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A farsa da energia limpa

A construção de grandes barragens envolve violações de direitos humanos e outros impactos Foto: Google Não é de hoje que o governo vem investindo massivamente na construção de hidrelétricas para a geração de energia, promovendo-as como fonte “barata e limpa”. Contudo, essa dependência do país pela matriz de energia elétrica envolve aspectos nebulosos com a construção de megaempreendimentos na Amazônia, onde, além dos interesses de grandes empreiteiras e impactos severos sobre povos indígenas e populações tradicionais, a floresta segue sendo tratada com irresponsabilidade. A construção de grandes barragens envolve graves violações de direitos humanos e outros impactos socioambientais desastrosos. Belo Monte, por exemplo, foi descrito pela procuradora Thais Santi como “um etnocídio indígena num mundo em que tudo é possível”, em pleno estado democrático de direito. A população vulnerada com tantos abusos e desrespeitos não consegue entender como uma obra do porte de Belo Monte, com investimentos de R$ 30 bilhões em dinheiro público, pode ser executada ao arrepio da legislação. Para as comunidades atingidas, a atuação truculenta do consórcio Norte Energia S.A., com o apoio do Estado e a omissão do Judiciário, parece indicar que os favorecimentos ilícitos, tão comuns em nosso país, também estão por trás das grandes hidrelétricas na Amazônia.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O escândalo da Petrobras deixa claro que as investigações não devem parar. A empresa é investigada por injetar dinheiro na conta de construtoras, sendo que muitas delas recebem recurso público do BNDES para os seus projetos. Isso é só a ponta de um grande iceberg. Essas mesmas construtoras elegeram 70% dos candidatos, nos quais investiram com pesadas doações. Só a base aliada do governo Dilma recebeu 62% de suas doações através delas. Entre as empreiteiras, algumas — como Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa — são as mesmas que estão na Amazônia atuando nesses grandes projetos como o de Belo Monte. O momento exige seriedade da população brasileira, pois vivemos em um país com grande potencial (natural e humano), mas que funciona ainda como se fosse um feudo corrompido. Esse é o Brasil, que ainda não concluiu sua transição democrática e onde o governo usa, sem cerimônia, instrumentos da época da ditadura, como a suspensão de segurança, que lhe permitem cancelar decisões de tribunais para impor seu projeto “desenvolvimentista”. Basta desse tipo de política. É preciso que se discuta com transparência a questão energética em nosso país, envolvendo a comunidade científica. É necessário que a população seja ouvida e seus valores, respeitados. Precisamos debater com consistência a importância da conservação da Amazônia e dos seus rios, o valor da floresta em pé, da água e da cultura de um povo, se nós quisermos realmente crescer e ocupar o lugar de líderes mundiais em desenvolvimento ético, democrático e sustentável. Maíra Irigaray, O Globo

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Energia Eólica

O Wind Dam Alguns afirmam que a “barragem” é uma fraude porque revela uma total incompreensão dos princípios físicos da dinâmica de fluidos. Segundo estes o que faz funcionar toda e qualquer barragem é a diferença de potencial: diferença de altitude no caso da água; diferença de pressão no caso do vento. Nas velas dos navios a diferença de pressão entre o lado de onde sopra o vento e o lado oposto é diminuta mas, como a área é muito grande, resulta numa força de impulso. Sendo assim no caso presente a tela apenas aumentará a velocidade do vento, nunca a pressão pelo que o sistema se comportará como um vulgar gerador eólico. De inovador então apenas a forma escultural… Com a palavra os cientistas Tapuias. E o povão que é hábil em sobreviver com os bolsos cheios de vento, e de viver de brisa. Ah!, não esquecer um certo pessoal em Brasília especialistas em inflar orçamentos. A ilustração lembra uma vela de navio enfunada pelo vento. É o Wind Dam, uma enorme tela estendida entre duas margens de um canyon no lago Lagoda, na Rússia. A ideia é do arquiteto Laurie Chetwood, que em tempos de buscas por novas soluções para geração de energia, projeta essa verdadeira barragem eólica que recebe e direciona o vento para uma turbina. O polêmico sistema — incomoda particularmente aos ambientalistas pela possibilidade de prejudicar a migração das aves — é composto por uma tela de 25 metros de altura e 75 de largura suspensa por cabos que canalizam o vento para uma abertura central ligada a uma turbina acoplada, igualmente suspensa. Os estudos efetuados apontam a forma côncava como a mais eficaz na captura do vento. A semelhança com a forma de uma barragem hidrelétrica levou a que o projeto fosse apelidado de wind(vento) dam(barragem), ou barragem de vento.   [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Arte – Escultura natural

