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Quem diria hein? Obama de amizade com comunistas!

EUA anunciam restabelecimento de balsa entre Flórida e Cuba Durante décadas, cubanos buscaram refúgio nos EUA usando barcos improvisados O governo americano aprovou o restabelecimento de serviços de transporte naval de cargas e passageiros entre os Estados Unidos e Cuba, interrompidos há mais de 50 anos em função do embargo econômico à ilha caribenha. A decisão foi anunciada na noite de terça-feira, quatro meses depois de os dois países terem anunciado que reatariam relações diplomáticas. A decisão sobre os serviços marítimos está sendo vista por analistas como mais um passo rumo ao fim da política de isolamento de Cuba.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Diversas companhias de navegação afirmaram já ter recebido licenças para operar rotas entre o estado americano da Flórida e Cuba. A cidade americana de Miami e a capital cubana, Havana, ficam a cerca de 150 km de distância. Leia mais: Cúpula das Américas começa com cumprimento entre Obama e Castro Tal proximidade fez com que, durante décadas, milhares de cubanos tenham fugido ou tentado fugir do regime comunista cubano em embarcações improvisadas. Ficaram conhecidos como balseros. Recentemente, os presidentes de Cuba e EUA anunciaram uma reaproximação A expectativa é de que os serviços marítimos comecem a operar em setembro, embora o cronograma ainda dependa de negociações entre autoridades em Washington e Havana. “É um grande passo à frente”, afirmou Joseph Hinson, presidente da companhia de navegação United Americas Shipping. Nas últimas semanas, também foi anunciado um serviço de voo tipo charter entre Nova York e Havana, a ser operado pela companhia aérea JetBlue. No entanto, a legislação americana ainda proíbe que cidadãos do país viajem para Cuba, salvo em casos excepcionais que dependem de aprovação em 12 diferentes categorias. Estima-se que mais de 1 milhão de cubanos tenha se refugiado nos EUA desde a revolução de 1959, em que os rebeldes sob comando de Fidel Castro derrubaram o então ditador cubano Fulgêncio Batista. BBC

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Petróleo e Cuba ajudam EUA a retomar protagonismo na América Latina

