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Netflix oferece um ano de licença paternidade a seus funcionários

A Netflix não está inovando somente no setor de distribuição de conteúdo audiovisual. A companhia de Los Gatos agora desafia as grandes corporações dos Estados Unidos em questões trabalhistas, ao oferecer a seus cerca de 2.000 funcionários licenças maternidade e paternidade remuneradas pelo tempo que precisarem durante o primeiro ano de vida do bebê. O mesmo valerá para as adoções. Um evento do Netflix na Califórnia. / FREDERICK M. BROWN (AFP) Tawni Cranz, responsável por captar e manter os profissionais, fez o anúncio no blog da empresa. Explicou que a intenção é “eliminar” uma preocupação constante dos funcionários que desejam ser pais, mas não dão esse passo por questões profissionais ou puramente financeiras. A intenção é que, dentro desse prazo, os pais possam retomar seu trabalho em tempo integral ou em meio período. A Netflix já permite férias ilimitadas para os assalariados que cumprem as metas estabelecidas, uma iniciativa que acaba de ser adotada pelo conglomerado industrial General Electric. A SpaceX, companhia espacial fundada por Elon Musk, mantém creches em seus escritórios para ajudar seus funcionários a conciliar a vida profissional com a familiar.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “A experiência demonstra que as pessoas têm melhor rendimento no trabalho quando não precisam se preocupar com o lar”, afirma Cranz, que espera que a iniciativa sirva de exemplo a outras empresas tecnológicas, onde os funcionários enfrentam a mesma preocupação apesar dos salários altos. A Microsoft respondeu em poucas horas anunciando um aumento da licença para 20 semanas, com remuneração integral. Microsoft amplia Atualmente, a Microsoft oferece às mães oito semanas remuneradas. Também tem um programa de licenças paternidade de 12 semanas, mas só quatro semanas com remuneração integral. A iniciativa entrará em vigor em 1º de novembro na Microsoft , e a partir de terça-feira na Netflix. A mudança de política da Microsoft, de acordo com sua vice-presidenta Katheleen Hogan, responde à aspiração de contar com funcionários que desejem construir suas carreiras na empresa. O Google, considerado uma das melhores empresas para trabalhar nos Estados Unidos, oferece licenças de 18 semanas para as mães e de sete a 12 semanas para os pais. O Facebook concede quatro meses de licença para os novos pais. A iniciativa é muito generosa tendo em conta que esse tipo de afastamento costuma ser de 12 semanas para empresas com mais de 50 funcionários e a legislação trabalhista não obriga que sejam remuneradas. Para os funcionários públicos, a licença remunerada é de seis semanas.

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Cinema – Festival Anima Mundi – Pro dia nascer melhor – 09/06/2015

Norman McLaren – Pas de Deux de 1968 Usando a técnica de pixilation sobre um balé de Margaret Mercier e Vincent Warren, com até 10 sobre-impressões, Pas de Deux, para muitos, é considerado seu mais belo filme. O Anima Mundi apresentou 10 curta-metragens de animação do genial cineasta escocês Norman McLaren. Nascido em 1914, seu trabalho transformou o National Film Board of Canada em referência mundial do cinema de animação. Sua obra, experimental e criativa,  como poucas, revolucionou o cinema. Norman McLaren desenhava diretamente sobre o celulóide. Além dos desenhos ele “riscava” a trilha sonora diretamente na película. Harmonia entre movimento e música era o principal objetivo a ser alcançado. McLaren é considerado o criador da expressão “pixilation” e inventor do stop-motion, quadro a quadro, com live action. Em Pas de Deux, existe uma infinidade de sobreposições de imagens, resultando em uma multiplicação dos dançarinos que se fundem em um jogo de claro-escuro. Mais que uma declaração de amor ao movimento a obra na realidade é um ato de amor ao cinema de animação, para muitos ainda considerado uma arte menor. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Um filme imperdível: Todas as manhãs do mundo

