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“Vírus da gripe suína não é mais grave que o de gripe comum”, diz especialista Dois dias depois de o Brasil ter confirmado casos de gripe suína, Caio Rosenthal, infectologista do hospital Emílio Ribas diz que não há razão para pânico. “O quadro clínico provocado por esse vírus é um quadro nem mais nem menos severo do que qualquer outra gripe.” FOLHA – Por que a gripe suína causou tanto pânico no mundo? CAIO ROSENTHAL – É um vírus novo que “pegou” e como todo agente novo ele causa um certo pânico por causa do desconhecimento do que ocorrer. Como é um vírus que ninguém tem imunidade, então pode atingir uma boa parte da população mundial. O quadro clínico provocado por esse vírus é um quadro nem mais nem menos severo do que qualquer outra gripe que acomete a população nos meses mais frios. FOLHA – O total de casos confirmados até hoje no mundo é o esperado? Poderia ser muito maior? ROSENTHAL – A gente não pode fazer uma dedução. Mas tudo indica que uma grande porcentagem da população ainda será atingida. E isso está ocorrendo com uma certa velocidade porque o vírus surgiu faz menos de 20 dias e já temos vários continentes com casos. Então, tudo indica que o poder de transmissão do A (H1N1) é muito alto. FOLHA – É possível saber o grau de morbidade do vírus? ROSENTHAL – Não. O que sabemos é que o vírus tem características que nos possibilitam prever que ele não terá uma severidade tão grande quanto o da gripe aviária. FOLHA – A pessoa que contraiu o vírus e se curou fica imunizada? ROSENTHAL – Teoricamente, sim. O problema é que o vírus é muito mutante. FOLHA – A Anvisa autorizou a fabricação da vacina contra o vírus no Brasil. Ela será instrumento fundamental para evitar a gripe? ROSENTHAL – Sim, mas não a curto prazo. A vacina requer um tempo muito grande de produção, pois é feita através de ovos embrionários de galinha. Para cada dose, é necessário um ovo. Para o país produzir milhares de doses é preciso ter uma tecnologia muito grande. FOLHA – É preciso usar máscaras na rua? ROSENTHAL – Não, isso é fanfarronice. Totalmente desnecessário, o vírus não está circulando. Tanto os casos suspeitos como os casos que estão com a doença estão sendo isolados. Além disso, depois de duas horas a máscara não protege mais. FOLHA – O que as pessoas devem fazer para se proteger? ROSENTHAL – Ela precisa procurar um posto médico quando tiver sintomas e sinais compatíveis com uma gripe e, principalmente, se tiver os dados epidemiológicos que fecham a definição de casos suspeitos (pessoas que tiveram em países com foco da doença e que apresentam os sintomas). E lavar as mãos com frequência, pois 25% dos pacientes diagnosticados até agora apresentaram quadros de vômito, diarreia e náusea -o que difere um pouco da gripe sazonal e nos faz pensar que pode haver transmissão oral-fecal. da Folha de São Paulo – Fernanda Bassette
Impressiona a falta de coerência do ser humano. Bastou a notícia de que estamos diante de uma pandemia, a chamada gripi suína, ou influenza tipo A como a nomeia a Organização Mundial da Saúde, para vermos o “mundo” inteiro usando máscaras cirúrgicas. Como cantava a extinta banda Blizt “tá tudo muito bem, tudo muito bom, mas…” Surpreende é que essa mesma humanidade não tem a mesma diligência em se proteger contra a AIDS usando preservativos. Enquanto existem milhões de pessoas contaminadas com o HIV, os casos de contaminação da tal gripe porcina, não chegam a mil. Todo mundo de máscara, mas camisinha… Uáu!
Gripe suína Abril 30, 2009 por José Saramago …”Em 1966, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de suínos distribuídos por um milhão de granjas. Actualmente, 65 milhões de porcos concentram-se em 65.000 instalações. Isso significou passar das antigas pocilgas aos ciclópicos infernos fecais de hoje, nos quais, entre o esterco e sob um calor sufocante, prontos para intercambiar agente patogénicos à velocidade do raio, se amontoam dezenas de milhões de animais com mais do que debilitados sistemas imunitários.” Estátua em praça pública no México …”No ano passado, uma comissão convocada pelo Pew Research Center publicou um relatório sobre a “produção animal em granjas industriais, onde se chamava a atenção para o grave perigo de que a contínua circulação de vírus, característica das enormes varas ou rebanhos, aumentasse as possibilidades de aparecimento de novos vírus por processos de mutação ou de recombinação que poderiam gerar vírus mais eficientes na transmissão entre humanos”. …”A comissão alertou também para o facto de que o uso promíscuo de antibióticos nas fábricas porcinas – mais barato que em ambientes humanos – estava proporcionando o auge de infecções estafilocócicas resistentes, ao mesmo tempo que as descargas residuais geravam manifestações de escherichia coli e de pfiesteria (o protozoário que matou milhares de peixes nos estuários da Carolina do Norte e contagiou dezenas de pescadores).”