Três meses após assumir a Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama afirmou, em sua primeira Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, que inauguraria um novo capítulo nas relações entre seu país e a América Latina. Presidentes posam para foto na Cúpula das Américas (EPA) Seis anos depois e encerrada no sábado a primeira edição da cúpula com a presença de Cuba, no Panamá, ele parece mais próximo de cumprir o objetivo, segundo analistas e diplomatas. Eles afirmam que a reaproximação entre Washington e Havana, que culminou no sábado na primeira reunião entre os presidentes americano e cubano em mais de meio século, esfriou uma das principais contendas entre os Estados Unidos e nações latino-americanas. Na mesma semana, a Casa Branca ainda consolidou acordos que fortalecem sua posição na América Central e no Caribe e, ao anunciar a visita de Dilma Rousseff a Washington em 30 de junho, afastou a crise com a segunda maior economia das Américas, o Brasil. Embora avaliem que Obama mereça créditos pelos feitos, especialistas afirmam que seus gestos foram facilitados por mudanças no cenário econômico das Américas: enquanto o Brasil e a Venezuela enfrentam problemas na economia e reduzem suas operações na vizinhança, os Estados Unidos voltam a crescer e ganham mais tração para atuar na região. Leia mais: Em reunião histórica, Obama e Raúl Castro trocam afagos Efeitos em cadeia Presidente do Inter-American Dialogue, um centro de pesquisas e debates em Washington, Michael Shifter diz que a retomada do diálogo entre Cuba e os Estados Unidos ajudará a melhorar as relações do governo americano com a maior parte da América Latina. “Por décadas, a questão cubana foi bastante problemática, causando muito desgaste nos assuntos interamericanos”, diz Shifter, que acompanhou o evento no Panamá. Especulava-se que Obama pudesse anunciar na cúpula a retirada de Cuba da lista americana de Estados patrocinadores do terrorismo, o que não ocorreu. Mesmo assim, os afagos trocados entre o americano e o líder cubano, Raúl Castro, ao longo do encontro sinalizam que os dois estão empenhados em aproximar seus países. Shifter afirma, porém, que a mudança na política americana para Cuba “não significa que a relação de Washington com a região será livre de tensões e desconfiança”. “Suspeitas e ressentimentos antigos não desaparecem da noite para o dia”. Leia mais: O que Che Guevara diria sobre a reaproximação EUA-Cuba Na cúpula, muitos líderes esquerdistas – entre os quais Nicolás Maduro (Venezuela), Rafael Correa (Equador) e Daniel Ortega (Nicarágua) – celebraram a presença de Cuba no evento, mas fizeram duros discursos contra os Estados Unidos, destacando seu histórico de intervenções na região. O maior alvo das críticas – endossadas inclusive por líderes mais moderados, como Dilma e Juan Manuel Santos (Colômbia) – foram as sanções que Washington aplicou no mês passado a sete autoridades venezuelanas. Segundo o governo americano, os funcionários sancionados violaram direitos humanos. Shifter diz que criticar os Estados Unidos em eventos como esse ainda rende dividendos políticos a líderes latino-americanos, e que o tema venezuelano mostra que ainda há muitas diferenças entre Washington e a América Latina. Ele diz acreditar, no entanto, que o acerto com Cuba deve ajudar a diminuir essas diferenças. Queda no petróleo Analistas avaliam que os ganhos americanos na vizinhança também refletem a queda nos preços do petróleo e seus impactos na Venezuela, um dos seus maiores desafetos na região. Dona das maiores reservas petrolíferas do mundo e valendo-se dos altos preços da matéria-prima na última década, Caracas forjou uma aliança com vizinhos caribenhos, entre os quais Cuba, baseada na venda subsidiada do bem. Em 2013, essa aliança – batizada de Petrocaribe – se associou à Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), bloco fundado uma década antes pelo então presidente venezuelano Hugo Chávez e que se tornara o principal bastião antiamericano da região. A drástica queda no preço do petróleo nos últimos dez meses, porém, afetou a assistência venezuelana aos vizinhos e fragilizou a lealdade deles ao projeto político de Caracas, diz Ted Piccone, analista da Brookings Institution, em Washington. Em artigo publicado em fevereiro, ele diz que a crise na Venezuela facilitou a reaproximação entre Cuba e Estados Unidos ao forçar Havana a buscar alternativas à sua aliança econômica com Caracas. A Venezuela vende a Cuba cerca de 100 mil barris de petróleo ao dia por preços preferenciais. Segundo um relatório do Banco Barclays, o colapso econômico na Venezuela também tem afetado o envio de petróleo subsidiado a outras nações caribenhas. Atentos ao cenário, os Estados Unidos mexem suas peças. Em janeiro, o vice-presidente americano recebeu líderes caribenhos em Washington para discutir segurança energética. E na véspera da cúpula no Panamá, Obama anunciou na Jamaica programas para financiar e transferir tecnologias em energia limpa e reduzir a dependência por combustíveis fósseis entre países da região. Além de minar a “diplomacia petroleira” de Caracas, a iniciativa se alinha com uma das principais bandeiras do presidente americano: a necessidade de combater as mudanças climáticas e privilegiar fontes de energia limpa. Leia mais: Favorita entre democratas, Hillary anuncia pré-candidatura à Presidência dos EUA Acredita-se ainda que o fraco desempenho da economia brasileira nos últimos anos e a desaceleração na China tenha facilitado a superação das diferenças entre Brasília e Washington, causadas pelas denúncias de que Dilma fora espionada pela agência de segurança americana. O episódio fez com que ela cancelasse uma visita que faria aos Estados Unidos em 2013, agora reagendada para o fim de junho. Entre empresários brasileiros, vinham crescendo as cobranças para que o país se voltasse aos Estados Unidos para voltar a crescer. O governo brasileiro chegou a condicionar a remarcação da visita a um pedido de desculpas da Casa Branca, mas acabou cedendo na posição. Mudanças demográficas Segundo um diplomata brasileiro nos Estados Unidos, a mudança da política americana para a região reflete ainda mudanças demográficas no país. Há 50 anos, havia poucos milhões de hispânicos ou latinos nos Estados Unidos. Por causa da imigração e de taxas de natalidade acima da média, o grupo hoje soma 57

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Programa de drones: a campanha terrorista mais extrema da modernidade

