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Artur da Távola – Poesia – 18/10/23

Boa noite Quem namora Artur da Távola¹ Quem namora agrada a Deus. Namorar é uma forma bonita de viver um amor. Namorados que se prezem gostam de beijos, suspiros, morderem o mesmo pastel, dividir a empada, beber no mesmo copo. Namora quem sonha, quem teima, quem vive morrendo de amor e quem morre vivendo de amar. ¹Paulo Alberto Monteiro de Barros * Rio de Janeiro, RJ. – 3 de janeiro de 1936 + Rio de Janeiro, RJ. – 8 de maio de 2008

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Artur da Távola – Versos na tarde – 20/01/2016

Tempo Artur da Távola¹ Hoje eu sou poesia, Pedaço de nuvem Nas mãos do teu dia. Eu sou amargura, Espaço de espanto Num céu de loucura. Hoje eu quero ser jardim, Temporada de espanto No sorriso de teu sim. Agora vai ser a vez Da esperança sem lança, Da amizade sem força, Do afago sem sexo, Do sexo sem falsa noção de esmagar. Chegou o tempo De ser E amar. ¹Paulo Alberto Monteiro de Barros * Rio de Janeiro, RJ. – 03 de Janeiro de 1936 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 09 de Maio de 2008 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Artur da Távola – Prosa na tarde – 13/02/2015

Afinidade Artur da Távola ¹ Não é o mais brilhante mas é o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente, também. Não importam o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades: quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que ele foi interrompido, ontem ou há 40 anos. É não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo sobre o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. É rara. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Ela existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro de sua boca diante de alguém com quem tem afinidade. É ficar de longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar uma palavra. É receber o que vem do outro com uma aceitação anterior ao entendimento. É sentir com. Nem sentir “contra”, nem sentir “para”, nem sentir “pelo”. É sentimento singular, discreto. Não precisa nem do amor. Pode existir quando ele está presente ou quando não está. Independe dele mesmo sendo sua filha. Pode existir a quilômetros de distância. É adivinhado na maneira de falar, de escrever, de andar, até de respirar. É linguagem secreta do cérebro, ainda não estudada. Além de prescindir do tempo e ser a ele superior, ela vence a morte porque cada um de nós traz afinidades ancestrais no inconsciente e que se prolongam nas células dos que nascem de nós e vão para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes mesmo mortos (mortos?) há tantos anos. É ter estragos semelhantes e iguais esperanças permanecentes. É conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas. É retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo da separação. Porque ele (tempo) e ela (separação) nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado. Sensível é a afinidade. E exigente, apenas de uma coisa: que as pessoas evoluam parecido. Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau. É o mais sutil e delicado dos sentimentos. ¹ Paulo Alberto Monteiro de Barros * Rio de Janeiro, RJ. – 03 de Janeiro de 1936 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 09 de Maio de 2008 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Artur da Távola – Versos na tarde – 29/03/2014

Tempo Artur da Távola ¹ Hoje eu sou poesia, Pedaço de nuvem Nas mãos do teu dia. Eu sou amargura, Espaço de espanto Num céu de loucura. Hoje eu quero ser jardim, Temporada de espanto No sorriso de teu sim. Agora vai ser a vez Da esperança sem lança, Da amizade sem força, Do afago sem sexo, Do sexo sem falsa noção de esmagar. Chegou o tempo De ser E amar ¹ Paulo Alberto Moretzsonh Monteiro de Barros * Rio de Janeiro, RJ. – 3 de janeiro de 1936 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 9 de maio de 2008 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Arte, fotografia, música e solidão

“Che bello”! Como dizia o Artur da Távola: “A música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padece de solidão.” Autor, data e local não identificados [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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