Ceará tem o 1º caso suspeito de gripe suína Direção do hospital dará informações mais concretas hoje sobre a paciente que está no isolamento A gripe suína pode ter chegado ao Ceará. Ontem, foi internada em um hospital da rede privada de Fortaleza uma mulher com suspeita de estar com a doença. O hospital não divulgou nome, idade, profissão e nem procedência da paciente. Contudo, confirmou que a doente foi levada para o isolamento e que hoje a direção e o infectologista daquela unidade hospitalar concederão entrevista para a imprensa, quando, possivelmente, serão repassadas informações mais concretas sobre o caso Embora não tenha recebido autorização para entrar no hospital, ontem à noite, a reportagem do Diário do Nordeste pôde constatar que até mesmo o recepcionista e a telefonista da unidade usavam máscara. As poucas informações recebidas pela equipe de repórteres foram dadas pelo próprio recepcionista, após em contato telefônico mantido com a direção do hospital. “Os diretores não irão se pronunciar hoje, pois não há confirmação da doença”, disse o funcionário, ressaltando que o caso está sendo avaliado com muito cuidado. Sobre o uso das máscaras, admitiu, de princípio, que era uma precaução contra a gripe suína. Depois do contato telefônico com a direção arrancou a máscara do próprio rosto na frente da reportagem e tentou justificar seu uso “devido ao surto de viroses que estamos tendo na cidade”. Por outro lado, outros pacientes entravam e saíam do hospital sem uso de máscara e sem demonstrar qualquer indício de que haviam tomado conhecimento da internação de uma mulher com suspeita de gripe suína. “Especulação” Por sua vez, o secretário da Saúde do Estado, João Ananias, foi categórico ao afirmar que não iria se pronunciar sobre o assunto. O secretário – que se encontrava ontem em Brasília, onde foi manter contato com o Ministério da Saúde – classificou o assunto de “especulação”.
Nada de ‘pânico’, diz diretor da Anvisa Coragem é coisa que não costuma pegar em ninguém. Nada mais contagioso, contudo, do que o medo. A mensagem antipânico da Avisa chega no mesmo dia em que a OMS soltou um informe de timbre apavorante. A Organização Mundial de Saúde elevou o nível de “ALERTA” em que situara a gripe suína. Numa escala que vai até seis, a moléstia foi acomodada no patamar quatro. Significa dizer que, para a OMS, cresceu o risco de a gripe suína descambar para a pandemia. Em nota, o ministério da Saúde informa que, por ora, “NÃO HÁ EVIDÊNCIAS” -a caixa alta é do texto oficial- de que o vírus porcalhão tenha chegado ao Brasil. No mesmo texto, porém, o ministério reconhece que monitora a saúde de “11 viajantes”. Chegaram de países onde o mar não está pra porco. Apresentam “alguns sintomas clínicos” do novo tipo de gripe. Os pacientes sob observação estão distribuídos assim: Três em Minas; Dois no Rio; Dois no Amazonas; Dois no Rio Grande do Norte; Um no Pará; Um em São Paulo. O brasileiro é um ser desconfiado. Muitos sofrem de governofobia. Desconfiam de tudo que tem cara de versão oficial. Se o governo nega o problema, o sujeito passa a temê-lo. Se negativa do governo é enfática, nem sai de casa. Se o governo reitera a negativa enfática, enfia-se no armário. A pasta da Saúde cumpre o seu papel. Mas é difícil evitar que muita gente engate a marcha a ré. blog Josias de Souza
Mortes por suspeita de gripe suína chegam a 103, anuncia México Autoridades de todo o mundo estão implementando medidas para tentar conter o avanço do vírus da gripe suína, que já teve casos confirmados de contágio humano no México, nos Estados Unidos e no Canadá. No México, onde se originou o primeiro foco de contágios, acredita-se que 103 pessoas já morreram em consequência do vírus, segundo o ministro da Saúde do país, José Ángel Córdova. Segundo as autoridades mexicanas, já são 1.614 o total de casos suspeitos de contágio pelo vírus da gripe suína. Muitas dessas pessoas já se recuperaram. Os Estados Unidos, que confirmaram 20 casos de contaminação pelo vírus, declararam um estado de emergência sanitária. Também já há casos confirmados de contaminação no Canadá, e casos suspeitos estão sendo investigados na Espanha, em Israel e na Nova Zelândia. No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou neste domingo que “não há evidências de circulação do vírus da influenza suína em humanos no Brasil”. No sábado, o ministério também informou sobre a ativação do Gabinete Permanente de Emergência, formado por representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Em nota, o ministério informou que esse grupo se reunirá diariamente em Brasília para acompanhar a evolução epidemiológica da situação e indicar as medidas adequadas ao país. O governo também intensificou o monitoramento em aeroportos. Pandemia A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que o vírus tem o potencial de provocar uma pandemia, mas