Noam Chomsky mira no programa de drones de Barack Obama, o qual ele descreve como a campanha terrorista mais extrema da história da modernidade.  O acadêmico linguista renomado mundialmente Noam Chomsky criticou o que ele vê como hipocrisia ocidental seguindo os recentes ataques terroristas em Paris e a ideia de que existem dois tipos de terrorismo: “o deles versus o nosso.” Em um editorial publicado segunda-feira na CNN.com, Chomsky nota como os ataques mortais à Charlie Hebdo e um supermercado semana passada incitaram milhões a protestar sob a frase “je suis Charlie” e solicitaram indagações “dentro das raízes dos ataques na cultura islâmica e explorando modos de conter a onda assassina do terrorismo islâmico sem sacrificar nossos valores.” Nenhuma indagação do tipo na cultura ocidental e no cristianismo veio do ataque de 2011 de Anders Breivik na Noruega que matou milhares de pessoas. Nem o ataque de mísseis pela OTAN em 1999 na sede de televisão Sérvia que matou 16 jornalistas desencadeou protestos como “je suis Charlie”. De fato, Chomsky escreve, este ataque foi louvado pelos oficiais norte-americanos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O advogado de direitos civis Floyd Abrams descreveu o ataque à Charlie Hebdo como “o ataque mais amedrontador ao jornalismo na história,” não é surpresa, escreve Chomsky, quando um entende “’história’ como uma categoria construída cuidadosamente para incluir os crimes DELES contra nós e excluir os NOSSOS crimes contra eles – o último não sendo crime mais defesas nobres dos maiores valores.” Outras omissões de ataques sobre jornalistas notados por Chomsky: o ataque de Israel em Gaza este verão cujas mortes incluem muitos jornalistas, e as dezenas de jornalistas em Honduras que foram mortos desde o golpe em 2009. Oferecendo mais prova sobre o que ele descreve como hipocrisia ocidental em relação ao terrorismo, Chomsky mira no programa de drones de Obama, o qual ele descreve como “a campanha terrorista mais extrema da modernidade.” “Mira em pessoas suspeitas de talvez tentarem nos machucar um dia e em quaisquer infelizes que estejam no meio do caminho,” ele escreve. Fonte; http://www.commondreams.org/news/2015/01/19/noam-chomsky-obamas-drone-program-most-extreme-terrorist-campaign-modern-times

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Por que Barack Obama pode?

O presidente dos Estados Unidos não pertence a um partido de esquerda. Integra os quadros da burguesia negra e nunca se propôs a mudar o sistema político-econômico de seu país. Ainda que tenha preservado a clássica política imperialista do Departamento de Estado, Obama é diuturnamente atacado pela direita republicana e boa parte dos principais veículos de imprensa. Os mais conservadores acham que ele foi longe demais com suas limitadas reformas para reforçar a cobertura social do Estado aos mais pobres. Preferiam menos direitos e serviços, com cortes de tributos. Os mais progressistas (ou liberais, no linguajar político norte-americano) sentem-se decepcionados pela timidez política do primeiro presidente negro. Acusam-no de atravessar o mandato tentando alguma composição com setores moderados da oposição e do establishment, abrindo mão do programa e das esperanças que o levaram ao triunfo em 2008. Ensanduichado entre a fúria reacionária e o desânimo liberal, Obama perdeu maioria tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado. Depois da tunda parlamentar, em novembro do ano passado, tratou de buscar outro rumo. Claro que não alterou os marcos principais da política internacional, através da qual a Casa Branca protege sua supremacia sobre