Ásia e Europa estão no foco das atenções do mercado financeiro mundial. A desaceleração do crescimento da China, a desvalorização das bolsas asiáticas e a saúde econômica dos bancos europeus inquietam investidores ao redor do mundo. Em 2015, o PIB da China cresceu 6,9%, o pior crescimento desde 1990. A desaceleração preocupa mercados no mundo todo. Professor dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mauro Rochling acredita que a economia mundial passa por um período de turbulência. “O pano de fundo dessa turbulência é a aterrissagem chinesa. Resta saber se a China vaiconseguir fazer um softlanding (desaceleração gradual) ou hardlanding (desaceleração abrupta)”, afirmou o professor. >> “Terremoto bancário”: nova ameaça para a economia mundial As ações dos bancos europeus estão perdendo mais valor do que na crise de 2008 Há alguns anos, a economia desse país crescia 12% ao ano. Atualmente tem crescido à metade. “Essa desaceleração provoca a queda das commodities e diversos países que dependem desse tipo de exportação foram prejudicados”, afirmou Rochling.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O Brasil é um dos que pode ser afetado pelo crescimento mais lento. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 27,2% do total exportado, em 2015, teve como destino o país asiático. Rochling ressaltou, ainda, que haveria um fator positivo para o Brasil. “A queda das commodities ajuda a combater a inflação. Se não fosse por isso, teríamos uma alta extensiva nos preços dos combustíveis. Seria um impacto desastroso na inflação”, afirmou o professor. As bolsas asiáticas também chamam atenção de investidores. Nessa semana, o mercado asiático perdeu os ganhos acumulados em um ano e meio. Na sexta-feira (12), as ações da Ásia caíram pela sexta sessão seguida. Nesse dia, o índice Nikkei, do Japão, recuou 4,8% e fechou a semana com perdas de 11%. Na terça-feira (9), a queda foi de 5,4%, a maior em quase três anos. Terremoto bancário Outro fator que também contribui para intensificar esse ambiente de crise é o sistema bancário. As ações dos bancos europeus estão perdendo mais valor do que na crise de 2008. Desde janeiro, as instituições financeiras do continente já perderam US$ 240 bilhões. Um dos mais afetados é o alemão Deutsche Bank, que teve recuo de 9,5% no valor de suas ações na sessão de segunda-feira (8). O CEO da instituição, John Cryan, precisou se manifestar publicamente para tranquilizar os ânimos dos investidores. A imprensa alemã já chama essa crise de “terremoto bancário”. Deflação Para Maryse Farhi, economista e professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além da crise financeira, alardeada pelos mercados, também há o risco de uma crise provocada pela deflação. “Ainda não estamos lá, mas pode estar se delineando uma crise provocada pela deflação. Existe a possibilidade de os preços caírem, como acontece com o petróleo. Isso sim impactaria a economia real, já que as pessoas vão postergar o consumo, uma vez que os produtos podem estar mais baratos no dia seguinte”, declarou a professora. JB/André Borba
Banco – Designers Leonardo Rossano & Deborah Mansur [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Banco – Design de Carlo Contin [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Na Inglaterra os designers do Studio Weave, utilizando madeira reciclada, projetaram um banco que além de ecologicamente correto e criativo, é grande o suficiente para acomodar uma legião de preguiçosos. O banco, que fica a beira-mar da cidade de Littlehampton na Inglaterra, tem 324 metros de comprimento e acomoda facilmente 300 pessoas. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Clique para ampliar Depois de fazer 17 acordos para a tomada de empréstimos e até de aplicar pelo menos dois calotes, o Brasil agora vai ao FMI (Fundo Monetário Internacional) para investir. Aplicará US$ 10 bilhões, equivalentes a 5% das reservas nacionais, hoje situadas em US$ 200 bilhões. Numa leitura simplista, isso poderia levar à ufanista impressão de que o país venceu suas dificuldades e está investindo seus excedentes no banco onde no passado costumava tomar emprestado. Excelente figura para um governo populista, especialmente na chegada do período eleitoral, quando ocorre o maior volume