disse que o mundo está hoje mais bem preparado do que nunca para lidar com a ameaça. Em muitos países, estoques de medicamentos antivirais estão sendo preparados e passageiros provenientes de áreas atingidas têm sido avaliados nos aeroportos para identificar possíveis sintomas da gripe suína. A OMS está pedindo a todos os países que aumentem a vigilância para identificar possíveis focos de gripe com sintomas semelhantes aos de pneumonia entre suas populações, particularmente entre jovens adultos saudáveis, uma característica de outras pandemias no passado. Ainda não existe uma vacina para a nova variante de gripe, mas os casos mais graves estão sendo tratados com medicamentos antivirais. Mutações Falando em Genebra, um especialista da OMS afirmou que o vírus da gripe suína pode sofrer mutações e se transformar em uma doença mais perigosa, mas acrescentou que são necessárias mais informações antes de aumentar o nível de alerta de pandemias. Segundo a correspondente da BBC em Genebra, Imogen Foulkes, a OMS vem se preparando para uma pandemia de gripe desde os casos de Sars e gripe aviária dos últimos anos. Mas, de acordo com a correspondente, a organização admite que a situação atual ainda não está totalmente clara. Apenas parte dos casos do México já foram confirmados em laboratório como de gripe suína. E nos Estados Unidos os casos confirmados apresentaram sintomas mais leves. Os especialistas querem saber a razão de algumas pessoas ficarem gravemente doentes enquanto outras apresentam apenas sintomas mais leves de gripe. A variante H1N1 é a mesma que causa surtos de gripes normais em humanos. Mas esta nova versão tem material genético de versões da gripe que geralmente afetam porcos e aves. O vírus respiratório, que infecta porcos, mas apenas infecta humanos esporadicamente, é transmitido principalmente pela tosse e espirros. Foulkes afirma que os especialistas da OMS voltarão a se reunir na terça-feira para discutir se vão aumentar o nível de alerta internacional. México No México, a população se sente cada vez mais no centro de uma crise de saúde global. Na capital, Cidade do México, as ruas estão quase desertas, e muitas das pessoas que se aventuram a sair de suas casas usam máscaras cirúrgicas para tentar evitar o contágio. Muitos restaurantes e até mesmo igrejas fecharam suas portas, seguindo a ordem do governo que proibiu grandes aglomerações de pessoas. As escolas na capital e ao redor da Cidade do México também ficarão fechadas até o dia 6 de maio, numa tentativa de conter a propagação do vírus. O presidente mexicano, Felipe Calderón, anunciou medidas de emergência para lidar com a situação, como poderes especiais para isolar pessoas com suspeita da doença. Calderón procurou acalmar a população afirmando que, apesar da gravidade da situação, não há razão para pânico. O Banco Mundial anunciou um empréstimo de mais de US$ 200 milhões para ajudar o México a combater a doença. BBC Brasil
Herr Ratizinger ataca outra vez. Mais como inquisidor que como pastor. Não é somente o senado brasileiro que mergulha nas trevas com a “renovação” de Sarney e companhia. O Vaticano, também, continua na contra mão da história. Aliás, como sempre o fez! Fique claro que reconheço que ninguém é obrigado a ser católico ou seguir normas ditadas pelo Papa. Acontece que, querendo ou não, o Papa é um formador de opinião. A África tem, comprovadamente, uma “epidemia” de AIDS, e o Papa vai pra lá e diz uma barbaridade dessas. Por essa e outras, é que surgiu Lutero no passado e, agora, proliferam as chamadas igrejas evangélicas. O não uso ou a falta de camisinhas, santidade, é que colabora para a epidemia que graça, inclusive entre os católicos, que não veem o sexo somente como uma ferramenta de reprodução. Camisinha agrava aids, diz papa rumo à África Em sua primeira viagem à África, onde concentram-se 75% das mortes por aids no mundo, o papa Bento XVI reafirmou ontem a oposição da Igreja ao uso de preservativos na luta contra a doença. Ao falar com jornalistas no avião, a caminho da capital de Camarões, o papa disse que a aids “não pode ser derrotada pela distribuição de preservativos. Pelo contrário, eles só aumentam o problema”. Segundo analistas vaticanos, foi a primeira vez que um papa pronunciou em público a palavra “preservativos” – normalmente, fala-se em “contraceptivos”. A Igreja prega que a fidelidade dentro do casamento heterossexual, a castidade e a abstinência são a melhor maneira de combater a aids. O papa pediu por um “comportamento correto em relação ao corpo” e disse que “a única solução” consiste em dois passos: o primeiro seria “a humanização da sexualidade”, uma renovação “espiritual que traz consigo uma nova maneira de se comportar”; o segundo seria “uma verdadeira amizade, especialmente por aqueles que sofrem, um desejo de fazer sacrifícios pessoais”. do Estado de São Paulo