Venezuela expulsa diplomata suíço após protesto contra Maduro em Genebra.
O chefe da missão diplomática suíça em Caracas, Benedict De Cerjat, foi expulso da Venezuela no início deste mês. O diplomata atuava há cinco meses no país.
A ação, feita de forma discreta, foi revelada nesta sexta-feira, 26, pelo jornal Folha de S. Paulo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]
Na época, Maduro solicitou uma visita à ONU para se defender de acusações de violações de direitos humanos cometidas por seu governo.
A visita desagradou alguns diplomatas da ONU, já que a tradição da organização é de não aceitar pedidos de discursos unilaterais feitos por chefes de Estados. O fato de a visita ocorrer três semanas antes das eleições parlamentares venezuelanas também gerou críticas.
Em sua fala, Maduro negou a existência de abusos e falou sobre os avanços sociais obtidos pelo chavismo na Venezuela.
Porém, do lado de fora do prédio, manifestantes venezuelanos protestavam contra Maduro, chamando o presidente de traidor, assassino e ditador.
O constrangimento levou a ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez a pedir explicações a De Cerjat pelo que considerou um desrespeito a Maduro.
Na conversa, a ministra exigiu que o governo suíço tomasse providências para que o caso jamais se repetisse. Em resposta, De Cerjat afirmou que, como uma democracia plena, a Suíça garante às pessoas a liberdade de expressão.
A resposta irritou a ministra, que relatou o caso a Maduro. O diplomata, então, foi considerado persona non grata na Venezuela, o que impede o exercício de sua função.
De Cerjat passou algumas semanas na Suíça esperando que a situação se acalmasse.
Como isso não ocorreu, ele voltou para Caracas para encerrar sua missão e deixar o país.
Fonte:Opinião&Notícia