Batizado de RS16, carro é lançado nas cores preta e amarela, mas pintura poderá mudar para a temporada. Montadora francesa revelou detalhes do ambicioso projeto
A Renault está de volta à Fórmula 1. E nesta quarta-feira, em evento realizado no Centro Tecnológico da companhia em Guyancourt, a sudoeste de Paris, a montadora francesa, que adquiriu a Lotus, revelou seu ambicioso projeto para o retorno à principal categoria do automobilismo mundial.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]
O carro, batizado de RS16, foi apresentado nas cores preto e amarelo. Segundo a equipe, porém, a pintura será usada nos testes e poderá ser alterada para a temporada. O modelo será pilotado pelo estreante Jolyon Palmer e pelo ex-McLaren Kevin Magnussen, também confirmados como pilotos titulares do time – o dinamarquês ganhou o lugar de Pastor Maldonado de última hora. “Mordida” pelas críticas abertas da RBR aos motores da montadora nos últimos anos, a Renault promete brigar por títulos em um futuro breve.
– Não estamos aqui para fazer número. Estamos aqui para sermos campeões. Já ganhamos diversos títulos como equipe própria e como fornecedor de motores. Então, nós conhecemos o caminho – disse Cyril Abiteboul, diretor administrativo da equipe.
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O evento contou com a participação do brasileiro Carlos Ghosn, presidente da montadora francesa, Jérome Stoll, presidente da divisão esportiva, Cyril Abiteboul, diretor administrativo, e Alain Prost, tetracampeão da F1 e embaixador da companhia.
Além dos carros e dos pilotos, a montadora revelou detalhes de seu projeto na Fórmula 1.
O nome completo da equipe na F1 será Renault Sports Formula One Team.
O francês Esteban Ocon, de 19 anos, será piloto reserva da escuderia. Bob Bell será diretor técnico chefe, Nick Chester o diretor de chassis, e Rémi Taffin, diretor de engenharia.
Como já era esperado, Kevin Magnussen foi anunciado oficialmente. O dinamarquês de 23 anos ganhou a vaga de Pastor Maldonado, após a petrolífera venezuelana PDVSA não chegar a um acordo com a Renault. Magnussen foi titular da McLaren em 2014 e acabou sendo “rebaixado” para reserva com a chegada de Fernando Alonso.
– Estou extremamente motivado após um ano inteiro fora. Pilotei por minha vida toda e estou extremamente com vontade de entrar em um carro de corrida novamente, ainda mais com a Renault. Sem correr no ano passado eu tive mais tempo para treinar e me sinto bem em forma por causa disso. Fisicamente estou pronto. Não passei muito tempo no carro ano passado, mas me sinto bem. Sempre me surpreendi em como me readapto rapidamente a pilotar após um tempo fora do carro. Estou pronto – disse Magnussen.
O outro piloto da equipe será Jolyon Palmer. O britânico de 25 anos já havia sido anunciado quando o time ainda era dirigido como Lotus. Palmer era reserva da escuderia.
– É um projeto empolgante e é incrível estar envolvido desde o início. Foi fantástico ser anunciado como piloto titular de 2016. A magnitude aumentou uma vez que foi confirmado que a Renault havia comprado a equipe e se comprometido massivamente para o futuro. O ano passado estabeleceu uma boa base e todos nós começamos agora uma imensa oportunidade. Ser piloto de uma equipe de uma montadora é tudo que eu poderia sonhar – afirmou Palmer.
A pintura provisória, nas cores preta e amarela, de nada lembra os carros da equipe na década de 1980, primeira passagem da montadora na F1, muito menos dos carros azuis e amarelos da década de 2000, segunda passagem, marcada pelos títulos de Construtores e de Pilotos, com Fernando Alonso, em 2005 e 2006.
Paralelamente, em Enstone, fábrica da equipe na Inglaterra, houve uma “mini apresentação” de um segundo carro, com a presença de centenas de funcionários que trabalham no local.
Foram revelados também detalhes do projeto da Renault no automobilismo em geral e no mercado de carros de rua. Além da equipe de F1, a montadora segue nas pistas com a Renault e.dams na Fórmula E, e continua organizando os campeonatos F-Renault 2.0 e Renault Sport R.S.01 Trophy. Foi anunciada também a criação da Academia Renault Sport, que buscará revelar jovens talentos para a equipe na F1 e demais categorias.
Na Fórmula 1, a Renault, como equipe própria, tem dois títulos de pilotos, com Fernando Alonso, e dois de Construtores (2005 e 2006). Como fornecedora de motores tem outros dez de Construtores, com times como Williams, Benneton e RBR (1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 2010, 2011, 2012, 2013) e outros nove de pilotos (1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 2010, 2011, 2012, 2013).
Globo Esporte.com