Sebastião Nery – Tribuna da Imprensa
http://www.tribunadaimprensa.com.br/coluna.asp?coluna=nery
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Sem concorrências públicas, sem licitações, alegando “especialização exclusiva”, as ONGs assinam acordos e contratos de serviços de todo tipo com os governos, com entidades governamentais federais, estaduais, municipais, ou com empresas estatais, e, quando cobradas para se explicar, reagem indignadas como se fossem as virgens do terceiro céu (ou setor), intocáveis.
E pior. Os que as contratam, para não prestarem contas também alegam “urgência de serviços”, “características específicas” e outras baboseiras. E o dinheiro público rolando aos milhões. Só o governo federal, no ano passado, gastou mais de R$ 1 bilhão em contratos com ONGs. Imaginem as estatais. E os estados e municípios. É um mundo opaco, misterioso, geralmente corrupto.
O senador Heráclito Fortes, do PFL do Piauí, fez muito bem e também muito bem agiram os 47 senadores que assinaram e criaram a CPI das ONGs, inicialmente para apurar estranhos contratos e patrocínios da Petrobras para ONGs que se revelaram tesourarias petistas e comitês eleitorais disfarçados.
É evidente que não pode e não vai ficar só nelas. Outras entidades governamentais, outras empresas públicas que contrataram ONGs também precisam abrir os contratos, prestar contas do que foi pago e do que foi feito.
A Petrobras custou muita luta do País, de tantos de nós. Não é do PT.