Vou falar de um dos melhores filmes já feitos sobre música: Tous les matins du monde, filme de 1991 do recém-falecido Alain Corneau. O filme narra basicamente a relação entre Marin Marais, o famoso compositor do barroco francês, e seu mestre, Jean de Sainte-Colombe. No entanto, ele fala bem mais do que isso, e acaba se tornando uma grande reflexão sobre a música, e este aspecto o torna extraordinário. Tecnicamente, é um filme muito bem feito, uma fotografia linda, reforçando de forma bem clara aspectos de chiaroscuro e com uma forte influência da pintura contemporânea ao filme. Mas mais impressionante é a riqueza musical: Marais, St. Colombe são muito tocados, mas também Lully, Couperin e muita música original (no devido estilo do barroco francês!) composta e tocada por Jordi Savall, cujo talento aprofunda ainda mais o filme.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Sinopse O filme começa em uma situação que qualquer pessoa que faz música já experimentou: as notas estão certas, a partitura está sendo fidedignamente reproduzida, mas ainda assim, o resultado não é agradável, o resultado não é musical. Toda pessoa que já tocou algum instrumento já foi criticada por tocar errado, mesmo estando aparentemente certa. Desta forma, a cena tem uma insuspeita familiaridade com todos. Em um primeiro momento o professor explica: “Toute note doit finir en mourant” e os músicos começam tocando, de maneira praticamente idêntica e Marais, irritado, resolve dar uma aula para seus músicos, sobre como tocar, “Marin Marais fait sa leçon!”. Mas, antes de falar tecnicamente sobre música, Marais resolve contar a história de sua aprendizagem. A história básica é de como o gambista Marin Marais, após ter tido aulas com todos os grandes gambistas da corte francesa, se aproxima do compositor e gambista misantropo St. Colombe. Considerado por todos o melhor gambista de seu tempo, ele tinha, desde a morte de sua esposa, abandonado toda a vida da corte e passado a viver austeramente com suas duas filhas, a quem ele ensina toda sua arte,  em uma propriedade rural do interior da França. Depois de uma breve exibição de Marais, St. Colombe resiste, mas acaba aceitando-o como aluno. Marais envolve-se amorosamente com uma das suas filhas, mas não consegue cativar o professor, que sempre o trata de maneira rude. Marais acaba por se afastar do mestre e indo viver na corte, onde ele consegue a posição de chefe da orquestra de Lully, assumindo sua posição de compositor da corte depois da morte do grande italiano. Ele rejeita a filha de St. Colombe, grávida dele, por alguma beldade da corte. Algum tempo depois, com a gravidez tendo resultado em uma criança natimorta, a filha está gravemente doente e pede para que Marais toque para ela uma peça que ele havia composto para ela anos antes, ele toca e, logo depois de sair, ela se suicida. Guillaume Depardieu como o jovem Marin Marais Tempos depois, Marais, algo desiludido com sua vida na corte, sente vontade de ouvir a música de St. Colombe e volta, escondido, para ouvi-lo – agora sozinho, já que sua outra filha tinha se casado. Em uma dessas noites, Marais surpreende St. Colombe conversando com sua esposa (que sempre lhe aparecia em visões) e decide ir falar com ele. Ao contrário das outras vezes em que acolhera Marais rudemente, agora St. Colombe decide lhe dar não uma última lição, como tinha sido pedido, mas suaprimeira lição sobre música. E é essa lição que ele repete a seus músicos. O Marais jovem que tocava para St. Colombe estava tão errado quanto os músicos da sua orquestra que tentavam tocar para ele. St. Colombe dizia repetidamente: “Vous faisez de la musique, mais vous n’êtes pas musicien”. O talento ele tinha, o conhecimento técnico estava lá, mas faltava algo. E o filme fala desse algo. Jean-Pierre Marielle como Sainte Colombe Análise O filme não trata da vida anterior de st. Colombe, ela é sutilmente deixada de lado, mas parece que o evento central da sua vida foi a morte de sua esposa. Desde então, ele passou a se concentrar cada vez mais na música e a dar cada vez menos valor às coisas de fora da música. Porque a música é a única coisa capaz não de superar, mas de sublimar a dor da perda da sua mulher. Marais, ainda mais do que st. Colombe, viveu uma vida de ostentação, ele chegou a abandonar seu mestre e seu primeiro amor para a suntuosidade de Versalhes. Depois de algum tempo, o filme não é claro, mas é claramente depois da morte de Madeleine, essa vida deixou de ser suficiente para ele. Nessa desilusão ele retorna toda noite em segredo à propriedade de St. Colombe para ouvir sua música – ela lhe tinha bem mais a dizer do que os rococós de Versalhes. Marais tinha tido também a sua experiência com a morte, a da morte da filha de seu mestre, que é em grande parte por sua culpa. É somente a partir dessa experiência com o sofrimento e da desilusão com a pompa real que st. Colombe aceita ensinar música para Marais. “A música é uma linguagem que só consegue se exprimir quando as palavras não podem, nesse sentido, ela não é humana. Para que é a música?” St. Colombe pergunta para Marais, “você já descobriu que não é para o Rei”. E Marais responde com todos os lugares comuns: “glória, fama, para si mesmo, para Deus, para um amor, para os males do amor”. Só depois de muitas tentativas, que ele percebe: a música fala com tudo aquilo que não tem palavra. E a principal metáfora que o filme usa é a da linguagem dos mortos, é com a música que St. Colombe reencontra sua antiga esposa, e é somente depois da sua própria experiência com a morte de Madeleine, que Marais vai conseguir finalmente aprender a ser um musicista. “Eu vou te ensinar duas airs que podem ressuscitar os mortos”, e assim termina a formação de Marais. Não que o filme queira dizer que

