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Salada indigesta para o Brasil

Luciano Huck, (argh!) que já apoiou o Aécio Neves e o Mentecapto, promoveu um jantar que reuniu o Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, o Campos Neto, presidente do Banco Central, jornalistas e empresários. Estão tentando criar o tal do “Bolsonarismo moderado”, que obviamente não existe. A Globo, a Folha e o Estadão já estão em modo de ataque ao atual presidente da República. Estamos diante da formação de um “frente ampla” envolvendo liberais e fa$cist@s para 2026. No século passado, mais especificamente na Alemanha e na Itália, os liberais também acharam que domariam o na2if@sci5mo. O resultado? Foram engolidos por ele. Aqui no Brasil o PSDB passou pelo mesmo processo quando um grupo político f@$cista surgiu no cenário nacional. Os liberais dessa nova frente ampla serão engolidos também. A única resistência seremos nós. Somos nós por nós contra eles. Que estejamos preparados para o confronto.

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E o Aécio? Nada?

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: E O AÉCIO?  Foto: Pedro Ladeira/Folhapress DELAÇÕES, INQUÉRITOS, denúncias, sentenças. A cada dia não param de surgir nomes de políticos envolvidos em escândalos nos quatro cantos do país. Com a divulgação da delação da JBS há quatro meses, um nome dado como certo para cair de vez nas garras da Justiça era o do senador e candidato derrotado à presidência em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da empresa, ele chegou a ser afastado de suas funções parlamentares, mas retornou em julho. Agora, procura ser discreto, enquanto aguarda que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida por um pedido de prisão pendente, feito pela Procuradoria Geral da República (PGR). Ao todo, Aécio responde a nove inquéritos na Corte, mas segue incólume. No STF, três dos nove procedimentos contra Aécio estão nas mãos do ministro Gilmar Mendes. Em abril deste ano, os dois tiveram uma conversa no telefone gravada pela Polícia Federal em que o senador pedia apoio ao magistrado para um projeto em tramitação no Congresso. Nada demais, porém, para um ministro que não se sente impedido de julgar processos de um empresário de ônibus do qual foi padrinho de casamento da filha. Um dos inquéritos que caíram no colo de Gilmar Mendes é o 4444, que investiga Aécio por suposto recebimento de dinheiro ilegal da Odebrecht para sua derrotada campanha presidencial de 2014. O magistrado é também relator do inquérito  4244, que apura a participação do senador num suposto esquema de propina em Furnas, e do 4246, que averigua suposta atuação do parlamentar para maquiar dados da CPI dos Correios a fim de embaraçar a apuração do caso conhecido como “mensalão do PSDB“. O caso mais emblemático, no entanto, é o que envolve a gravação, feita por Joesley Batista, em que Aécio pede R$ 2 milhões. Com a relatoria do ministro Marco Aurélio Mello, o STF abriu o inquérito 4506. Os crimes investigados são corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Primo e irmã foram presos No dia seguinte à gravação que encurralou Aécio, a PF prendeu Frederico Pacheco de Madeira, o primo que o senador escolheu para pegar as remessas de dinheiro da JBS. Fred é ex-diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e foi um dos coordenadores da campanha do tucano à Presidência em 2014. Na mesma operação, a irmã do senador, a jornalista Andrea Neves, também foi presa. Posteriormente, Fred e Andrea foram soltos para cumprir prisão domiciliar. O grampo da JBS causou uma desidratação na