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Rachel de Queiroz

A escritora Rachel de Queiroz nasceu no dia de hoje, em 1910, em Fortaleza, Ceará. Ela é considerada uma das vozes mais importantes da literatura brasileira do século XX e uma das maiores autoras da segunda geração modernista no Brasil. Autora de destaque na ficção social nordestina, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 1977.​ Rachel de Queiroz também se destacou como cronista e jornalista, contribuindo com seus textos para diversos jornais e revistas. Ao longo de sua vida, ela foi reconhecida com inúmeros prêmios e honrarias, incluindo o Prêmio Jabuti, um dos mais prestigiosos do Brasil. Em 1993, ela também foi a primeira mulher a ser agraciada com o Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa. Ela morreu em 4 de novembro de 2003, aos 92 anos, no Rio de Janeiro.

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Academia Brasileira de Letras e FHC

A ABL não tem de há muito, a menor importância. Certo esteve Capistrano de Abreu – Maranguape, CE. 23 de outubro de 1853/13 de agosto de 1927 – que recusou tomar posse na ABL. Sabia das coisas o conterrâneo de Chico Anísio. A tal academia abrigou/abriga além de Sarney, o General Lyra Tavares, Paulo Coelho e Merval Pereira, entre outros “literatos” que devem ter feito Machado de Assis se revirar na tumba. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Merval, o Imortal

Bem, eis a Pataquada da Semana. Merval Pereira, jornalista, virou imortal. Vou em busca de explicações. Ele deve ter escrito algum livro importante que não notei. Ou alguns, penso numa perspectiva mais otimista. Ele é autor de “O lulismo no poder”, uma coletânea de seus artigos no Globo. Quer dizer, não bastasse o leitor ser castigado por Merval uma vez na forma de jornal, ele apanha de novo na forma de livro. Merval é, basicamente, contra tudo que Lula fez, do Bolsa Família às cotas universitárias. Se Lula inventar a cura do câncer, Merval vai atacar. Seu poder de persuasão pode ser facilmente medido nas urnas. Se eu fosse candidato, torceria para que Merval fosse contra mim. Ao lado de Ali Kamel, ele é um dos mais fiéis reprodutores do ideário da família Marinho. (Esperemos para ver se Kamel não vira futuramente um imortal.) Numa carta célebre a um editor, o barão da imprensa Joseph Pulitzer disse o seguinte: “Espero que você pense, pense, pense!!! (…) Que compreenda que todo editor depende do proprietário, é controlado pelo proprietário, deve veicular os desejos e as idéias do proprietário. (…) Sua função é pensar, o mais próximo possível, no que você pensa que eu penso.” Merval – e nem Kamel – teriam que ouvir isso. Lembro que, nas reuniões do Conselho Editorial da Globo das quais participei entre 2006 e 2008, os dois pareciam disputar entre si quem era campeão em pensar como a família Marinho pensa. Na cerimônia de posse de Merval, Machado de Assis, fundador da ABL, foi lembrado e de certa forma comparado ao novo imortal. Porque trabalhou como jornalista num certo período. Esperemos então que Merval produza suas Memórias Póstumas. Por: Paulo Nogueira

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Sarney e o auxílio moradia: o Maranhão na lama

