Fatos & Fotos – 15/09/2017

Eduardo GaleanoBlog do Mesquita,Frases,Eduardo Galeano

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Nessa confusão toda quem está na boa são os tucanos. Livres. Três anos e nada.

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É muita ingenuidade esperar que um acusado confesse o que fez. A própria Constituição Federal garante ao cidadão o direito ao silêncio e de não produzir provas contra si.

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Brasil da série “Um país de cabeça pra baixo”

Cabeça pra baixo,Brasil,Blog do Mesquita
Parlamentar fundamentalista, acusado de abuso sexual, sente-se no direito de patrulhar e censurar obras de arte.
Feliciano “inspeciona” exposição após denúncia de apologia à pedofilia. O deputado esteve no Museu Nacional de Brasília para averiguar a mostra “Não Matarás”. No entanto, as acusações não se confirmaram.
É “soda”!

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O Lula é réu. Ponto final!
Independente de quem a procuradora incitou ou não num vídeo, não podemos relativizar os “ritos” exigidos dentro de um tribunal. Eu vi o Lula muito a vontade, como se estivesse em casa, sendo “servido” por capachos dentro do tribunal. E pelo visto, sendo servido também fora do tribunal.

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Arte – Fotografia – Na periferia da sociedade DigitalFotografia,Blog do MesquitaFonte Google – Autor não identificado

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A “formalista” procuradora que rejeita “querida” já gravou vídeo incitando o povo contra o Senado

Um vício de linguagem do ex-presidente vira suposta manifestação de desrespeito a uma representante do MPF. O nome disso: arrogância de classe!

Claro, né? Se eu não fosse eu; se eu fosse outro, não iria aqui confrontar alguns fatos, digamos, insólitos.

Cristina Groba Vieira, a procuradora que interrogou Lula nesta quarta, pertence ao núcleo militante mais radical da Força Tarefa. É da turma de Deltan Dallagnol e Carlos Fernando — a dupla que tomou chá de sumiço em tempos de Marcelo Miller. E, como veremos, ela vai fundo na militância, a exemplo dos outros dois. Já volto ao ponto.

Nesta quarta, em Curitiba, aconteceu algo que tem a sua graça. E que só pode ser explicado pela arrogância — traços de arrogância de classe mesmo, temperada pelo tal espírito militante, além de zelo corporativista.

Num dado momento do depoimento, a douta doutora Cristina, lídima representante do MPF, Senhora Procuradora, fez uma pergunta realmente insólita a Lula. Quando o petista respondeu que a diretoria do Instituto Lula resolvera não ficar com o tal terreno que abrigaria a entidade — e que, segundo a acusação, seria propina paga pela Odebrecht —, ela quis saber se havia algum documento formalizando a recusa.

Bem, digam os de bom senso, os advogados, os especialistas: que sentido faz isso? Seria um caso de exigência de produção de prova negativa? Isso já não é prova diabólica, mas do capeta, rsrs.  Ela já tinha perguntado se Lula se ocupara de reunir os recibos evidenciando que pagava aluguel pelo apartamento contíguo ao seu, em São Bernardo, já que o MPF sustenta que o imóvel é seu. A douta doutora e sábia senhora procuradora quis saber, em suma, se, depois da acusação, ele se ocupara de provar que é inocente.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

E se tem, então, o seguinte diálogo:
Lula – “Não, eu não tenho, querida, eu não tenho.”
Groba Vieira – “Também pediria que o senhor ex-presidente se referisse ao membro do Ministério Público pelo tratamento protocolar devido.”
Lula – “É, como é que seria? Doutora?”
Moro – “Sei que, evidentemente, o senhor ex-presidente não tem nenhuma intenção negativa em utilizar esse termo “querida”, mas peço que não utilize, tá? Pode chamar de “doutora”, “senhora procuradora”, perfeito?”

Perfeito!

Uma nota: todos sabem que Lula tem o hábito de chamar interlocutores de “meu querido”, “minha querida”. Dois dedos de prosa, e ele já opta pela informalidade. Ok. Se a doutora, douta procuradora, ilustre representante do Parquet, Senhora dos Mundos, não queria, então não. Mostrava-se, assim, uma formalista empedernida.

Uma das coisas que me fazem ser eu é a memória. E não posso esquecer que a doutora deixou todo formalismo de lado quando, em companhia de Deltan Dallagnol e Carlos Fernando, gravou um vídeo incitando a população a se mobilizar contra o Senado, que votaria o necessário e correto projeto que muda a lei que pune abuso de autoridade. O vídeo segue abaixo. Vejam. Volto em seguida:

Cabe perguntar: a lei, e não apenas o formalismo, não obriga a doutora, senhora procuradora, sábia, ilustre e inigualável a se dispensar de fazer política? Será que lhe é permitido incitar a população contra o Senado? A minha pergunta é apenas retórica. A resposta é “não”. Cabe, inclusive, punição para tal ato, não estivesse o MPF mergulhado na anarquia.