popularidade de Aécio como há muito não se via na política brasileira. Pesquisa do Instituto Vox Populi revelou que o tucano baixou de 9% para mísero 1% de intenções de voto numa eventual candidatura à presidência. De lá pra cá, Aécio chegou a ter o mandato suspenso pelo STF, mas a decisão foi revertida. Logo em seguida, a PGR reforçou novamente o pedido de prisão, ainda sem previsão de entrar na pauta. O novo pedido de prisão contra Aécio, feito no final de julho pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é um recurso à decisão monocrática de Marco Aurélio, que negou a prisão do tucano em junho. O ministro pode rever sua decisão individualmente e determinar a prisão de Aécio. Se ele mantiver a decisão de não prendê-lo, o caso deverá ser julgado pela Primeira Turma, formada também por Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Alexandre de Moraes. Ao reforçar o pedido de prisão, Janot anexou uma foto que havia sido postada nas redes sociais do tucano, no dia 30 de maio, na qual ele aparece em reunião com  os também senadores do PSDB Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG), José Serra (SP) e Cássio Cunha Lima (PB). Para o procurador-geral, a foto provava que o afastamento de Aécio do mandato não tinha sido suficiente para minimizar o risco de novos delitos e prejuízo às investigações. Caso o pedido de prisão seja novamente negado, a procuradoria pode solicitar que o STF aplique medidas alternativas: monitoramento com tornozeleira eletrônica; impedimento de entrar no Congresso ou outra repartição pública; proibição de contato “de qualquer espécie” com investigados na Lava Jato e entrega do passaporte, para não deixar o Brasil. Com a vida tumultuada, Aécio deixou a presidência do PSDB. Em seu lugar, assumiu o senador Tasso Jereissati (CE), que capitaneou, no início da crise política, a tentativa de deixar Temer a ver navios. O senador chegou a afirmar que a posição dos tucanos estava “cada vez mais clara“, no sentido de desembarque do governo, o que acabou não ocorrendo. PSDB dividido [ad name=”Retangulo – Anuncios – Esquerda”]Enquanto Aécio mantinha uma afinidade político-ideológica com Temer, Jereissati demonstra que prefere manter o presidente à distância. “O PSDB continua metade governista, metade oposição, e isso não mudou”, avalia Daniel Coelho (PSDB-PE), um dos líderes da ala chamada de “cabeças-pretas”, segmento jovem tucano que defende o rompimento imediato com o governo. A votação da primeira denúncia criminal contra Temer, realizada no início de agosto, mostra bem a divisão no ninho tucano da Câmara: dos 47 deputados, 22 votaram “sim”, para barrar a denúncia, e 21 votaram “não”, pelo prosseguimento. Outros quatro não compareceram à votação. Para Coelho, essa cisão tem tudo a ver com a indecisão sobre o rompimento com o governo. “A divisão de grupos é praticamente do mesmo tamanho, então é muito difícil alguém se dar por vencido quando se tem numericamente uma bancada bem dividida em dois times, ao menos em relação a esse assunto”, analisa o deputado. Discreto, mas nem tanto No Senado, Aécio vem adotando uma posição mais discreta, longe dos holofotes. Nas redes sociais, o tucano agarra-se às reformas em discussão no parlamento para se manter presente no debate público brasileiro. Dia sim, outro também, as redes sociais do congressista destacam a aprovação de alguns itens da reforma política, como a cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais, medidas que enfrentam enorme divergência e correm o risco de não serem aprovadas a tempo de começar a valer nas próximas eleições O senador teve papel decisivo na decisão