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Pizza Hut entrega comida em caixa que vira projetor de filme

Sabemos que a pipoca é uma das melhores companhias para assistir a um filme. Porém, a pizza pode ser a melhor amante durante sessões de intermináveis de Netflix ou Popcorn Time. Foi pensando nisso que a Pizza Hut criou uma caixa para os cinéfilos: ela tem a capacidade de reproduzir filmes na parede. A ação da empresa é chamada de Blockbuster Pizza Box e teve início em Hong Kong. Agora, ela está sendo realizada no mundo todo — então podemos ter alguma esperança de ver a iniciativa no Brasil. Ao fazer um pedido delivery, a caixa vem com um desenho personalizado (são cinco artes diferentes). A surpresa fica ao abrir o papelão da redonda: no centro, em vez daquelas clássicas mesinhas brancas que seguram os pedaços, você encontra uma lente de projeção. Basta encaixar a lente e um buraco destacável, colocar o seu smartphone dentro da caixa seguindo as instruções e pronto. A Pizza Hut ainda coloca um código para você acessar com o celular e assistir a alguns filmes curtos. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Angelina Jolie errou de página

Angelina Jolie tirou ovários e trompas mas foi parar nas páginas de “Ciência/Saúde”. Devia estar na rubrica “Celebridades”. Angelina rebatizaria as tolas e fúteis sessões de “Celebridades” da nossa imprensa. Revelou as entranhas que nenhuma atriz expõe, com coragem rara de encontrar no meio de verniz barato e banalidades. Mas virou cobaia para ginecologistas e especialistas analisarem em página inteira, programas de rádio, jornais de TV e matéria do Fantástico os riscos que as mulheres correm ou não, a importância dos testes genéticos, o perigo do câncer no útero e a doença que tomou conta de três mulheres de sua família – mãe, avó, tia. Erraram feio, trocaram Angelina de página. Numa área onde as declarações do beautiful people beiram as raias do surreal, a realidade crua de Angelina cairia como uma luva. Na Veja (edição 2418) lemos o “consultor de imagem” de mulheres endinheiradas Alexandre Taleb aconselhar suas clientes a gastar R$ 100 mil por mês para comprar uma bolsa Hermès, outra Bottega Veneta, usar roupas Versace e calçar sapatos Jimmy Choo e Louboutin (“machucam os pés, mas chamam atenção”).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Uma semana antes a modelo Isabeli Fontana, com seios estourando o vestido de apenas um palmo abaixo dos quadris, lastima “gostaria de ser Rihanna [namorada de Leonardo di Caprio]. Ela é selvagem, engraçada e sexy”. E logo depois do Oscar a sessão “Gente” da revista dedicou duas páginas para comentar as roupas deslumbrantes e as centenas de milhares de dólares ganhos em comerciais de produtos de beleza pelas atrizes que sobem no seu Louboutin para responder, no tapete vermelho: “De onde é o seu vestido?” Veja gozou em grande estilo atrizes como Patrícia Arquette, que ganhou o Oscar de atriz coadjuvante por Boyhood, acumula fortuna de 24 milhões de dólares, mas ensaiou um discurso “engajado” sobre paridade salarial entre homens e mulheres em Hollywood. Foi aplaudida por Merryl Streep (45 milhões de dólares). Ridicularizou a valorização do colar Van Cleef de Margot Robbie (O Lobo deWall Street) no valor de 1,5 milhão de dólares, feito em homenagem à Wallis Simpson – a cópia do colar valeria mais do que a mulher que fez um rei abdicar do seu trono? Eram só celebridades como Jennifer Lopez (fortuna de 315 milhões de dólares), que usou dois vestidos de estilistas libaneses mas não disse nada sobre a conturbada situação no Oriente Médio. Conclusão: Veja limpa mesmo as sujeiras mais profundas? “Vamos perguntar a elas”, era o título da matéria. Revisar conceitos Celebridades dizem bobagens o ano inteiro e quando resolvem enviar a Angela Merkel uma carta com o slogan “a pobreza é