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Jorge de Sena – Versos na tarde

Gêneses Jorge de Sena ¹ De mim não falo mais :não quero nada. De Deus não falo:não tem outro abrigo. Não falarei também do mundo antigo, pois nasce e morre em cada madrugada. Nem de existir,que é a vida atraiçoada, para sentir o tempo andar comigo; nem de viver,que é liberdade errada, e foge todo o Amor quando o persigo. Por mais justiça …-Ai quantos que eram novos em vâo a esperaram porque nunca a viram! E a eternidade…Ó transfusâo dos povos! Não há verdade:O mundo não a esconde. Tudo se vê: só se não sabe aonde. Mortais ou imortais,todos mentiram. ¹ Jorge de Sena * Lisboa, Portugal – 1919 d.C + Lisboa, Portugal – 1978 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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A concentração econômica na comunicação social

É notória a força dos grupos econômicos, políticos e religiosos no segmento de comunicação, todos com a mesma origem e representando idênticos interesses, tanto no âmbito interno como externamente. Nesse contexto, controlam a informação por meio de pouquíssimas agências de notícias, que repercutem as mesmas ideias e imagens; geram entretenimento de massa, como revistas e tablóides sensacionalistas; e nos impõem uma produção televisiva composta de programas que não educam e desinformam. Desta forma, é indiscutível a ausência de pluralidade de informação e comunicação de qualidade nas grandes organizações, o que exige o aprofundamento do debate acerca da criação de órgão de regulamentação e fiscalização das atividades de comunicação social, norteadas até o momento pelo mito do retorno da censura estatal, alimentado pelos controladores do setor. Com relação à censura, o que a Constituição veda é a restrição à manifestação do pensamento, à criação, à expressão e à informação, que não pode ser praticada por ninguém, seja por agentes do Estado ou particulares, inclusive as próprias empresas do segmento de radiodifusão, que atuam por meio de concessão pública.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Quando a Constituição proíbe toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística, não quer dizer que a iniciativa privada tenha território livre para fazer o que bem entende, não podendo distorcer, limitar nem censurar a notícia, que deve sempre, única e objetivamente, refletir a verdade na exata acepção do termo. Além disso, a comunicação social não está restrita à notícia, pois produz toda uma gama de manifestações capazes de atingir valores culturais, morais, sociais e da família, que, pela Constituição, têm especial proteção do Estado. Existe atualmente no Brasil programa televisivo, com transmissão 24 horas, que se constitui num elogio ao voyeurismo mais vulgar, ao hedonismo irresponsável e ao ócio da pior espécie. Programas desse tipo, propagados pela radiodifusão pública, que geram vultosas receitas para a emissora, em nada contribuem para incutir e fortalecer nas crianças e adolescentes os conceitos de ética, trabalho e moral, distorcendo os princípios basilares da família, que, vale repetir, merece a proteção do Estado. Saliente-se que a sociedade brasileira garante, por princípio econômico, a livre iniciativa. Contudo, a Constituição assegura ao Estado, nos termos da lei, a regulamentação e a fiscalização de atividades econômicas, especialmente as de caráter público, como a comunicação social, sendo vedada a concentração deste segmento por meio de oligopólio, como ocorre na prática. Com efeito, quando se trata de prestação de serviço público, cabe diretamente ao Estado, em primeiro plano, desenvolver a atividade ou, então, consentir que o setor privado possa explorá-la por meio de concessão ou permissão. Por se tratar de atividade de interesse da coletividade, é legítimo ao Poder Público regulamentar e fiscalizar, nos termos da Constituição e da lei, as mencionadas atividades, diante dos abusos praticados contra a sociedade. Portanto, a criação de Conselho de Comunicação Social não significa o retorno da censura, como alegam os controladores da mídia, mas atende à necessidade de se regulamentar e fiscalizar uma atividade econômica de relevante interesse público. Jorge Folena/Tribuna da Imprensa

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A CPMF vem aí. Laiá laiá lará

Atenção Tupiniquins! As celebrementes históricas e nunca reveladas “forças ocultas”, juntam-se no rodapé da desfaçatez para enfiar a mão no pobre e depauperado bolso da “mundiça”. Falece o argumento da matilha, de que o indecente imposto — e seja lá que novo nome maquiado se dê à ignomínia fiscal —, somente atinge os que fazem transações bancárias. Ora, até o mais abestado dos Tupiniquins sabe que imposto pago aqui, é repassado no preço lá acolá. Não é nada não é nada, mas por essas e outras, a Terra Brasilis tem uma das 3 maiores cargas tributárias do planeta. Né não? O Editor No teatro da CPMF, esqueceram de ensaiar o público O ministro Luiz Sérgio, coordenador político de Dilma, veio à boca do palco para avisar: “Não existe no governo debate acerca da volta da CPMF”. O auxiliar de Dilma encena o quinto ato de uma peça confusa. Eis o resumo: – Ato 1: Novembro de 2010. Eleita, Dilma cocede sua primeira entrevista. Lero vai, lero vem, ela fala da recriação da CPMF. Diz ter farejado um movimento de governadores. “Não posso fingir que não vi. É necessário que se abra uma discussão com os governadores eleitos”. Nos dias que se seguiram à declaração de Dilma, os governadores a favor da neoCPMF foram contados em pelo menos 17.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] – Ato 2: Semana passada. Romero Jucá, líder de Dilma no Senado, levou a CPMF aos lábios uma entrevista à TV Senado. Ao discorrer sobre reforma tributária, Jucá realçou a necessidade de encontrar “nova fonte” de financiamento para a saúde. O governo, disse ele, estuda “alternativas”. Entre essas alternativas, prosseguiu Jucá, está a criação de um tributo “similar à CPMF”. – Ato 3: Segunda-feira (22). Anfitrião de encontro de governadores nordestinos com Dilma, Marcelo Déda (SE) diz que a presidente topou negociar. “Ela pautou conosco o debate”, disse Déda. Ressalvou: “Não adiantou o seu posicionamento em relação à criação da um novo tributo…” “…É preciso esgotar esse debate para concluir se, de fato, há alternativas […]. Ela preferiu esse debate”. – Ato 4: Segunda-feira (22): À noite, nas pegadas da reunião de Dilma com os governadores do Nordeste, Cândido Vaccarezza pronunciou-se em São Paulo. Líder de Dilma na Câmara, o deputado disse: “A CPMF não voltará, não com este nome…” “…Mas poderá ser discutido, no âmbito da reforma tributária, a criação de um novo imposto com destinação exclusiva para a saúde”. – Ato 5: Esta terça-feira (22). O ministro Luiz Sérgio entra em cena e, fronte alta, declara: “Não existe no governo debate acerca da volta da CPMF”. A peça não acabou, continua em cartaz. Embora extremamente badalada, não faz muito sucesso. Por quê? O público não foi bem ensaiado. blog Josias de Souza

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