Ministra que substitui Palocci também deu consultoria

Parece que ter consultoria é o caminho mais curto para um ministério.

O PT continua com sua (dele) atávica atração pelo suicídio político.
Agora, a ministra que substitui o competente multiplicador de pães, também arrasta atrás de si uma suspeita de pagamento de assuntos privados com verbas públicas.

A nova ocupante da Casa Civil, ex-senadora, usou recursos da verba de gabinete para pagar o escritório de advocacia que a defende na Justiça Eleitoral.

O Editor


Nova ministra da Casa Civil também deu consultoria empresarial

Gleisi firmou sociedade com irmã na área de gestão, entre 2007 e 2009; ao contrário de Palocci, ela revelou os clientes atendidos.

De acordo com dados da Junta Comercial, uma alteração de endereço ocorreu em 2009 na GF Consultoria e no dia 10 de dezembro daquele ano a empresa encerrou suas atividades, segundo registro firmado em cartório em 3 de março de 2010.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]

O distrato informa que a ministra ficou responsável pela “conservação do livro e demais documentos da sociedade”.

Gleisi foi candidata à prefeitura de Curitiba em 2008 pelo PT – ficou em segundo lugar com 18% dos votos.

Na época, informou ter um patrimônio de R$ 623 mil, incluindo dois imóveis, um veículo e dinheiro aplicado em banco.

Em 2010, quando disputou e conseguiu uma vaga no Senado, o valor dos bens de Gleisi subiu para R$ 693 mil, mas com apenas um imóvel.

O antecessor de Gleisi na chefia da Casa Civil, Antonio Palocci, pediu demissão após a revelação de que aumentou em 20 vezes seu patrimônio com uma empresa de consultoria, a Projeto.

Pressionado, o ex-ministro negou-se a revelar a lista de seus clientes.

Pelo menos 20 empresas contrataram os serviços de Palocci, que, somente no ano passado, faturou R$ 20 milhões, sendo metade entre novembro e dezembro, após a eleição de Dilma à Presidência da República.

O Estado revelou no mês passado que pelo menos cinco ministros têm empresas de consultoria que continuam ativas em pleno exercício do cargo: Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Comércio e Indústria), José Eduardo Martins Cardozo (Justiça), Moreira Franco (Assuntos Estratégicos), Leônidas Cristino (Portos) e Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional).

Todos negaram conflito de interesse com a função pública.

Leandro Colon e Evandro Fadel/O Estado de S. Paulo

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