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Redes sociais não são o fim das assessorias de imprensa

Não é o fim da assessoria de imprensa, pelo contrário. O conteúdo gerado pelo usuário e as redes sociais não vão tornar o assessor de imprensa uma figura obsoleta – desde que ele se ligue e comece a olhar para webanalytics e business intelligence. Por Stivy Malty Soares – WebInseider O futuro incerto frente ao presente pseudo-caótico da comunicação tem deixado jornalistas e assessores de imprensa de cabelos em pé. Qual o futuro dos “press releasers” e das agências de assessoria, agora que informação é gerada em tempo real também pelo próprio mercado? Bloggers, diretores de empresas e o próprio público têm ou não capacidade para seguir com a mesma qualidade de serviços? Isso tem importância para o leitor? É fato que o volume de informações geradas informalmente hoje supera muito o volume formalmente desenvolvido pelos profissionais da comunicação. O que se discute não é a qualidade com a qual essa nova informação é apresentada, mas o fato de que ela acontece em tempo real e parece suprir a necessidade de consumo do público. Como diz uma das máximas do mercado, o ótimo é inimigo do bom. E o bom supre a demanda. Os blogs, as mídias sociais e até o próprio e-mail podem transmitir a informação de forma muito rápida e imparcial – e isto é o que o público procura, diferente da mensagem perfeitamente formatada, que cria a aura de produção e sugere uma imagem de falsidade e direcionamento de interesses. O público demonstra que a mensagem realmente consumida é a que circula nos meios informais. Jornais, revistas e a própria TV continuam importantes e servem para que o público confirme aquilo que já foi lido durante o dia, na web. Em rodas de jornalistas, o comentário é o de que os diplomas podem ser jogados no lixo e que estudaram tanto para nada. Mas calma, não é bem assim! Não é o fim da assessoria de imprensa e do jornalismo formal. O fim da reserva de mercado já ocorreu em várias profissões e faz parte da evolução das espécies. Quem evolui junto ao mercado sobrevive; quem bate o pé na areia movediça se enterra cada vez mais. Nas rodas é fácil identificar quem tende a se reciclar e quem resiste e vai ficar para trás. Metas para os objetivos da comunicação Por conta das novas necessidades de organização da informação e do direcionamento de conteúdo pertinente e aderente a cada perfil de consumidor, técnicas e ferramentas de database marketing, business intelligence, webanalytics e de marketing direto têm auxiliado as agências de comunicação a se reinventarem através da chamada “Comunicação Multidirecional”. Crie indicadores As técnicas de BI e de estatística ajudam a criar e a gerir novos indicadores importantes e que realmente interessam ao mercado, não mais resultados irrelevantes. As técnicas de database marketing ajudam a definir o público alvo para cada tipo de informação, com base em seu perfil e interesses, sempre com foco nos objetivos da comunicação. * O que foi entregue e o que foi de fato consumido? * Que tipo de cliente responde melhor a cada método de comunicação? * Que tipo de cliente responde melhor a cada meio de comunicação? * Como melhorar os resultados e o índice de interesse do público? Métricas As técnicas de webanalytics auxiliam a medir os resultados de cada mídia online. Associadas às técnicas de Web Intelligence, formam uma base tecnológica perfeita para as agências entrarem com segurança no meio digital. Além disso, já existem ferramentas que ajudam a medir os resultados de imagem através de mídias sociais. * O que estão dizendo sobre minha empresa? * É positivo ou negativo? * Esse conteúdo informal tem afetado o valor de minha empresa? E as vendas? * Como reverter comentários negativos e amplificar os positivos? Conteúdo para diferentes canais O marketing estratégico e o marketing direto auxiliam as assessorias de imprensa a formatar a comunicação de modo a ser interpretada e consumida por cada tipo de público, de forma coerente e através de canais pertinentes. * Que tipo de informação deve circular em blogs, Twitter e em redes sociais? * Que tipo de informação deve ser divulgada através de e-mail marketing aos clientes? * Que tipo de informação deve apenas gerar conteúdo para ser indexado em sites de buscas e ficar disponível para quem pesquisar? * O que deve ir para jornais, revistas e para a TV? Como e com que tipo de linguagem? Com tudo isso, a “comunicação multidirecional” é uma das soluções mais rápidas e de resultados mais expressivos para que as assessorias de imprensa recuperem o fôlego, não apenas da geração de conteúdo, mas principalmente pela distribuição e medição de resultados. Comunicação sem métricas já não faz mais sentido, assim como a exposição de conteúdo de forma aleatória. Quem conseguir associar todas essas técnicas de comunicação, está com um bom futuro garantido. É isso que o público deseja, mesmo sem ter consciência.

