As mesmas portas USB que servem para ligar câmeras digitais, teclados e mouses podem ser usadas para roubar dados e representam um sério risco de segurança para as empresas brasileiras, segundo consulta a especialistas de segurança entrevistados.
A maioria delas, com exceção de poucas companhias de vanguarda na área financeira, não faz qualquer tipo de monitoramento ou bloqueio destas conexões.
“Com um iPod e um ambiente desprotegido, dá para copiar todo o backup de um servidor em questão de minutos”, alerta José Antunes gerente de engenharia da empresa de segurança McAfee.
Se isso serve de consolo, as organizações brasileiras estão em pé de igualdade com a base aérea de Bagram, no Afeganistão, como flagrou o repórter Paul Watson.
Em reportagem publicada no jornal Los Angeles Times, ele descreve como encontrou pen drives à venda em bazar próximo à base aérea, contendo informações de agentes norte-americanos em ação no país.
Segundo o relato, os pequenos chaveiros de memória haviam sido roubados na própria base e estavam à venda por cerca de US$ 40, praticamente o preço do hardware, sem levar em conta o valor da informação contida.