Brasil: da série “só dói quando eu rio”! O Maranhão, berço de Gonçalves Dias – biografia de Gonçalves Dias -, de Ferreira Gullar, Josué Montello e tantos outros grandes nomes da história e da literatura brasileira, não mereceria, nesse momento em que a população sofre com as implacáveis inundações – passam de 300 mil o número de desabrigados -, ainda ser aferroado pelo marimbondo de fogo do atraso. Os descendentes da brava e altiva nação Timbira assistem abismados as estripulias nepotistas do cacique Sarney. Um povo que tendo Alexandre de Moura, à frente de uma expedição de 600 soldados, em 1º de novembro de 1614 tomou o forte de São Luís e expulsou os franceses que ocupavam o Maranhão. Que foi capaz de dar um ultimato ao comandante francês La Ravardiére para evacuar a ilha, não deve se sujeitar a novas,velhas, oligarquias. Sua (dele) ex-celência, Zé Sarney, pegue com a mão na botija do imoral, e indevido, auxílio moradia, tem a desfaçatez de considerar os Tupiniquins, Tapuias, Aimorés, Xingus, Atroaris, Bororos, Caipós e demais habitantes da terra brasilis, todos um bando de idiotas. O cidadão em questão, vestuto membro da Academia Brasileira de Letras, ex-presidente da República e atual Presidente do Senado,vem recebendo, mensalmente, mais de R$ 3.000,00 de auxílio-moradia, verba essa destinada para aqueles parlamentares que não possuem residência em Brasília. O senador em questão, além de possuir residência própria na capital federal, ainda goza do direito de residir na residência oficial reservada para quem esteja na presidência do senado. José Sarney pediu desculpas e alegou que não pediu auxílio-moradia e que “alguém” o teria feito em seu lugar. Essa, nem Zé Bêdêu – o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira, em Fortaleza – engole. É muito marimbondo pra quem já foi vítima das ferroadas do estelionato eleitoral do plano cruzado. Não esqueceremos. Ao contrário do Sarney, o povo do Maranhão vem pagando um “aluguel” oneroso para essa elite que transformou o estado em capitania hereditária. Abaixo transcrição de artigo da jornalista Lucia Hippolito Sarney, o escorregadio Francamente, Excelência! Apanhado com a boca na botija recebendo mais de R$ 3.000,00 de auxílio-moradia, sendo proprietário de uma confortável residência em Brasília e dispondo ainda da residência oficial da Presidência do Senado, José Sarney pediu desculpas e alegou que não pediu auxílio-moradia e que “alguém” vem depositando em sua conta o auxílio-moradia desde meados de 2008. (Na última terça-feira Sarney afirmara categoricamente que não recebia auxílio-moradia. Pelo visto, a memória voltou subitamente.) O que dizer de um cidadão brasileiro que, checando sua conta bancária, encontra depósitos mensais de mais de R$ 3.000,00 e não tem a curiosidade de conhecer a identidade desse benfeitor anônimo que todo mês pinga um “capilé” em sua conta? Sarney é um fofo! E dizer que uma pessoa assim foi presidente da República por cinco longos anos! José Sarney não é um iniciante na política. Bem ao contrário. Deputado federal em 1958 (há 51 anos!), governador em 1965 (com uma ajudinha do recém-criado SNI), senador, presidente da República, três vezes presidente do Senado. Sarney já foi tudo neste país. Criou uma dinastia. Tem a filha e o filho na política. Será que Sarney não sabe o que é certo e o que é errado? O que pode ser legalmente aceitável mas é eticamente inaceitável? Ou sabe e não se importa? Um senador da República, presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, que tem residência em Brasília e tem ainda ao seu dispor a residência oficial do Senado, não lê seu contracheque ou não sabe que auxílio-moradia não se aplica?! Desde a terceira eleição de Sarney para presidente do Senado, em 2009, os cidadãos brasileiros já tomaram conhecimento de que ele requisitou seguranças do Senado para fazer a segurança de sua residência em São Luís (MA), embora ele seja senador pelo Amapá. Os cidadãos brasileiros também tomaram conhecimento de que, das 181 diretorias descobertas no Senado, pelo menos 50 foram criadas por José Sarney. Os cidadãos brasileiros tomaram conhecimento, ainda, de que uma assessora para as campanhas de Sarney e da famiglia Sarney era também, nas horas vagas, diretora do Senado. Flagrado, Sarney afastou a diretora… E a nomeou como assessora especial. O que será que o senador Sarney pensa de nós, eleitores? Que somos um bando de bobos. Que aceitamos qualquer coisa. Francamente, Excelência. Isto é inadmissível. O melhor a fazer é renunciar à presidência do Senado. Além de devolver o dinheiro público, naturalmente. blog da Lúcia Hippolito

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Homens, Mulheres, Crianças e Novas Mídias