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Google é modelo de negócios para jornalismo impresso

Modelo Google de negócios é apontado como alternativa para a indústria dos jornais A General Motors e a Local Motors são duas empresas automobilísticas norte-americanas, mas as semelhanças param aí. A GM é uma mega corporação que fabrica veículos em massa e que chegou a pedir concordata na crise de 2008. A LM, é infinitamente menor, foi criada em 2006 por sete engenheiros e é a primeira do mundo a adotar o modelo Google de negócios no setor automobilístico. Jeff Jarvis, um respeitado consultor de mídia, professor e blogueiro norte-americano, acha que os donos de jornais do mundo inteiro deveriam examinar com lupa a fórmula da Local Motors porque ela poderia ser servir de ponto de partida para uma nova estratégia corporativa para um segmento industrial que também está vivendo momentos críticos. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Esquerda”]A LM está aplicando os oito princípios que fizeram da Google a maior empresa do mundo no ramo das novas tecnologias e que hoje começam a seduzir os executivos que há três anos eram unânimes em taxar de inviável o transplante do modelo para o mundo industrial. Os princípios são: a) Produção colaborativa – os compradores de carros da LM participam da elaboração do design e das especificações técnicas junto com os engenheiros. O resultado é a personalização do veículo. Os clientes acabam fazendo um remix de componentes de veículos de outras marcas; b) Propriedade comunitária – os clientes tornam-se membros da cooperativa que dirige montadora e com isto logram reduzir o preço do veiculo encomendado. c) Micro-empresa – a produção de veículos, na conjuntura atual, só é lucrativa se for feita em fábricas enxutas com burocracia interna reduzida ao mínimo, sistema operacional descentralizado e funcionários polivalentes. A falência da mastodôntica GM, com mais de 90 mil funcionários (1/3 dos quais em funções burocráticas) passou a ser um exemplo da falência do velho modelo de linha de montagem, numa estrutura hierarquizada e centralizada; d) Produção para nichos de consumidores – A LM vai produzir carros diferentes para públicos segmentados. Atualmente a empresa desenvolve um veiculo para o estado do Arizona e outro totalmente diferente para Nova Iorque. Um é rústico para terrenos ruins e outro é pequeno e super econômico para ser usado num trânsito complicado; e) Montagem – Os veículos são montados usando quase 90% de componentes de outros carros e os modelos podem ser montados por outras empresas. Não há franquia. É o carro no sistema do código aberto, sem pagamento de royalties; f) Negócio público – As informações de usuários são essenciais para o futuro do negócio, porque os clientes e compradores sentem-se participantes no processo de montagem de veículos; g) Produção local – Por enquanto a empresa está instalada numa única cidade, mas o modelo pode ser replicado noutras regiões mantendo a regra da identificação com o publico e com a realidade local; h) Venda direta – O modelo elimina intermediários, no caso concessionárias e revendas, substituídos pela internet nas vendas e atendimento aos compradores. Jarvis acha que todos estes itens podem ser facilmente adaptados para a realidade da indústria dos jornais, levando em conta que muitos sites independentes de noticias já os aplicam total ou parcialmente. Um dos exemplos mais badalados desta nova tendência é o projeto ChicagoNow, ChicagoNow que está sendo desenvolvido por um grupo de jornalistas do jornal Chicago Tribune, um dos principais atingidos pela queda de leitores e de anúncios. O ChicagoNow aplica pelo menos seis itens do modelo Google adaptados para o ambiente jornalístico. O projeto está apoiado em notícias publicadas em blogs criados por leitores dentro da página do ChicagoNow. Em média 30% deste material vai para a edição impressa depois de ser avaliado por leitores e por editores do jornal. Mais ou menos o mesmo processo está sendo implantado no Philadelphia Inquirer que acaba de jogar a toalha em sua edição em papel para ser publicado apenas na Web. Ainda é muito cedo para dizer se o modelo Google terá na indústria dos jornais, os mesmos resultados obtidos pela Local Motors. Mas se depender do pessoal do ChicagoNow, a aposta vale a pena porque a outra opção é o desemprego. Carlos Castilho/Observatório da Imprensa