de distribuição de “bondades”. Espera-se, no entanto, que esta decisão de investir no Fundo não tenha nada em relação às próximas eleições. Que seja apenas uma opção técnica e de política internacional compatível com o atual estágio da economia brasileira. E que esse desembolso não venha a prejudicar o cumprimento das tarefas internas do governo. Num país como o nosso que, apesar das muitas riquezas potenciais, sempre viveu de chapéu na mão, soa falso encontrar o governo emprestando dinheiro público para solucionar o problema da economia internacional. A crença geral é de que não temos nem para solucionar nossas dificuldades. Se tivéssemos, certamente a saúde, a segurança pública, a educação e tantos outros setores não seriam o caos que tanto sofrimento causa ao povo. O presidente Lula e seus auxiliares da área econômica terão de se desdobrar para explicar ao povo a razão de estarem mandando o dinheiro brasileiro para o FMI em vez de aplicá-lo nas necessidades sociais. Terão, inclusive, de esclarecer quais os fatores que os levaram a investir no Fundo, tão xingado por eles próprios, em seus tempos de oposicionistas. Diziam, naquela época, que o FMI, com os juros que cobrava da dívida brasileira, era o grande culpado da miséria nacional. Mas, quando chegaram ao poder, pagaram o resto que o Brasil ainda devia e, hoje, vão colocar lá o nosso dinheiro. Da mesma forma, é inadmissível que os cofres públicos brasileiros continuem realizando empréstimos para os países vizinhos que, na maioria das vezes, comem o nosso dinheiro e ainda colocam-se contra nossos interesses. Recentemente viu-se a Bolívia expropriando a preço vil as instalações da Petrobras naquele país e promovendo uma alta injustificada no preço do gás natural vendido o Brasil. O Paraguai teve o Brasil como tema da campanha eleitoral do atual presidente, que insiste em elevar as tarifas de Itaipu, a hidrelétrica que o Brasil construiu na divisa com aquele país e se comprometeu a comprar a energia que o Paraguai não consegue consumir. O Equador também tentou dar o calote e Chávez está pleiteando dinheiro brasileiro para a Venezuela. Não há questão humanitária ou de desenvolvimento regional que justifique um país necessitado deixar de atender o seu povo para aplicar no exterior. Se continuar aplicando o nosso dinheiro para solucionar os problemas de outros países, o governo corre o risco de transformar-se num verdadeiro algoz do seu próprio povo. E isso não é bom para ninguém, nem mesmo para os governantes… Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo) do Reporter Diário
Novamente mais um caso que acabou em “PIZZA“ Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu inocentar do crime de gestão fraudulenta o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o publicitário Marcos Valério e o ex-presidente do PT, o deputado José Genoino, em empréstimo concedido pelo BMG ao Partido dos Trabalhadores. A maioria dos ministros entendeu que os três não poderiam ser acusados do crime de gestão fraudulenta porque não eram gestores do banco. Esta ação (AP 420) se referia a empréstimos fraudulentos do Banco BMG S.A. no esquema que ficou conhecido como mensalão – suposto desvio de dinheiro para pagamento de parlamentares em troca de apoio ao governo, nos anos de 2003 e 2004. Não se trata, entretanto, da principal ação penal alusiva ao esquema, na qual 40 pessoas figuram como réus. Os três vão continuar, porém, sendo processados por crime de falsidade ideológica. O resurso foi pedido por Delúbio e a exclusão da imputação de gestão fraudulenta será extensiva a outros réus da ação que não eram gestores da instituição bancária Delúbio alegava responder à AP 420 apenas por ter avalizado um empréstimo concedido pelo banco ao PT. Tal fato, segundo a defesa, seria insuficiente para caracterizar conduta de gestão fraudulenta, além da falta de elementos concretos para justificar a imputação de falsidade ideológica. A defesa sustentava que “a denúncia oferecida com base em uma inadequada exposição dos fatos ofende os princípios da ampla defesa e do contraditório”. O parecer do Ministério Público foi pela negação do habeas-corpus. “Está demonstrado que imputação foi feita na denúncia de forma adequada, preenchendo os requisitos do Código de Processo