Ouço meu amigo Nonato Albuquerque – Am do Povo CBN – dizer ser hoje o dia do cantor lírico.
Aproveito a informação para saudar o “bel canto”, que sempre será a expressão máxima da voz como instrumento musical.
A inesquecível e insuperável Maria Callas, o grande soprano, continua a encantar meus dias desde que a ouvi quando adolescente.
A história do canto lírico é repleta de grandes cantores e cantoras, cujos talentos e qualidades vocais encantaram e deliciam gerações.
Quem nunca ouviu a brasileira Bidu Sayão,
primeira dama da ópera em Nova York, o brasileiro
Armando de Assis Pacheco ─ * 1914 + 2005 ─ o
mito Caruso ou o inesquecível cearense Paulo Abel, ainda precisa conhecer o que é cantar.
Sobre os “castrati” é interessante contar um pouco da história desses cantores, citando o o grande Farinelli.
Carlo Farinelli, possivelmente o mais famoso dos cantores castrati, – que viveu na primeira metade do século 18 – eram muito populares e, sobretudo, reputados artistas da ópera italiana dos séculos 16 a 19.
Castrados, antes da puberdade, mantinham cordas vocais pequenas que lhes possibilitavam alcançar os timbres mais altos.
Um intenso treinamento conferia à voz de um castrato uma combinação virtuosa de voz masculina emitida por poderosos pulmões adultos, capaz de chegar aos extremos agudos da escala musical.
Castrados, antes da puberdade, mantinham cordas vocais pequenas que lhes possibilitavam alcançar os timbres mais altos.
Um intenso treinamento conferia à voz de um castrato uma combinação virtuosa de voz masculina emitida por poderosos pulmões adultos, capaz de chegar aos extremos agudos da escala musical.
A prática nasceu na Itália do século 17, onde anualmente cerca de 4 mil garotos, em geral de famílias pobres, eram castrados a partir dos oito anos de idade.
O procedimento foi banido em 1870, mas o último castrato, Alessandro Moreschi, ainda chegou a gravar em 1902.
O procedimento foi banido em 1870, mas o último castrato, Alessandro Moreschi, ainda chegou a gravar em 1902.
Poucos castrati chegavam ao sucesso, mas os que o faziam se tornavam as estrelas artísticas de seu tempo, e se comportavam como tal.
Os que conseguiam ir além de uma vida relativamente desconhecida como cantores de ópera ou solistas de igreja cobravam cachês astronômicos e tinham legiões de admiradores.
O temperamental Farinelli, provavelmente o mais famoso dos castrati, foi enterrado em Bolonha em roupas de cavaleiro.