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Marketing Digital e a publicidade ‘analógica’

Empresas erram ao usar modelo publicitário “analógico” no mundo digital da internet O autor e especialista em marketing Seth Godin é conhecido por dar títulos hilários, criativos e provocativos às suas obras. Meatball Sundae (”Sundae de almôndegas”) é sua nova criação. Na esteira de A Vaca Roxa e Todo Marqueteiro É Mentiroso (dois de seus livros anteriores), Seth criou a nova expressão para descrever o marketing tal como é praticado hoje na internet por 90% das empresas. Para Godin, almôndegas e sorvete são duas perfeições alimentícias, mas que, misturadas, dão uma braba indigestão. Em sua analogia culinária, as “almôndegas” são os produtos médios, feitos em grande quantidade, a preços baixos, destinados ao “público médio”. Pense numa cerveja da Budweiser ou num carro da GM. Eles são as almôndegas, que prosperam num mercado de massa. O “sundae” seria o novo marketing – que utiliza as ferramentas da internet, como vídeos no YouTube, blogs e sites de relacionamento.[ad#Retangulo – Anuncios – Duplo] O sundae de almôndegas, por sua vez, é o uso dessas ferramentas para promover produtos, marcas ou serviços do tipo “médio”. Exemplos? A tentativa frustrada da Budweiser de criar um canal próprio de relacionamento com o consumidor na internet, a BudTV. Lançado com estardalhaço, com meta de atingir 2 milhões de espectadores por mês, é acessado por meros 50 mil internautas mensalmente. Outro caso de insucesso digital é o do Wal-Mart, cujo site voltado ao público jovem, TheHub.com, encerrou as atividades em 2006 depois de uma seqüência de ibopes pífios. Lançado em janeiro, Meatball Sundae recebeu fartos elogios da Business Week e do Financial Times. Por que o marketing na internet vira um sorvete de almôndegas? A resposta é simples, diz Godin. Na era da conectividade, regras fundamentais da era da comunicação de massa foram quebradas para sempre, e as empresas tradicionais terão dificuldade de se ajustar aos novos tempos. O ciberespaço virou arena de diálogo não só dos consumidores com a empresa, mas deles entre si. “A empresa sempre esteve protegida. Um presidente de banco não está acostumado a ouvir um cliente que perdeu a casa. Uma estrela do rock não está acostumada a lidar com 55 mil amigos do MySpace”, diz. Outra regra defunta é a da oferta limitada. O consumidor quer todas as opções à sua disposição. “Senão, ele nos deixa.” Frente à nova realidade, o marketing canhestro das almôndegas tem uma causa comum: as empresas tentam implantar um modelo de comunicação “analógico” ao mundo digital. A Budweiser estava acostumada a ter seus divertidos comerciais de TV bem recebidos pelo público. Tentou criar um canal de TV pela internet que copiasse o humor debochado das peças publicitárias. Não vingou. Seria mais útil criar vídeos de marketing viral e disponibilizá-los no YouTube. Muitos se perguntam sobre o futuro das empresas do tipo “almôndega”. Para Godin, um produto não é em si necessariamente uma “almôndega” ou um “sundae”. Isso depende de posicionamento estratégico. Dá o exemplo das companhias aéreas. “O que a JetBlue fez para conquistar o consumidor? Colocou TVs nos assentos, contratou pessoas que gostam de falar sobre o serviço. Quando lidamos com a JetBlue na internet ou por telefone, é um tipo de companhia aérea “sundae”. E ela está no mesmo negócio que a American Airlines” (empresa com serviço tipo “almôndega”, nas palavras do autor). Empresas de ponta tornam-se líderes. Num podcast à Business Week, Seth citou o caso de uma pequena empresa do meio-oeste americano que abocanhou o mercado de EVDO (tecnologia que permite a conexão de celulares e laptops à internet por satélite). Além de contar com uma equipe especializada no formato, ela abriga em seu site o principal grupo de discussão sobre EVDO nos EUA. Com a dupla tacada, virou um ímã da comunidade. “O negócio poderia ter sido iniciado por qualquer companhia de telecomunicação. E nenhuma o fez, achando que o formato não teria público ou que seria preciso criar uma cadeia de suporte ao consumidor. Tratava-se da velha abordagem a um novo produto. Seria transformar o EVDO numa almôndega”, afirma. do IFD Blog – autor: Álvaro Oppermann – fonte: Mercado Competitivo

