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Cora Coralina – Versos na tarde – 06/11/2013

Poeminha Amoroso Cora Coralina¹ Lindo demais Coração é terra que ninguém vê Quis ser um dia, jardineira de um coração. Sachei, mondei – nada colhi. Nasceram espinhos e nos espinhos me feri. Quis ser um dia, jardineira de um coração. Cavei, plantei. Na terra ingrata nada criei. Semeador da Parábola… Lancei a boa semente a gestos largos… Aves do céu levaram. Espinhos do chão cobriram. O resto se perdeu na terra dura da ingratidão Coração é terra que ninguém vê – diz o ditado. Plantei, reguei, nada deu, não. Terra de lagedo, de pedregulho, – teu coração. Bati na porta de um coração. Bati. Bati. Nada escutei. Casa vazia. Porta fechada, foi que encontrei… ¹Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cora Coralina – Versos na tarde – 08/01/2013

Vida de lavadeiras Cora Coralina ¹ Sombra da mata sobre as águas quietas onde as iaras vêm dançar à noite. . . Não. Mentira. Façamos versos sem mentir – Onde batem roupa as lavadeiras pobres. Sombra verde dos morros no poço fundo da Carioca onde as mulheres sem marido carregadas de necessidades, mães de muitos filhos largados pelo mundo batem roupas nas pedras lavando a pobreza sem cantiga, sem toada, sem alegria. Quero escrever versos verdadeiros. Por que será, Senhor que a mentira se insinua nos meus versos? Onde vive você, poeta, meu irmão que faz versos sem mentir? ¹ Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO. – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cora Coralina – Versos na tarde

Lavadeiras Cora Coralina ¹ Sombra da mata sobre as águas quietas onde as iaras vêm dançar à noite. . . Não. Mentira. Façamos versos sem mentir – Onde batem roupa as lavadeiras pobres. Sombra verde dos morros no poço fundo da Carioca onde as mulheres sem marido carregadas de necessidades, mães de muitos filhos largados pelo mundo batem roupas nas pedras lavando a pobreza sem cantiga, sem toada, sem alegria. Quero escrever versos verdadeiros. Por que será, Senhor que a mentira se insinua nos meus versos? Onde vive você, poeta, meu irmão que faz versos sem mentir? ¹ Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO. – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cora Coralina – Versos na tarde

Coração é terra que ninguém vê Cora Coralina ¹ Quis ser um dia, jardineira de um coração. Sachei, mondei – nada colhi. Nasceram espinhos e nos espinhos me feri. Quis ser um dia, jardineira de um coração. Cavei, plantei. Na terra ingrata nada criei. Semeador da Parábola… Lancei a boa semente a gestos largos… Aves do céu levaram. Espinhos do chão cobriram. O resto se perdeu na terra dura da ingratidão Coração é terra que ninguém vê – diz o ditado. Plantei, reguei, nada deu, não. Terra de lagedo, de pedregulho, – teu coração. Bati na porta de um coração. Bati. Bati. Nada escutei. Casa vazia. Porta fechada, foi que encontrei… ¹ Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO. – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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