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Dando nome aos bois

Brasil, da série: “Dando nome aos bois.” Quem são os responsáveis pelo desmonte ambiental que reforça crises humanitárias e climáticas como as do Rio Grande do Sul? O senador GeneralMourao é um deles! Não é caso isolado! Não é culpa da Natureza! Chega de desmonte ambiental!

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Os donos da água no Brasil

Todo ano há campanhas publicitárias do governo federal pedindo que os sofridos brasileiros poupe água. Pois leiam! Os donos da água: 50 empresas podem usar mesma quantidade que metade do Brasil. Levantamento inédito mostra quem são os grupos empresariais que têm direito de captar 5,2 trilhões de litros por ano. Em meio ao rápido avanço dos impactos das mudanças climáticas e do desmatamento na oferta de água – como mostra a histórica seca na região amazônica deste ano –, o que encontramos surpreendeu até mesmo pesquisadores do tema: os 50 grupos empresariais que têm direito a usar mais água de fontes federais no Brasil concentram nada menos do que 5,2 trilhões de litros por ano. É água suficiente para abastecer, por um ano, 93,8 milhões de pessoas — isso representa mais de 46% da população brasileira, se considerarmos dados do Censo 2022. A lista inclui gigantes do agronegócio, do setor sucroalcooleiro e do papel e celulose, entre outras companhias, que pouco ou nada pagam para captar os trilhões de litros que são base para seus negócios. As empresas estão espalhadas por 139 municípios de 19 estados brasileiros nas cinco regiões do país, sendo que mais da metade da água autorizada está concentrada em Minas Gerais, Bahia e São Paulo.

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Amazônia e mudanças climáticas

Está com calor? Pois isso não é nem de perto o que nos aguarda com a mudança do clima na Amazônia somada a anos de destruição. A floresta está ficando mais inflamável e pode causar uma catástrofe não só aos 28 milhões de habitantes da região, mas ao resto do país. E do mundo.

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A seca na Amazônia

A Amazônia perdeu 1 milhão de hectares de superfície hídrica. Brasil está entre nove países amazônicos cujas reservas de água minguaram consideravelmente na última década. Derretimento de glaciares andinos também preocupa. Consequências vão de saúde a segurança alimentar. Os nove países com floresta amazônica em seu território perderam 1 milhão de hectares de superfície de água na última década, segundo uma pesquisa científica inédita divulgada nesta quarta-feira (20/09) pela plataforma MapBiomas. Sua conclusão é que Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela estão à beira de uma mudança drástica em sua superfície hídrica. “A média histórica de superfície de água nessa vasta região no período entre 2000 e 2022 é de 25,4 milhões de hectares. Mas na última década, todos os países amazônicos tiveram redução da superfície hídrica”, informou o relatório Água Países Amazônicos. “Ao comparar a média da última década com a média histórica do período, foram perdidos 1 milhão de hectares nos nove países amazônicos.” A MapBiomas chamou atenção para o fato de que a perda se deu apesar do acréscimo de 747 mil hectares de superfície hídrica em 2022, em relação à média histórica. O Brasil, que representa 72% do total da superfície dos países amazônicos, foi o maior responsável por esse ganho, apresentando 910 mil hectares em 2022 acima da média histórica de 17,9 milhões de hectares. Em contrapartida, quem mais perdeu superfície aquática na década foi o Peru. “De forma geral, no entanto, os nove países amazônicos passaram por uma série de transformações nos seus recursos hídricos nas últimas duas décadas, que resultaram numa tendência generalizada de retração da superfície hídrica”, consta da MapBiomas. Para Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela, os anos 2013 a 2021 foram o período com menor superfície aquática na série histórica analisada. “Há três países que apresentaram uma redução da sua superfície hídrica durante todo o intervalo entre 2000 e 2022, que são Equador, Peru e Bolívia. Os outros seis países apresentaram um período de aumento e outro de redução em relação à média histórica, que ocorreu entre 2013 e 2021”, informou Eva Mollinedo, da Fundação Amigos da Natureza (FAN-Bolivia) e integrante da equipe da MapBiomas Água Países Amazônicos. Consequências da mudança climática O relatório indicou que a redução da superfície aquática também fica evidente numa tendência sustentada de derretimento dos glaciares entre 1985 e 2022, quando todos os países andinos sofreram perda de águas glaciares. A maior extensão foi no Peru, mas a Venezuela, o país com menor cobertura glacial, sofreu a maior perda relativa. “Essa diminuição pode ter impacto econômico nas populações dos Andes tropicais, com efeitos na agricultura, no abastecimento de água potável e na integridade dos ecossistemas”, alertou Juliano Schirmbeck da Geokarten, também integrante da Água Países Amazônicos. Ele acrescenta que os glaciares são “uma espécie de termômetro da Terra, já que sua expansão ou redução está intimamente relacionada ao clima global”. E as perdas devem-se ao “aumento da temperatura causado pela aceleração das mudanças climáticas globais”. Carlos Souza Júnior, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e que também integra a equipe, lembrou que isso agrava problemas de saúde e dificuldades de acesso a alimentos, prejudicando sobretudo as populações com menos recursos econômicos. Além disso, “a diminuição da superfície aquática contribui para a proliferação de incêndios florestais e emissões de gases com efeito de estufa, o que afeta tanto a biodiversidade como as comunidades locais.

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Seca na Amazônia

Precisamos falar da seca na Amazônia. O estado já registrou a morte de peixes, botos e outros animais. O número de pessoas afetadas passa de 100 mil e pode chegar a 500 mil até o fim do ano.

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