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O labirinto da internet e as eleições

Os deputados erraram onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Por João Santana ¹ UM PARADOXO da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo -sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. Somos neogrumetes de Sagres em mares bravios. Não por acaso, o mundo está infestado de curandeiros internáuticos a apregoar milagres. E a mídia potencializa resultados reais ou imaginários – ”Ah, a campanha do Obama!”, “Ah, as eleições no Irã” – sem que se consiga aferir a real dimensão do fenômeno.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Se é perturbadora para nós do meio, por que não o seria para legisladores e juízes? Principalmente para os políticos, que, como se sabe, sofrem desconforto com a comunicação política desde o surgimento dos meios modernos. Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. De Aristóteles, patrono dos marqueteiros, passando pelos áureos tempos da santa madre igreja, que já deteve a mais poderosa máquina de propaganda política – é a criadora do termo com sua “Congregatio de Propaganda Fide”-, até os dias de hoje, a comunicação politica é feita por meio de uma simbiose entre o que se diz – o conteúdo retórico-persuasivo – e seu suporte de expressão, as ferramentas comunicacionais. Um influenciando o outro e os dois influenciando, sem parar, as sociedades e instituições. Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante. Com as vantagens e desvantagens que isso pode trazer. As cibervias não estão criando só “novas ágoras”. Criam também novas urnas. Do tamanho do mundo. Vão ajudar a produzir uma nova democracia tão radicalmente diferente que não poderá ser adjetivada ou definida com termos do nosso presente-passado, tipo “representativa” ou “direta”. Sendo assim, creio que nossos legisladores não vão querer passar para a história como os que imprimiram um sinete medieval em ondas cibernéticas. Não é só o erro, como já se disse, de encarar um meio novo com modelos de regulação tradicional. É porque a internet, no caso da comunicação política, nasceu indomável. E sua força libertadora tem de ser estimulada, e não equivocadamente reprimida. Já há um consenso do que deve ser modificado na proposta da Câmara. O Senado, que vive profunda crise de imagem, tem um bom tema de agenda positiva. Mas não é por oportunismo que urge corrigir os equívocos da Câmara. É simplesmente pelo prazer de estar conectado com o futuro. Folha de S. Paulo ¹ JOÃO SANTANA, 56, é jornalista, publicitário e consultor político. Já coordenou o marketing de dezenas de campanhas estaduais e municipais (como a de Marta Suplicy em 2008), além de três campanhas presidenciais, no Brasil (Lula em 2006), na Argentina e em El Salvador.

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Internet. Como aparecer bem nas ferramentas de buscas

