Leio manchete na Folha de São Paulo:
“Arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados”.
Uáu! Com certeza as três maiores pragas causadoras de acidentes de veículos, lesões corporais, homicídios e desestruturação da família.
O “lobby” das companhias de bebidas impede que o Congresso Nacional e a sociedade brasileira ─ esta anestesiada pela mídia comprada pelas verbas estratosféricas dos anunciantes de bebidas alcoólicas ─ acordem para a realidade e proíbam totalmente essa publicidade de bebidas com o mesmo rigor, acertadamente, que foi feito com o cigarro.
Os irresponsáveis e gananciosos formadores de opinião ─ artistas como Ivete Sangalo, Juliana Paes, Zeca Pagodinho (argh) entre outros ─ continuam a vender suas imagens associadas à bebida alcoólica, induzindo sublinarmente os adolescentes ao consumo.
É irônico, aliás trágico, que esses artistas também compareçam, farisaicamente, a eventos em prol de causas de combate a violência e em defesa de crianças e adolescentes. No Brasil, pesquisas apontam que os jovens estão consumindo bebidas alcoólicas, em periodicidade e quantidades monumentais, à partir dos 12 anos de idade.
Depois, segmentos da sociedade, quando acontece uma grande tragédia ─ desastres automobilísticos (no Brasil morrem a cada ano mais pessoas em acidentes nas estradas do que o número de mortes do exército norte americano durante toda a guerra do Vietnam), crimes passionais, assaltos com mortes, arrastões, guerra entre quadrilhas, etc. ─ saem em passeatas pela paz.
Ps. Caso você ache que faltou a droga, faltou não. Afinal o cigarro e a bebida são o que?