países e regiões, denominador comum entre democratas e republicanos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Mas lançou medidas que respondem às expectativas de seus eleitores, especialmente entre os trabalhadores, as frações mais pobres de negros e latinos, as camadas médias assalariadas e os setores empresariais que dependem do consumo de massas. Através de decreto presidencial, atropelando a maioria parlamentar de direita, legalizou cinco milhões de imigrantes em situação irregular. Mais de dez milhões de estrangeiros seguem à mingua, vivendo e trabalhando em condições precárias, mas o feito foi suficiente para o conservadorismo ficar tinto de raiva. Obama, logo em seguida, reatou relações diplomáticas com Cuba e amenizou o embargo que já dura meio século. Como se não bastasse, veio a propor, durante o tradicional discurso sobre o Estado da União, no último dia 20 de janeiro, perante parlamentares das duas casas, reforma fiscal que combate a desigualdade social. Seu projeto tem como base o aumento de impostos sobre os mais ricos e as empresas de serviços financeiros, arrecadando 320 bilhões de dólares em dez anos. O governo poderá, com esta receita adicional, fornecer dois anos de curso gratuito nas faculdades comunitárias, entre outros benefícios aos grupos populacionais que vivem na base da pirâmide O jornalista Ricardo Kotscho, amigo sempre atento e preciso, não hesitou em comparar as iniciativas de Obama com aquelas tomadas pela presidente Dilma Rousseff nas últimas semanas. O líder da principal potência imperialista, diante da crise, mesmo que moderadamente, faz uma opção por financiar o Estado através da taxação das rendas mais altas, expandindo direitos e impulsionando o mercado interno. O governo de Dilma Rousseff, neste momento, prefere ceder terreno à cartilha ortodoxa, ceifando gastos públicos e reduzindo benefícios, apostando mais em medidas que atraiam fluxos de capital do que fortaleçam o consumo popular. Mas esta não é a única diferença. Um dos principais argumentos para a adoção de políticas restritivas, pela administração dilmista, está na correlação desfavorável de forças, o álibi perfeito quando a decisão é evitar o confronto de projetos. Com a esquerda em franca minoria nas duas casas legislativas, seria necessário acalmar o mercado para reanimar os investimentos e evitar o casamento de uma crise econômica com a debilidade parlamentar. Barack Obama vive a mesma dificuldade congressual que sua colega brasileira, mas faz o caminho oposto para enfrentá-la. O presidente norte-americano prefere o conflito com o Parlamento e a disputa aberta de posições na opinião pública, levando ao limite os poderes presidenciais previstos na Constituição. Está recuperando sua imagem através da polarização, colidindo cotidianamente contra a direita e seus poderosos meios de comunicação. Pode até ver algumas de suas propostas serem interditadas por deputados e senadores, mas aposta suas fichas no apoio social, escolhido como ferramenta preponderante para superar a inferioridade institucional. A renúncia programática para evitar derrotas parlamentares, afinal, estava levando-o ao fundo do poço, pois nublava a expectativa de que fosse diferente dos presidentes que o antecederam, abertamente vinculados aos interesses das grandes corporações. Obama representa tão somente um projeto de renovação do capitalismo norte-americano, centrado na reconstrução do mercado interno de massas. Isso não o impede, porém, de estar dando exemplos políticos que deveriam ser analisados com atenção ao sul do continente. Por:Breno Altman Diretor editorial do site Opera Mundi.