É sabido, e pesquisas apuradas indicam isso, que 95% das pessoas chegam pela primeira vez a um site através das ferramentas de buscas (Google,Yahoo, Bing). Fica patente que para que o site de sua empresa ou seu blog sejam acessados, eles precisam aparecer na primeira página das buscas. E é aí que entram os profissionais especializados em otimizar a programação dos sites. O Editor Sites devem ser formulados para figurar em mecanismos de busca. Um dos grandes desafios das pequenas e médias empresas é colocar seus sites em evidência nos mecanismos de busca. Figurar entre os primeiros links que sites como o Google mostram em uma busca pode ser a diferença para aumentar as vendas. Segundo levantamento da consultoria WBI Brasil, feito neste ano com 4.431 pessoas, 64% dos internautas clicam somente nos três primeiros resultados ao pesquisar produtos e serviços. “Só os que fazem uso correto de títulos e descrições ganham visibilidade nas páginas do Google ou do Yahoo!”, aponta Paulo Floriano, consultor da TerraForum, especializada em portais corporativos. Por falta de conhecimento técnico, o representante da loja de artigos esportivos Gorilaz Paintball, Douglas Wilhelm, 22, não nomeou, no endereço virtual da empresa, os produtos vendidos pela companhia. “Isso impediu que os internautas nos localizassem por palavras-chave”, avalia. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Wilhelm só reverteu o problema ao contratar um otimizador, profissional que interfere na arquitetura de sites a fim de melhorar sua posição nas pesquisas on-line. “Saltamos da quinta para a primeira página do Google e registramos um aumento de 20% nas vendas.” Há dez anos, Luis Fornasiari, 42, batizou sua empresa de ADL Traduções, para que figurasse no início das listas telefônicas, que são organizadas em ordem alfabética. Ele também se diz satisfeito com os resultados da otimização feita em sua página da internet. “Após chegarmos ao terceiro lugar na busca de páginas brasileiras do Google [pela palavra-chave “traduções’], a procura por nossos serviços duplicou”, relata o empresário. Soluções Empresas de marketing e profissionais autônomos oferecem pacotes variados para colocar páginas virtuais no topo das buscas. É preciso, no entanto, pesquisar preços. O especialista em otimização Ruy Miranda cobra no mínimo R$ 200 para aprimorar detalhes básicos, enquanto Anlipolmar Centivilli, dono da consultoria OSC Internet, informa que a liderança nas pesquisas pode custar R$ 20 mil por ano. “Faço cálculos para atender a centenas de critérios que demonstrem aos bancos de dados que o site tem conteúdo útil e idôneo e, portanto, merece estar na frente dos concorrentes”, explica Miranda. Segundo Floriano, da TerraForum, quanto mais links a página receber de outros endereços, melhor será a sua hierarquia em buscadores. Para o consultor, o ideal é que a empresa faça o planejamento da colocação nas pesquisas antes mesmo de criar o seu site. “Imagens e vídeos devem ser bem descritos, e o conteúdo, facilmente localizável.” Folha de São Paulo – Taís Laporta

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O genocídio que arrepiou o “mundo”

A história, sabe-se, é escrita pelos vencedores. Mas, os vencidos, também deixam registros que com o tempo vêm a lume. Historiadores e antropólogos permitem que a versão bilateral dos fatos seja conhecida. Poucas pessoas no Brasil se dão conta da proporção da mortandade de índios nas Américas, em especial nas selvas da América do Sul, após a chegada dos europeus ao Novo Mundo com suas armas e vírus. E se esse genocídio tivesse sido grande o bastante para afetar o clima do planeta, ou pelo menos o do Velho Mundo? <= Índios sul-americanos em ilustração de livro didático americano de 1914 (Reprodução/Wikipedia) A hipótese chocante foi levantada por Richard Nevle e Dennis Bird, da Universidade Stanford. Está em trabalho apresentado anteontem na reunião anual da União Geofísica Americana, segundo leio em comunicado da universidade: a chamada Pequena Era Glacial, iniciada em meados do século 17, poderia ter resultado do morticínio após a diminuição drástica das áreas cultivadas pelas populações desaparecidas, com o conseqüente reflorestamento natural das áreas abandonadas. Ao crescer, árvores e qualquer tipo de planta retiram CO2 (gás carbônico, principal agente do efeito estufa) da atmosfera. Quando uma floresta alcança sua maturidade, por assim dizer, esse “seqüestro” de carbono tende a cessar, porque os vegetais o retiram de dia, ao fazer fotossíntese, e o devolvem à noite, ao respirar, com um saldo próximo de zero. Esse balanço se altera, porém, quando uma área degradada de floresta é abandonada e a mata rebrota: durante alguns anos, ou décadas, o saldo de carbono seqüestrado será positivo, enquanto a maturidade não chegar. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Nevle e Bird acham que o genocídio foi extenso o bastante para retirar uma quantidade significativa de carbono da atmosfera, a ponto de gerar um efeito refrigerador do clima que teria sido sentido na Europa nos séculos que se sucederam à ocupação das Américas. Mas não teria sido o único fator – eles calcularam que a mortandade pode ter respondido por 10-50% do resfriamento de cerca de 1 grau Celsius em alguns períodos dos séculos que se seguiram. Outros fatores teriam contribuído, como erupções vulcânicas, que também podem favorecer o resfriamento. Os pesquisadores de Stanford foram um pouco além do que muitos poderiam considerar um mero chute, ou correlação sem vínculo causal provável. Sabendo que o processo de fotossíntese tende a consumir versões (isótopos) mais leves de átomos de carbono, eles verificaram que nas amostras estratigráficas estudadas a diminuição quantitativa de carbono também se correlaciona com um aumento relativo na proporção do isótopo mais pesado, o que reforça sua hipótese. Não dá para omitir que a idéia pareceu e ainda parece fantasiosa. Um tanto inacreditável. Vai ver é porque, para a maior parte dos brasileiros, persiste uma resistência a encarar o quanto há de horrível no passado do país e o quanto disso se perpetua no presente. bolg Ciência em dia – por Marcelo Leite

