espanha – 19 de Agosto de 1936 d.C Poeta e dramaturgo espanhol. Fuzilado e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola

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Garcia Lorca – Versos na tarde – 23/06/2015

Gazel do amor imprevisto Garcia Lorca¹ O perfume ninguém compreendia da escura magnólia de teu ventre. Ninguém sabia que martirizavas entre os dentes um colibri de amor. Mil pequenos cavalos persas dormem na praça com luar de tua fronte, enquanto eu enlaçava quatro noites, inimiga da neve, a tua cinta. Entre gesso e jasmins, o teu olhar era um pálido ramo de sementes. Procurei para dar-te, no meu peito, as letras de marfim que dizem sempre, sempre, sempre; jardim em que agonizo, teu corpo fugitivo para sempre, teu sangue arterial em minha boca, tua boca já sem luz para esta morte. ¹Federico García Lorca * Fuente Vaqueros, Espanha – 05 de Junho de 1898 d.C + Granada, Espanha – 19 de Agosto de 1936 d.C Poeta e dramaturgo espanhol. Fuzilado e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Garcia Lorca – Versos na tarde – 09/02/2015

O poeta pede a seu amor que lhe escreva Garcia Lorca ¹ Amor de minhas entranhas, morte viva, em vão espero tua palavra escrita e penso, com a flor que se murcha, que se vivo sem mim quero perder-te. O ar é imortal. A pedra inerte nem conhece a sombra nem a evita. Coração interior não necessita o mel gelado que a lua verte. Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias, tigre e pomba, sobre tua cintura em duelo de mordiscos e açucenas. Enche, pois, de palavras minha loucura ou deixa-me viver em minha serena noite da alma para sempre escura. ¹ Federico García Lorca * Fuente Vaqueros, Espanha – 05 de Junho de 1898 d.C + Granada, Espanha – 19 de Agosto de 1936 d.C Poeta e dramaturgo espanhol. Fuzilado e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola >> biografia de Garcia Lorca [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Garcia Lorca – Versos na tarde – 23/11/2014

Se as minhas mãos pudessem desfolhar Garcia Lorca¹ Eu pronuncio teu nome nas noites escuras, quando vêm os astros beber na lua e dormem nas ramagens das frondes ocultas. E eu me sinto oco de paixão e de música. Louco relógio que canta mortas horas antigas. Eu pronuncio teu nome, nesta noite escura, e teu nome me soa mais distante que nunca. Mais distante que todas as estrelas e mais dolente que a mansa chuva. Amar-te-ei como então alguma vez? Que culpa tem meu coração? Se a névoa se esfuma, que outra paixão me espera? Será tranqüila e pura? Se meus dedos pudessem desfolhar a lua!! ¹Federico García Lorca * Fuente Vaqueros, Espanha – 05 de Junho de 1898 d.C + Granada, Espanha – 19 de Agosto de 1936 d.C Poeta e dramaturgo espanhol. Fuzilado e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola >> Biografia de Garcia Lorca [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Garcia Lorca – Versos na tarde – 21/07/2013

Amor da minha vida Garcia Lorca¹ Amor de minhas entranhas, morte viva, em vão espero tua palavra escrita e penso, com a flor que se murcha, que se vivo sem mim quero perder-te. O ar é imortal. A pedra inerte nem conhece a sombra nem a evita. Coração interior não necessita o mel gelado que a lua verte. Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias, tigre e pomba, sobre tua cintura em duelo de mordiscos e açucenas. Enche, pois, de palavras minha loucura ou deixa-me viver em minha serena noite da alma para sempre escura. ¹Federico García Lorca * Fuente Vaqueros, Espanha – 05 de Junho de 1898 d.C + Granada, Espanha – 19 de Agosto de 1936 d.C >> Biografia de Garcia Lorca [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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