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A presença eterna de Maquiavel

O artigo “Florença e os Drones”, do colunista David Brooks (New York Times) demonstra a importância do estudo da Filosofia e do pensamento de seus mais importantes formuladores, notadamente do renascentista Maquiavel. O jornalista participa de um Curso denominado Grande Estratégia na Universidade de Yale. Todos são obrigados a ler Péricles, Sun Tzu e Maquiavel. Depois debatem as ideias dos pensadores focados nos fatos que atormentam o mundo global, especialmente a onda terrorista que abateu a América em 2001 com a destruição das torres gêmeas. David Brooks parece fascinado pelas ideias do florentino Nicolau Maquiavel, ao discorrer sobre o amor que ele tinha por Florença, seu viés moralista e principalmente sobre a visão dos defeitos do homem, os quais, segundo ele, são geralmente brutos, ingratos, volúveis, dissimulados, cruéis, covardes, invejosos, ávidos por lucros, e quando a oportunidade aparece praticam maldades sem fim, agravadas quando estão em grupos. Sobre o Poder, Maquiavel entendia que o governante deveria ser bom, caridoso, benevolente, editar pacotes do bem, no entanto se contradiz ao afirmar que nem sempre isso é possível no mundo da realidade fática, pela simples razão de que, para manter a ordem na sociedade e derrotar a oposição anárquica e feroz, o líder virtuoso tem que praticar medidas duras, calcadas nos maus atos, que invariavelmente produzem bons resultados. E que o governante deve se aliar as massas como antídoto contra a aristocracia empresarial. Tudo pelo amor pelo povo, que deve vir na frente de seu próprio amor.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O ápice da esperteza política se insere na afirmação maquiavélica de que o bem deve ser concedido à conta gotas, enquanto o mal deve ser praticado prontamente e de uma única vez. Lembrem-se da frase: Só tenho uma bala na agulha. Paralelo Brooks traça um paralelo entre a Florença do século 16, os ancestrais que criaram a América em meio a conflitos e guerras entre o Norte e o Sul e os Estados Unidos de hoje. Neste aspecto da segurança dos americanos e na guerra ao terror é que entram os drones (aviões não tripulado e altamente letais contra os inimigos). O governante fica diante da opção maquiavélica dos fins que justificam os meios. Ao utilizar uma arma que mata terrorista, mas por falta de precisão cirúrgica atinge e mata também pessoas inocentes em hospitais e as crianças nas escolas, sob a ótica de que assim agindo, estará protegendo a sociedade americana. Barack Obama mergulhou no mundo maquiavélico ao ser eleito presidente, autorizando os bombardeios dos drones no Afeganistão, no Paquistão, no Sudão ou onde houver células de grupos terroristas que ameacem os cidadãos americanos. Para o público interno, Obama afirma que os aviões tem matado menos inocentes, do que se fossem ataques terrestres com tropas da Infantaria, mas faltam relatórios independentes que comprovem os fatos narrados. O mais importante do arrazoado de Brooks se traduz na transcrição de que os fundadores da América, ao obterem a percepção de que os homens são venais e não confiáveis como qualquer outra pessoa comum, montaram um sistema constitucional de freios e contrapesos de modo a impedir a hegemonia de grupos ou partidos políticos. E aqui no Brasil? Enquanto os americanos estudam estratégia lendo e debatendo sobre os pensadores gregos, chineses, italianos e os grandes líderes mundiais, nós brasileiros vamos levando, que aqui tem samba, carnaval e futebol, big brother e novelas sem fim. O Instituto Superior de Altos Estudos Brasileiros, que ensinava estratégica para um Brasil grande, que tinha sua sede na Rua do Pasmado em Botafogo/RJ, em um ato de insanidade somado a burrice congênita e adquirida, agravada pela de falta de amor pelo Brasil, foi fechado, em um dos primeiros atos do governo militar, nos primeiros dias de abril. Seu presidente, Roland Corbisier, o maior filósofo do Brasil foi cassado sumariamente. Uma pena. Poderíamos estar em melhores condições no cenário mundial, se não tivessem sido cassados as nossas maiores inteligências. Que fazer? Por: Roberto Nascimento/Tribuna da Imprensa