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Educação – Uso de Blogs é bom para alunos

O uso de blogs em sala de aula é positivo para os estudantes, diz um estudo da Unicamp. A conclusão é da pesquisa de mestrado de Cláudia Rodrigues, do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo a pesquisadora, o uso de tais ferramentas em sala de aula favorece a produção textual e contribui para exercitar nos estudantes o poder de argumentação, além de favorecer o debate. “O estudo ressaltou a necessidade de os professores encontrarem caminhos para explorar o letramento digital em sala de aula”, disse Cláudia, que também é professora de redação do ensino médio, à Agência Fapesp. Para verificar a validade em utilizar blogs para o ensino de escrita, o estudo, orientado pela professora Denise Bértoli Braga, do Departamento de Lingüística Aplicada do IEL, envolveu a produção de 20 blogs por cerca de 240 alunos durante as aulas de produção textual, ministradas em quatro turmas de uma escola de ensino básico. Os alunos produziram os blogs e, em seguida, foram promovidas discussões sobre assuntos diversos que tiveram início em sala de aula e prosseguiram no ambiente digital. Segundo ela, além de serem colocados em contato com diversas opiniões, podendo exercitar a prática da argumentação, os alunos, por conta própria, envolveram professores de outras disciplinas da escola para a coleta de informações que deram origem aos textos publicados nos blogs. “O interesse pela leitura e pela escrita aumentou quantitativa e qualitativamente em proporção às aulas tradicionais. Dos 20 blogs publicados por quatro turmas, quatro tiveram destaque e foram considerados de elevado êxito na proposta”, afirmou Cláudia, destacando que as discussões tiveram maior alcance do ponto de vista temático e também foram estendidas para outros ambientes fora da sala de aula. “Foi nítida a inquietação na sala de aula em relação às pesquisas e busca de dados para os textos. Também foi freqüente a solicitação, por parte dos alunos, da leitura dos textos por seus colegas de classe antes de sua publicação. A maior parte dos estudantes buscou ainda outras fontes de informação além do professor para chegar às conclusões sobre os assuntos abordados”, disse. Domínio da tecnologia Para ela, o fato de envolver a escola em um ambiente tecnológico que já era de domínio dos adolescentes permitiu um alto nível de identificação com a proposta. “Os blogs construídos pelos alunos mostram a familiaridade deles com construções hipertextuais e com integração de linguagens”, disse. “Os alunos se preocuparam mais com a qualidade da escrita e com o desenvolvimento do discurso, uma vez que o professor não é mais o único leitor de seus textos. O blog é público”, contou. A pesquisa sugere que os blogs podem ser utilizados pelos professores de diferentes formas, dependendo da criatividade dos docentes e do casamento de suas intenções pedagógicas com os interesses dos alunos. Segundo Cláudia, que sugere a inserção dos blogs nas aulas de produção textual, o uso desse tipo de tecnologia na escola tem sido quase que inevitável. Por outro lado, o uso dessas “páginas digitais” demanda mudanças sensíveis no perfil do professor. “O professor passa a ser mais um orientador e, embora possa avaliar e dar nota ao blog, na prática ele deixa de ser o leitor alvo dos textos. O blog deve ser visto como mais uma ferramenta à disposição dos docentes, somado ao livro didático e a outras atividades de suporte”, disse. O estudo indicou ainda que, apesar de ser um dos grandes entraves para as propostas pedagógicas na internet, a linguagem própria do mundo virtual, uma espécie de dialeto que os jovens utilizam para expressar suas opiniões, não impediu que os jovens pudessem aprender a língua portuguesa corretamente. Na pesquisa, a produção textual dos alunos não se enquadrou na linguagem conhecida como “internetês”, carregada de abreviações e gírias criadas pelos próprios adolescentes. “Hoje existem diversos gêneros de blogs que envolvem vários tipos de linguagens. O blog educacional tem um perfil diferenciado comparado aos blogs de entrenimento. Antes de qualquer proposta pedagógica, o professor deve sinalizar a seus alunos a riqueza da língua portuguesa e suas múltiplas variações e condições de produção”, disse. da Info

