A CPMF vem aí. Laiá laiá lará

Atenção Tupiniquins!

As celebrementes históricas e nunca reveladas “forças ocultas”, juntam-se no rodapé da desfaçatez para enfiar a mão no pobre e depauperado bolso da “mundiça”.

Falece o argumento da matilha, de que o indecente imposto — e seja lá que novo nome maquiado se dê à ignomínia fiscal —, somente atinge os que fazem transações bancárias.

Ora, até o mais abestado dos Tupiniquins sabe que imposto pago aqui, é repassado no preço lá acolá.

Não é nada não é nada, mas por essas e outras, a Terra Brasilis tem uma das 3 maiores cargas tributárias do planeta.

Né não?

O Editor


No teatro da CPMF, esqueceram de ensaiar o público

O ministro Luiz Sérgio, coordenador político de Dilma, veio à boca do palco para avisar: “Não existe no governo debate acerca da volta da CPMF”.

O auxiliar de Dilma encena o quinto ato de uma peça confusa. Eis o resumo:

– Ato 1: Novembro de 2010. Eleita, Dilma cocede sua primeira entrevista. Lero vai, lero vem, ela fala da recriação da CPMF. Diz ter farejado um movimento de governadores.

“Não posso fingir que não vi. É necessário que se abra uma discussão com os governadores eleitos”.

Nos dias que se seguiram à declaração de Dilma, os governadores a favor da neoCPMF foram contados em pelo menos 17.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]

– Ato 2: Semana passada. Romero Jucá, líder de Dilma no Senado, levou a CPMF aos lábios uma entrevista à TV Senado.

Ao discorrer sobre reforma tributária, Jucá realçou a necessidade de encontrar “nova fonte” de financiamento para a saúde. O governo, disse ele, estuda “alternativas”.

Entre essas alternativas, prosseguiu Jucá, está a criação de um tributo “similar à CPMF”.

– Ato 3: Segunda-feira (22). Anfitrião de encontro de governadores nordestinos com Dilma, Marcelo Déda (SE) diz que a presidente topou negociar.

“Ela pautou conosco o debate”, disse Déda. Ressalvou: “Não adiantou o seu posicionamento em relação à criação da um novo tributo…”

“…É preciso esgotar esse debate para concluir se, de fato, há alternativas […]. Ela preferiu esse debate”.

– Ato 4: Segunda-feira (22): À noite, nas pegadas da reunião de Dilma com os governadores do Nordeste, Cândido Vaccarezza pronunciou-se em São Paulo.

Líder de Dilma na Câmara, o deputado disse: “A CPMF não voltará, não com este nome…”

“…Mas poderá ser discutido, no âmbito da reforma tributária, a criação de um novo imposto com destinação exclusiva para a saúde”.

– Ato 5: Esta terça-feira (22). O ministro Luiz Sérgio entra em cena e, fronte alta, declara: “Não existe no governo debate acerca da volta da CPMF”.

A peça não acabou, continua em cartaz. Embora extremamente badalada, não faz muito sucesso. Por quê? O público não foi bem ensaiado.

blog Josias de Souza

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