sexista”, pedindo proteção a mulheres e meninas em situação de risco, a chanceler alemã na presidência do G-7 não dá um pio sobre Boko Haram, Estado Islâmico, Irã. Assinaram a carta Lady Gaga, Meryl Streep, Beyoncé em nome da entidade americana ONE criada por Bono, doadora de 1% do dinheiro que arrecada . Maitê Proença fala que gosta do próprio corpo. Não, Gisele Bünchen não vai se aposentar, por que parar de vender sabonetes, shampoos, cremes e afins quando o que vende é a própria beleza a peso de ouro, para mulheres que embarcam na onda? Maquiagem minimal com tonalidade terrosa e cores pontuais. Sombras metálicas, corretivos marfim e olhos de gato, rainhas da selva prontas para o safári na savana africana – é o belo visual do caderno “Ela” de O Globo de sábado (28/3). Nenhuma palavra das modelos imitando atrizes famosas como Jane Birkin, no auge da paixão por Serge Gainsborough, ou Meryl Streep, em África Minha. Nenhuma palavra sobre os horrores da África. Nenhuma pressão contra a negação de Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados de julgar a lei de liberação do aborto: “Não vou pautar nem que a vaca tussa, vai ter de passar por cima do meu cadáver”. Celebridades são mulheres-maravilha, não têm útero nem ovários, não têm avesso, só seios siliconados. Metamorfoses da primeira que surgiu em quadrinhos em plena Segunda Guerra, em dezembro de 1941, de short, bustier vermelho, tiara, carnes explodindo e mais tarde tendo o arquétipo feminino clonado por Jane Fonda em Barbarela (Roger Vadim, 1968). As histórias da Mulher Maravilha (Wonder Woman) só foram superadas em vendas e sucesso pelo Super Homem e pelo Batman, também surgidos na década de 1940. Celebridades não se expõem, não tem opinião sobre nada, não promovem campanhas, nas entrevistas mostram o apartamento novo e expressam desejo de comprar outro maior junto com o carro do ano e o namorado da moda. Celebridades enjoam, passam folheadas na revista Caras de enorme poder sobre mulheres no cabelereiro, salvação daquelas que estão na sala de espera do médico ou do dentista. Caras é o carro-chefe em vendas da Editora Abril. Em edição recente do suplemento “Babelia” do jornal El País (23 de outubro), a enquete “O que as atrizes pensam sobre envelhecer?” inclui Cher dando um fora quando perguntam se ela não está muito velha para cantar rock. “Por que você não pergunta isso a Mick Jagger?” Susan Sarandon avisa às moças de 25 anos preocupadas com seus músculos caídos: “Cuidado, sua vida vai ser dura”. Francis MacDormand, mulher do diretor Joel Cohen, assusta-se com os valores da nossa cultura: “Não podermos envelhecer, depois dos 45 temos de nos vestir e parecer adolescentes”. Lauren Hutton afirma que faz sexo melhor depois dos 60, Cate Blanchet alerta a quem quer se submeter a cirurgias plásticas que não o faça por medo, “ou o medo permanecerá em seus olhos”, e Geraldine Chaplin diz que usa sapatos coloridos e extravagantes, “assim as pessoas se esquecem das minhas rugas”. Jane Fonda, como as outras, exibe suas rugas profundas e estimula as leitoras a revisar nosso conceito de envelhecer – não é decrepitude e, sim, uma escala ascendente de sabedoria e intenção de vida. Marion Cotillard lançou o livro As francesas não fazem cirurgias plásticas: Envelhecendo com estilo e atitude. Além do bibelô Nossas atrizes e atores, com mínimas exceções, vendem coisas. São garotas propaganda de

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Darth Vader e higiene

O demoníaco personagem do filme Guerra nas Estrelas, provoca profundas reflexões filosóficas-existênciais, causando uma interrogação entre os ‘desocupados’ do besteirol: Como é que o soturno comandante do ‘lado negro da força‘ escova os dentes e toma banho? [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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