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Blogs, tecnologia e imprensa tradicional

Quais os limites da tecnologia? Quais as vantagens e desvantagens dos avanços tecnológicos para o futuro da mídia e especialmente do jornalismo tradicional? Até onde os blogs definem um novo paradigma de jornalismo? Estas e outros temas correlatos estão em três livros lançado na Inglaterra. Por JOHN LLOYD, autor de “What the Media Do to Our Politics” [O Que a Mídia Faz para Nossa Política] e colaborador do jornal “Financial Times”, onde a íntegra deste texto foi publicada.Tradução de Paulo Migliacci. Os últimos 150 anos foram a era do jornalismo heróico, um período em que os jornalistas desenvolveram sua auto-imagem como responsáveis por corrigir os males da sociedade. O período produziu testemunhas do horror, tais como William Howard Russell, do “The Times”, cujos artigos sobre a Guerra da Criméia ajudaram a destruir um governo e a modernizar o Exército britânico. Houve jornalistas como o escritor francês Émile Zola, que colocaram sua pena a serviço da indignação, diante das falsas acusações movidas contra o capitão Alfred Dreyfus. Já o jornalismo de denúncia ao estilo norte-americano gerou talentos como o de Ida Tarbell, que expôs as práticas da Standard Oil no começo do século 20 -período em que era difícil ver mulheres ocupando posições no jornalismo fora das páginas literárias e de moda.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] E, dos anos 1960 em diante, uma legião de repórteres investigativos justificou sua existência com a criação de um quadro de profissionais intransigentes que exigiam que os poderosos prestassem contas. Esses repórteres foram imensamente beneficiados pela fama e pelo status de Ed Murrow, jornalista de rádio e TV da [rede norte-americana] CBS nos anos 1950, e pelos jornalistas Carl Bernstein e Bob Woodward, do “Washington Post”, famosos por suas reportagens sobre o caso Watergate no começo dos anos 1970. De diferentes maneiras, três livros recentes são produto da transição da era do jornalismo heróico para… O que, exatamente? Por enquanto, o novo modelo não tem nome. As primeiras indicações são de que o melhor termo seja “era demótica”, devido à explosão de blogs, sites de redes sociais, e-mails e textos que a internet propiciou nos últimos dez anos -e tudo isso com uma intensidade não vista nem mesmo no período epistolar mais intenso da era vitoriana. Em “SuperMedia” [ed. WileyBlackwell, 216 págs., 14,99, R$ 53], Charlie Beckett considera a nova era sob esses termos. Antecipa o momento em que essa forma de jornalismo cidadão suplantará o modelo convencional e, em suas palavras, “salvará o mundo”. Em “Can You Trust the Media?” [Você Pode Confiar na Mídia?, Icon Books, 256 págs., 12,99, R$ 46], Adrian Monck, ex-produtor da ITV e da Sky e hoje professor de jornalismo na Universidade Metropolitana de Londres, derruba os mitos da era do jornalismo heróico ao negar esse heroísmo. E os ensaios da coletânea “UK Confidential” [Reino Unido Confidencial, Instituto Demos, Charlie Edwards e Catherine Fieschi (org.), 184 págs., 10, R$ 36] tratam da moderna suposição de que figuras públicas têm pouco ou nenhum direito a uma vida privada. Blogs e nostalgia

