Arquivo

SUS e o Pobre de direita

Faustão usou a lista do SUS para fazer transplante de coração. Ana Hickmann apanhou do marido, ficou sem plano de saúde, e usou o SUS. Até o Bill Gates defende o SUS. Mas tem pobre de direita mandando privatizar tudo.

Leia mais »

Bill Gates e o SUS

Bill Gates diz que o SUS é exemplo do Brasil que pode tornar o mundo mais saudável. Em artigo detalhado, o fundador da Microsoft se revela um grande conhecedor das políticas públicas do país, entre elas o Bolsa Família. Os neoliberais todos correndo desesperados, sem ter mais pra onde ir depois dessa. Devemos ficar orgulhosos por um estrangeiro elogiar o nosso SUS tão criticado por nós mesmos, mas também é motivo de preocupação ele saber mais de nós do que a gente sabe.

Leia mais »

Bill Gates – Previsões em 1999

5 previsões feitas por Bill Gates em 1999 que são realidade hoje Gates escreveu ‘Business @ the Speed of Thought’ (‘Negócios na velocidade do pensamento’, em tradução livre) em 1999 – Direito de imagemGETTY IMAGES A genialidade do americano Bill Gates não é apenas reconhecida pela criação da gigante de tecnologia Microsoft. Em 1999, o bilionário publicou um livro em que fez previsões que de fato são realidade hoje em dia. Em “Business @ the Speed of Thought” (“Negócios na velocidade do pensamento”, em tradução livre), Gates orienta empresas sobre a melhor forma de usar a tecnologia para catapultar seus negócios no século 21. Para isso, cita avanços que a Internet permitiria concretizar nos anos seguintes ─ e como eles mudariam a vida das pessoas. Confira algumas de suas “profecias”: 1. TVs inteligentes e serviços de streaming “Quando quiser assistir à TV, você poderá olhar o guia de programação na tela ou usar outro software para ver o que está sendo transmitido. Você compartilhará suas preferências com a emissora, que, por sua vez, monitorará seus padrões de visualização, oferecendo-lhe vários programas entre os milhares disponíveis na TV digital”, escreveu Gates. “Com o tempo, o principal resultado da TV digital será proporcionar interatividade, software inteligente, publicidade dirigida, ofertas de vendas e a internet. As empresas vão oferecer conteúdos novos que podem ser baixados mediante o pagamento de uma taxa.” Smart TVs (ou TVs inteligentes) podem se conectar à internet e transmitir conteúdos de serviços de streaming como Netflix, HBO Now, Filmstruck, etc. Direito de imagemGETTY IMAGES Atualmente, as chamadas TVs inteligentes podem se conectar à internet e transmitir conteúdos de serviços de streaming como Netflix, HBO Now, Filmstruck, entre outros. Essas plataformas reforçam o que Gates havia previsto: são interativas, oferecem um menu amplo de programação, conhecem nossas preferências e nos recomendam o que ver, por meio do pagamento de uma assinatura. 2. Redes sociais “Enquanto o jantar estiver sendo preparado, você entra em um site restrito à sua família e vê que todos estão em uma sala de bate-papo para discutir o que fazer quando se encontrarem”, disse Gates. “O site conecta os colegas de trabalho, amigos e famílias de novas formas. Formam-se comunidades baseadas nos interesses compartilhados em todo o mundo (…) Ao permitir que a gente faça compras, receba notícias, se reúna, se divirta e bisbilhote de maneiras que só agora estamos começando a entender, a internet está se tornando a praça da cidade na qual o mundo se transformará amanhã.” Redes sociais como Facebook e WhatsApp permitem criar grupos privados – Direito de imagemGETTY IMAGES Embora em 1999 já existissem salas de bate papo, elas não eram usadas como hoje para coordenar atividades com pessoas próximas. Atualmente, as redes sociais e o serviços de mensagens instantâneas, como o Messenger e o WhatsApp, permitem organizar eventos com amigos e familiares, criar grupos privados e formar comunidades cada vez maiores de pessoas, em todo o mundo. 3. Ofertas ou publicidade inteligente No livro, Bill Gates descreve o cenário em que um “programa de software sabe que você reservou uma viagem e sugere várias coisas para fazer no seu destino”. “O programa também o informa sobre a tarifa aérea mais recente e a mais baixa para viajar. Você reserva a oferta e as tarifas mais baixas digitalmente”, continua. Sites exibem anúncios customizados para cada usuário – Direito de imagemGETTY IMAGES “Alguns usuários podem temer que os anunciantes tenham excesso de informação sobre eles. Mas o software fará o possível para que as pessoas revelem somente a informação que querem revelar. Por exemplo, a maioria delas não se importaria se os anunciantes recebessem padrões de visualização.” Na prática, vemos hoje em nossas redes sociais publicidade personalizada, que se baseia na nossa idade, nos idiomas que falamos, nos assuntos que nos interessam, nos sites que visitamos ou nos conteúdos que compartilhamos. 4. Recrutamento digital Sobre o mundo do trabalho, Gates escreveu que “a tecnologia na web torna possível que (…) as pessoas que buscam trabalho encontrem mais oportunidades de emprego que satisfaçam seus interesses e necessidades particulares, se têm habilidades altamente especializadas, por exemplo, ou se só querem trabalhar por algumas horas”. Atualmente, redes sociais como a LinkedIn permitem a empregadores publicar vagas e às pessoas que buscam trabalho divulgar seus currículos, conectar-se com colegas e empresas, além de buscar ofertas que atendam a seus interesses. Linkedin é a maior rede social de negócios do mundo – Direito de imagemGETTY IMAGES 5. Internet das coisas e dispositivos móveis Gates também afirma em seu livro que “você carregará uma ou mais dispositivos pequenos para permanecer constantemente em contato e para fazer transações eletrônicas de onde estiver”. “Essas máquinas também estarão em diferentes cômodos de sua casa. Em qualquer um deles, será possível usar o e-mail, obter informação financeira, receber os últimos boletins meteorológicos e acompanhar as notícias de seu voo”, acrescenta. Gates previu mais. Segundo eles, os dispositivos “serão conectados por meio de cabos ou mediante tecnologias que não utilizem cabos”. “Apesar de elas funcionarem de forma independente, compartilharão dados entre si de forma automática. Essas máquinas vão se tornar parte do cotidiano.” Assistentes pessoais digitais, como Siri, estão a um toque do celular Direito de imagemGETTY IMAGES “Quando sair do escritório, seu assistente pessoal digital baixará seu correio eletrônico, que poderia incluir uma lista de compras enviada por seu marido ou mulher (…) Seu assistente digital é suficientemente inteligente para falar com todos os dispositivos que precisam saber de seus horários”, acrescenta. Hoje, podemos ter acesso a nossos e-mails ou ler notícias em nossos smartphones ou até mesmo em nossos relógios inteligentes. Ou falar com nossos telefones por meio de assistentes pessoais digitais como Siri (Apple) ou OK Google (Android). Além disso, alto-falantes inteligentes como Amazon Echo, Google Home e HomePod (Apple), concebidos para funcionar dentro das casas, respondem a comandos de voz do usuário para reproduzir música, configurar alarmes e oferecer informação em tempo real sobre o clima ou o trânsito. Também permitem controlar outros aparelhos inteligentes do local onde estivermos. BBC