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Aécio e Loures solto? Adeus Lava Jato?

Aécio no Congresso e Loures solto: por que voltou o medo de um ‘acordão’ contra a Lava Jato Aécio Neves, em agosto de 2016. ANDRESSA ANHOLETE AFP Especialistas afirmam que decisões recentes do Supremo não significam “relaxamento” da Operação Na última sexta-feira o Supremo Tribunal Federal decidiu libertar Rocha Loures, ex-assessor do presidente Michel Temer flagrado com uma mala de propina, e devolver o mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG). As ações da Corte acenderam a luz amarela para aqueles que temem estar em curso uma manobra para prejudicar a Lava Jato. O mesmo sentimento surgiu, no início de maio, quando houve a libertação do petista José Dirceu, do pecuarista José Carlos Bumlai e do ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu. Desde que Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado discutiram a necessidade de um “acordo” para “estancar a sangria”promovida pela operação, o temor de que um complô “com o Supremo, com tudo” possa melar as investigações cresce a cada decisão do Judiciário. Será o fim da Lava Jato, ou um novo capítulo da euforia e depressão da nação de 200 milhões de juristas em que o país se transformou? O ministro aposentado do STF Ayres Britto diz não embarcar “nessa canoa da conspiração ideológica” contra a Lava Jato. Para ele, tanto o ministro Marco Aurélio Mello quanto Edson Fachin, responsáveis por devolver o mandato de Aécio e libertar Loures, respectivamente, “fundamentaram seus pontos de vista nos despachos”. “Não quer dizer que eu decidiria do mesmo modo, mas o dever fundamentativo que decorre destas decisões é deles: cada ministro deu a cara a bater e expôs suas razões”, afirma Britto. Segundo ele, “se os ministros estão certos ou equivocados é uma coisa, mas dizer que há um complô é outra história”. O procurador Rodrigo Janot, responsável pelos pedidos de prisão de Loures e detenção de Aécio (negada duas vezes por Fachin, que optou por afastá-lo do Senado temporariamente) diz que decisões do Supremo não se contestam, mas se acatam, ainda que se discorde.“A leitura que faço é que ambos os ministros entenderam as cautelares cedidas já haviam garantido seus direitos. Faz parte do processo. O deferimento, e a revogação”, afirmou o procurador neste sábado. Rafael Mafei, professor de Direito da Universidade de São Paulo, também não acredita que as decisões recentes do STF sejam sinal de um acordo para paralisar as investigações. “Acho absolutamente infundado falar em acordo nesses termos”, afirma. “Agora, que as decisões têm efeitos sobre as expectativas que existe sobre a Lava Jato, evidentemente tem. Mas juridicamente elas estão bem amparadas”, completa. Ele avalia que parte desse sentimento se explica porque muitas vezes o Supremo se porta de maneira “oscilante”, o que causa “apreensão e dificuldade” de conhecer com clareza quais são os critérios da Corte. “A situação do Delcídio do Amaral [ex-senador do PT e delator] era semelhante à do Aécio: só que o primeiro ficou preso em regime fechado, e o pedido de prisão do segundo foi negado”, diz. A prisão de Delcídio foi autorizada pelo ministro Teori Zavascki em maio de 2016. Para Mafei, essa desconfiança resulta do grande número de decisões individuais tomadas pelos ministros, o que também dificulta que haja um “padrão” claro no comportamento do STF. Tanto a decisão de devolver o mandato de Aécio quanto a de soltar Loures foram monocráticas, ou seja, não foram discutidas no plenário da Corte. “Com esse modelo, naturalmente vemos decisões conflitantes em maior número, uma vez que são dez visões diferentes [são 11 ministros no Supremo, mas a presidência da Corte não toma decisões individuais]”, diz. Nesta toada, a prisão nesta segunda do ex-ministro Geddel Vieira Lima parecia um alento para o ‘júri popular’. O procurador da força-tarefa Carlos Fernando dos Santos Lima, no entanto, segue a linha de que a vigilância é necessária para preservar as investigações. Ele enxerga uma campanha contra a operação, que se dá tanto dentro do Congresso, por deputados e senadores investigados, preocupados com a própria sobrevivência, quanto na redução de verbas para a Polícia Federal. Ele usou a rede social Facebook para escrever no domingo que “a palavra de ordem entre eles [os políticos] agora é: todos contra o Ministério Público e Judiciário”.”Os políticos nos colocam uns contra os outros, mas, por trás do pano, dividem o Brasil entre eles como se fosse um butim”, afirmou. O advogado Arthur Sodré Prado, que defende alguns dos investigados pela Operação, avalia que não é correto falar em “relaxamento” ou mesmo “acordão” para minar a Lava Jato tendo como base as decisões recentes do STF. “As pessoas precisam entender que o clamor por punição, e punição rápida, não é o Direito: o Direito segue regras, que por vezes podem ser vistas como boas ou ruins para os acusados, mas são regras”, afirma. De acordo com Prado, no caso específico da devolução do mandato de Aécio e a soltura de Loures o Supremo mostra que “está voltando a um posicionamento histórico da Corte”. “O que é a exceção, o que foi excepcional na jurisprudência do Tribunal, foram alguns julgamentos feitos no âmbito da Lava Jato que trouxeram inovações sobre regras de processo e direito penal”, diz. Desde o início da operação, mais de três anos atrás, a força-tarefa tem sido criticada pelo uso massivo de prisões preventivas – por tempo indeterminado, aplicável a pessoas que ainda estão cometendo delitos ou que representam ameaça à ordem pública. “Acho que o supremo se valoriza quando ele delimita quais os papeis que o poder Judiciário tem que cumprir e qual o papel do Legislativo” Para a Procuradoria-Geral da República, Aécio usou o mandato “não apenas para se proteger das investigações da Operação Lava Jato, mas também para barrar o avanço”. Ele estava afastado desde 18 de maio após ser mencionado na delação premiada de Joesley Batista, da JBS. No despacho autorizando o retorno de Aécio ao Senado, o ministro Marco Aurélio Mello cita o “respeito à Constituição” e à separação dos poderes. De acordo com o magistrado, não caberia à Corte “muito menos, por ordem monocrática [individual], afastar um parlamentar do exercício do mandato”. Em sua visão, o afastamento cria “perigosíssima” jurisprudência que desequilibraria os poderes.