Com a devida vênia, há quem ache que manifestações de arrogância e prepotência contra Lula estão justificadas por si mesma. Eu não acho. Contra ninguém!

Como esquecer?
No primeiro depoimento de Lula, no dia 10 de maio do ano passado, algo parecido aconteceu.

O representante do MPF era Roberson Pozzobon, o segundo mais espevitado, depois de Dallagnol, entre os “new kids on the block” do direito achado no alarido. O próprio Moro tomou o cuidado de tratar Lula, então como agora,  por “sr. ex-presidente”. O rapaz, sei lá, deve ter achado que era formalidade indevida a um criminoso e escolheu “sr. Luiz Inácio”. O juiz ficou impassível. Só lhe recomendou mais solenidade depois que a defesa reagiu.

Lula tratou, em regra, antes e agora, por “doutor (a)” e “senhor” o juiz e os membros do MPF. Na única vez, lapso claro, em que deixou escapar um “você” ao responder a Pozzobon, foi de pronto repreendido por Moro: nada de “você”! Tem de ser “senhor”.

Escrevi então:
“O que esse processo tem a nos ensinar? Infelizmente, nada. Digamos que Lula venha a ser condenado nesse caso. Pode até ser justo moralmente, mas os motivos estarão, dado o que se tem até agora, errados.  E isso, em vez de fortalecer a Justiça, só concorre para degradá-la. E os protagonistas dessa corrosão são os “viciados em si mesmos”.

O que está em curso em Brasília, com a evidência de que setores do MPF mergulharam de cabeça no crime, prova que eu estava certo.

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Fotografia de Ricardo ManteroFotografia,Mantero,Blog do Mesquita

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Temer usa a economia para disfarçar corrupçãoTemer,Maggi,Blog do Mesquita

A indignação de muitos é mesmo seletiva.  Muitos (e mais de 50% dos empresários do país…) parecem comportar-se como prostitutas (muitas são mais dignas, porque não fazem qualquer serviço…): se o governo dá $$$ pra eles (com crescimento), ele fica; se não dá, ele deve cair, seja ele corrupto ou não, e sem eleições !

Adotando este mesmo critério, pelos números de PIB o Meirelles deveria ser substituído pelo Delfim Neto e o Temer deveria sair para que volte o Lula ou a Ditadura Militar. Claro que não defendemos isto….mas demonstra a mediocridade e o desespero deste governo corrupto do TEMER/PMDB+PSDB+PP.

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Vivemos a “idiocracia” do Mike JudgeBlog do Mesquita,Mike Judge,Idiocracia

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Escultura de ANDY GOLDSWORTHYBlog do Mesquita,Escultura,ANDY GOLDSWORTHY

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No dia 18 de Agosto, eu publiquei a foto abaixo – à esquerda a criança atropelada e morta no atentado terrorista em Barcelona, à direita a do garoto morto afogado no mediterrâneo, quando tentava migrar para a Europa.Blog do Mesquita,Imigração,Europa,Terrorismo,Barcelona,Mídia
Na ocasião salientei que a foto de Barcelona não teria 0,00000000001% da divulgação que a do garoto afogado teve. Bingo! O objetivo?

Midia controlada pela NWO – vão se acostumando com essa sigla – trabalha para entupir a EU com imigrantes, para acelerar o caos.
Dividir pra conquistar.

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Mais do mesmo: mídia distorcendo e omitindo fatos, para tentar controlar a narrativa: é a guerra da informação.
Como a internet normalizou os laranjas da supremacia branca?
Resposta: com financiamento do “establishment” para criar caos e conflito; é a estratégia do “divide & conquer”.
https://theintercept.com/…/video-como-a-internet-normalizo…/

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Estamos presenciando a completa degradação moral e legal do Estado brasileiro com a manutenção de Temer, e o quadrilhão, na presidência.Temer,Padilha,Romero Jucá,Moreira Franco,Quadrilhão,PMDB,Corrupção,Brasil,Blog do Mesquita

Embora intimamente desejasse manifestações generalizadas reconheço (e a sociedade provavelmente também) que a razão não as recomenda salvo sob a forma de uma Revolução.

“Toda uma literatura sobre a conduta da massa e a psicologia da massa demostrou e popularizou o conhecimento de que, tão comum entre os antigos, da afinidade entre a democracia e a ditadura, entre o governo da ralé e a tirania – H.Arendt”

 

 

 

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