Arquivo

O olho do grande-irmão

Aumenta o Estado policial-informático. O banco de dados americano LexisNexis avisou que o sistema de segurança de seus computadores foi furado por “ladrões de identidades”. Trata-se de delinqüentes que capturam informações pessoais para fraudar contas bancárias, cartões de crédito e transações financeiras. Levaram dados de 310 mil pessoas. Em fevereiro, uma invasão nos computadores da empresa ChoicePoint sugou 145 mil identidades. Esse tipo de crime custa US$ 50 bilhões à economia americana e no ano passado vitimou dez milhões de cidadãos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Até aí tudo bem. O que falta lembrar é que, segundo a organização Eletrônica Privacy Information Center, a ChoicePoint comprou (há anos) o cadastro brasileiro de proprietários de veículos. Documentadamente, essa empresa tem um contrato no valor de US$ 1 milhão anuais para fornecer dados de cidadãos latino-americanos ao Serviço de Imigração dos Estados Unidos. Desde setembro de 2001, o governo americano terceirizou seu fichário e as empresas LexisNexis e ChoicePoint tornaram-se os maiores arquivos de dados pessoais da história. Armazenam as contas de três bilhões de cartões de crédito, 139 milhões de números de telefones, 200 milhões de pleitos junto a seguradoras e mais 100 milhões de fichas criminais. O “complexo militar-industrial”, denunciado pelo presidente Dwight Eisenhower em 1951, mudou de casca. Há agora um complexo militar-informático, ou policial-informático. Esses bancos de dados surgiram para aconselhar o comércio e proteger o crédito. Fazem cruzamentos que a mente humana é incapaz de processar. Depois dos atentados de 11 de setembro, o criador de um sistema chamado Matrix (ex-traficante de drogas) espremeu o fichário e chegou a uma lista de 1.200 suspeitos. Entre eles estavam cinco dos seqüestradores dos aviões usados nos atentados. Em 2002, quando um atirador misterioso matou 16 pessoas e assombrou os Estados Unidos, o Matrix cruzou uma lista de 21 mil cidadãos com o nome de John Williams e identificou o assassino. Um livro do repórter Robert Harrow Jr, “No place to hide” (“Sem esconderijo”, inédito em português) mostra que em 2001 a ChoicePoint também capturou, armazenou e pôs à venda os nomes e os endereços de todos os eleitores mexicanos, os passaportes de todos os cidadãos da Costa Rica, o RG e o número do telefone de todos os argentinos e o registro civil de todos os colombianos. A empresa oferece dados pessoais de 300 milhões de pessoas em dez países. Ela assegura que não armazena dados obtidos ilegalmente.

Leia mais »

O que o Google e o Facebook fazem com seus dados?

Para os adeptos das teorias conspiratórias o que segue abaixo é um prato cheio! Assista aos dois vídeos, que, no mínimo, propõem uma reflexão sobre o uso de informações que fornecemos online. No centro das interrogações estão os dados que fornecemos ao Google e ao Facebook. O Editor SÃO PAULO – A sua privacidade está garantida quando você pesquisa no Google e usa um de seus produtos? E no Facebook, o que fazem com suas informações? As perguntas acima são corriqueiras no mundo online. E as teorias offline que as respondem são muitas. Além do suposto fornecimento de dados dessas duas gigantes da internet para outras empresas, há proposições que vão desde a ilusão de anonimato na web até o controle e manipulação de todas as informações que se passam na Terra. Diante de tantas dúvidas e da atualidade do assunto (com debates correntes inclusive no Brasil, com o Marco Regulatório da Internet), separamos dois vídeos que o tratam de maneira original.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O primeiro deles é o “Google Masterplan“, de 2007, dirigido pelos alemães Ozan Halici e Jürgen Mayer. A animação trata de um suposto plano da companhia de Sergey Brin e Larry Page em dominar tudo o que se passa pela internet. O roteiro é inspirado nos livros “What Barry Says”, de Simon Robson, e “The Google Story“, de David A. Wise. Em inglês, com 3 minutos e 14 segundos de duração: Já o segundo vídeo selecionado, “Facebook: CIA Profile Database“, diz respeito ao extenso código de conduta do Facebook – aquelas letrinhas que quase ninguém dá atenção ao adentrar em site ou serviço. Trata-se de uma mídia mais simples e que ganhou bastante repercussão nos últimos meses, sobretudo depois que Mark Zuckerberg alterou os termos do código sem avisar seus usuários, no começo do ano, e voltou atrás. A duração é de quatro minutos, em inglês.  

Leia mais »