Bruno Amaral – Versos na tarde

Resgata-se o poema
Bruno Amaral ¹

resgata-se o poema
ao irradiante verso.

sofreia-se o impulso
ao privado recanto.

permeia-se de luz
a noite
como ruídos ignorados,
na placidez da aldeia,
o imo pranto.

perscruta-se o universo
ao recto feixe.

trespassa-se o couraçado
ao plano ignoto.

premeia-se a luz
da ideia,
como vozes sobrepostas
no turbilhão da urbe,
de um eu remoto.

¹ Bruno Vieira do Amaral
* Lisboa, Portugal
Mantida a grafia do português de Portugal


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