Não vou para Pasárgada
Ovídio Martins¹
Sonho com a manha clara
de teus seios
e rendo-me humilde
diante da verdade
do teu corpo nu
Idear-te
e ofertar-me carícias proibidas
ir beber feito outro
na fonte longínqua
da minha dor
E minha dor e teu silencio!…
¹Ovídio Martins
* São Vicente, Cabo Verde – 17 de Setembro de 1928 d.C
+ Lisboa, Portugal – 29 de abril de 1999 d.C
Poeta e jornalista caboverdeano
Poeta caboverdiano, jornalista, co-fundador do Suplemento Cultural (1958, São Vicente). O seu envolvimento em atividades de promoção da independência valeram-lhe a pena a prisão e o exílio nos Países Baixos.
Publicações
Caminhada, 1962 – Poemas
100 Poemas – Gritarei, Berrarei, Matarei – Não ou para pasárgada, 1973 – Poemes em Português e em crioulo de São Vicente
Tchutchinha, 1962 – Novela
Poemas
Poemas em crioulo de crioulo de São Vicente:
* Liberdade, Nôs morte, Hora nô ta bá junte, Cantá nha pove, Cretcheu, Um spada na mon, Comparaçon, Consciénça, Um r’bêra pa mar, Dstine, Ma de canal, Pescador, Cantáme
Poemas em português
* Mindelo, Terra dos meus amores, Caboverdianamente, Minha dor, Seca, Flagelados do vento-leste, Para Além do Desespero