Second Life para brasileiro ver.
Por Juliana Anselmo da Rocha
Por Juliana Anselmo da Rocha
Vinte mil brasileiros estão cadastrados no Second Life (SL). Uma população residente deste tamanho não poderia falar outra língua que não a sua nativa. Por isso, o mundo virtual terá já no início do ano que vem a sua tradução para o português.
Para Cory Ondrejka, diretor de tecnologia da Linden Lab – empresa que lançou o ambiente em 2003 – não é apenas o número de brasileiros vivendo uma “segunda vida” online que justifica a localização do software:
– Os usuários brasileiros se mostraram muito criativos no uso da tecnologia.
O SL tem 77 mil km2 em terras virtuais distribuídas por dezenas de ilhas, onde os habitantes constróem casas, cassinos, shoppings, bares, universidades… Tem clima e moeda próprios. Um dólar compra 250 linden dollars (L$).
– Os jogos serão os substitutos do entretimento da TV e do cinema – aposta Henrique Antoun, pós-doutor pela Universidade de Toronto, no Canadá, e professor adjunto da Escola de Comunicação da UFRJ.
Antoun observa que “o SL tem uma abordagem diferente da dos primeiros games de jogadores múltiplos, marcados pela cultura do RPG. O SL é um espaço de consumo, similar ao The Sims”, referindo-se ao jogo de simulação da Electronic Arts.
Antoun observa que “o SL tem uma abordagem diferente da dos primeiros games de jogadores múltiplos, marcados pela cultura do RPG. O SL é um espaço de consumo, similar ao The Sims”, referindo-se ao jogo de simulação da Electronic Arts.
À acusação corriqueira aos herdeiros do The Sims, Antoun contrapõe:
– A TV está cheia de baboseiras. Não é muito mais divertido fazê-las que apenas assisti-las?
Emmanoel Ferreira é um dos usuários brasileiros. O designer conta ter encontrado outra jogadora que “havia mudado de vida” há pouco.
– Ela era garota de programa no SL. Aí casou e se aposentou. Mas largou a família para voltar a trabalhar – lembra. – No SL, você pode experimentar o que quiser sem grandes riscos.
Catherine Smith, diretora de marketing da Linden Lab, informa que em breve o game terá versões em alemão, japonês, coreano e espanhol.
Catherine Smith, diretora de marketing da Linden Lab, informa que em breve o game terá versões em alemão, japonês, coreano e espanhol.