Leia mais »

Crônicas da modernidade – A arte de negociar.

PAI – Filho, escolhi uma ótima moça para você casar. FILHO – Pai, prefiro eu mesmo escolher esposa. PAI – Meu filho, ela é filha do Bill Gates. FILHO – Opa… Neste caso eu aceito. Então o pai negociador vai até o Bill Gates. PAI – Bill, eu tenho o marido ideal para a sua filha. BILL GATES – Mas a minha filha é muito jovem para se casar. PAI – Mas esse jovem é vice-presidente do Bco Mundial. BILL GATES – Opa…Neste caso tudo bem. Então o pai vai ao Presidente do Bco Mundial. PAI – Sr. presidente, tenho um jovem recomendado para ser vice-presidente do Bco Mundial. PRES. BCO MUNDIAL – Mas eu já tenho muitos vice-presidentes, mais do que o necessário. PAI – Mas Sr., este jovem é genro do Bill Gates! PRES. BCO MUNDIAL – Opa…Neste caso ele já pode começar amanhã. Conclusão: Tenha sempre em mente que na empresa não existe negociação perdida. Tudo depende da estratégia. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Um professor com 26 milhões de alunos

Salman Khan agitou o mundo da educação com aulas em vídeo e exercícios grátis na web Seu método cativou o Google, Bill Gates e Carlos Slim. Existe um punhado de filantropos fora de série e existe Salman Khan, analista de um hedge fund de origem humilde que, em 2008, recém-casado, prestes a ser pai e adquirir uma casa própria, depositou todo o seu futuro e suas abundantes economias em um sonho: tornar a educação grátis acessível a todos em qualquer lugar do mundo. “Vamos esperar um ano para ver se conseguimos financiamento”, conta em palestras ter dito a sua mulher. “É a maior rentabilidade social que alguém poderia conseguir”. Hoje, esse homem, filho de mãe indiana e pai bengalês, tem 26 milhões de alunos em 190 países. Seu sucesso, a Khan Academy, é uma plataforma online multilíngue sem fins lucrativos que conquistou o próprio Bill Gates e é sustentada por outras generosas fortunas que contribuíram para fazer dele o professor do mundo. MAIS INFORMAÇÕES O gigante mundial da educação privada é brasileiro Brasil: dois modelos de educação, dois modelos de sociedade Uma professora modelo dentro de um sistema nada exemplar Nascido em Nova Orleans em 1976 e criado em um lar que se mantinha com o necessário, Khan ganhou fama de revolucionário com um sistema surgido de sua própria experiência e de umas poucas certezas. O engenheiro elétrico, matemático e especialista em TI formado em Harvard e no MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) acredita que cada estudante é único e possui ritmos de aprendizagem únicos que o sistema prussiano de ensino, essencialmente passivo, não consegue satisfazer. O que ele propõe é uma espécie de escola ao contrário: aprender em casa, com aulas gravadas em vídeo e exercícios pertinentes, e fazer as lições em sala de aula. Dessa forma, o estudante que não entendeu um conceito, e que, na sala de aula, talvez se sinta coibido e desista de pedir ajuda, não tem mais que rebobinar a lição quantas vezes precisar até dominá-la. E o professor, que dispõe de um programa para acompanhar os progressos e tropeços de cada aluno em casa, pode investir seu tempo em resolver lacunas. A escola tradicional “te castiga por experimentar e fracassar” e isso faz os déficits de aprendizagem irem se ocultando, costuma dizer Khan. Sua proposta é justamente o contrário: “Monte na bicicleta e caia. Faça isso pelo tempo que for necessário até dominá-la”. “Se deixá-lo trabalhar em seu ritmo”, diz, “de repente o aluno começa a interessar-se e a progredir”. Khan