Reforma política: quem acredita que será feita?

Zé Bêdêu – o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira, em Fortaleza – acredita tanto na ‘tchurma’ de senadores encarregados de elaborar a tal ficcional reforma política, que promete um LP do Fábio Jr. cantando Pai, para cada ex-celência que conseguir realizar tal inimaginável feito.

Por outro lado o ‘filósofo’ Jerumenho Inconspíscuo, um cínico militante de carteirinha, afirma que a verdadeira reforma seria diminuir pela metade, no mínimo, o número da inúteis ex-celências.

O socratiano personagem, já apelidou a tal reforma de “Sarnismo”.

Ou seja: é sarna no ‘no couro’ dos Tupiniquins.

O Editor


José Sarney instalou nesta terça (22) a comissão que vai redigir a proposta de reforma política do Senado.

É composta de 15 senadores. Presidirá os trabalhos Francisco Dornelles (PP-RJ).

Senadores Membros da Comissão de Reforma Política. Foto Ag.Senado

O prazo para o encerramento é de 45 dias.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]

Instalada sob pompa, no plenário do Senado, o principal desafio da comissão será o de não tropeçar nas circunstâncias.

Na pauta desde 1988, ano em que o Brasil deslizou da ditadura para a democracia, a reforma política frequenta o cenário como projeto à espera de realização.

Produziram-se inúmeros remendos legislativos, jamais uma reforma digna do nome.

Por quê?

Primeiro porque a corporação não legisla senão em causa própria.

Segundo porque a matéria suscita polêmicas que fazem do consenso uma utopia irrealizável.

Tenta-se agora aproveitar a atmosfera “recomeço” proporcionada pela posse de Dilma Rousseff.

Afora as complicações usuais, há um entrave adicional: o Senado vai à mesa dissociado da Câmara.

Os deputados terão sua própria comissão, com 40 cabeças.

Marco Maia (PT-RS), o mandachuva da Câmara, tentou convencer Sarney, o morubixaba do Senado, a reunir esforços.

Não conseguiu.

Um grupo de congressistas pôs-se a articular a constituição de uma frente mista, com deputados e senadores. Sem sucesso, por ora.

Sarney apressou-se em informar que é contra:

“Aí se torna muito mais difícil. É uma frente com mais de cem membros, com mais 30 senadores.

Nós voltaremos à estaca zero”.

O problema é que trabalho a existência de dois foros – um no Senado, outro na Câmara — tampouco livra o Congresso do risco do retorno à “estaca zero”.

No final das contas, as propostas terão de ser submetidas ao plenário das duas Casas legisaltivas.

Ou conquista-se a maioria ou chega-se a um novo malogro.

blog Josias de Souza

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