Gripe suína. Anvisa afasta pânico

Nada de ‘pânico’, diz diretor da Anvisa

Coragem é coisa que não costuma pegar em ninguém. Nada mais contagioso, contudo, do que o medo.

A mensagem antipânico da Avisa chega no mesmo dia em que a OMS soltou um informe de timbre apavorante.

A Organização Mundial de Saúde elevou o nível de “ALERTA” em que situara a gripe suína.

Numa escala que vai até seis, a moléstia foi acomodada no patamar quatro.

Significa dizer que, para a OMS, cresceu o risco de a gripe suína descambar para a pandemia.

Em nota, o ministério da Saúde informa que, por ora, “NÃO HÁ EVIDÊNCIAS” -a caixa alta é do texto oficial- de que o vírus porcalhão tenha chegado ao Brasil.

No mesmo texto, porém, o ministério reconhece que monitora a saúde de “11 viajantes”.

Chegaram de países onde o mar não está pra porco.

Apresentam “alguns sintomas clínicos” do novo tipo de gripe.

Os pacientes sob observação estão distribuídos assim:

Três em Minas;
Dois no Rio;
Dois no Amazonas;
Dois no Rio Grande do Norte;
Um no Pará;
Um em São Paulo.

O brasileiro é um ser desconfiado. Muitos sofrem de governofobia.

Desconfiam de tudo que tem cara de versão oficial.

Se o governo nega o problema, o sujeito passa a temê-lo.

Se negativa do governo é enfática, nem sai de casa.

Se o governo reitera a negativa enfática, enfia-se no armário.

A pasta da Saúde cumpre o seu papel.

Mas é difícil evitar que muita gente engate a marcha a ré.

blog Josias de Souza

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