A turma do vem a nós já está pedindo para D. Dilma parar com a faxina, poi nessa marcha não vai sobrar nem cafezinho honesto, nas plagas do Planalto Central.
A vassoura da Presidente já estava muito próxima de gabinetes palacianos.
Por outro lado, os de mãos limpas garantem à Presidente que ela deve continuar pois no fim não haverá perda de apoio político.
A verdade é que entra governo e sai governo e os governantes ficam sempre na mão dos mesmos.
O Editor.
É claro que entre aliados do Planalto ninguém passou recibo, diante da perda de popularidade da presidente Dilma Rousseff, atestada pela última pesquisa CNI/Ibope.
Era esperado que o índice caísse, com o fim da lua de mel eleitoral.
O problema é que ninguém contava com tanta instabilidade política em tão pouco tempo de governo.
Os aliados se apegam a algumas explicações que funcionam como atenuantes para o mergulho de 8 pontos em quatro meses.
Lembram que a forma como Dilma governa o país é aprovada por 67% – o que é quase setenta.
Argumentam também que a pesquisa foi feita num mau momento para o governo: coincidiu com o fim da crise e das demissões nos Transportes.
Neste caso, é apenas uma meia verdade, mas serve de consolo.
Outro fato revelador da pesquisa diz respeito à associação entre a figura e o governo do ex-presidente Lula e sua sucessora.
Segundo o levantamento, hoje 57% acreditam que o governo Dilma é igual ao de Lula, contra 64%, em abril – queda de 7 pontos percentuais, proporcional aliás à queda na própria popularidade de Dilma.
O dado indica algo óbvio: colar em Lula, seja na imagem dele ou na prática administrativa, é bom para a popularidade de Dilma, descolar é chumbo, na certa.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]
Pode significar ainda que Dilma ainda não tem identidade própria, para a maior parte das pessoas entrevistadas, que a vêem apenas como uma espécie de continuidade de algo conhecido e aprovado: Lula e seu governo.
Os resultados da aprovação de Dilma ainda são tão altos provavelmente, não apenas pela associação com Lula, mas também pela manutenção de um certo “estado de bem-estar econômico”.
A capacidade de consumo não foi afetada, embora tenha aumentado o número de pessoas que discordam da política de combate à inflação (de 42% para 56%).
Mas a oscilação da popularidade de Dilma é considerada no governo um problema menor, diante do pavor dos efeitos sobre o Brasil de um eventual tsunami vindo da economia.
blog da Christina Lemos