Penal”, afirmou o vice- procurador-geral da República, Roberto Gurgell. O relator, ministro Marco Aurélio Mello, concedeu parcialmente o pedido para afastar apenas a acusação de gestão fraudulenta contra Delúbio. Mello entendeu que a fundamentação desta acusação específica era genérica na denúncia e foi seguido pelos ministros Menezes Direito, Eros Grau, Cezar Peluso, e pela ministra Cármen Lúcia. Votaram contra o habeas-corpus os ministros Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto e a ministra Ellen Gracie. Estes alegaram, por sua vez, que havia evidências de que Delúbio tenha atuado em conjunto com diretores do BMG para simular empréstimos, que resultaram na transferência de grandes quantias de dinheiro do banco para o PT. do Último Segundo
Homossexual assumido, ele disse que foi ‘xingado de veado várias vezes’. De acordo com cálculos de seu advogado, valor atual é de R$ 1,3 milhão. O ex-gerente de uma agência do Bradesco em Salvador (BA) Antonio Ferreira dos Santos ganhou, na Justiça do Trabalho, o direito de receber do banco cerca de R$ 1,3 milhão – valor calculado pelo advogado de Antônio, corrigido até o momento – por danos moral e material. Na semana passada, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) rejeitou um recurso apresentado pelo Bradesco, mantendo a decisão. Antônio, que hoje é corretor de seguros, relatou ao G1 ter passado por situações de constrangimento causadas pelo seu chefe imediato, o superintendente regional do Bradesco, por cerca de cinco anos. O chefe não apertava sua mão e o constrangia na frente de outras pessoas. “Muitas vezes ele dizia que o Bradesco era lugar de homem, não de ‘veado’”, exemplificou. Em outra ocasião, o ex-gerente alegou ter sido ofendido pelo supervisor por ter encontrado o banheiro masculino fechado e ter utilizado o feminino. “Eu sou homossexual, mas me considero comedido neste aspecto, sou discreto. Ele não aceitava isso, me chamava de ‘veado’, ‘bicha’. Ele tentou várias vezes me demitir e não conseguiu. Era um problema pessoal dele. Meus colegas, colaboradores me tratavam bem. E tive a sorte de poder provar isso na Justiça”, explica Antônio. O autor da ação trabalhou por quase 20 anos no banco. Ele foi admitido em abril de 1985 pelo Banco do Estado da Bahia, sucedido em 2001 pelo Bradesco. Desde dezembro de 1996, foi gerente-geral de agências em Salvador (BA) até ser demitido por justa causa em fevereiro de 2004. “O dinheiro não vai pagar o sofrimento que eu passei. O banco tirou meus direitos. Fiquei ajudado pelas pessoas e meus parentes. Nada vai pagar isso. A questão é moral, é a injustiça que eu passei. Quando se é demitido por justa causa, você fica travado no mercado. Fiquei sujo no mercado”, relatou. Bradesco Por meio da assessoria de imprensa, o Bradesco disse ao G1 que vai recorrer novamente da decisão. O banco ainda informou que não vai comentar o assunto, pois o processo está sub judice. De acordo com nota divulgada pelo TST, em sua defesa, o Bradesco rejeitou a alegação de discriminação por orientação sexual, argumentando que o gerente trabalhou 19 anos na empresa e atingiu o posto mais elevado no âmbito das agências, o de gerente-geral. O motivo da justa causa teria sido o descumprimento de normas da sua política de crédito e a liberação de recursos “de forma incorreta, sem a devida análise, provocando irregularidades operacionais deveras relevantes”, com “operações acima da capacidade de pagamento dos tomadores”. Processo Na reclamação trabalhista, Antonio pediu a reintegração ao emprego ou a correspondente indenização e também reparação pelos danos morais e materiais decorrentes do ‘assédio’ ocorrido no curso da relação de emprego. De acordo com a nota do TST, a juíza de primeiro grau considerou que o banco não conseguiu provar os motivos da justa causa e condenou-o ao pagamento de indenização por danos moral e material no valor de R$ 916 mil. Por entender inviável a readmissão do empregado, converteu-a no pagamento em dobro dos salários desde o afastamento até o fim do processo. No julgamento de recurso ordinário, o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) reduziu o valor do dano moral para R$ 200 mil, mas manteve o pagamento em dobro dos salários até o trânsito em julgado da ação (fim dos recursos). do G1