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Por que tenho orgulho do Aécio?

Nem a avó, nem o avô, nem a mãe, nem o advogado de defesa, falariam tão bem do Aécio Neves quanto o Ministro Marco Aurélio.Estou pensando por qual motivo essa maravilha de exemplar humano, ainda não foi beatificado. É-me impressionante testemunhar a história sendo escrita de modo tão repugnante, mas a história recente não me autoriza a esperar algo melhor. O Ministro Marco Aurélio não deixou a menor dúvida de que pertence ao fã-clube do senador mineiro. No que depender dele, ninguém vai “comer” o Aécio! Como se não bastasse, a excelência esquece que quem pediu a recontagem de votos por alegação de fraude foi o PSDB.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Aécio Neves: de Tancredo Neves à Lava Jato, e descendo pelor ralo

Um dia antes de o Senado aprovar o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) subiu na tribuna do plenário para atacar sua principal adversária na campanha presidencial de 2014. “Se apoderaram do Estado Nacional com a sensação da impunidade, de estarem acima da lei. Pois bem, o tempo passou e a resposta está aí”, disse no dia 30 de agosto, num discurso que durou 11 minutos. Após delação da JBS, Aécio foi afastado do cargo de senador por determinação do STF – Direito de imagem AGÊNCIA BRASIL De herdeiro de Tancredo e quase presidente a denunciado na Lava Jato: a história de Aécio.Menos de um ano depois, as palavras proferidas pelo tucano parecem ter se voltado contra ele próprio.Aécio Neves se vê hoje afastado do cargo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), teve prisão pedida pela Procuradoria-Geral da República e, nesta sexta-feira, foi denunciado por Rodrigo Janot sob a suspeita de corrupção passiva e obstrução de justiça. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Naquele que é o ponto baixo de sua vida pública até agora, é suspeito de tentar frear a operação Lava Jato, que veio à público em março de 2014 e, desde então, já transformou mais de uma centena de políticos em alvos de investigação. Em depoimento de sua delação premiada homologada pelo STF, Joesley Batista, dono da JBS, disse que pagou R$ 2 milhões em propina ao senador tucano no começo deste ano. O dinheiro teria sido entregue a um primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, preso no último dia 18. A operação também deteve Andrea Neves, irmã do senador – ela também é suspeita de ter participado da negociação do que a PGR afirma ser propina. A entrega do dinheiro foi registrada em vídeo pela Polícia Federal, que rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que parte do montante foi depositado na conta de uma empresa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Aécio nega as acusações e afirma jamais ter recebido propina. Diz que pediu um empréstimo, ser vítima de calúnia e lamenta ter visto a irmã detida “sem que nada justificasse tamanha arbitrariedade”. O nome do senador já havia sido citado em delações de empreiteiras, entre elas a Odebrecht, o que lhe fez virar alvo de inquéritos. Mas foram as acusações da JBS que o deixam agora sob o risco de virar réu – o que ocorrerá caso o ministro Marco Aurélio Mello, relator de seu caso no STF, aceite a denúncia apresentada por Janot. Essa decisão não tem data para ocorrer. Irmã do senador, Andrea Neves é suspeita de ter participado de negociação de propina – Direito de imagem EPA