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Bin Laden, Kadafi e a civilização cristã ocidental

Continuo comungando com a opinião daqueles que não admitem o funcionamento dos Estados Nacionais fora do Estado de Direito. É inacreditável que as ditas nações ocidentais civilizadas se regojizem com a barbárie. Sem dúvida alguma regredimos. Os judeus tinham, e ainda têm , trilhões de motivos para fazer com os nazistas essa chacina e esse linchamento que se fez contra Kadafi e seu filho. No entanto, capturaram todos os que puderam capturar, vivos, e os levaram a julgamento vivos e preservados. O mundo todo pôde ver os julgamentos que serviram de lição para a humanidade. Embora tudo tenha sido muito terrível o que os nazistas fizeram, a reação dos judeus foi civilizada, pedagógica e didática. O que aprendemos com os linchamentos na Líbia?  O Editor Sem essa de misturar as coisas! O assassinato de Bin Laden nada tem a ver com a execução extrajudicial de Kadafi e seu filho, sob o patrocínio da ONU. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Já escrevi aqui algumas vezes que defendo a eliminação de comprovados líderes terroristas, como Osama Bin Laden e outros de sua laia. É triste? É, sim! Mas não há alternativa. Essas pessoas se organizam para, de modo deliberado, tirar a vida de inocentes. Não declaram uma guerra ao establishment, à ordem ou sei lá a quê. Buscam fragilidades no sistema de segurança para fazer o maior número possível de vítimas. Não há como combatê-los por métodos convencionais. Alguns leitores tentaram ver contradição entre essa opinião e tudo o que tenho escrito sobre a morte de Muamar Kadafi e Mutassin, um de seus filhos. Presos com vida, foram executados pelos ditos rebeldes sem julgamento. Kadafi pai foi humilhado em vida e teve o corpo vilipendiado depois. Num dos vídeos que estão no Youtube, não vou publicá-lo aqui porque há limites para expor mesmo a abjeção alheia, uma daquelas flores da “Primavera Líbia” que enchem de alegria a vida de Arnaldo Abaixo-Bush Jabor, aparece introduzindo um instrumento qualquer no traseiro do ex-ditador, provavelmente uma arma. Vocês sabem como são os “oprimidos” quando se libertam, não é mesmo? E a democracia sodomizando a ditadura… Tenham paciência! Qual a diferença? O comboio em que viajavam Kadafi e seu filho foi alvejado por forças da Otan — no caso, soldados franceses. Eles estão lá com um mandado e um mandato da ONU e deveriam obedecer ao texto da Resolução 1973 do Conselho de Segurança, que já é ambíguo o bastante para permitir abusos. Mas algumas coisas são claras: não podiam atacar a não ser para defender civis — descumpriram esse requisito desde o primeiro dia — e não tinham autorização para matar Kadafi. A ação final da organização cumpriu o rito das outras: seus aviões fizeram o estrago inicial para que os rebeldes avançassem. Um correspondente da Globo nos EUA chamou isso de “não-guerra”… Ora, na prática, quem executou extrajudicialmente Muamar e Mutassin Kadafi foi a Otan — e, dada a cadeia de responsabilidades, foi, pois, a ONU. Os terroristas eliminados costumam ser colhidos de surpresa, e o objetivo é evitar que reajam. O ex-ditador e seu filho já tinham sido feito prisioneiros, estavam desarmados, não tinham como reagir. Qual é? Não havia mais informação a colher da dupla, estavam derrotados, acabados, vencidos. Que sentido faz a tortura e o contínuo vilipêndio do cadáver? O mundo faz seus votos em favor da democracia líbia, e os dois cadáveres continuam expostos na câmara fria de um açougue, tornados atração turística. A Otan, reitero, ainda está lá. E isso significa que a Líbia continua sob os auspícios da Resolução 1973 da ONU, que segue, então, patrocinando aquele espetáculo tétrico. Não há paralelo possível com o assassinato de Bin Laden ou de líderes de outros grupos terroristas. EUA, França, Reino Unido e ONU escolheram um dos lados de uma guerra civil. Tornam-se, assim, responsáveis por seus métodos. Dona Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, já havia sido inconveniente o bastante ao ter feito votos, dois dias antes, pela morte de Kadafi, o que não estava na resolução. A eliminação de terroristas ajuda a pôr ordem no mundo; o que se fez na Líbia concorre para a desordem. Doravante, nas intervenções autorizadas pela ONU, já se sabe que o limite é não haver limites. Digam-me cá: o que se praticou com os Kadafis é diferente dos horrores da prisão de Abu Ghraib, que, com razão, chocaram o mundo? Os responsáveis por aquela cenas bárbaras forma punidos. Mundo afora, o que vi, li e ouvi, depois que já estava claro que pai e filho haviam sido executados, foram palavras de regozijo, de felicidade, de louvor. Barack Obama até chegou a advertir os demais ditadores do mundo que aquele pode ser o seu destino. Não, eu não estou entre aqueles que têm grandes esperanças na dita “Primavera Árabe”. Acho que se trata de um sonho que se sonha nas democracias ocidentais. Mas essa minha descrença não interfere no meu juízo objetivo: três das potências ocidentais, usando a ONU como escudo e a Otan como braço armado, patrocinaram a selvageria. Isso não melhora em nada a biografia de Kadafi: era um facínora, um asqueroso, um homicida compulsivo, um ladrão. Mas eu não tenho, por enquanto, um só motivo para apostar que seus algozes sejam melhores do que ele. Eu não reconheço o estatuto do algoz do bem. Uma das coisas que me afastaram da esquerda ainda na primeira juventude (estou na segunda, hehe…) foi o relativismo moral. Todos nós sabemos o que as tropas morais do politicamente correto estariam dizendo se tal espetáculo tivesse se dado sob os auspícios de George W. Bush. Como o arquiteto da ação foi Barack Obama, então se trata, naturalmente, de algo benigno. Não! Obama levou o baguncismo para ONU. “Ah, o Chávez e o PCdoB também criticaram a ação”. E daí? Eles não são meus interlocutores. Se eu me obrigasse a criticar tudo o que eles elogiam, e também o contrário, seria refém deles. Mas não sou refém de ninguém. O Beiçola de Caracas e os

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Dilma e Obama têm problemas semelhantes

