A Grã-Bretanha foi um dos países mais protecionistas do mundo até estabelecer a dominação econômica em meados do século XIX. Então, começou a pregar o “livre comércio” (e a impor o “livre comércio” em suas colônias). Os EUA foram um dos países mais protecionistas do mundo até estabelecerem a dominação econômica em meados do século XX (após a maioria dos concorrentes terem suas indústrias fisicamente destruídas na Segunda Guerra Mundial). Então, os EUA começaram a pregar o “livre comércio” (e a impor o “livre comércio” no exterior por meio de golpes da CIA, operações de mudança de regime, revoluções coloridas e programas de ajuste estrutural do FMI). O “livre comércio” beneficia o poder econômico dominante. Ele impede que economias emergentes usem a proteção à indústria nascente para desenvolver seus próprios setores de manufatura. Indústrias nascentes na periferia não podem competir com indústrias estabelecidas no núcleo, que se beneficiam das economias de escala. É por isso que o Reino Unido e os EUA usaram a proteção à indústria nascente para desenvolver seu próprio setor de manufatura – antes de mais tarde pregarem o “livre comércio” para impedir que concorrentes emergentes fizessem o mesmo. Hoje, a China desafiou com sucesso a hegemonia dos EUA – transformando-se por meio de um modelo de desenvolvimento liderado pelo estado na maior economia do mundo (com PIB medido em PPP) e na superpotência da manufatura global, subindo na cadeia de valor e desenvolvendo tecnologias de ponta. Então, os EUA estão revertendo para o protecionismo. O mito do “livre comércio” não é mais útil.
Os voluntários fazem um trabalho espetacular! Mas, milhares de servidores públicos, socorristas, bombeiros, pilotos, médicos, engenheiros… são fundamentais nas calamidades. Já imaginaram se o estado fosse mínimo, como querem os neoliberais? Pensem nisso.
Brasil da serie: “Os caras de pau.” E a Fundação das Indústrias do Rio Grande do Sul está Pedindo a “Bagatela” de R$ 100 bilhões ao governo federal? Mas então não querem mais o Estado Mínimo? E não é Essa Gente que fica horrorizada quando se fala em Garantir Recursos do Orçamento para Proteção dos Mais Vulneráveis? Hein? Hein? Hein?
Quanto cinismo: os defensores do Estado Mínimo cobrando o Estado Máximo para resolver os problemas do Rio Grande do Sul. É o Estado, são as instituições públicas à frente da reconstrução do Rio Grande do Sul – e não o mercado com seus gurus. É bom prevenir contra oportunistas de sempre.
Milei só termina esse mandato com um autogolpe. Ou seja, se virar uma versão argentina do Fujimori.
As províncias (Estados) argentinas vão emitir moeda sem lastro algum. É a crônica de um naufrágio anunciado da economia argentina. A gente já viu esse filme em 2001/2003. Spoiler: termina mal pra carvalho.
O discurso de equilíbrio fiscal que a oposição faz é falso. Pedem equilíbrio mas aprovam isenções para os ricos, e ainda tiram dinheiro do PAC para as emendas parlamentares. Está em curso um golpe parlamentar contra o governo federal. Orçamento de 2024 institui, na prática, um semipresidencialismo, um parlamentarismo orçamentário. Estão propositalmente esvaziando os poderes do poder executivo. Pacheco e Arthur Lira são os maiores inimigos do Brasil. Hipocrisia e descaramento puro. O que eles pretendem, na verdade, é o desequilíbrio fiscal para tentar criar “álibis pedaladas”. Terrível quem tira dinheiro do povo para o orçamento secreto… digo, “emendas parlamentares”. Justo em dias que o desgoverno precisa aprovar algo.
Enquanto os “Faria Limers” já começaram a fazer as previsões de dólar acima de R$ 5,00 o Economista Robin Brooks, do Instituto de Finanças Internacionais, vem dizendo que o Brasil será a Suíça da América Latina e a Moeda Americana ficará abaixo de R$ 4,50
O anúncio de saída da Argentina dos Brics — aliás, o país nem chegou a entrar de fato — não surpreendeu ninguém por aqui e pouca diferença faz para os demais integrantes do grupo. Mas vai acabar sendo, politicamente, um tiro no pé de Javier Milei. Cada vez mais parecido com o colega Bolsonaro, segue o roteiro do discurso ideológico acima de qualquer decisão razoável para o país. Perderá, por exemplo, as chances de ter empréstimos do Banco de Desenvolvimento do Brics e investimentos dos demais parceiros — o que EUA e Israel dificilmente vão suprir, como espera Milei. O problema é que, no alvo de cada sandice, há o sofrido povo argentino, que começa a perceber seu erro na eleição. Vamos observar a reação do Congresso ao projeto de ditadura do novo presidente. Pode começar ali, e logo, a reação para frear a marcha da insensatez modelito tango.