Herança e futebol Desde que a denúncia da JBS veio à público, Aécio tem sido chamado nos bastidores de “cadáver político”. Aliados mais próximos, entre eles tucanos mineiros, classificam sob a condição de anonimato como “graves demais” as suspeitas que pesam contra o amigo e companheiro de partido. Ainda assim, em Brasília poucos verbalizam a necessidade de uma punição para o senador. Apenas a Rede e PSOL defendem abertamente a cassação do mandato dele. Ninguém arrisca dizer, contudo, se esse é o fim de uma carreira herdada do pai Aécio Cunha, que foi deputado federal e estadual, e dos dois avôs, Tancredo Neves, ex-governador de Minas e eleito presidente do Brasil (morreu antes da posse), e Tristão da Cunha, que passou pelo Congresso e participou do governo de Juscelino Kubitschek nos anos 1950. Com tantos homens públicos na família, ele e as duas irmãs respiram política desde cedo. Tinham o costume de brincar com santinhos dos parentes confeccionados para eleições quando criança. Aécio da Cunha Neves nasceu em 10 de março de 1960, em Belo Horizonte. Viveu na capital mineira até os 12 anos, quando a família se mudou para o Rio de Janeiro. O jornalista Maurício Cannone foi colega de sala do tucano na oitava série, em meados dos anos 1970, num colégio que não existe mais no Leblon, bairro nobre da zona sul da cidades. “Não era dos mais brilhantes, mas não era mau aluno. Se dava bem com todo mundo”, recorda Cannone, que costumava trombar com Aécio no Maracanã. Aécio viveu em Minas até os 12 anos, quando família se mudou para o Rio – Direito de imagem REPRODUÇÃO FLICKR Cannone conta que o senador, torcedor declarado do Cruzeiro e do Botafogo, sempre foi fã de futebol. “O pai dele era diretor do Cruzeiro em Belo Horizonte, e me lembro dele contando que foi ao enterro do Roberto Batata, o ponta direita”, diz o jornalista. Aécio não era bom de bola, mas, quando jogava futebol, usava uma camisa do zagueiro cruzeirense Darci Menezes. Naquela época, Política não era assunto recorrente. “Era 1975, ditadura militar. Política não era estimulada. Eu nem sabia que ele era neto de Tancredo Neves”, lembra Cannone. Aécio, o hoje jornalista e muitos outros alunos do Magdalena Campos foram continuar os estudos em outros colégios. Os dois nunca mais estiveram na mesma sala, e acabaram perdendo o contato. “Uma vez encontrei ele na rua, olhei e ele não me reconheceu. Deixei pra lá”, conta. De ajudante do avô a deputado federal Aécio foi estudar economia na PUC-Rio, mas nunca foi militante estudantil. Além de futebol, gostava mesmo era de surfar, de corridas de motocross e de viajar. Morava num apartamento na badalada avenida Vieira Souto, na zona sul, e a praia de Ipanema era como a extensão de sua casa. Desde então, ganhou a fama de “bon vivant”, namorador e amante da noite carioca. O jornalista mineiro Lucas Figueiredo conta em seu blog que, enquanto Aécio ainda pegava ondas e não demonstrava muito interesse pela política, a irmã dele, pouco mais de um ano mais velha, vivia o oposto. Andrea militava pela esquerda e havia, por exemplo, ajudado a fundar o PT no Rio. Mas foi Aécio, e não Andrea, quem Tancredo Neves escolheu para acompanhá-lo a partir de 1981. Ele foi chamado a conhecer sua terra natal como secretário particular do avô em Belo Horizonte. Transferiu-se para

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Aécio Neves – Eleições 2018 e a ruína do império de um político

