Arquivo

Aposentado briga por terras apropriada pelo rei da soja Blaro Maggipe re

O aposentado Aniz Bechara, 89 anos, move uma guerra jurídica contra a família Maggi, controladora de um dos maiores conglomerados de agronegócio do mundo, pela propriedade de 300 hectares nos arredores de Cuiabá. Até uma pista de pouso privada foi construída no local. Bechara, que herdou as terras que foram loteadas por seu pai, briga para provar que empresas controladas pelo ex-ministro da Agricultura e ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi (fortuna de US$ 1,4 bilhão, segundo a Forbes) e por parentes dele estão utilizando um instrumento da lei destinado a proteger pessoas de baixa renda para se apossar dos terrenos. Blairo Maggi é um dos sócios da Amaggi, principal produtor e exportador de soja de Mato Grosso. Eraí Maggi Scheffer, primo de Blairo, é dono do Grupo Bom Futuro. Empresas controladas pelos dois ajuizaram uma série de ações de usucapião contra o espólio de Feres Bechara, pai de Aniz, que começou a comprar as terras no final dos anos 1950 e terminou de regularizar os títulos de propriedade em 1979.

Leia mais »

Kátia Abreu: uma Senadora ilumina as trevas da oposição

O midiático ministro do colete, ops!, do Meio Ambiente, Carlos Minc, encontrou quem, como diz o “neo-neologista” Galvão Bueno, quem o “encare de frente”! De dentro dos coloridos, bregas e ribaltinos coletes, sua (dele) ex-celência, procura “ambiente” que venha a garantir sua (dele) periclitante chance de se reeleger deputado pelo Rio de Janeiro. Apesar de pertencer ao DEM — continuo acreditando ser gozação chamar de democrata um partido, filhote do PFL, onde pululam Marco Maciel, Ronaldo Caiado, os herdeiros do soba baiano ACM e outras “democráticas” figuras — a lúcida e emblemática Senadora Kátia Abreu desmonta toda e qualquer argumentação do ministro na questão da posse das terras na Amazônia. O editor Mais sintoma de uma pré-campanha eleitoral do que “grito” de ambientalista. Para a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), os ataques do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, aos ruralistas e aos colegas de Esplanada têm motivação eleitoral. “Ele está montando o circo para ganhar a eleição. Está com problemas de eleição no Rio.” Kátia não ficou convencida com a demonstração de reconhecimento público feito por Minc, que afirmou ter se excedido ao chamar os ruralistas de “vigaristas” na semana passada e que iria buscar entendimento com a senadora. “Minc não pode se auto absolver; a mim, ele não engana”, disse. De acordo com a senadora, o melhor era que o assunto se encerrasse, pois, segundo ela, está se estendendo demais. “Não quero fulanizar o tema, mas mantenho a posição de início até que esse senhor mude de comportamento”, afirmou. Para a presidente da CNA, como ministro de Estado Minc age mal não só ao expor o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, como também os demais ministros. Na semana passada, o ministro do Meio Ambiente revelou a jornalistas que, em encontro reservado com o presidente, demonstrou insatisfação em relação a alguns colegas. Ao Estado, chamou o governo de “casa da mãe joana”. A presidente da CNA disse ter notado nas entrelinhas do discurso de Minc certa ironia. “Ele disse que falaria até com os ruralistas. Por que esse até? Não somos criminosos”, justificou. Kátia também afirmou que não está disposta a ouvir elogios do ministro, mas se mostrou disponível a conversar, assim que ele deixar de lado as ironias e vulgaridades. Ontem, o ministro fez a seguinte pergunta: “Ora, se fiz acordo com a soja, com a cana e com o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, por que não posso fazer com a senadora Katia Abreu, que é muito mais bonita, muito mais simpática e muito mais articulada?” Célia Froufe – O Estado de São Paulo

Leia mais »