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Anibal Beça – Poesia – Literatura

Quinta Estação Anibal Beça Não há recomeço possível. Senão um olhar para trás. A flor que murcha cai não torna para o galho. Por cima dos ombros o outono perde a primavera e as folhas secas são tapetes grados para amaciar pegadas. Um murmúrio bate à nossa porta e o vento inexorável escarifica cicatrizes no exato arrepio. No pressentido encontro – bandido convicto – assalto o canteiro dessa noite insone e agasalho a alba na gruta do sésamo.  

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Anibal Beça – Versos na tarde – 19/04/2014

Simples soneto Anibal Beça ¹ Desejado soneto este que é escrito sem as firulas graves do solene, que leva na palavra o simples rito da fala cotidiana. Não condene no entanto, a falta de um estro especioso, nem de brega rotule esse meu vezo. Apenas sinta o som oco e poroso do fundo mar de anêmonas, o peso rarefeito das algas nos peraus. Essa cantiga filtra nossos medos, as culpas e os tabus, e dá-me o aval para buscar o simples e em querê-lo ornamento de estética espartana na faxina ao supérfluo que se espana. ¹ Anibal Augusto Ferro de Madureira Beça Neto * Manaus, AM. – 13 de setembro de 1946 d.C Anibal Beça é o nome literário de Anibal Augusto Ferro de Madureira Beça Neto. Poeta, tradutor, compositor, teatrólogo e jornalista brasileiro. Trabalhou como repórter, redator e editor, em todos os jornais de Manaus. Foi diretor de produção da TV Cultura do Amazonas, Conselheiro de Cultura, consultor da Secretaria de Cultura do Amazonas. Vice-presidente da UBE-AM União Brasileira de Escritores, presidente da ONG “Gens da Selva”, onde atualmente exerce o cargo de vice-presidente, bem como de presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Amazonas e presidente do onselho Municipal de Cultura é membro da Academia Amazonense de Letras. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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