Como o império político de Aécio ruiu em Minas Gerais Aécio: de presidenciável aclamado a rejeitado no próprio estado. REUTERS Traições, alianças rompidas, censura e crise econômica minaram hegemonia local do ex-governador.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Há quatro anos, o maior líder político mineiro das últimas duas décadas dava sua primeira cartada para lançar-se à tão sonhada Presidência da República. Aécio Neves acabava de ser eleito presidente nacional do PSDB, com quase 100% dos votos. O ato simbólico de largada para assumir a cadeira que o avô Tancredo Neves esteve prestes a ocupar no período da redemocratização encobria, no entanto, a incipiente perda de força do tucano em seu reduto eleitoral. A gravação de Joesley Batista, que flagra Aécio pedindo propina de 2 milhões de reais, é apenas o golpe de misericórdia sobre o corroído capital político que restava ao ex-presidenciável depois de ter sido engolido pelas delações da Odebrecht na Operação Lava Jato. Desde que iniciou o primeiro mandato como governador, em 2003, o neto de Tancredo adotou um perfil distinto do avô, que notabilizou-se pela liderança personalista. Embora tentasse se vender como estadista, Aécio tinha como virtude a repartição do poder em diversas frentes, sobretudo no interior de Minas Gerais. “Aécio é um facilitador, nunca foi protagonista”, afirma o cientista político Rudá Ricci. Com maioria na Assembleia Legislativa e o controle do orçamento, o governador conseguia direcionar recursos para núcleos sob sua influência no estado, que reuniam não só a base aliada, mas também políticos identificados com o governo federal. A afinidade com a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não demonstrava puramente o estilo pacificador, mas também uma estratégia para ampliar seu campo de atuação. “O aecismo, que se formou em torno de um quebra-cabeça, tinha a capacidade de aglutinar forças antagônicas. Dava poder a partidos de oposição e conciliava famílias rivais pelo interior. Depois de sua experiência como deputado federal, Aécio levou a pequena política do baixo clero do Congresso para o estado. Essa estrutura lhe garantiu por muitos anos um status de intocável”, analisa Ricci. A favor do tucano também pesava a juventude e a projeção nacional que ganhara como presidente da Câmara dos Deputados. “Depois de Tancredo, Aécio foi o primeiro representante do executivo mineiro com envergadura de presidenciável”, diz Bruno Reis, professor de ciências políticas da Universidade Federal de Minas Gerais. “Ele simbolizava as pretensões da elite e dos setores econômicos.” Para consolidar sua força, a verve aglutinadora de Aécio alcançou proezas que o conduziram ao pedestal de um semideus. Primeiro, uniu PSDB e PT para emplacar o desconhecido Márcio Lacerda, do PSB, na prefeitura de Belo Horizonte. Em seguida, garantiu a eleição de Antonio Anastasia, sem nenhum lastro na política, como seu sucessor no governo enquanto se lançava ao Senado. A esta altura, ele já havia protagonizado os fenômenos “Lulécio” e “Dilmécio”, em que vários prefeitos do interior apoiavam o PSDB no estado e, ao mesmo tempo, o PT, no plano nacional. As seguidas mostras de domínio nas entranhas mineiras o deixaram confiante para resgatar o ex-ministro Pimenta da Veiga do ostracismo e escolhê-lo para a sucessão de Anastasia em 2014. Segundo antigos aliados, esse teria sido o erro capital de sua trajetória política. A escolha foi vista como uma traição ao deputado federal Marcus Pestana, regente de um importante núcleo eleitoral na Zona da Mata mineira e candidato natural ao governo. “O Aécio não traiu somente o Marcus Pestana, mas toda a rede que ele liderava no interior, que foi rapidamente desarticulada. Na campanha, havia prefeitos ligados ao Pestana posando para fotos com o Fernando Pimentel [candidato do PT que acabou superando Pimenta da Veiga no primeiro turno]. Foi um erro grosseiro de cálculo político”, afirma Ricci. Para Bruno Reis, “as conquistas que obteve em Minas subiram um pouco à cabeça de Aécio, que cedeu à tentação de tirar um nome do bolso do colete para se manter influente no governo”. Não bastassem o esfacelamento da base no interior, o fracasso com Pimenta da Veiga e as humilhantes derrotas nos dois turnos em Minas Gerais para Dilma Rousseff na disputa presidencial, o senador teve de lidar com o acirramento da crise econômica que, ainda no governo de Anastasia, havia iniciado o processo de deterioração do aecismo. Em pouco mais de uma década à frente do executivo, a administração que propalava o famoso “choque de gestão” fez de Minas o segundo estado mais endividado do país e perdeu o fôlego para investimentos em áreas-chave como saúde, segurança e educação. “O modelo do Aécio se restringia às relações econômicas e negligenciava as políticas. A partir do momento em que se fecha a torneira e o dinheiro acaba, essa estrutura não se sustenta mais”, avalia Ricci. Do Congresso, em meio à guerra declarada com o PT e a concentração de esforços para derrubar Dilma, Aécio tampouco conseguia atender às demandas estaduais com emendas parlamentares, o que desagradava ainda mais os apoiadores que seguiam ao seu lado após a derrota. “Aécio sempre foi um insider da política, de postura centrista”, diz Reis. “Ao partir para o ataque contra o PT, ele saiu de seu hábitat e fez do impeachment a última cartada pela presidência. Mas, como tinha retaguarda vulnerável, acabou se expondo demais.” Nesse ponto, a corrida presidencial deixou feridas jamais escancaradas em seu berço eleitoral. Contando com a mão de ferro da irmã Andréa Neves, que desempenhou o papel informal de articuladora política durante o governo, Aécio domava a grande imprensa mineira de acordo com seus interesses. Tinha relacionamento próximo com proprietários de meios de comunicação, como Flávio Jacques Carneiro, antigo dono do jornal Hoje em Dia, que, segundo delação de Joesley Batista, teria se reunido com o empresário para tratar de propinas destinadas à campanha do tucano. O bom trânsito na imprensa do estado, historicamente alinhada a governos de diferentes orientações partidárias, somado à dependência das verbas de publicidade estatal, construiu uma blindagem praticamente impenetrável em torno de Aécio. Vários jornalistas mineiros despedidos durante a proeminência do aecismo atribuem