Até as pedras sabem que Dona Dilma está “numa sinuca de bico”. Ou no popular “ou dá ou desce” O PMDB não é PP. Agora se há alguém que entende de quebradeiras esse alguém é o sociólogo. Ninguém tão bem como ele soube amparar banqueiros e empresários falidos. A senilidade impede FHC de lembrar a bandalheira da privatização das teles? Ou o que teve que fazer para manter a governabilidade, com os mesmo Sarneys, Jucás, “et caterva”? Os quatro primeiros anos do Fernando foram de nenhum superávit primário, farra fiscal, câmbio controlado engolindo a empresa nacional, e corrida ao FMI para implorar US$ 41 bilhões para o Brasil não quebrar. Lula o outro farsante, jogou pra debaixo do tapete a maior quantidade de corrupção já vista nessa pobre e depauperada taba dos Tupiniquins. Quanto à corrupção todos estão nivelados por baixo. Com todos. Desde Cabral. O Editor FHC: o ‘dilema’ de Dilma é parecido com o de Obama “…Mal comparando, a presidenta Dilma está aprisionada em um dilema do gênero daquele que agarrou Obama E nós aqui nesta periferia gloriosa a quantas andamos? Longe do olho do furacão cantamos glória pelo que fizemos, pelo que de errado os outros fizeram e pelo que não fizemos, mas, pensamos, pouco importa, o vendaval do mundo varreu a riqueza de uma parte do globo para outra e nos beneficiou. Será que é assim mesmo? Será que a proeza de evitar as ondas do tsunami impede que a malignidade do resto do mundo nos alcance? Tenho minhas dúvidas. Falta-nos, como impuseram os reacionários americanos a Obama, uma agenda, mas que seja nova e não a desgastada do “clube do chá” americano. A nova agenda existe, está exposta cotidianamente pela mídia e não é propriedade de um partido ou de um governo. Mas onde está a argamassa, como o antigo ideal americano, para conter as divergências, o choque de interesses, e guiar-nos para um patamar mais seguro, mais próspero e mais coeso como nação?[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Mal comparando, a presidenta Dilma está aprisionada em um dilema do gênero daquele que agarrou Obama. Só que, se no caso americano a crise apareceu como econômica para depois se tornar política, em nosso caso ela surgiu como política, mas poderá se tornar econômica. Explico-me: a presidenta é herdeira de um sistema, como dizíamos no período do autoritarismo militar. Este funciona solidificando interesses do grande capital, das estatais, dos fundos de pensão, dos sindicatos e de um conjunto desordenado de atores políticos que passaram a se legitimar como se expressassem um presidencialismo de coalizão no qual troca-se governabilidade por favores, cargos e tudo mais que se junta a isso. Esta tendência não é nova. Ela foi-se constituindo à medida em que o capitalismo burocrático (ou de estado, ou como se o queira qualificar) amealhou apoios amplos entre sindicalistas, funcionários e empresários sedentos por contratos e passou a conviver com o capitalismo de mercado, mais competitivo. Na onda do crescimento econômico as acomodações foram se tornando mais fáceis, tanto entre interesses econômicos quanto políticos (incluindo-se neles os “fisiológicos” e a corrupção). No início parecia fenômeno normal das épocas de prosperidade capitalista que seria passageiro. Pouco a pouco se foi vendo que era mais do que isso: cada parte do sistema precisa da outra para funcionar e o próprio sistema necessita da anuência dos cooptáveis pelas bolsas e empregos de baixo salários e precisa de símbolos e de voz. Esta veio com o “predestinado”: o lulismo anestesiou qualquer crítica não só ao sistema mas a suas partes constitutivas. É neste ponto que o bicho pega. A presidenta é menos leniente com certas práticas condenáveis do sistema. Entretanto, quando começa a fazer uma faxina quebram-se as peças da engrenagem toda. Sem leniências e cumplicidades entre as várias partes, como obter apoios para a agenda necessária à modernização do país? E sem ela, como fazer frente à concorrência da China, à relativa desindustrialização, ou melhor, ‘desprodutividade’ da economia e como arbitrar entre interesses legítimos ou não dos que precisam de mais apoio do governo, advenham eles de setores populares ou empresariais? É cedo para prever o curso dessa história, que apenas começa. Mas não há dúvidas que para se desfazer da herança recebida será preciso não só ‘vontade política’ como, o que é tão difícil quanto, refazer os sistemas de alianças. É luta para Davis e, no caso, Golias é pai de Davi.” –>>aqui o texto integral do artigo de FHC Leandro Moraes/UOL

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Pré-candidato à Presidência dos EUA usa seguidores falsos no Twitter

Por aqui na Taba dos Tupiniquins tão aética conduta jamais aconteceria. Afinal o que temos de sobra por aqui são políticos avessos a fraudes e falcatruas. não é mesmo? O Editor Neste domingo, o pré-candidato à Presidência dos EUA Newt Gingrich usou um novo argumento para explicar porque deveria ser o representante do Partido Republicano na disputa do ano que vem contra Barack Obama: ele é o pré-candidato com mais seguidores no Twitter. Um antigo funcionário de Gingrich, no entanto, anunciou que o ex-chefe comprou seus seguidores no microblog, e que apenas 10% deles seriam, de fato, reais. Neste domingo, Gingrich reclamou que a imprensa estava ignorando sua popularidade no Twitter. O republicano tem 1.3 milhão de seguidores, seis vezes mais que os outros candidatos de seu partido juntos. Mitt Romney e Michele Bachmann, por exemplo, ainda não alcançaram nem a marca dos 100 mil.[ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda] Mas se Gingrich está ganhando as prévias do Partido Republicano no Twitter, é por uma fraude eleitoral. Um ex-funcionário do republicano confessou que o ex-chefe contratou uma empresa especializada para aumentar sua popularidade no microblog. Cerca de 80% de seus seguidores são perfis inativos, criados pelas tais empresas de consultoria online, e apenas 10% equivalem a pessoas reais que são pagas pelo pré-candidato à Presidência americana. Os outros 10%, bom, esses sim são pessoas que por vontade própria seguem o republicano no Twitter. A campanha de de Gingrich não quis comentar o episódio. Mas, se confirmada, a compra de seguidores pode justificar porque ele tem o dobro deles no Twitter que sua polêmica colega de partido e opositora na disputa pela Presidência Sarah Palin. O Globo