Richard Harris – Arte na Floresta – Land Art A floresta de Kings Wood é uma vasta área de grande beleza natural situada no condado de Kent, em Inglaterra. Para além de uma rica flora e fauna autóctone, desde 1994 que aloja também um curioso grupo de habitantes composto por artistas plásticos. A iniciativa partiu da própria administração que resolveu convidar diversos artistas com sensibilidade para as questões do Ambiente para passar longos períodos na floresta. Em contrapartida pediu-se-lhes que concebessem e realizassem algumas obras de arte no local. O envolvimento com a floresta resulta na utilização de materiais locais nos seus trabalhos, que se fundem com a paisagem e são absorvidos no ciclo biológico natural. Com o passar dos dias as obras de arte vão sendo transformadas pela luz, pelo tempo ou pelas condições climatéricas ou sazonais. Ao percorrer a floresta é então possível ver ao lado de novas esculturas outras mais antigas, quais fósseis a ser reclamados pela Natureza. Richard Harris foi o primeiro artista a ser convidado e deu o mote: utilizou exclusivamente materiais locais, tais como pedras, ramos de árvores ou a própria terra para criar formas geometrizadas. As suas obras nunca estão acabadas. É vulgar voltar ao local para fazer ajustes, como podar, ou então apenas verificar a sua evolução natural… [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Design – Automóveis

O Morgan Life Car O simples nome “Morgan” suscita automaticamente em nós um misto de admiração e desejo. Admiração por um automóvel belíssimo; desejo de possuir um. Quem não gostaria de ser o feliz proprietário de um clássico 4/4, aero ou roadster, com as suas aros de roda com raios e pintura metalizada? Mas um Morgan não é para toda a gente. A procura é grande e o número de exemplares reduzido; além disso só muito raramente sai um novo modelo. Uma parte da imagem tradicional da marca ‘se dobrou’ às exigências da atualização tecnológica, como foi o caso dos famosas aros de rodasa raiadas cromados, substituídas por rodas embutidas na carroceria. Mas o novo Morgan continua a ser um automóvel de linhas elegantes. A parte frontal mantém o radiador e os faróis característicos e o perfil é muito clássico ou mesmo retrô, fazendo lembrar o célebre e belíssimo Bugatti Atlantic. Em tudo o resto o LifeCar é um veículo voltado para o futuro, ultra-leve, de propulsão por célula de combustível, econômico e ainda assim capaz de grandes performances. Este é, aliás, um dos objetivos da marca com este lançamento: provar que é possível conciliar tradição, alta tecnologia, ambiente e performances. Será que também conseguem conciliar tudo isto com um bom preço? [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Ecologia – Design – Um barco auto sustentável

Clique na imagem para ampliar Um barco moradia auto sustentável é a proposta da Waterpod. Clique na imagem para ampliar O veículo é auto-suficiente e além de navegar, como qualquer outra embarcação, funciona como habitação, podendo ancorar em qualquer mariana, sem depender de recursos externos. Clique na imagem para ampliar A casa-barco produz a energia que consome, dessaliniza a água do mar tornado-a própria para o consumo, recicla o lixo e demais dejetos produzido pelos moradores. Clique na imagem para ampliar Clique na imagem para ampliar O WaterPod ainda é um projeto, meio futurista, que não saiu da prancheta. Clique na imagem para ampliar [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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