Celulares abocanharão mercado de tocadores de MP3 no futuro
Levantamento da empresa de pesquisas IDC indica que fabricantes de celulares querem roubar espaço dos tocadores de MP3.
Por Alexandre Barbosa – Jornalista
Se depender dos fabricantes de telefones móveis, não haverá espaço para os tocadores independentes de MP3. Mais e mais fabricantes querem roubar espaço deste mercado conquistado com destaque pela Apple, impedindo a entrada de outros competidores como a Microsoft.
Levantamento da empresa de pesquisas IDC indica que fabricantes de celulares querem roubar espaço dos tocadores de MP3.
Por Alexandre Barbosa – Jornalista
Se depender dos fabricantes de telefones móveis, não haverá espaço para os tocadores independentes de MP3. Mais e mais fabricantes querem roubar espaço deste mercado conquistado com destaque pela Apple, impedindo a entrada de outros competidores como a Microsoft.
Para tanto, as empresas estão embutindo funções multimídia em celulares de forma que os usuários possam utilizá-los como tocadores de música digital. A aposta das empresas é que um leque de funções bem formatado, aliado à conveniência de ter duas funções num único aparelho, fará o consumidor optar pelo celular que toca música.
Falta de capacidade não será problema. Empresas como Samsung e Nokia estão lançando dispositivos com HDs internos com capacidade na faixa de 4 GB, suficiente para até 2 mil músicas em formato digital.
Estudo.
A Nokia, por exemplo, começará a vender no Brasil o N91, da linha NSeries, com HD interno de 4 GB de capacidade. Para defender a capacidade de seu telefone/tocador, a empresa realizou uma pesquisa com donos de tocadores de música digital e percebeu que a maioria armazena pouco mais de mil músicas em seus players, mesmo quando os aparelhos podem guardar muito mais músicas.
A tendência é mais visível no mercado norte-americano, que foi alvo de uma análise da empresa de pesquisas IDC. Segundo um levantamento que projeta este mercado até o ano 2010, serviços de venda de música por redes sem fio terão cerca de 50 milhões de usuários nos EUA, que irão gerar mais de um US$ 1 bilhão em vendas em 2010.
A pesquisa da empresa descobriu que 22% dos usuários comprou pelo menos uma música em suas operadoras. Com a disponibilidade de serviços de venda de música, a fabricação de celulares com funções multimídia chegará a quase 60% dos aparelhos vendidos nos EUA em 2010.
Há quem diga, claro, que esse movimento não será forte a ponto de abalar o mercado de tocadores dedicados. “Embora os celulares que tocam MP3 vão ‘arranhar’ este mercado, não irão substituir modelos dedicados e com funções avançadas”, disse Sean Ryan, analista de pesquisas do IDC.
iPods em risco?
Segundo outro levantamento, desta vez da empresa de pesquisas NPD Group, dos 67 milhões de telefones vendidos nos EUA no primeiro semestre de 2006, 10% traziam funções musicais embutidas, praticamente dobrando em relação aos 5% registrados em igual período no ano passado.
Apesar do crescimento, a NPD confirma a supremacia da Apple no mercado de tocadores dedicados, com a linha iPod respondendo por 75,6% do mercado norte-americano, enquanto a SanDisk, segunda colocada entre os tocadores digitais, detém apenas 9,7% de participação.
Mas a NPD alerta que o papel dominante da Apple pode ser ameaçada pelas próximas gerações de telefones que integram funcionalidades avançadas de música, e também com a oferta de serviços integrados de venda de músicas.
Um exemplo disso é a recente aquisição da Nokia, que comprou a Loudeye, que fornece serviços de venda de músicas em 20 países. A idéia da empresa é criar um serviço para venda de arquivos para aparelhos móveis, repetindo um modelo bem sucedido que a Apple fez com a “dobradinha” iPod e iTunes.