aprendeu isso com sua prima Nadia, uma menina inteligente de 12 anos que, em 2004, tinha dificuldades em matemática. Ele vivia em Boston e Nadia, em Nova Orleans, mas o analista decidiu dar aulas por telefone quando descobriu que a jovem tinha perdido toda confiança em si mesma por causa dos tropeços com os números. “Era lógica, criativa e esforçada”, explica em seu livro Um Mundo, Uma Escola (The One World Schoolhouse Simplesmente resistia à conversão de unidades e, sem essa base, era incapaz de continuar assimilando conceitos matemáticos. Ex-analista de um ‘hedge fund’, seu lema é: “Suba na bicicleta e caia até dominá-la” Nadia – hoje a um passo de entrar para a faculdade de Medicina – deve ter falado muito bem de seu primo, porque de repente Khan se viu ensinando a uma quinzena de filhos de familiares e amigos. Como o telefone não era prático, tentou sessões em grupo pelo Skype, mas não era tão eficaz. Justamente quando pensou em largar tudo, um amigo sugeriu: “Por que não faz vídeos e posta no YouTube?”. O sonhador Khan deu-lhe ouvidos. Preparou aulas muito singelas com apenas três grandes protagonistas: o cursor sobre um quadro-negro virtual, as imagens que ilustram os conteúdos, e uma voz muito enfática, a sua. “Aconteceu algo interessante”, relatava Khan, com grandes dose de teatralidade nas palestras Ted de 2011.“Disseram que me preferiam no YouTube do que em pessoa. Faz muito sentido. Podiam parar ou repetir à vontade sem precisar perguntar e envergonhar-se”. O mesmo ocorreu a milhares de internautas. As aulas de álgebra e pré-álgebra feitas para seus tutelados se converteram em trending topic. Por alguma razão, um professor não licenciado tinha descoberto a forma de cativar a estudantes, adultos sem formação, jovens com problemas… “Meu filho de 12 anos tem autismo e muita dificuldade com matemática. Tentamos de tudo, vimos de tudo, compramos de tudo. Encontramos por acaso seu vídeo sobre decimais e ele entendeu”, escreveu um pai agradecido. “Então passamos para as terríveis frações. Ele entendeu. Não podemos acreditar. Está tão emocionado”. Khan propõe uma espécie de escola ao contrário: aprender em casa e fazer a lição em sala de aula No início de 2009, mais de 100.000 pessoas acompanhavam seus vídeos e pediam aulas de outras matérias. Muito satisfeito, começou a flertar com a ideia de deixar a Wohl Capital Management e criar uma escola mundial gratuita. Não que não gostasse de seu trabalho. “Era intelectual e financeiramente gratificante”, conta em seu livro. “Mas estava envolvido em uma vocação que vi como algo muito mais valioso”. Khan e sua esposa, médica internista, deixaram a compra da casa para mais tarde e investiram tudo no projeto, confiantes de que chamariam a atenção de algum filantropo. Passados nove meses, a academia, com o quartel-geral no quarto de hóspedes de sua casa no Silicon Valley, crescia sem parar em número de alunos, mas não em doações e para consolidá-la era necessário aperfeiçoar o software, contratar engenheiros, especialistas para abranger da Física, até a Biologia ou a História da Arte. Khan, que já tinha se tornado pai, começou a pensar que o melhor que podia fazer era voltar a sua antiga vida. Mas em 2010 sua sorte mudou. A primeira boa notícia chegou por Ann Doerr, esposa do multimilionário John Doerr, investidor em empresas tecnológicas: uma dupla transferência de 10.000 e 100.000 dólares (350.000 reais). A segunda também veio dela, por SMS: Bill Gates estava contando em uma palestra que tinha descoberto na Internet a khanacademy.org,