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O Mercador de Veneza das Gerais

E o Mercador de Veneza contemporâneo, o neo Antônio, financiado pelo neo Shylock, financiado pelo Antônio das Gerais hein? [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Aécio Neves e Alexandre Moraes: lama

A campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) pagou mais de R$ 360 mil ao escritório de advocacia de Alexandre de Moraes (recém-desfiliado do PSDB) durante a disputa pela Presidência da República de 2014.  Membro titular da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado), o tucano participará na terça-feira (21) da sessão de sabatina de Moraes, indicado para ser ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] A Coligação Muda Brasil fez a transferência do valor de R$ 364.652, 98 para a empresa Alexandre de Moraes Sociedade de Advogados por serviços jurídicos, como mostram dados da prestação de contas disponíveis no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Moraes afirmou, por assessoria de imprensa, que “prestou serviços de consultoria jurídica nas áreas de Direito Constitucional e Administrativo, inclusive com a elaboração de argumentos, pareceres  e memoriais”. À época, o advogado não era partidário do PSDB. Moraes se filiou à sigla em dezembro de 2015, quando era secretário de segurança pública de São Paulo na gestão de Geraldo Alckmin, e pediu recentemente sua desfiliação, ao ser indicado pelo presidente Michel Temer (PMDB) para uma cadeira no STF. Antigo cliente de Moraes, Aécio é um dos senadores que terão a oportunidade de formular questões ao futuro ministro da Suprema Corte, e não há nenhuma objeção legal que o impeça de participar, mesmo tendo relações anteriores com o sabatinado. Como preza a Constituição, o indicado ao STF deve passar por uma sabatina da CCJ composta por 27 parlamentares, entre titulares e suplentes, em que deve ser questionado sobre questões polêmicas, seu passado, opiniões e como pretende desempenhar a função. (via Folha)

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