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Economia: Crise dos EUA pode ser pior do que a de 2008

Cálculos do Centro para o Progresso Americano apontam recuo de 2,3% no PIB americano se o Congresso não aprovar elevação do teto da dívida A economia dos Estados Unidos pode afundar numa recessão mais profunda do que a do segundo semestre de 2008 se o Congresso americano não elevar o teto da dívida pública do país, de US$ 14,3 trilhões. Nos cálculos do economista Michael Etllinger, vice-presidente do Centro para o Progresso Americano, o Produto Interno Bruto (PIB) do país despencará para 2,3% negativos, em termos nominais, em agosto e setembro próximos. Essa retração na produção doméstica compensaria um inevitável cumprimento dos compromissos externos, por parte do governo americano. Porém, causaria um dano catastrófico para a economia dos EUA e do resto do mundo. “Enquanto Barack Obama for o presidente e Tim Geithner, o secretário de Tesouro, os EUA vão honrar sua dívida externa. Eles vão encontrar os recursos para rolar os compromissos de curto prazo e/ou para pagá-los, efetivamente, mesmo com maior sacrifício no âmbito doméstico”, afirmou Ettlinger ao Estado. Segundo ele, não existe “plano B”, para o caso de o acordo não ser fechado pelos líderes republicanos e democratas do Congresso até o próximo dia 2 de agosto. No último dia 14, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, havia dito que a equipe de Obama preparava essa alternativa. Se não o fizesse, insistiu Carney, seria uma “irresponsabilidade”.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Para o economista, entretanto, não podem ser chamadas de “plano B” as únicas possibilidades. “Priorizar credores externos, manter a casa em ordem, dar o calote nas despesas sociais e de defesa e evitar que as coisas horríveis se tornem catastróficas.” Brasil. Como o impacto desse cenário se estenderia mundo afora, a exemplo das Depressões dos anos 30 e de 2008, Etllinger acredita na “generosidade” de países com amplas reservas internacionais e/ou fundos soberanos. A China seria uma óbvia fonte de ajuda. Mas o economista também considera possível uma iniciativa do Brasil. Em sua opinião, não interessa a nenhuma economia, especialmente às emergentes, conviver de novo com a queda das importações americanas e dos preços das commodities, com outro risco de colapso no sistema financeiro e com uma segunda queda na atividade mundial em apenas três anos. O socorro do Fundo Monetário Internacional, ainda que possível, seria uma alternativa mais remota, para Ettlinger. Conforme avaliou, não passaram de “blefes” as advertências das agências de classificação de risco Moody”s e Standard & Poor”s e do governo da China, na semana passada. As agências alertaram sobre a inevitável redução da nota da dívida pública americana – até ontem, ainda a mais alta – se o acordo sobre a elevação do teto não for concluído. O governo chinês apelou para o dever dos EUA de proteger seus credores externos. “Esses anúncios foram feitos apenas para pressionar os negociadores.” Apesar de considerar esse quadro mais pessimista e calcular seu efeito no PIB americano, Ettlinger acha provável o acordo entre os líderes do Congresso sobre a elevação do teto da dívida pública. A questão crucial, emendou, é saber se o acerto virá acompanhado por um pacote fiscal vigoroso. Em sua opinião, esse pacote poderá até mesmo permitir o aumento temporário de despesas com medidas fiscais de estímulo produtivo de curto prazo. Sem esse mecanismo, o Federal Reserve não terá saída senão adotar novas medidas de expansão monetária, na linha das que vigoraram até junho, para dar impulso à atividade econômica. Na semana passada, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, indicou essa possibilidade, mas recuou no dia seguinte. Segundo Ettlinger, a economia americana ainda está emitindo “sinais ambíguos”. Denise Chrispim Marin/O Estado de S.Paulo

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