Leia mais »

Bill Gates: Quem sofrerá mais as consequências da mudança climática?

Filantropo fala dos desafios que devem ser superados nas regiões mais pobres do planeta. O filantropo americano Bill Gates, fundador da Microsoft, publicou um artigo na Project Syndicate sobre as mudanças climáticas e os desafios para combater a pobreza. Há alguns anos, Melinda e eu visitamos um grupo de produtores de arroz em Bihar (Índia), uma das regiões do país mais propensas a sofrer de inundações. Eles eram extremamente pobres e dependentes do cultivo de arroz para alimentar e sustentar suas famílias. Todos os anos, quando chegavam as chuvas das monções, os rios experimentaram uma inundação e ameaçaram inundar suas fazendas e arruinar suas culturas. Ainda assim, eles estavam dispostos a apostar tudo na possibilidade de que sua exploração fosse travada. Uma aposta que muitas vezes foi perdida. Com as colheitas arruinadas, eles fugiram para as cidades em busca de empregos estranhos para alimentar suas famílias. No entanto, eles estão retornando no ano seguinte, com frequência mais pobres do que quando tinham marchado – prontos para replantar. A nossa visita foi uma poderosa lembrança de que os agricultores mais pobres do mundo vivem em uma corda bamba sem redes de segurança. Eles não têm acesso a sementes melhoradas, fertilizantes, irrigação e outras tecnologias benéficas, como os agricultores dos países ricos, nem ter segurado as suas culturas para proteger contra perdas. Um único golpe de má sorte – a seca, inundações ou doença é o suficiente para fazê-los cair ainda mais na pobreza e na fome.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Agora a mudança climática irá adicionar um novo tipo de risco para suas vidas. O aumento das temperaturas nas próximas décadas vai causar grandes perturbações na agricultura, especialmente nos trópicos. Culturas não vão florescer por causa da escassez de água ou o excesso dela. Com um clima mais quente, pragas prosperam e destruir as culturas. Também os agricultores dos países mais ricos vão experimentar mudanças, mas tem as ferramentas e suporte para administrar esses riscos. Agricultores mais pobres do mundo vêm para trabalhar todos os dias e na maioria dos casos com as mãos vazias. Essa é a razão por que, de todas as pessoas que sofrem as consequências das alterações climáticas, é provável que mais sofram. Estou otimista, no sentido de que, se agirmos agora, poderemos evitar os piores impactos da mudança climática e alimentar o mundo. Há uma necessidade urgente de os governos a investir em novas inovações em energia limpa, reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa e frear altas temperaturas. Ao mesmo tempo, temos de reconhecer que é tarde demais para parar todos os efeitos de temperaturas mais elevadas. Mesmo que o mundo descobrisse na próxima semana uma fonte de energia limpa e barata, que levaria tempo para abandonar os hábitos de uso de combustíveis fósseis e mover-se para um futuro livre de carbono. É por isso que é fundamental que o mundo investir em medidas para ajudar os mais pobres a se adaptar. Na carta anual deste ano, Melinda e eu apostamos que a África poderá se alimentar nos próximos quinze anos. Mesmo com os riscos da mudança climática, é uma aposta que eu mantenho. Sim, os agricultores pobres têm um tempo difícil. Suas vidas são quebra-cabeça com muitas peças para encaixar corretamente: a partir do plantio das sementes corretas e do uso de fertilizantes até a formação adequada e um lugar para vender sua colheita. Se uma parte falhar, suas vidas podem desmoronar. Eu sei que o mundo tem o que é preciso para ajudar a colocar as peças no lugar e enfrentar as ameaças às quais eles estão atualmente expostos e terão de enfrentar no futuro. A coisa mais importante é que eu sei que os agricultores também o têm”. JB