Novas tecnologias, novas mídias. Novas humanidades. Como sempre, aliás. por Daniel Pizza Choveu. Muito. E ainda chove, pouco. Nada que consiga piorar o caos do trânsito do Rio, que saiu do caos-alegre dos cariocas para o caos-caótico que só vejo em São Paulo em seus piores dias. Túneis fechados são o mínimo. Pior é que todos os carros estavam indo para onde eu queria ir, e havia ido sempre, sem tanta companhia. Perdi o vôo das 21h, que deveria me fazer dormir em casa e estou, às 2h do dia seguinte, esperando — num Galeão vazio de serviços, onde nem água se vende a esta hora — esperando meu novo vôo das 3:25h, que já me disseram que só sairá às 6h, se sair. Mas a última consideração é minha, ninguém me disse. Nem dirá. Desinformação é a norma. Estranhamente, estou em paz. Combinação do que Padma Samten me fez aprender em alguns poucos encontros, quando tratávamos de coisas sobre as quais não temos nenhum controle (choveu, o avião não pôde voar de X para Y antes e só vai chegar aqui às 5:20h… fazer o quê?), com o sentimento de aprendizado e gratidão por ter participado de um debate na Academia Brasileira de Letras, sobre “O Homem e as Novas Mídias”. O acadêmico Arnaldo Niskier fez a exposição inicial e os comentários foram de Marcos Troyjo, Mônica Dias Pinto e Regina Casé, além de mim mesmo.

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Ortografia – Novas regras ortográficas da língua portuguesa

Será que essa mudança veio para descomplicar ou apenas para complicar mais ainda?… deixemos o tempo dizer. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]As novas regras ortográficas começam a valer nesta quinta-feira(1º). De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012, haverá um período de transição, no qual valem as duas formas de escrever: a antiga e a nova. Nem todas as normas estão definidas. Ainda há exceções – por exemplo, no uso do hífen – que deverão ser discutidas entre as Academias de Letras dos países que falam a língua portuguesa. Espera-se que a Academia Brasileira de Letras organize um vocabulário até fevereiro de 2009. Vale lembrar que o que muda é a grafia. Ou seja, nada de pronunciar “lin-gui-ça”. A fala continua a mesma, mesmo sem os dois pontinhos em cima do “u”. Veja as principais mudanças na ortografia Trema – desaparece em todas as palavras Antes Depois Freqüente, lingüiça, agüentar Frequente, linguiça, aguentar * Fica o acento em nomes como Müller Acentuação 1 – some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte) Antes Depois Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia * Herói, papéis, troféu mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte) Acentuação 2 – some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas Antes Depois Baiúca, bocaiúva, feiúra Baiuca, bocaiuva, feiura * Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí Acentuação 3 – some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos) Antes Depois Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôos Creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoos Acentuação 4 – some o acento diferencial Antes Depois Pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa Para, pela, pelo, polo, pera, coa * Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento circunflexo Acentuação 5 – some o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar Antes Depois Averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você Averigue, apazigue, ele argui, enxague você Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas Hífen – veja como ficam as principais regras do hífen com prefixos: Prefixos Usa hífen Não usa hífen Agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi, mini, semi, sobre, supra, tele, ultra… Quando a palavra seguinte começa com h ou com vogal igual à última do prefixo: auto-hipnose, auto-observação, anti-herói, anti-imperalista, micro-ondas, mini-hotel Em todos os demais casos: autorretrato, autossustentável, autoanálise, autocontrole, antirracista, antissocial, antivírus, minidicionário, minissaia, minirreforma, ultrassom Hiper, inter, super Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional Em todos os demais casos: hiperinflação, supersônico Sub Quando a palavra seguinte começa com b, h ou r: sub-base, sub-reino, sub-humano Em todos os demais casos: subsecretário, subeditor Vice Sempre: vice-rei, vice-presidente Pan, circum Quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan-americano, circum-hospitalar Em todos os demais casos: pansexual, circuncisão Fonte: professor Sérgio Nogueira do G1

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