Tecnologia – Programa libera músicas do ITunes.

Programa que libera músicas do iTunes poderá ser vendido

Músicas do iTunes só tocam no iPod, da Apple.
O hacker que decodificou o programa que impede que músicas baixadas do Apple iTunes sejam tocadas em aparelhos de outras marcas quer agora comercializar sua descoberta.
Atualmente, com o programa FairPlay, a Apple garante que as músicas compradas em sua loja virtual iTunes só possam ser tocadas no iPod, o aparelho portátil de MP3 da marca.
Mas o hacker norueguês Jon Lech Johansen disse que sua empresa, a DoubleTwist, pretende licenciar o programa de decodificação para outras marcas que fabricam aparelhos de MP3.
“A Apple pode nos dar um certo trabalho, mas não o suficiente para evitar (a comercialização do programa)”, disse Monique Farantzos, diretora da DoubleTwist, à agência Associated Press.
“Nós acreditamos que temos boas bases legais e nossos advogados deram o sinal verde”, disse.
A Apple não comentou o assunto.
Dominação
Atualmente, o iTunes controla 88% do mercado de download legal de músicas, enquanto 60% dos aparelhos em de MP3 utilizados no mundo são da Apple.
Com o FairPlay, as músicas baixadas do iTunes só podem ser transferidas entre, no máximo, cinco computadores e tocadas apenas no iPod.
Johansen desenvolveu o primeiro programa para quebrar o código do FairPlay, chamado de QTFairUse, em 2003.
Desde então, várias versões foram distribuídas para acompanhar as inovações no iTunes e no FairPlay, mas os programas, distribuídos de graça pela internet, costumam ser difíceis de usar sem conhecimentos técnicos específicos.
Com a comercialização do programa de decodificação, empresas como a Sony poderiam vender versões de seus aparelhos compatíveis com o iTunes.
Johansen, também conhecido como DVD Jon, ficou famoso aos 15 anos de idade, quando escreveu e distribuiu um programa chamado DeCSS, que decodificava DVDs.
O programa, criado para que Johansen pudesse tocar DVDs usando o sistema operacional Linux, também foi disponibilizado de graça pela internet.
Após pressão da indústria cinematográfica, o hacker foi indiciado pela Justiça norueguesa, mas acabou sendo inocentado, já que o tribunal decidiu que ele tinha o direito de decodificar DVDs.

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