Leia mais »

A TV e a nova mídia

Henry Jenkins é professor de Ciências Humanas e coordenador do Programa de Estudos de Mídia Comparada do prestigiado MIT – Massachusetts Institute of Technology. Em seu livro Cultura da Convergência, ao contrário de Bill Gates e Rudolph Murdoch, não imagina o mundo sem televisão em seus estudos e pesquisas. Acredita mesmo que todas as mídias permanecerão, apesar da Internet. E profetiza a tal da convergência onde as velhas e novas mídias sobreviverão complementando-se e a interatividade será o combustível de todas. É difícil discordar do mestre. Mas a busca por um modelo de comunicação, com interatividade, é frenética e alucinante na TV. O problema é o modelo, ou os modelos. Nos EUA, as experiências vão do Survivor ao Aprendiz. Todo dia surge uma ideia, porém insuficiente. Todas moduladas na velha fórmula das TVs, um falando para todos. Pelo tipo de veículo é difícil estabelecer um modelo de interação que satisfaça ao telespectador, até mesmo por questões tecnológicas. Mas o tempo dirá. Aqui entre nós no Brasil as experiências são primárias, insuficientes ainda. Causa espanto aos que desejam atribuir ao programa Big Brother a marca de interação. Sucesso de venda e faturamento, ele nada tem de interação. É o último suspiro de sucesso da velha fórmula. No Brasil a experiência mais realista foi o Fala Que Eu Te Escuto, um programa evangélico, na Rede Record. No começo era muito interessante. E a interação era via telefone. Aliás, a área evangélica, na TV, é a que mais se permite experiência de interatividade. Já vimos de tudo, mas nada que supere o Fala Que Eu Te Escuto no seu início. Ali, os fiéis colocavam suas dúvidas, sugestões e críticas, sem edição.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A experiência deu tão certo que rendeu até um senador para a igreja universal, no Rio de Janeiro. Daqui para frente veremos cada vez mais a TV buscando a participação do telespectador. No jornal, bem, o jornal parece era mais dificuldades para sobreviver. Assim sinaliza o mercado. Mais a frente veremos o porquê.