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Internet – Mídia, poder, e redes sociais

A influência crescente dos chamada mídia não convencional – blogs, redes de relacionamentos, mobile marketing, etc. – tem levado especialistas a produzir reflexões na tentativa de entender o fenômeno. O seu poder. Enquanto empresas de comunicação estão discutindo o que fazer para não perder poder e relevância, já existe uma aceitação de que os meios tradicionais de mídia, mesmo nas suas encarnações eletrônicas, estão dividindo cada vez mais influência com os seus antigos consumidores. E essa não é uma discussão apenas acadêmica. É o que fica claro no relatório (white paper) divulgado em janeiro pela Eldeman, uma multinacional de relações públicas. O trabalho discute e busca entender para onde o poder de influência está migrando e de que forma é possível medi-lo. Por trás dessa discussão está o debate nada virtual sobre como investir dinheiro e conseguir retorno para vender produtos, serviços e idéias no mundo das redes sociais. No documento, os especialistas argumentam que ainda não existe um sistema confiável para medir influência e resultados nas diferentes ferramentas de sociabilidade eletrônica. Para os autores, os primeiros padrões para medir essa influência e transformá-la em dinheiro nasceram com os blogs e, mesmo antes de se tornarem maduros, já precisam ser revistos.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Os especialistas dizem que nos últimos três anos o mundo das redes sociais evoluiu tanto, com ferramentas como o YouTube fazendo um enorme sucesso, que as referências que estavam sendo baseadas em medições de blogs deixaram de ser suficientes. A discussão não é simples e os próprios autores dizem logo no começo que estão iniciando um debate e admitem que não existem hoje sistemas de medição e avaliação que sejam equivalentes aos que estão estabelecidos para as mídias tradicionais. O debate já está reverberando na rede, em sites como o Socialmediatoday, e mostra o quão rapidamente o mundo da comunicação está mudando. BBC

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Internet – Os blogs de jornalistas não funcionam?

Há cerca de uma semana, o Digestivo Cultural publicou um artigo de Julio Daio Borges intitulado Por que os blogs de jornalistas não funcionam. Ainda que o Julio tenha carregado um pouco nas cores, o panorama que ele descreve me parece bastante próximo da realidade. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]”De repente, a imprensa toda descobriu os blogs”, começa ele. E segue assim: “Mas jornalista que é jornalista não entende nada de internet, tem preguiça: fugiu dela enquanto pôde… Os jornalistas passaram a vida inteira escutando que não podem – em hipótese alguma – citar a concorrência… Acontece que a internet é o contrário disso tudo. O link é a moeda de troca da internet… E existe toda uma arte em lincar… Os jornalistas não aprenderam ainda; porque eles nunca aprenderam a citar! Então você acessa um blog de um jornalista-blogueiro, desses de agora, e vê lá que ele fala tudo por alto, fingindo que está dando em primeira mão – mas tá na cara que ele tirou tudo aquilo de algum outro lugar… E quando vai lincar, não se dá nem ao trabalho de marcar a palavra, expressão ou frase (a que o tal link se refere): copia e cola aquele endereço que é uma centopéia (e o link, pra variar, não funciona!).” Ainda que o texto transpire algum rancor contra os jornalistas profissionais, Julio conhece muito bem a sintaxe da comunicação via internet e faz uma análise aguçada do que acontece em alguns (eu disse alguns) dos novos blogs de velhos lobos da imprensa. Aconselho aos colegas de profissão a leitura atenta e reflexão sincera sobre o artigo. Espero que a carapuça não lhes sirva. Do contrário, bem, que comecem a dar links, produzir conteúdo original e parar de fazer posts polêmicos só para conseguir audiência qualquer preço. Os comentários colocados abaixo desse tipo de post são sempre da pior qualidade. Por:Ricardo Anderáos/Estadão

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