Coluna Hélio Fernandes – Tribuna da Imprensa.

O professor Arnaldo Niskier, em excelente entrevista a Carla Giffoni, criticou duramente o que chamou de “internês”. E acusa os jovens de “pregiça” de escrever. Magnífico.
Mas Niskier precisa se voltar para a televisão, que sem preguiça e com magníficos salários deturpa diariamente a língua, e todos aceitam.

Um exemplo: os jornais, até os mais importantes e pretensiosos, começam assim: “Veja NESSA edição”. É óbvio que deveriam dizer NESTA edição.

Ontem no arrogante “Bom Dia, Brasil” disseram que um brasileiro ganhou a MAIOR maratona do mundo. Não existe essa MAIOR maratona, todas têm 42 mil 190 metros. Queriam dizer a mais CONCORRIDA, coisa inteiramente diferente.

Quase todos os comentaristas esportivos assinalaram: “O árbitro ANULOU CORRETAMENTE 1 gol do São Paulo”. Não ANULOU. O árbitro apitou junto com o chute do jogador. Portanto não ANULOU nada, apenas deixou de validar 1 gol que não houve.

O massacre da língua é diário e geral. Se fosse relacionar tudo, Nossa Senhora, não haveria espaço disponível.
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