Leia mais »

Steve Jobs: dez revelações da biografia

Conheça dez revelações feitas pela biografia de Steve Jobs Livro foi lançado no Brasil nesta segunda-feira (24). Biógrafo revela detalhes da vida do executivo, que morreu no início de outubro. A biografia autorizada de Steve Jobs, escrita por Walter Isaacson, foi lançada nesta segunda-feira (24) no Brasil. O livro, batizado apenas de “Steve Jobs”, é baseado em mais de mais de 40 entrevistas, feitas ao longo de dois anos, com o cofundador da Apple que morreu no início de outubro. Também foram entrevistados amigos, colegas e concorrentes do executivo considerado o “pai” do iPhone, do iPod e do iPad. Isaacson é diretor-geral do Instituto Aspen, foi presidente da CNN e editor da revista “Time”. Ele escreveu “Einstein: Sua vida, seu universo” e “Benjamin Franklin: An american life”. Confira dez revelações feitas pela biografia e pelo biógrafo de “Steve Jobs”: Filhos No livro, Isaacson fala da última vez que visitou Steve Jobs, em sua casa em Palo Alto. Diz o livro: “Como escritor, estou acostumado a manter distanciamento, mas fui atingido por uma onda de tristeza quando tentei dizer adeus. A fim de disfarçar minha emoção, fiz a pergunta que ainda me deixava perplexo. Por que ele se mostrara tão disposto, durante quase cinquenta entrevistas e conversas ao longo de dois anos, a se abrir tanto para um livro, quando costumava ser geralmente tão discreto? ‘Eu queria que meus filhos me conhecessem’, disse ele.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] ‘Eu nem sempre estava presente, e queria que eles soubessem o porquê disso e entendessem o que fiz.’” A tradução do trecho foi de Pedro Maia Soares. (leia a história completa) Cirurgia tardia Steve Jobs só aceitou fazer uma cirurgia que poderia salvar sua vida quando era tarde demais, disse Walter Isaacson, ao programa “60 Minutes”. “Eles ficaram felizes quando viram a biópsia. Era um tipo pancreático de câncer que cresce devagar e pode ser curado. Ele tentou tratar o câncer com uma mudança de dieta, ele foi a espiritualistas. Ele não queria que seu corpo fosse aberto, não queria ser violado daquela maneira”, afirma. “Ele fez a cirurgia nove meses depois e, quando operaram, viram que o câncer já havia se espalhado pelos tecidos ao redor do pâncreas.” (leia a história completa) Obama “Você está caminhando para ter apenas um mandato”, teria sido a primeira frase dita por Steve Jobs em encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2010, segundo a biografia. Na ocasião, Jobs se ofereceu para ajudar na criação de peças publicitárias para ajudar na reeleição do presidente democrata em 2012.  Segundo Isaacson, o encontro entre Jobs e Obama quase não aconteceu. Convidado por assessores do presidente, Jobs insistiu que só iria se recebesse uma ligação do próprio presidente. Após pressão de sua mulher, Jobs concordou. Mas sua personalidade de Jobs teria se transformado no momento do encontro. (leia a história completa) Sistema educacional norte-americano Durante seu encontro com Obama, Jobs criticou o sistema educacional americano, que seria prejudicado “por regras sindicais”, diz a biografia. “Enquanto os sindicatos dos professores não forem desmantelados, não existe esperança para uma reforma educacional”, disse Jobs, que sugeriu que os diretores das escolas tivessem autonomia para demitir e contratar professores. Para ele, os alunos deveriam ter aula em período integral, até as 18h, e por 11 meses no ano. (leia a história completa) A polêmica do uniforme Steve Jobs contou ao seu biógrafo que foi vaiado ao propôr que os funcionários da Apple usassem um uniforme. Isaacson escreve que Jobs teve a ideia depois de visitar o então presidente da Sony, Akio Morita, no Japão. Ao ver que os funcionários da empresa japonesa estavam de uniformes e como aquilo os vinculava à empresa, Jobs propôs a idéia na Apple. “Voltei [do Japão] com algumas amostras e disse para todos o quanto seria legal se todos usássemos os coletes. Fui vaiado naquele palco. Todo mundo odiou a ideia”, disse Jobs à Isaacson. Foi durante esse processo que Jobs decidiu pedir que o designer japonês Issey Miyake criasse um uniforme para ele, pela conveniência e por ser uma espécie de estilo próprio. “Então eu pedi que Miyake fizesse algumas de suas blusas pretas com gola rulê para mim e ele fez uma centena delas”, disse o executivo. (leia a história completa) O início da biografia Isaacson conta de seu encontro com Jobs, em 2004, que rendeu o início da biografia. “Eu ainda não sabia que dar uma longa caminhada era a sua forma preferida de ter uma conversa séria. No fim das contas, ele queria que eu escrevesse sua biografia. Eu havia publicado recentemente uma de Benjamin Franklin e estava escrevendo outra sobre Albert Einstein, e minha reação inicial foi perguntar, meio de brincadeira, se ele se considerava o sucessor natural naquela sequência. Supondo que ele estava no meio de uma carreira oscilante, que ainda tinha muitos altos e baixos pela frente, eu hesitei. Não agora, eu disse. Talvez em uma década ou duas, quando você se aposentar”, diz o livro. Isaacson continua: “Depois me dei conta de que ele havia me chamado logo antes de ser operado de câncer pela primeira vez. Enquanto eu o observava lutar contra a doença, com uma intensidade incrível, combinada com um espantoso romantismo emocional, passei a achá-lo profundamente atraente, e percebi quão profundamente sua personalidade estava entranhada nos produtos que ele criava. Suas paixões, o perfeccionismo, os demônios, os desejos, o talento artístico, o talento diabólico e a obsessão pelo controle estavam integralmente ligados a sua abordagem do negócio, e decidi então tentar escrever sua história como estudo de caso de criatividade.” Bill Gates “Bill [Gates] basicamente não tem imaginação e nunca inventou nada, e acho que é por isso que ele se sente mais confortável fazendo filantropia do que no mercado de tecnologia. Ele apenas roubava as ideias dos outros, sem vergonha alguma”, diz Jobs no livro. (leia a história completa) Android “Eu vou destruir o Android, porque é um produto roubado. Eu vou entrar no modo ‘guerra termonuclear’ nesse caso”, disse Jobs, segundo seu

