Quem acredita no mercado livre como caminho mais eficiente para riqueza tem uma luta nas mãos.
O jornal britânico The Telegraph publicou nesta sexta-feira (28/08) um artigo de Jeremy Warner, em que analisa a atual crise da globalização.
Com o fim da guerra fria no início dos anos 90, o livre mercado parecia ser a inquestionável saída para a economia mundial. Porém, com a crise financeira mundial de 2008 e a desaceleração da China e uma maior intervenção do estado chinês e o aumento do protecionismo em todo o mundo, os limites da globalização são questionados.
“Sempre que há uma Cúpula do G-20, os países participantes assinam, de forma solene, seus nomes em um comunicado declarando a santidade do livre mercado e maldizendo o protecionismo. Em seguida eles voltam para casa e fazem o oposto.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]
O protecionismo moderno raramente vem de uma forma descarada caracterizada pela famosa Lei de Tarifas de Smoot-Hawley de 1930, que impôs taxas draconianas em importações para os EUA e provavelmente aprofundou a Grande Depressão.
Em vez disso, aparece em formas mais sutis e discretas que conseguem escapar das definições e sanções da Organização Mundial do Comércio – subsídios para indústrias locais, restrições, padrões excessivamente onerosos, interdições por razões de saúde e segurança, e assim por diante. Ainda assim eles não podem ser menos potentes em seus efeitos de protecionismo.
Quando a Peugeot foi resgatada pelo governo francês, por exemplo, uma condição da ajuda do estado era de que a empresa fechasse sua linha de produção na tcheca. De acordo com Simon Evenett, do Global Trade Alert, essas formas de protecionismo têm crescido como um balão desde o início da crise financeira.
Apesar de todo o otimismo em torno das tentativas norte-americanas de forjar acordos de livre comércio com a Ásia e a Europa, o desempenho está, na realidade, cada vez mais baixo. A agenda global e multilateral de livre mercado enquanto isso tem ficado atolada em diferenças aparentemente incompatíveis por mais de uma década.
A queda no mercado internacional é compatível apenas com o aumento com o aumento de migração de trabalhadores nas fronteiras, que agora atinge números sem precedentes. Uma forma de globalização parece estar cedendo ao que pode parecer uma versão da mesma coisa só que ainda mais nociva politicamente.
Em todo caso, nesse estágio a questão está aberta se o hiato no crescimento do mercado mundial é o resultado do “pico da globalização” ou a teoria que está cada vez mais na moda entre aqueles de uma convicção de esquerda de “estagnação secular”, a ideia de capitalismo de livre mercado caiu em um estado quase permanente de torpor que exige níveis extremos de estímulo fiscal e intervenção do governo.
Estou do lado dos otimistas. Ainda assim aqueles entre nós que ainda acreditam no livre mercado como o caminho mais eficiente para a prosperidade e to boot o melhor antídoto já inventado para os conflitos humanos temos uma luta e tanto em nossas mãos para defendê-lo das fontes da reação.