Leia mais »

Microsoft e o paradoxo do Skype

Líder mundial de sistemas operacionais para computadores, a Microsoft é pequena em telecomunicações. Em smartphones, a participação da empresa ficou em somente 4,2% no ano passado, segundo a empresa de pesquisa Gartner. Os gigantes desse mercado são a Apple, com o iPhone, e o Google, com o Android. A compra do Skype reforça a estratégia da empresa em telecomunicações. Além disso, cria uma alternativa poderosa aos comunicadores do Google e do Facebook, com a possibilidade de integrar o Skype ao Windows Live Messenger, aos seus sistemas de comunicação corporativa e ao videogame Xbox 360. Em smartphones, a Microsoft fez dois movimentos anteriores importantes: fechou um acordo com a Nokia, que, a partir do ano que vem, adotará o Windows Phone 7 em seus celulares inteligentes e, na semana passada, outro com a RIM, fabricante do BlackBerry, para transformar o Bing no buscador padrão dos aparelhos da fabricante canadense. Resta saber como as empresas de celulares vão receber os aparelhos Windows Phone 7 com Skype nativo. O grande temor das operadoras é se transformar, nesse cenário de smartphones e tablets, em “dumb pipes” (tubos burros), oferecendo somente conectividade de dados, enquanto toda a receita de serviços adicionais fica nas mãos de outras companhias, como a Apple, o Google, o Facebook ou a própria Microsoft.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Apesar de os investidores não terem gostado da compra do Skype, vários analistas receberam bem a aquisição. “Essa é uma clara tentativa da Microsoft de aumentar fortemente sua presença nos mercados de soluções colaborativas”, disse, em comunicado, Fernando Belfort, analista sênior da Frost & Sullivan. “O nome Skype é muito forte entre os consumidores e a Microsoft espera, com isso, alavancar as vendas de seus outros produtos”, afirmou, também em comunicado, Fernando Lima, analista da IDC. O professor Silvio Meira, da Universidade Federal de Pernambuco, chegou a escrever ontem em seu blog: “É bem capaz de Steve Ballmer ter feito a operação que vai garantir seu nome na história dos negócios da era da informação”. Ao integrar o serviço de chamadas via internet a outros produtos, fica mais fácil para a Microsoft resolver o chamado “paradoxo do Skype”. O paradoxo é o seguinte: como falar de Skype para Skype é grátis, quanto mais pessoas usam o serviço, menos receita tem a empresa. Num mundo em que todos usam o Skype, as receitas do Skype cairiam para zero.   Renato Cruz/O Estado de S. Paulo

Leia mais »